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Lei 8 112 - aula 03.pdf

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NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS 
CURSO PREPARATÓRIO PARA O TSE - PROF. FABIANO PEREIRA 
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DAS LICENÇAS, AFASTAMENTOS E DIREITO DE PETIÇÃO 
11. Licenças ................................................................................... 02 
11.1. Licença por motivo de doença em pessoa da família ..... 02 
11.2. Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou 
companheiro .................................................................................. 03 
11.3. Licença para o serviço militar ....................................... 04 
11.4. Licença para atividade política ..................................... 04 
11.5. Licença para capacitação ............................................... 05 
11.6. Licença para tratar de interesses particulares ............... 05 
11.7. Licença para o desempenho de mandato classista ........ 06 
11.8. Licença para tratamento da própria saúde .................... 06 
11.9. Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade .. 07 
11.10. Licença por acidente em serviço .................................. 08 
12. Dos afastamentos ..................................................................... 08 
12.1. Afastamento para servir a outro órgão ou entidade ...... 09 
12.2. Do afastamento para exercício de mandato eletivo ....... 11 
12.3. Do afastamento para estudo ou missão no exterior ...... 12 
12.4. Do afastamento para participação em programa de pós-
graduação stricto sensu no país ...................................................... 13 
13. Das concessões ......................................................................... 14 
13.1. Horário especial ao servidor estudante .......................... 15 
13.2. Horário especial ao servidor portador de deficiência ..... 15 
13.3. Matrícula em instituição de ensino congênere no caso de 
mudança de sede no interesse da Administração ............................ 16 
14. Do tempo de serviço .................................................................. 16 
15. Direito de Petição ...................................................................... 18 
16. Resumo de Véspera de Prova .................................................... 20 
17. Questões comentadas ................................................................ 22 
18. Questões para fixação do conteúdo ............................................ 43 
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11. Licenças 
São várias as espécies de licenças que podem ser concedidas aos 
servidores públicos federais. As principais estão arroladas no art. 81 da Lei 
8.112/1990. 
Para responder às questões da CONSULPLAN, é importante ficar atento 
aos detalhes específicos de cada uma delas, pois essas informações costumam 
freqüentar as provas dessa banca examinadora. 
De início, gostaria de chamar a sua atenção para o teor do artigo 82 da 
Lei 8.112/1990, que é expresso ao afirmar que “a licença concedida dentro de 
60 (sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será considerada 
como prorrogação”. 
Desse modo, caso o servidor tenha gozado de um período de licença por 
motivo de doença em pessoa da família até 20/10/11, e, posteriormente, em 
16/12/11, lhe tenha sido concedido outro período de licença, este último 
não será considerado um novo período, mas sim uma simples prorrogação
da primeira licença. 
Isso se justifica pelo fato de que o segundo período foi concedido antes
de 60 (sessenta) dias do término do primeiro período gozado. 
11.1. Licença por motivo de doença em pessoa da família 
Trata-se de licença concedida ao servidor por motivo de doença do 
cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta, 
enteado ou dependente que viva às suas expensas e conste de seu 
assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica oficial. 
Esta licença, incluídas as suas prorrogações, poderá ser concedida sem 
prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até 60 (sessenta) dias, 
consecutivos ou não, e excedendo este prazo, sem remuneração, por até 90 
(noventa) dias, consecutivos ou não, limitando-se ao total de 150 (cento e 
cinquenta) dias, a cada período de doze meses, contados a partir da data da 
primeira concessão. O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a 
partir da data do deferimento da primeira licença concedida. 
Os 60 (sessenta) primeiros dias de licença, apesar da remuneração, 
somente serão computados para fins de aposentadoria e disponibilidade (não 
são contados para fins de promoção, por exemplo). Após esse prazo de 60 
(sessenta) dias, o período de licença não será considerado para qualquer 
efeito legal. 
Caso o servidor licenciado esteja em estágio probatório, este ficará 
suspenso durante todo o período da licença por motivo de doença em pessoa 
da família, retornando a contagem a partir do término do impedimento. 
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Para responder às questões da CONSULPLAN: A licença somente será 
deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder ser 
prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação 
de horário. 
É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período de 
licença por motivo de doença em pessoa da família. 
11.2. Licença por motivo de afastamento do cônjuge ou 
companheiro 
Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge é uma licença sem 
remuneração, por prazo indeterminado, que poderá ser concedida ao 
servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro deslocado para outro ponto 
do território nacional, para o exterior ou para exercício de mandato eletivo dos 
Poderes Executivo e Legislativo. 
