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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 1 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br DAS LICENÇAS, AFASTAMENTOS E DIREITO DE PETIÇÃO 11. Licenças ................................................................................... 02 11.1. Licença por motivo de doença em pessoa da família ..... 02 11.2. Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro .................................................................................. 03 11.3. Licença para o serviço militar ....................................... 04 11.4. Licença para atividade política ..................................... 04 11.5. Licença para capacitação ............................................... 05 11.6. Licença para tratar de interesses particulares ............... 05 11.7. Licença para o desempenho de mandato classista ........ 06 11.8. Licença para tratamento da própria saúde .................... 06 11.9. Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade .. 07 11.10. Licença por acidente em serviço .................................. 08 12. Dos afastamentos ..................................................................... 08 12.1. Afastamento para servir a outro órgão ou entidade ...... 09 12.2. Do afastamento para exercício de mandato eletivo ....... 11 12.3. Do afastamento para estudo ou missão no exterior ...... 12 12.4. Do afastamento para participação em programa de pós- graduação stricto sensu no país ...................................................... 13 13. Das concessões ......................................................................... 14 13.1. Horário especial ao servidor estudante .......................... 15 13.2. Horário especial ao servidor portador de deficiência ..... 15 13.3. Matrícula em instituição de ensino congênere no caso de mudança de sede no interesse da Administração ............................ 16 14. Do tempo de serviço .................................................................. 16 15. Direito de Petição ...................................................................... 18 16. Resumo de Véspera de Prova .................................................... 20 17. Questões comentadas ................................................................ 22 18. Questões para fixação do conteúdo ............................................ 43 NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 2 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 11. Licenças São várias as espécies de licenças que podem ser concedidas aos servidores públicos federais. As principais estão arroladas no art. 81 da Lei 8.112/1990. Para responder às questões da CONSULPLAN, é importante ficar atento aos detalhes específicos de cada uma delas, pois essas informações costumam freqüentar as provas dessa banca examinadora. De início, gostaria de chamar a sua atenção para o teor do artigo 82 da Lei 8.112/1990, que é expresso ao afirmar que “a licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação”. Desse modo, caso o servidor tenha gozado de um período de licença por motivo de doença em pessoa da família até 20/10/11, e, posteriormente, em 16/12/11, lhe tenha sido concedido outro período de licença, este último não será considerado um novo período, mas sim uma simples prorrogação da primeira licença. Isso se justifica pelo fato de que o segundo período foi concedido antes de 60 (sessenta) dias do término do primeiro período gozado. 11.1. Licença por motivo de doença em pessoa da família Trata-se de licença concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta, enteado ou dependente que viva às suas expensas e conste de seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. Esta licença, incluídas as suas prorrogações, poderá ser concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, e excedendo este prazo, sem remuneração, por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, limitando-se ao total de 150 (cento e cinquenta) dias, a cada período de doze meses, contados a partir da data da primeira concessão. O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida. Os 60 (sessenta) primeiros dias de licença, apesar da remuneração, somente serão computados para fins de aposentadoria e disponibilidade (não são contados para fins de promoção, por exemplo). Após esse prazo de 60 (sessenta) dias, o período de licença não será considerado para qualquer efeito legal. Caso o servidor licenciado esteja em estágio probatório, este ficará suspenso durante todo o período da licença por motivo de doença em pessoa da família, retornando a contagem a partir do término do impedimento. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 3 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Para responder às questões da CONSULPLAN: A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período de licença por motivo de doença em pessoa da família. 11.2. Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge é uma licença sem remuneração, por prazo indeterminado, que poderá ser concedida ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo. Ainda que o servidor esteja em estágio probatório fará jus à licença por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, tendo em vista que é dever do Estado assegurar a convivência familiar. Entretanto, o estágio probatório ficará suspenso durante a licença e somente será retomado a partir do término da licença. Atenção: para que o servidor possa usufruir da licença em questão, não é necessário que o cônjuge deslocado para outra localidade também seja servidor público. A licença pode ser concedida, por exemplo, ao servidor público cujo cônjuge trabalha na iniciativa privada e foi transferido da cidade de Montes Claros/MG para a cidade de Avaré/SP. Entretanto, no deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo. Havendo a possibilidade de o servidor ser lotado provisoriamente em repartição da Administração Pública Federal, direta, autárquica ou fundacional na cidade para onde o cônjuge está sedeslocando, a licença será remunerada, pois o servidor prestará serviços na nova repartição, ficando vinculado ao seu órgão de origem. Quando o servidor obtém lotação provisória em outro órgão federal, o ônus de seu pagamento será da instituição de origem. Nesse caso, o órgão de destino deverá encaminhar mensalmente a frequência do servidor para que seja efetuado o controle. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 4 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br No caso de ocorrer lotação provisória do servidor em estágio probatório, a avaliação de desempenho deverá ser efetuada pelo órgão ou entidade no qual o servidor estiver em exercício, de acordo com as orientações do seu órgão de origem. 