Ainda que o servidor esteja em estágio probatório fará jus à licença 
por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro, tendo em vista que é 
dever do Estado assegurar a convivência familiar. Entretanto, o estágio 
probatório ficará suspenso durante a licença e somente será retomado a 
partir do término da licença. 
Atenção: para que o servidor possa usufruir da licença em questão, não 
é necessário que o cônjuge deslocado para outra localidade também seja 
servidor público. A licença pode ser concedida, por exemplo, ao servidor 
público cujo cônjuge trabalha na iniciativa privada e foi transferido da cidade 
de Montes Claros/MG para a cidade de Avaré/SP. 
Entretanto, no deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro 
também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver 
exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, 
autárquica ou fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível 
com o seu cargo. 
Havendo a possibilidade de o servidor ser lotado provisoriamente em 
repartição da Administração Pública Federal, direta, autárquica ou fundacional 
na cidade para onde o cônjuge está sedeslocando, a licença será remunerada, 
pois o servidor prestará serviços na nova repartição, ficando vinculado ao seu 
órgão de origem. 
Quando o servidor obtém lotação provisória em outro órgão federal, o 
ônus de seu pagamento será da instituição de origem. Nesse caso, o órgão de 
destino deverá encaminhar mensalmente a frequência do servidor para que 
seja efetuado o controle. 
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No caso de ocorrer lotação provisória do servidor em estágio probatório, 
a avaliação de desempenho deverá ser efetuada pelo órgão ou entidade no 
qual o servidor estiver em exercício, de acordo com as orientações do seu 
órgão de origem. 
11.3. Licença para o serviço militar 
O artigo 85 da Lei 8.112/1990 assegura ao servidor público federal o 
direito à licença em decorrência de convocação para o serviço militar 
obrigatório, período que será considerado como de efetivo exercício e contado 
para todos os fins. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: Concluído o Serviço Militar, 
o servidor terá até 30 dias, sem remuneração, para reassumir o exercício do 
cargo, sob pena de ficar configurado o abandono de cargo público após os 30 
dias. 
Os servidores públicos, durante o tempo em que estiverem incorporados 
à organização militar da ativa ou matriculados em órgão de formação de 
reserva, não perceberão nenhuma remuneração, vencimento ou salário dos 
seus órgãos de origem, sendo-lhes assegurado, somente, o retorno ao cargo. 
11.4. Licença para atividade política 
Trata-se de licença concedida ao servidor público que deseja candidatar-
se a cargo eletivo, desmembrando-se em dois períodos distintos: 
1º) Tem início com a escolha do nome do servidor em convenção 
partidária, como candidato a cargo eletivo, e se estende até a véspera
do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral; 
As convenções partidárias para a escolha de eventuais candidatos a 
cargos eletivos acontecem entre os dias 10 e 30 de junho do ano eleitoral. 
Ademais, a regra é de que o prazo limite para registros de candidaturas a 
cargos eletivos encerra-se no dia 05 de julho do ano eleitoral. Assim, se o 
nome do servidor for escolhido em convenção partidária no dia 20 de junho
de 2012, por exemplo, ser-lhe-á assegurado o direito de gozar da presente 
licença até o dia 04 de julho do ano em que for disputar o cargo eletivo. 
2º) Inicia-se na data do registro da candidatura do servidor perante a 
justiça eleitoral e vai até o décimo dia seguinte ao da eleição. 
A data do registro deve ser interpretada como a do protocolo do 
requerimento no órgão eleitoral responsável, isto é, 05 de julho do ano 
eleitoral (que é a regra geral). 
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No primeiro período, o servidor não receberá qualquer remuneração e 
o período não é computado para quaisquer fins legais. No segundo período,
o servidor receberá a remuneração pelo prazo máximo de 03 (três) meses
e o período de licença será computado apenas para fins de aposentadoria e 
disponibilidade. 
Ao servidor em estágio probatório também poderá ser concedida a 
licença, ficando o estágio probatório suspenso durante a licença e retornando a 
partir do término do impedimento. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: O servidor candidato a 
cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que exerça cargo 
de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será 
afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a 
Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. 
11.5. Licença para capacitação 
Licença para Capacitação é o afastamento concedido ao servidor, a cada 
05 (cinco) anos de efetivo exercício no Serviço Público Federal, para 
participar de curso de capacitação profissional, por até 03 (três) meses, sem 
perda da remuneração. 