11.3. Licença para o serviço militar O artigo 85 da Lei 8.112/1990 assegura ao servidor público federal o direito à licença em decorrência de convocação para o serviço militar obrigatório, período que será considerado como de efetivo exercício e contado para todos os fins. Para responder às questões da CONSULPLAN: Concluído o Serviço Militar, o servidor terá até 30 dias, sem remuneração, para reassumir o exercício do cargo, sob pena de ficar configurado o abandono de cargo público após os 30 dias. Os servidores públicos, durante o tempo em que estiverem incorporados à organização militar da ativa ou matriculados em órgão de formação de reserva, não perceberão nenhuma remuneração, vencimento ou salário dos seus órgãos de origem, sendo-lhes assegurado, somente, o retorno ao cargo. 11.4. Licença para atividade política Trata-se de licença concedida ao servidor público que deseja candidatar- se a cargo eletivo, desmembrando-se em dois períodos distintos: 1º) Tem início com a escolha do nome do servidor em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e se estende até a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral; As convenções partidárias para a escolha de eventuais candidatos a cargos eletivos acontecem entre os dias 10 e 30 de junho do ano eleitoral. Ademais, a regra é de que o prazo limite para registros de candidaturas a cargos eletivos encerra-se no dia 05 de julho do ano eleitoral. Assim, se o nome do servidor for escolhido em convenção partidária no dia 20 de junho de 2012, por exemplo, ser-lhe-á assegurado o direito de gozar da presente licença até o dia 04 de julho do ano em que for disputar o cargo eletivo. 2º) Inicia-se na data do registro da candidatura do servidor perante a justiça eleitoral e vai até o décimo dia seguinte ao da eleição. A data do registro deve ser interpretada como a do protocolo do requerimento no órgão eleitoral responsável, isto é, 05 de julho do ano eleitoral (que é a regra geral). NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 5 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br No primeiro período, o servidor não receberá qualquer remuneração e o período não é computado para quaisquer fins legais. No segundo período, o servidor receberá a remuneração pelo prazo máximo de 03 (três) meses e o período de licença será computado apenas para fins de aposentadoria e disponibilidade. Ao servidor em estágio probatório também poderá ser concedida a licença, ficando o estágio probatório suspenso durante a licença e retornando a partir do término do impedimento. Para responder às questões da CONSULPLAN: O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. 11.5. Licença para capacitação Licença para Capacitação é o afastamento concedido ao servidor, a cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício no Serviço Público Federal, para participar de curso de capacitação profissional, por até 03 (três) meses, sem perda da remuneração. Para gozo dessa licença, são requisitos básicos o cumprimento de 05 (cinco) anos de efetivo exercício e que o servidor venha a aperfeiçoar-se em curso correlato à sua área de atuação no serviço público federal. A concessão da licença se dará no interesse da Administração, podendo ser negada, por exemplo, em virtude de acúmulo de serviço ou escassez do quadro de pessoal da unidade de lotação do servidor, quando não for possível a contratação de substituto. Os períodos de licença não são acumuláveis, devendo ser utilizados antes do fechamento do próximo quinquênio. Além disso, a licença poderá ser parcelada conforme a duração do curso pretendido, desde que não ultrapasse o limite máximo de 03 meses. 11.6. Licença para tratar de interesses particulares O artigo 91 da Lei 8.112/90 estabelece que, “a critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração”. A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço e o seu período não será computado para qualquer efeito legal. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 6 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Não há prorrogação da licença para trato de assuntos particulares, sempre há uma nova concessão. O servidor deverá aguardar em exercício a autorização da licença. Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, computando-se, para efeito, inclusive as vantagens pessoais. 11.7. Licença para o desempenho de mandato classista O artigo 92 da Lei 8.112/90 afirma que “é assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros”. Para responder às questões da CONSULPLAN: A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez. Não pode ser concedida licença para desempenho de mandato classista ao servidor em estágio probatório, que também não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. Para entidades com até 5.000 associados, poderá ser disponibilizado um servidor; para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores e para entidades com mais de 30.000 associados, três servidores. 11.8. Licençapara tratamento da própria saúde Prevista nos artigos 202 a 206 da Lei 8.112/90, trata-se de licença concedida ao servidor para tratamento de sua saúde, a pedido ou de ofício, mediante perícia médica, sem prejuízo da remuneração. O servidor tem o prazo de 24h para comunicar sua ausência ao trabalho à chefia imediata, e esta, o prazo de 48h para requerer a inspeção médica à Divisão de Junta Médica. O servidor que tiver impedimento físico para se deslocar à Junta Médica poderá solicitar visita domiciliar ou hospitalar. A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 01 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em regulamento. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 7 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br O prazo máximo contínuo de licença para tratamento de saúde é de 24 meses. Finalizado os 24 meses, caso o servidor não esteja em condições de retornar às atividades normais ou ser readaptado para outro cargo com atribuições e vencimentos afins, será aposentado por invalidez permanente. Nesse caso, o período compreendido entre o término da licença e a publicação do ato de aposentadoria será considerado como de prorrogação de licença. 11.9. Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade O artigo 207 da Lei 8.112/1990, amparado pelo inciso XVIII, artigo 7º, da CF/1988, estabelece que “será concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração”, com as seguintes características: a) a licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. b) no caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto. c) no caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício. d) no caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. Para responder às questões da CONSULPLAN: Para amamentar o próprio filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em dois períodos de meia hora. Ao servidor também é assegurada legalmente a licença-paternidade pelo nascimento ou adoção de filhos, pelo prazo de 05 (cinco) dias consecutivos. ATENÇÃO: Além da licença-gestante, a Lei 8.112/90 também prevê o afastamento de servidora pelo prazo de 90 dias consecutivos, com remuneração integral, por adoção ou guarda judicial de criança de até um 01 ano de idade ou pelo prazo de 30 dias consecutivos, caso a criança tenha mais de 01 ano e menos de 12 anos de idade. A licença à adotante será deferida mediante apresentação do termo de adoção ou termo provisório (termo de guarda e responsabilidade) e deverá ser usufruída imediatamente após a adoção, pois sua finalidade é de permitir a adaptação do adotado ao seu novo ambiente, sendo incompatível com o adiamento do gozo. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 8 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br É importante esclarecer que, com a publicação da Lei 11.770/2008, foi editado o Decreto 6.690/08, que estabeleceu novas regras sobre a possibilidade de prorrogação dos prazos da licença-gestante e licença à adotante. No caso da licença-gestante, a prorrogação será garantida à servidora pública que requeira o benefício até o final do primeiro mês após o parto e terá duração de sessenta dias. A licença à adotante será prorrogada por quarenta e cinco dias (no caso de criança de até um ano de idade) e por quinze dias (no caso de criança com mais de um ano de idade), desde que a servidora requeira o benefício nos prazos exigidos e cumpra os demais requisitos previstos na regulamentação da matéria. No período da prorrogação da licença-gestante ou licença à adotante, a servidora não poderá exercer qualquer atividade remunerada e a criança não poderá ser mantida em creche ou organização similar. Em caso de inobservância dessas exigências, a servidora perderá o direito à prorrogação da licença à adotante e deverá ressarcir os valores recebidos indevidamente. 11.10. Licença por acidente em serviço Acidente em Serviço é a ocorrência não programada, resultante do exercício do trabalho, que provoque lesão corporal, perturbação funcional ou doença, e que determine morte, perda total ou parcial, permanente ou temporária da capacidade laborativa, incluindo-se o acidente decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo ou sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. Para responder às questões da CONSULPLAN: Será licenciado, com remuneração integral, o servidor acidentado em serviço. O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos públicos. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos adequados em instituição pública. 12. Dos afastamentos A Lei 8.112/1990 prevê várias situações em que o servidor deverá afastar-se de suas funções públicas originais, pois, na maioria das vezes, são incompatíveis com as suas novas atividades, seja no âmbito da própria Administração ou em atividade particular. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 9 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Entre as hipóteses legais, podemos citar o afastamento para servir a outro órgão ou entidade, para exercício de mandato eletivo, para estudo ou missão no exterior e para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no país 12.1. Afastamento para servir a outro órgão ou entidade O servidor público federal poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: a) para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; b) em casos previstos em leis específicas. A cessão nada mais é que o afastamento do servidor para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a critério do órgão cedente, sem a vacância do cargo e sem a alteração na sede de origem. Pode ocorrer de o servidor ter prestado concurso público para um determinado órgão (Ministério do Meio Ambiente, por exemplo), sempre ter trabalhado nesse órgão, mas, posteriormente, ser cedido (“emprestado”) para trabalhar provisoriamente em órgão ou entidade diversa (IBAMA, por exemplo). É importante esclarecer que a cessão de servidores pode ocorrer entre esferas distintas. Assim, a União pode ceder servidores para trabalhar nos Municípios, Estados e no DF, bem como nas entidades da Administração Indireta. As cessões serão concedidas pelo prazo de atéum ano, podendo ser prorrogadas no interesse dos órgãos ou das entidades cedentes e cessionários. Quando o servidor p úblico federal for cedido para exercício de cargo em comissão ou função de confiança em órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade que está recebendo o servidor (entidade cessionária). Por outro lado, se o servidor for cedido para outro órgão ou entidade dos Poderes da União, ou nas hipóteses previstas em leis específicas, o ônus da remuneração é do órgão ou entidade cedente (o órgão de origem e lotação do servidor cedido). Informação importante e que deve ser sempre lembrada é a de que o servidor federal, mesmo que cedido para exercício perante um Município, por exemplo, mantém a sua lotação no órgão de origem. O servidor federal não passa a ser um “servidor municipal”, pois permanece vinculado e lotado no órgão de origem, já que a cessão é temporária. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 10 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Pergunta: Professor, o inciso II do artigo 93 da Lei 8.112/90 estabelece que a cessão de servidores poderá ocorrer em casos “previstos em leis específicas”. É possível fornecer um exemplo para ficar mais fácil o entendimento? Claro! A Lei Federal 9.020/95, que dispôs em caráter emergencial e provisório sobre a implantação da Defensoria Pública da União, é um bom exemplo. Observe: “Art. 3º. O Poder Público, por seus órgãos, entes e instituições, poderá, mediante termo, convênio ou qualquer outro tipo de ajuste, fornecer à Defensoria Pública da União, gratuitamente, bens e serviços necessários à sua implantação e ao seu funcionamento. Parágrafo único. Os serviços a que se refere este artigo compreendem o apoio técnico e administrativo indispensável ao funcionamento da Defensoria Pública da União. Art. 4º. O Defensor Público-Geral da União poderá requisitar servidores de órgãos e entidades da Administração Federal, assegurados ao requisitado todos os direitos e vantagens a que faz jus no órgão de origem, inclusive promoção. Parágrafo único. A requisição de que trata este artigo é irrecusável e cessará até noventa dias após a constituição do Quadro Permanente de Pessoal de apoio da Defensoria Pública da União.” Pergunta: Professor, a Lei Federal 9.020/95 não se refere expressamente à cessão, mas sim à requisição. Essas expressões são sinônimas? Quase ... A requisição caracteriza-se por ser uma “cessão forçada”, através da qual uma entidade ou órgão (no caso, a Defensoria Pública da União) pode requerer, sem possibilidade de negativa por parte do órgão ou entidade destinatários da requisição, a cessão de servidores. Para responder às questões da CONSULPLAN: Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. Nas cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, é irrelevante discutir a responsabilidade pela remuneração do servidor, pois esta já está sob a responsabilidade da própria União (Tesouro Nacional). A cessão de servidores deverá ocorrer mediante Portaria publicada no Diário Oficial da União. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 11 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 12.2. Do afastamento para exercício de mandato eletivo Após o término do gozo de licença para atividade política (remunerada por até 3 meses) com o objetivo de disputar mandato eletivo, se eleito, o servidor terá que se afastar provisoriamente do cargo efetivo para o exercício do cargo eletivo. Essa regra somente não se aplica quando o servidor tiver sido eleito para o cargo de vereador e existir compatibilidade de horários para o exercício de ambas as funções. Para responder às questões da CONSULPLAN: Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, Investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo (CONSULPLAN/Advogado - Prefeitura de Sertaneja-PR/2010) A Lei 8.112/90 simplesmente reproduz as regras constitucionais previstas no artigo 38 da CF/88, estabelecendo que: a) se o servidor titular de cargo efetivo for eleito para o exercício de mandato federal, estadual ou distrital (Presidente e vice-presidente da República, Governador e vice-governador, Senador, Deputado Federal, Estadual ou distrital) ficará afastado do respectivo cargo durante o exercício do mandato. Nesse caso, receberá apenas o subsídio do cargo eletivo exercido; b) se o servidor for investido no mandato de Prefeito, também será afastado provisoriamente do cargo, mas, nesse caso, poderá optar pela remuneração que deseja receber (a do cargo de provimento efetivo ou o subsídio do cargo eletivo); c) se o servidor for investido no mandato de vereador, duas são as hipóteses: 1ª) se houver compatibilidade de horários entre o exercício do mandato eletivo de vereador e o exercício do cargo de provimento efetivo, receberá a remuneração relativa ao cargo de provimento efetivo e, ainda, o subsídio do cargo eletivo de vereador. Em muitas cidades do interior é comum essa acumulação, pois, geralmente, as Câmaras Municipais realizam reuniões no período noturno ou aos fins de semana. 2ª) se não houver compatibilidade de horários, o servidor deverá se afastar do cargo de provimento efetivo, mas poderá optar pela retribuição pecuniária que deseja receber: a remuneração do cargo efetivo ou o subsídio do cargo eletivo. O servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento, que se afastar para exercício de mandato eletivo, será dispensado da função, deixando de receber a respectiva gratificação. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 12 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse, sendo que o tempo de afastamento é considerado como de efetivo exercício para todos os fins, exceto promoção por merecimento. Outra importante regra estatutária e que merece destaque é a proibição de remoção ou redistribuição, de ofício, do servidor investido em mandato eletivo ou classista para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. 12.3. Do afastamento para estudo ou missão no exterior O artigo 95 da Lei 8.112/1990 estabelece mais uma hipótese de afastamento do servidor de suas funções, agora de natureza discricionária: para estudo ou missão no exterior. O períodode afastamento do servidor para estudo ou missão no exterior será considerado como de efetivo exercício do cargo e, em alguns órgãos e entidades públicas federais, poderá ocorrer nas seguintes modalidades: a) com ônus para a Administração, quando implicarem no direito do servidor a passagens e diárias, assegurada ainda a remuneração do cargo efetivo ou função, excluídas as vantagens pecuniárias em razão do exercício no órgão; b) com ônus limitado para a Administração, quando implicarem direito do servidor apenas à remuneração do cargo efetivo ou função, excluídas as vantagens pecuniárias em razão do exercício no órgão; c) sem ônus para a Administração, quando implicarem perda total da remuneração do cargo efetivo ou função, e não acarretarem qualquer despesa para a Administração. Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o servidor deverá obter autorização do Presidente da República (quando se tratar de um servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo (quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou Presidente do Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um servidor do Poder Judiciário Federal). A ausência do servidor não poderá ser superior a 4 (quatro) anos, e, após a conclusão da missão ou estudo no exterior, somente poderá gozar de outro período de ausência se decorrido igual período de efetivo exercício. Exemplo: Se o servidor ausentou-se do país por 3 (três) anos, ao retornar, deverá exercer as suas funções perante o cargo público por, pelo menos, mais 3 (três) anos. Somente após esse período poderá ausentar-se novamente do país para estudo ou missão no exterior. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Caso o servidor tenha sido beneficiado com o afastamento para estudo ou missão no exterior, somente poderá ser exonerado ou gozar de licença para tratar de interesse particular depois de retornar ao país e trabalhar pelo mesmo período do afastamento. Trata-se de regra pautada no princípio da moralidade e da eficiência, pois evita que o servidor, ao retornar ao país com uma melhor qualificação, deixe a Administração (que muitas vezes assume todos os ônus da viagem) para prestar serviços na iniciativa privada (que, certamente, irá lhe remunerar melhor). Essa regra é ressalvada na hipótese de ressarcimento, pelo servidor, da despesa havida com seu afastamento, inclusive quanto à sua remuneração. Para responder às questões da CONSULPLAN: As regras sobre afastamento para estudo ou missão no exterior não se aplicam aos servidores da carreira diplomática, que possuem regras próprias em virtude da natureza da atividade que exercem. Estabelece ainda o artigo 96 do Estatuto que o servidor pode ser afastado, por prazo indeterminado, para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. Todavia, o afastamento ocorrerá com perda total da remuneração. Exemplo: O servidor público federal pode se afastar, por exemplo, para exercer as suas funções perante a representação da O.M.S. (Organização Mundial da Saúde) em Brasília, DF. Nos termos do Decreto Federal 201/91, concluída a execução dos serviços junto ao organismo internacional, o servidor reassumirá o exercício do respectivo cargo ou emprego no prazo máximo de cento e vinte dias. O tempo de duração do afastamento será contado apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade. 12.4. Do afastamento para participação em programa de pós- graduação stricto sensu no país Com a promulgação da Lei 11.907/09, que incluiu o artigo 96-A na Lei 8.112/90, o servidor poderá afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado) em instituição de ensino superior no País. Trata-se de um afastamento que será concedido discricionariamente pela Administração, quando não for possível conciliar o exercício do cargo com os estudos. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 14 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Para que seja concedido o afastamento, o servidor deve ser ocupante de cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio probatório. Além disso, é necessário que não tenha se afastado por licença para tratar de assuntos particulares, para gozo de licença para capacitação ou, ainda, gozado de outro afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento. Para responder às questões da CONSULPLAN: Os afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. Os servidores beneficiados pelos afastamentos para participação em programa de pós-graduação stricto sensu terão que permanecer no exercício de suas funções, após o seu retorno, por um período igual ao do afastamento concedido. Somente após esse período será possível a solicitação de exoneração do cargo ou aposentadoria, exceto se for efetuado o ressarcimento aos cofres públicos de todas as despesas custeadas pela Administração no período, incluindo a remuneração do servidor. Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, também estará obrigado a ressarcir aos cofres públicos todas as despesas assumidas pela Administração, exceto se ficar comprovado que a obtenção não ocorreu em virtude de força maior ou de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. 13. Das concessões O art. 97 da Lei 8.112/1990 apresenta um rol de hipóteses nas quais o servidor público poderá ausentar-se do serviço sem qualquer prejuízo, a saber: I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : a) casamento; NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 15 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. Para usufruir do direito de ausentar-se das atividades normais o servidor precisará comprovar documentalmente os fatos que ensejaram o pedido, sob pena de indeferimento. 13.1. Horário especial ao servidor estudante Horário Especial é uma concessão que permite ao servidor estudante, matriculado em cursos regulares de ensino fundamental, médio, superiore pós-graduação presencial, prestar serviço em horário diferenciado quando ficar comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição. Para responder às questões da CONSULPLAN: Para usufruir do horário especial de trabalho, será exigida a compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. Ao servidor ocupante de função gratificada ou cargo comissionado não será concedido horário especial para estudante, por estar submetido a regime de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver interesse da Administração. No julgamento do Recurso Especial nº 420.312/RS, de relatoria do Ministro Felix Fischer, o Superior Tribunal de Justiça afirmou que “de acordo com o disposto no art. 98 da Lei nº 8.112/90, o horário especial a que tem direito o servidor estudante condiciona-se aos seguintes requisitos: comprovação de incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição; ausência de prejuízo ao exercício do cargo; e compensação de horário no órgão em que o servidor tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. Atendidos esses requisitos, deve ser concedido o horário especial ao servidor estudante, porquanto o dispositivo legal não deixa margem à discricionariedade da administração, constituindo a concessão do benefício, nesse caso, ato vinculado”. 13.2. Horário especial ao servidor portador de deficiência Será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 16 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Por sua vez, compete à Junta Médica Oficial, mediante parecer conclusivo, qualificar o tipo de deficiência apresentada pelo servidor, assim como especificar a capacidade para o exercício das atribuições do seu cargo efetivo, definindo, inclusive, a jornada de trabalho que o servidor pode suportar em razão da incapacidade parcial para o cumprimento de sua jornada de trabalho. Para responder às questões da CONSULPLAN: O horário especial também se aplica ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário. 13.3. Matrícula em instituição de ensino congênere no caso de mudança de sede no interesse da Administração O art. 99 da Lei 8.112/1990 dispõe que ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. Essa prerrogativa também é assegurada ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com autorização judicial. 14. Do tempo de serviço Assim como acontece com a maioria dos candidatos de todo o país, provavelmente você não gosta de ficar “decorando” informações e mais informações para resolver as questões de prova. Entretanto, vou logo avisando: é essencial que você assimile todas as informações contidas no art. 102 da Lei 8.112/1990, pois são grandes as chances de a CONSULPLAN elaborar uma questão sobre o tema. Sendo assim, deve ficar claro que são considerados como de efetivo exercício (como se o servidor estivesse trabalhando) os afastamentos ocorridos em virtude de: I - férias; II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República; NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 17 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o regulamento; V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento; VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme dispuser o regulamento; VIII - licença: a) à gestante, à adotante e à paternidade; b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por merecimento; d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; f) por convocação para o serviço militar; IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto em lei específica; XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Por outro lado, será computado apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade: I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal; II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses. III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2º, da Lei 8.112/1990; IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal; NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 18 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social; VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102; Para responder às questões da CONSULPLAN: É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas.Ademais, a apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias. 15. Direito de Petição É assegurado ao servidor público federal o “direito de requerer” aos Poderes Públicos em defesa de direito ou interesse legítimo. Isso significa que o servidor pode requerer, por escrito, informações, providências ou certidões diretamente à autoridade competente. A esse “direito de requerer” assegurado ao servidor público federal dá-se o nome de direito de petição. O requerimento contendo a descrição dos fatos, o pedido e a respectiva assinatura do servidor será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente. O requerimento deverá ser despachado no prazo de 5 (cinco) dias e decidido dentro de 30 (trinta) dias. Para a plenitude do exercício do direito de petição, o próprio servidor ou procurador por ele constituído (inclusive advogado) poderão ter acesso (“vistas”) a eventuais documentos ou processos que se encontrem em repartições ou órgãos públicos e que sejam necessários à satisfação ou defesa de seus direitos. Além da apresentação do requerimento, o servidor tem ainda à sua disposição o pedido de reconsideração, que nada mais é do que a solicitação feita à mesma autoridade que despachou no caso para que reexamine o ato, objetivando-se, assim, que a autoridade “mude de idéia” e profira uma nova decisão diferente da anterior. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 19 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Para responder às questões da CONSULPLAN: Deve ficar claro que o pedido de reconsideração é endereçado sempre à mesma autoridade prolatora do ato ou decisão. O art. 107 da Lei 8.112/1990 ainda prevê a possibilidade de apresentação de recurso administrativo contra o indeferimento do pedido de reconsideração e contra as decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades. Ademais, deverá ser encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o requerente. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente. Ademais, em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado (ex tunc). O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado. Para responder às questões da CONSULPLAN: O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 20 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br RESUMO DE VÉSPERA DE PROVA - RVP 01. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação; 02. Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge é uma licença sem remuneração, por prazo indeterminado, que poderá ser concedida ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo; 03. Quando o servidor obtém lotação provisória em outro órgão federal, o ônus de seu pagamento será da instituição de origem. Nesse caso, o órgão de destino deverá encaminhar mensalmente a frequência do servidor para que seja efetuado o controle; 04. O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. 05. Licença para Capacitação é o afastamento concedido ao servidor, a cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício no Serviço Público Federal, para participar de curso de capacitação profissional, por até 03 (três) meses, sem perda da remuneração; 06. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração; 07. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros; 08. O servidor público federal poderá ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: para exercício de cargo em comissão ou função de confiança ou em casos previstos em leis específicas; 09. Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o servidor deverá obter autorização do Presidente da República (quando se tratar de um servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo (quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou Presidente do Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um servidor do Poder Judiciário Federal); NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 21 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 10. Os servidores beneficiados pelos afastamentos para participação em programa de pós-graduação stricto sensu terão que permanecer no exercício de suas funções, após o seu retorno, por um período igual ao do afastamento concedido. Somente após esse período será possível a solicitação de exoneração do cargo ou aposentadoria, exceto se for efetuado o ressarcimento aos cofres públicos de todas as despesas custeadas pela Administração no período, incluindo a remuneração do servidor; 11. Será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de compensação de horário; 12. O art. 99 da Lei 8.112/1990 dispõe que ao servidor estudante que mudar de sedeno interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga; 13. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública; NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 22 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br QUESTÕES COMENTADAS 01. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as assertivas abaixo sobre as licenças dos servidores públicos civis federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990. I. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença por motivo de doença em pessoa da família. II. A licença para atividade política exige que o servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele seja afastado, a partir do quinto dia seguinte ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o quinto dia seguinte ao do pleito. III. Para os fins da licença para capacitação, após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de capacitação profissional. Está correto o que se afirma APENAS em a) II e III. b) I. c) II. d) I e III. e) I e II. Comentários Item I – Correto. Essa vedação consta expressamente no art. 82, § 3º, da Lei 8.112/1990. E não tinha como ser diferente. Se o servidor pleiteou licença para acompanhar tratamento de saúde em pessoa da família, afirmou que a sua presença era indispensável, portanto, não se admite que utilize da licença com outros fins (trabalhar na iniciativa privada, por exemplo). Item III – Errado. O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. Item III – Correto. É importante esclarecer que o período de licença (três meses) não pode ser acumulado. Assim, a cada cinco anos de efetivo exercício o servidor deve pleitear os três meses de licença, sob pena de não poder fazê-lo depois de decorridos os cinco anos. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 23 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br GABARITO: LETRA d. 02. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as seguintes assertivas sobre as licenças dos servidores públicos civis federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990: I. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de dois meses. II. A licença poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro por até trinta dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor, e por até sessenta dias, consecutivos ou não, sem remuneração. III. A critério da Administração poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. Está correto o que se afirma APENAS em a) I e III. b) II e III. c) I e II. d) II. e) III. Comentários Item I – Errado. Durante a licença para atividade política o servidor público será remunerado pelo prazo máximo de 3 (três) meses. Assim, caso a licença se estenda por prazo superior, o restante do período não será remunerado. Item II – Errado. Esta licença, incluídas as suas prorrogações, poderá ser concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, e excedendo este prazo, sem remuneração, por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, limitando-se ao total de 150 (cento e cinquenta) dias, a cada período de doze meses, contados a partir da data da primeira concessão. Item III – Correto. Para responder às questões da CONSULPLAN, lembre-se sempre de que a concessão da licença para tratar de assuntos particulares é ato discricionário da Administração Pública. Assim, o servidor somente poderá usufruí-la se for conveniente e oportuno ao interesse público. GABARITO: LETRA e. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 24 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 03. (FCC/Analista Judiciário TRF 1ª Região/2011) A Lei nº 8.112/1990, em seu capítulo V, seção I, trata do afastamento do servidor público federal para servir a outro órgão ou entidade. O servidor do poder executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, desde que preenchidos os seguintes requisitos: a) autorização expressa do Presidente da República, fim determinado e prazo certo. b) autorização expressa do Ministro do Planejamento, fim determinado e prazo incerto. c) fim determinado e prazo incerto, não sendo necessária qualquer autorização. d) autorização expressa do Ministro do Planejamento e prazo incerto, apenas. e) autorização expressa do Ministro Chefe da Casa Civil e prazo certo, não se fazendo necessário que seja para um propósito determinado. Comentários O art. 93, § 4º, da Lei 8.112/1990, dispõe que mediante autorização expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. GABARITO: LETRA a. 04. (FCC/Técnico Judiciário TRT 1ª Região/2011) No que concerne ao afastamento do servidor público para estudo ou missão no exterior, previsto na Lei nº 8.112/1990: a) não excederá o prazo de quatro anos. b) é possível, independentemente de qualquer autorização. c) aplica-se aos servidores de carreira diplomática. d) o afastamento do servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda parcial da remuneração. e) finda a missão ou estudo, será permitido novo afastamento imediatamente, não sendo necessário qualquer lapso temporal para nova ausência com a mesma finalidade.NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 25 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Comentários a) Correto. Esse é o prazo limite previsto expressamente no art. 95, § 1º, da Lei 8.112/1990. b) Errado. Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o servidor deverá obter autorização do Presidente da República (quando se tratar de um servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo (quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou Presidente do Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um servidor do Poder Judiciário Federal). c) Errado. Os servidores de carreira diplomática, em razão da própria função pública exercida, são submetidos a regras legislativas específicas. d) Errado. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil participe (ONU, por exemplo) ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. e) Errado. Finalizada a missão ou estudo, somente depois de decorrido igual período será permitida nova ausência do servidor do país. GABARITO: LETRA a. 05. (FCC/Analista Judiciário TRT 14ª Região/2011) De acordo com a Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais, sobre a prescrição quanto ao direito de petição, é correto afirmar: a) Por ser de ordem pública, a prescrição não pode ser relevada pela Administração. b) O pedido de reconsideração e o recurso, mesmo quando cabíveis, não interrompem a prescrição. c) O direito de requerer prescreve em dez anos quanto ao ato de cassação de aposentadoria. d) O direito de requerer prescreve em dois anos quanto aos atos que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho. e) O prazo de prescrição será contado da data da ciência pelo interessado, ainda que o ato tenha sido devidamente publicado. Comentários a) Correto. Isso significa que os prazos impostos ao administrado devem ser rigorosamente respeitados, pois a Administração Pública está proibida de acatar, por exemplo, recursos administrativos intempestivos. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 26 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br b) Errado. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição. Isso significa que o prazo já decorrido até o momento da propositura não é computado, ou seja, o prazo volta a ser novamente computado desde o início. c) Errado. O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade. d) Errado. O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos quanto aos atos que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho. e) Errado. O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado. GABARITO: LETRA a. 06. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Para os fins da Lei nº 8.112/90, o servidor público federal investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a remuneração do órgão a) cedente, quando a cessão for exclusivamente, para órgão ou entidade do Distrito Federal. b) ou entidade cessionária quando a cessão for para órgãos dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. c) cessionário dos Estados, exclusivamente, quando a cessão for por prazo superior a 90 ( noventa ) dias. d) cedente, devendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na condição de cessionários, ressarcirem os cofres da entidade cedente ao término da cessão. e) cedente, desde que essa condição esteja prevista no respectivo ato e a cessão seja exclusivamente para órgão ou entidade do Distrito Federal. Comentários O art. 93, § 1º, da Lei 8.112/1990, dispõe que “sendo a cessão para órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos”. GABARITO: LETRA b. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 27 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br 07. (FCC/Analista Judiciário TRT 24ª Região/2011) É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. No que concerne ao direito de petição, previsto na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar: a) Não é cabível recurso das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. b) O recurso contra o indeferimento do pedido de reconsideração não poderá ser recebido no efeito suspensivo. c) O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias. d) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de quinze dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. e) Se provido o pedido de reconsideração ou o recurso, os efeitos da decisão não retroagirão à data do ato impugnado, produzindo efeitos da data da decisão em diante. Comentários a) Errado. Caso o servidor apresente recurso perante a autoridade administrativa competente e a decisão proferida não atenda às suas expectativas, ainda sim poderá apresentar um novo recurso sucessivo (na sequência), desde que não exista vedação legal específica. b) Errado. Como regra, o recurso não possui efeito suspensivo, isto é, a decisão proferida começa a produzir efeitos imediatamente. Entretanto, o art. 109 da Lei 8.112/1990 dispõe que o recurso também poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente. c) Correto. É o que dispõe o parágrafo único, art. 106, da Lei 8.112/1990. d) Errado. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. e) Errado. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. GABARITO: LETRA c. 08. (FCC/Técnico Judiciário TRT 24ª Região/2011) No que diz respeito às licenças, previstas na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar: a) Na licença para o serviço militar, concluído tal serviço, o servidor terá até quarenta dias sem remuneração para reassumir o exercício do cargo. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------28 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br b) É possível o exercício de atividade remunerada durante o período da licença por motivo de doença em pessoa da família. c) A licença ao servidor para acompanhar cônjuge que foi deslocado para o exterior será pelo prazo máximo de dois anos. d) A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da mesma espécie será considerada como prorrogação. e) A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de dois meses. Comentários a) Errado. O prazo previsto no art. 85, parágrafo único, da Lei 8.112/1990, para que o servidor reassuma o exercício do cargo é de 30 (trinta) dias, sob pena de caracterização de abandono de cargo público. b) Errado. Como a própria legislação impõe como requisito de sua concessão a indispensabilidade da presença do servidor durante o tratamento, não será permitido que o mesmo utilize esse período para exercer atividade remunerada (trabalhar na iniciativa privada, por exemplo). c) Errado. O art. 84 da Lei 8.112/1990 dispõe que a licença para acompanhar cônjuge que foi deslocado para o exterior será concedida por prazo indeterminado. d) Correto. Desse modo, caso o servidor tenha gozado de um período de licença por motivo de doença em pessoa da família até 20/10/11, e, posteriormente, em 16/12/11, lhe tenha sido concedido outro período de licença, este último não será considerado um novo período, mas sim uma simples prorrogação da primeira licença. e) Errado. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses. GABARITO: LETRA d. 09. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2009) A licença para desempenho de mandato classista, prevista na Lei n° 8.112/90, está condicionada, dentre outras, à seguinte regra: a) Durante a licença o servidor receberá metade da sua remuneração. b) A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por duas vezes. c) Para entidades com até 5.000 associados, o limite é de dois servidores. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 29 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br d) Para entidades com mais de 30.000 associados, o limite é de seis servidores. e) Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de direção ou representação nas entidades, desde que cadastradas no Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. Comentários a) Errado. Durante todo o período da licença para desempenho de mandato classista o servidor não fará jus à remuneração. b) Errado. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez. c) Errado. Nesse caso, o limite imposto pelo art. 92 da Lei 8.112/1990 é de um servidor. d) Errado. Para entidades com mais de 30.000 associados, o limite é de três servidores e) Correto. É o que dispõe o art. 92, § 2º, da Lei 8.112/1990. GABARITO: LETRA e. 10. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2008) No que se refere ao servidor público da administração direta, no exercício de mandato eletivo, a) tratando-se de mandato eletivo federal ficará afastado de seu cargo, emprego ou função. b) investido no mandato de Prefeito, será afastado de seu cargo, emprego ou função, e receberá a remuneração correspondente ao cargo eletivo. c) investido no mandato de Vereador, mesmo havendo compatibilidade de horários, ficará afastado de seu cargo sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento. e) para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores não serão determinados como se no exercício estivesse. Comentários a) Correto. Se o servidor titular de cargo efetivo for eleito para o exercício de mandato federal, estadual ou distrital (Presidente e vice- presidente da República, Governador e vice-governador, Senador, Deputado NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 30 Prof. Fabiano Pereira www.pontodosconcursos.com.br Federal, Estadual ou distrital) ficará afastado do respectivo cargo durante o exercício do mandato. Nesse caso, receberá apenas o subsídio do cargo eletivo exercido. b) Errado. Se o servidor for investido no mandato de Prefeito, realmente será afastado provisoriamente do cargo efetivo, mas, nesse caso, poderá optar pela remuneração que deseja receber (a do cargo de provimento efetivo ou o subsídio do cargo eletivo). c) Errado. Se houver compatibilidade de horários entre o exercício do mandato eletivo de vereador e o exercício do cargo de provimento efetivo, receberá a remuneração relativa ao cargo de provimento efetivo e, ainda, o subsídio do cargo eletivo de vereador. d) Errado. O art. 38, IV, da Constituição Federal, dispõe que em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento. e) Errado. Para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse, conforme preceitua o art. 38, V, da Constituição Federal. GABARITO: LETRA a. (Agente Técnico de Inteligência/ABIN 2010/CESPE) Acerca do regime jurídico dos servidores públicos civis da administração federal, julgue os itens subsequentes. 11. Suponha que um servidor público apresente ao setor de recursos humanos do órgão em que seja lotado atestado médico particular para comprovar que seu pai é portador de doença grave e informar que necessita assisti-lo durante a realização de tratamento em cidade distante do local de trabalho. Nesse caso, o referido servidor fará jus a licença por motivo de doença. O art. 83 da Lei 8.112/1990 dispõe que “poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial.” Entretanto, a simples apresentação de atestado medico particular, por si só, não garante o direito ao gozo da licença para acompanhar o tratamento de saúde do pai em cidade distante do local de trabalho. É necessário, ainda, que o pai seja submetido a uma perícia médica oficial (realizada por médicos integrantes dos quadros da Administração), que será responsável por atestar a existência da doença, o que torna incorreta a assertiva. NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. 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