Para gozo dessa licença, são requisitos básicos o cumprimento de 05 
(cinco) anos de efetivo exercício e que o servidor venha a aperfeiçoar-se em 
curso correlato à sua área de atuação no serviço público federal. 
A concessão da licença se dará no interesse da Administração, 
podendo ser negada, por exemplo, em virtude de acúmulo de serviço ou 
escassez do quadro de pessoal da unidade de lotação do servidor, quando não 
for possível a contratação de substituto. 
Os períodos de licença não são acumuláveis, devendo ser utilizados 
antes do fechamento do próximo quinquênio. Além disso, a licença poderá ser 
parcelada conforme a duração do curso pretendido, desde que não ultrapasse 
o limite máximo de 03 meses. 
11.6. Licença para tratar de interesses particulares 
O artigo 91 da Lei 8.112/90 estabelece que, “a critério da Administração, 
poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não 
esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares 
pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração”. 
A licença poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do 
servidor ou no interesse do serviço e o seu período não será computado 
para qualquer efeito legal. 
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Não há prorrogação da licença para trato de assuntos particulares, 
sempre há uma nova concessão. O servidor deverá aguardar em exercício a 
autorização da licença. 
Será assegurada ao servidor licenciado ou afastado sem remuneração a 
manutenção da vinculação ao regime do Plano de Seguridade Social do 
Servidor Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva contribuição, 
no mesmo percentual devido pelos servidores em atividade, incidente sobre a 
remuneração total do cargo a que faz jus no exercício de suas atribuições, 
computando-se, para efeito, inclusive as vantagens pessoais. 
11.7. Licença para o desempenho de mandato classista 
O artigo 92 da Lei 8.112/90 afirma que “é assegurado ao servidor o 
direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em 
confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato 
representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, 
para participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa
constituída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros”. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: A licença terá duração 
igual à do mandato, podendo ser prorrogada, no caso de reeleição, e por uma 
única vez. 
Não pode ser concedida licença para desempenho de mandato classista 
ao servidor em estágio probatório, que também não poderá ser removido ou 
redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. 
Para entidades com até 5.000 associados, poderá ser disponibilizado um 
servidor; para entidades com 5.001 a 30.000 associados, dois servidores e 
para entidades com mais de 30.000 associados, três servidores. 
11.8. Licençapara tratamento da própria saúde 
Prevista nos artigos 202 a 206 da Lei 8.112/90, trata-se de licença 
concedida ao servidor para tratamento de sua saúde, a pedido ou de ofício, 
mediante perícia médica, sem prejuízo da remuneração. 
O servidor tem o prazo de 24h para comunicar sua ausência ao trabalho 
à chefia imediata, e esta, o prazo de 48h para requerer a inspeção médica à 
Divisão de Junta Médica. 
O servidor que tiver impedimento físico para se deslocar à Junta Médica 
poderá solicitar visita domiciliar ou hospitalar. 
A licença para tratamento de saúde inferior a 15 (quinze) dias, dentro de 
01 (um) ano, poderá ser dispensada de perícia oficial, na forma definida em 
regulamento. 
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O prazo máximo contínuo de licença para tratamento de saúde é de 24 
meses. Finalizado os 24 meses, caso o servidor não esteja em condições de 
retornar às atividades normais ou ser readaptado para outro cargo com 
atribuições e vencimentos afins, será aposentado por invalidez permanente. 
Nesse caso, o período compreendido entre o término da licença e a publicação 
do ato de aposentadoria será considerado como de prorrogação de licença. 
11.9. Licença à gestante, à adotante e licença-paternidade 
O artigo 207 da Lei 8.112/1990, amparado pelo inciso XVIII, artigo 7º, 
da CF/1988, estabelece que “será concedida licença à servidora gestante por 
120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem prejuízo da remuneração”, com as 
seguintes características: 
a) a licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, 
salvo antecipação por prescrição médica. 
b) no caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do 
parto. 
c) no caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a 
servidora será submetida a exame médico, e se julgada apta, reassumirá 
o exercício. 
d) no caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito 
a 30 (trinta) dias de repouso remunerado. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: Para amamentar o próprio 
filho, até a idade de seis meses, a servidora lactante terá direito, durante a 
jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que poderá ser parcelada em 
dois períodos de meia hora. 
Ao servidor também é assegurada legalmente a licença-paternidade pelo 
nascimento ou adoção de filhos, pelo prazo de 05 (cinco) dias consecutivos. 
ATENÇÃO: Além da licença-gestante, a Lei 8.112/90 também prevê o 
afastamento de servidora pelo prazo de 90 dias consecutivos, com 
remuneração integral, por adoção ou guarda judicial de criança de até um 01 
ano de idade ou pelo prazo de 30 dias consecutivos, caso a criança tenha 
mais de 01 ano e menos de 12 anos de idade. 
A licença à adotante será deferida mediante apresentação do termo de 
adoção ou termo provisório (termo de guarda e responsabilidade) e deverá ser 
usufruída imediatamente após a adoção, pois sua finalidade é de permitir a 
adaptação do adotado ao seu novo ambiente, sendo incompatível com o 
adiamento do gozo. 
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É importante esclarecer que, com a publicação da Lei 11.770/2008, foi 
editado o Decreto 6.690/08, que estabeleceu novas regras sobre a 
possibilidade de prorrogação dos prazos da licença-gestante e licença à 
adotante. 
No caso da licença-gestante, a prorrogação será garantida à servidora 
pública que requeira o benefício até o final do primeiro mês após o parto e 
terá duração de sessenta dias. 
A licença à adotante será prorrogada por quarenta e cinco dias (no caso 
de criança de até um ano de idade) e por quinze dias (no caso de criança com 
mais de um ano de idade), desde que a servidora requeira o benefício nos 
prazos exigidos e cumpra os demais requisitos previstos na regulamentação da 
matéria. 
No período da prorrogação da licença-gestante ou licença à adotante, a 
servidora não poderá exercer qualquer atividade remunerada e a criança não 
poderá ser mantida em creche ou organização similar. Em caso de 
inobservância dessas exigências, a servidora perderá o direito à prorrogação 
da licença à adotante e deverá ressarcir os valores recebidos indevidamente. 
11.10. Licença por acidente em serviço 
Acidente em Serviço é a ocorrência não programada, resultante do 
exercício do trabalho, que provoque lesão corporal, perturbação funcional ou 
doença, e que determine morte, perda total ou parcial, permanente ou 
temporária da capacidade laborativa, incluindo-se o acidente decorrente de 
agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo ou 
sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: Será licenciado, com 
remuneração integral, o servidor acidentado em serviço. 
O servidor acidentado em serviço que necessite de tratamento 
especializado poderá ser tratado em instituição privada, à conta de recursos 
públicos. O tratamento recomendado por junta médica oficial constitui medida 
de exceção e somente será admissível quando inexistirem meios e recursos 
adequados em instituição pública. 
12. Dos afastamentos 
A Lei 8.112/1990 prevê várias situações em que o servidor deverá 
afastar-se de suas funções públicas originais, pois, na maioria das vezes, são 
incompatíveis com as suas novas atividades, seja no âmbito da própria 
Administração ou em atividade particular. 
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Entre as hipóteses legais, podemos citar o afastamento para servir a 
outro órgão ou entidade, para exercício de mandato eletivo, para estudo ou 
missão no exterior e para participação em programa de pós-graduação stricto 
sensu no país 
 
 
12.1. Afastamento para servir a outro órgão ou entidade 
 O servidor público federal poderá ser cedido para ter exercício em 
outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do Distrito 
Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: 
a) para exercício de cargo em comissão ou função de confiança; 
b) em casos previstos em leis específicas. 
A cessão nada mais é que o afastamento do servidor para ter exercício 
em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios, a critério do órgão cedente, sem a vacância do cargo e sem a 
alteração na sede de origem. 
Pode ocorrer de o servidor ter prestado concurso público para um 
determinado órgão (Ministério do Meio Ambiente, por exemplo), sempre ter 
trabalhado nesse órgão, mas, posteriormente, ser cedido (“emprestado”) para 
trabalhar provisoriamente em órgão ou entidade diversa (IBAMA, por 
exemplo). 
É importante esclarecer que a cessão de servidores pode ocorrer entre 
esferas distintas. Assim, a União pode ceder servidores para trabalhar nos 
Municípios, Estados e no DF, bem como nas entidades da Administração 
Indireta. 
As cessões serão concedidas pelo prazo de atéum ano, podendo ser 
prorrogadas no interesse dos órgãos ou das entidades cedentes e cessionários. 
Quando o servidor p úblico federal for cedido para exercício de cargo 
em comissão ou função de confiança em órgãos ou entidades dos Estados, 
do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão 
ou entidade que está recebendo o servidor (entidade cessionária). 
Por outro lado, se o servidor for cedido para outro órgão ou entidade dos 
Poderes da União, ou nas hipóteses previstas em leis específicas, o ônus da 
remuneração é do órgão ou entidade cedente (o órgão de origem e lotação 
do servidor cedido). 
Informação importante e que deve ser sempre lembrada é a de que o 
servidor federal, mesmo que cedido para exercício perante um Município, por 
exemplo, mantém a sua lotação no órgão de origem. O servidor federal não 
passa a ser um “servidor municipal”, pois permanece vinculado e lotado no 
órgão de origem, já que a cessão é temporária. 
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Pergunta: Professor, o inciso II do artigo 93 da Lei 8.112/90 estabelece 
que a cessão de servidores poderá ocorrer em casos “previstos em leis 
específicas”. É possível fornecer um exemplo para ficar mais fácil o 
entendimento? 
Claro! A Lei Federal 9.020/95, que dispôs em caráter emergencial e 
provisório sobre a implantação da Defensoria Pública da União, é um bom 
exemplo. Observe: 
“Art. 3º. O Poder Público, por seus órgãos, entes e instituições, poderá, 
mediante termo, convênio ou qualquer outro tipo de ajuste, fornecer à 
Defensoria Pública da União, gratuitamente, bens e serviços necessários 
à sua implantação e ao seu funcionamento. 
Parágrafo único. Os serviços a que se refere este artigo compreendem o 
apoio técnico e administrativo indispensável ao funcionamento da 
Defensoria Pública da União. 
Art. 4º. O Defensor Público-Geral da União poderá requisitar 
servidores de órgãos e entidades da Administração Federal, 
assegurados ao requisitado todos os direitos e vantagens a que faz jus 
no órgão de origem, inclusive promoção. 
Parágrafo único. A requisição de que trata este artigo é irrecusável e 
cessará até noventa dias após a constituição do Quadro Permanente de 
Pessoal de apoio da Defensoria Pública da União.” 
Pergunta: Professor, a Lei Federal 9.020/95 não se refere 
expressamente à cessão, mas sim à requisição. Essas expressões são 
sinônimas? 
Quase ... A requisição caracteriza-se por ser uma “cessão forçada”,
através da qual uma entidade ou órgão (no caso, a Defensoria Pública da 
União) pode requerer, sem possibilidade de negativa por parte do órgão ou 
entidade destinatários da requisição, a cessão de servidores. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: Na hipótese de o servidor cedido 
a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos termos das 
respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela 
remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo 
em comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas 
realizadas pelo órgão ou entidade de origem. 
 Nas cessões de empregados de empresa pública ou de sociedade de 
economia mista, que receba recursos de Tesouro Nacional para o custeio 
total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, é irrelevante 
discutir a responsabilidade pela remuneração do servidor, pois esta já está sob 
a responsabilidade da própria União (Tesouro Nacional). 
A cessão de servidores deverá ocorrer mediante Portaria publicada no 
Diário Oficial da União. 
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12.2. Do afastamento para exercício de mandato eletivo 
Após o término do gozo de licença para atividade política
(remunerada por até 3 meses) com o objetivo de disputar mandato eletivo, se 
eleito, o servidor terá que se afastar provisoriamente do cargo efetivo para o 
exercício do cargo eletivo. 
Essa regra somente não se aplica quando o servidor tiver sido eleito para 
o cargo de vereador e existir compatibilidade de horários para o exercício de 
ambas as funções. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: Ao servidor público da 
administração direta, autárquica e fundacional, Investido no mandato de 
Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de 
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo 
(CONSULPLAN/Advogado - Prefeitura de Sertaneja-PR/2010) 
A Lei 8.112/90 simplesmente reproduz as regras constitucionais 
previstas no artigo 38 da CF/88, estabelecendo que: 
a) se o servidor titular de cargo efetivo for eleito para o exercício de 
mandato federal, estadual ou distrital (Presidente e vice-presidente da 
República, Governador e vice-governador, Senador, Deputado Federal, 
Estadual ou distrital) ficará afastado do respectivo cargo durante o 
exercício do mandato. Nesse caso, receberá apenas o subsídio do cargo 
eletivo exercido; 
b) se o servidor for investido no mandato de Prefeito, também será 
afastado provisoriamente do cargo, mas, nesse caso, poderá optar pela 
remuneração que deseja receber (a do cargo de provimento efetivo ou o 
subsídio do cargo eletivo); 
c) se o servidor for investido no mandato de vereador, duas são 
as hipóteses: 
1ª) se houver compatibilidade de horários entre o exercício do mandato 
eletivo de vereador e o exercício do cargo de provimento efetivo, 
receberá a remuneração relativa ao cargo de provimento efetivo e, 
ainda, o subsídio do cargo eletivo de vereador. Em muitas cidades do 
interior é comum essa acumulação, pois, geralmente, as Câmaras 
Municipais realizam reuniões no período noturno ou aos fins de semana. 
2ª) se não houver compatibilidade de horários, o servidor deverá se 
afastar do cargo de provimento efetivo, mas poderá optar pela 
retribuição pecuniária que deseja receber: a remuneração do cargo 
efetivo ou o subsídio do cargo eletivo. 
O servidor investido em função de direção, chefia ou assessoramento, 
que se afastar para exercício de mandato eletivo, será dispensado da função, 
deixando de receber a respectiva gratificação. 
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No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a 
seguridade social como se em exercício estivesse, sendo que o tempo de 
afastamento é considerado como de efetivo exercício para todos os fins, exceto 
promoção por merecimento. 
Outra importante regra estatutária e que merece destaque é a proibição 
de remoção ou redistribuição, de ofício, do servidor investido em mandato 
eletivo ou classista para localidade diversa daquela onde exerce o mandato. 
12.3. Do afastamento para estudo ou missão no exterior 
O artigo 95 da Lei 8.112/1990 estabelece mais uma hipótese de 
afastamento do servidor de suas funções, agora de natureza discricionária: 
para estudo ou missão no exterior. 
O períodode afastamento do servidor para estudo ou missão no exterior 
será considerado como de efetivo exercício do cargo e, em alguns órgãos e 
entidades públicas federais, poderá ocorrer nas seguintes modalidades: 
a) com ônus para a Administração, quando implicarem no direito do 
servidor a passagens e diárias, assegurada ainda a remuneração do 
cargo efetivo ou função, excluídas as vantagens pecuniárias em razão do 
exercício no órgão; 
b) com ônus limitado para a Administração, quando implicarem direito 
do servidor apenas à remuneração do cargo efetivo ou função, excluídas 
as vantagens pecuniárias em razão do exercício no órgão; 
c) sem ônus para a Administração, quando implicarem perda total da 
remuneração do cargo efetivo ou função, e não acarretarem qualquer 
despesa para a Administração. 
Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o servidor deverá 
obter autorização do Presidente da República (quando se tratar de um 
servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo
(quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou Presidente do 
Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um servidor do Poder 
Judiciário Federal). 
 A ausência do servidor não poderá ser superior a 4 (quatro) anos, e, 
após a conclusão da missão ou estudo no exterior, somente poderá gozar de 
outro período de ausência se decorrido igual período de efetivo exercício. 
Exemplo: Se o servidor ausentou-se do país por 3 (três) anos, ao 
retornar, deverá exercer as suas funções perante o cargo público por, pelo 
menos, mais 3 (três) anos. Somente após esse período poderá ausentar-se 
novamente do país para estudo ou missão no exterior. 
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Caso o servidor tenha sido beneficiado com o afastamento para estudo 
ou missão no exterior, somente poderá ser exonerado ou gozar de licença 
para tratar de interesse particular depois de retornar ao país e trabalhar 
pelo mesmo período do afastamento. 
Trata-se de regra pautada no princípio da moralidade e da eficiência, 
pois evita que o servidor, ao retornar ao país com uma melhor qualificação, 
deixe a Administração (que muitas vezes assume todos os ônus da viagem) 
para prestar serviços na iniciativa privada (que, certamente, irá lhe remunerar 
melhor). 
Essa regra é ressalvada na hipótese de ressarcimento, pelo servidor, da 
despesa havida com seu afastamento, inclusive quanto à sua remuneração. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: As regras sobre 
afastamento para estudo ou missão no exterior não se aplicam aos servidores 
da carreira diplomática, que possuem regras próprias em virtude da natureza 
da atividade que exercem. 
 Estabelece ainda o artigo 96 do Estatuto que o servidor pode ser 
afastado, por prazo indeterminado, para servir em organismo internacional de 
que o Brasil participe ou com o qual coopere. Todavia, o afastamento ocorrerá 
com perda total da remuneração. 
Exemplo: O servidor público federal pode se afastar, por exemplo, para 
exercer as suas funções perante a representação da O.M.S. (Organização 
Mundial da Saúde) em Brasília, DF. 
Nos termos do Decreto Federal 201/91, concluída a execução dos 
serviços junto ao organismo internacional, o servidor reassumirá o exercício do 
respectivo cargo ou emprego no prazo máximo de cento e vinte dias. 
O tempo de duração do afastamento será contado apenas para efeito de 
aposentadoria e disponibilidade. 
12.4. Do afastamento para participação em programa de pós-
graduação stricto sensu no país 
Com a promulgação da Lei 11.907/09, que incluiu o artigo 96-A na Lei 
8.112/90, o servidor poderá afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a 
respectiva remuneração, para participar em programa de pós-graduação 
stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado) em instituição de ensino 
superior no País. 
Trata-se de um afastamento que será concedido discricionariamente
pela Administração, quando não for possível conciliar o exercício do cargo com 
os estudos. 
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Para que seja concedido o afastamento, o servidor deve ser ocupante de 
cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3 (três) anos
para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de 
estágio probatório. Além disso, é necessário que não tenha se afastado por 
licença para tratar de assuntos particulares, para gozo de licença para 
capacitação ou, ainda, gozado de outro afastamento para participação em 
programa de pós-graduação stricto sensu nos 2 (dois) anos anteriores à data 
da solicitação de afastamento. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: Os afastamentos para 
realização de programas de pós-doutorado somente serão concedidos aos 
servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo 
menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não 
tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com 
fundamento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de 
afastamento. 
Os servidores beneficiados pelos afastamentos para participação em 
programa de pós-graduação stricto sensu terão que permanecer no exercício 
de suas funções, após o seu retorno, por um período igual ao do afastamento 
concedido. 
Somente após esse período será possível a solicitação de exoneração
do cargo ou aposentadoria, exceto se for efetuado o ressarcimento aos 
cofres públicos de todas as despesas custeadas pela Administração no período, 
incluindo a remuneração do servidor. 
Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justificou seu 
afastamento no período previsto, também estará obrigado a ressarcir aos 
cofres públicos todas as despesas assumidas pela Administração, exceto se 
ficar comprovado que a obtenção não ocorreu em virtude de força maior ou de 
caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. 
13. Das concessões 
O art. 97 da Lei 8.112/1990 apresenta um rol de hipóteses nas quais o 
servidor público poderá ausentar-se do serviço sem qualquer prejuízo, a saber: 
 I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; 
 II - por 2 (dois) dias, para se alistar como eleitor; 
 III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : 
 a) casamento; 
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 b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, 
filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. 
Para usufruir do direito de ausentar-se das atividades normais o servidor 
precisará comprovar documentalmente os fatos que ensejaram o pedido, sob 
pena de indeferimento. 
13.1. Horário especial ao servidor estudante 
Horário Especial é uma concessão que permite ao servidor estudante, 
matriculado em cursos regulares de ensino fundamental, médio, superiore 
pós-graduação presencial, prestar serviço em horário diferenciado quando ficar 
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: Para usufruir do horário 
especial de trabalho, será exigida a compensação de horário no órgão ou 
entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. 
Ao servidor ocupante de função gratificada ou cargo comissionado não 
será concedido horário especial para estudante, por estar submetido a regime 
de integral dedicação ao serviço, podendo ser convocado sempre que houver 
interesse da Administração. 
No julgamento do Recurso Especial nº 420.312/RS, de relatoria do 
Ministro Felix Fischer, o Superior Tribunal de Justiça afirmou que “de 
acordo com o disposto no art. 98 da Lei nº 8.112/90, o horário especial a que 
tem direito o servidor estudante condiciona-se aos seguintes requisitos: 
comprovação de incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição; 
ausência de prejuízo ao exercício do cargo; e compensação de horário no 
órgão em que o servidor tiver exercício, respeitada a duração semanal do 
trabalho. Atendidos esses requisitos, deve ser concedido o horário especial ao 
servidor estudante, porquanto o dispositivo legal não deixa margem à 
discricionariedade da administração, constituindo a concessão do benefício, 
nesse caso, ato vinculado”. 
13.2. Horário especial ao servidor portador de deficiência 
 
Será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, 
quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, 
independentemente de compensação de horário. 
 
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Por sua vez, compete à Junta Médica Oficial, mediante parecer 
conclusivo, qualificar o tipo de deficiência apresentada pelo servidor, assim 
como especificar a capacidade para o exercício das atribuições do seu cargo 
efetivo, definindo, inclusive, a jornada de trabalho que o servidor pode 
suportar em razão da incapacidade parcial para o cumprimento de sua jornada 
de trabalho. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: O horário especial também 
se aplica ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de 
deficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de horário. 
13.3. Matrícula em instituição de ensino congênere no caso de 
mudança de sede no interesse da Administração 
 O art. 99 da Lei 8.112/1990 dispõe que ao servidor estudante que mudar 
de sede no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova 
residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino 
congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. 
Essa prerrogativa também é assegurada ao cônjuge ou companheiro, aos 
filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos 
menores sob sua guarda, com autorização judicial. 
14. Do tempo de serviço 
Assim como acontece com a maioria dos candidatos de todo o país, 
provavelmente você não gosta de ficar “decorando” informações e mais 
informações para resolver as questões de prova. Entretanto, vou logo 
avisando: é essencial que você assimile todas as informações contidas no art. 
102 da Lei 8.112/1990, pois são grandes as chances de a CONSULPLAN 
elaborar uma questão sobre o tema. 
 Sendo assim, deve ficar claro que são considerados como de efetivo 
exercício (como se o servidor estivesse trabalhando) os afastamentos 
ocorridos em virtude de: 
 I - férias; 
 II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou 
entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; 
 III - exercício de cargo ou função de governo ou administração, em 
qualquer parte do território nacional, por nomeação do Presidente da 
República; 
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IV - participação em programa de treinamento regularmente instituído 
ou em programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o 
regulamento; 
 V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do 
Distrito Federal, exceto para promoção por merecimento; 
 VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, 
conforme dispuser o regulamento; 
 VIII - licença: 
 a) à gestante, à adotante e à paternidade; 
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro 
meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em 
cargo de provimento efetivo; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência 
ou administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para 
prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por 
merecimento; 
 d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; 
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; 
 f) por convocação para o serviço militar; 
 IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; 
 X - participação em competição desportiva nacional ou convocação para 
integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme 
disposto em lei específica; 
 XI - afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil 
participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 
 Por outro lado, será computado apenas para efeito de aposentadoria e 
disponibilidade: 
 I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito 
Federal; 
II - a licença para tratamento de saúde de pessoa da família do servidor, 
com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) 
meses. 
 III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2º, da Lei 
8.112/1990; 
 IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, 
estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal; 
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 V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência 
Social; 
 VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; 
 VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o 
prazo a que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102; 
Para responder às questões da CONSULPLAN: É vedada a contagem 
cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente em mais de um 
cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito 
Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista 
e empresa pública. 
É contado para todos os efeitos o tempo de serviço público federal, 
inclusive o prestado às Forças Armadas.Ademais, a apuração do tempo de 
serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos, considerado o ano 
como de trezentos e sessenta e cinco dias. 
15. Direito de Petição 
 É assegurado ao servidor público federal o “direito de requerer” aos 
Poderes Públicos em defesa de direito ou interesse legítimo. Isso significa que 
o servidor pode requerer, por escrito, informações, providências ou certidões 
diretamente à autoridade competente. A esse “direito de requerer” 
assegurado ao servidor público federal dá-se o nome de direito de petição. 
 O requerimento contendo a descrição dos fatos, o pedido e a respectiva 
assinatura do servidor será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e 
encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediatamente 
subordinado o requerente. 
 O requerimento deverá ser despachado no prazo de 5 (cinco) dias e 
decidido dentro de 30 (trinta) dias. 
Para a plenitude do exercício do direito de petição, o próprio servidor ou 
procurador por ele constituído (inclusive advogado) poderão ter acesso 
(“vistas”) a eventuais documentos ou processos que se encontrem em 
repartições ou órgãos públicos e que sejam necessários à satisfação ou defesa 
de seus direitos. 
Além da apresentação do requerimento, o servidor tem ainda à sua 
disposição o pedido de reconsideração, que nada mais é do que a 
solicitação feita à mesma autoridade que despachou no caso para que 
reexamine o ato, objetivando-se, assim, que a autoridade “mude de idéia” e 
profira uma nova decisão diferente da anterior. 
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Para responder às questões da CONSULPLAN: Deve ficar claro que o 
pedido de reconsideração é endereçado sempre à mesma autoridade 
prolatora do ato ou decisão. 
O art. 107 da Lei 8.112/1990 ainda prevê a possibilidade de 
apresentação de recurso administrativo contra o indeferimento do pedido 
de reconsideração e contra as decisões sobre os recursos sucessivamente 
interpostos. 
 O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver 
expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala 
ascendente, às demais autoridades. Ademais, deverá ser encaminhado por 
intermédio da autoridade a que estiver imediatamente subordinado o 
requerente. 
O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é 
de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da 
decisão recorrida. 
O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da 
autoridade competente. Ademais, em caso de provimento do pedido de 
reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato 
impugnado (ex tunc). 
O direito de requerer prescreve: 
 I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e 
créditos resultantes das relações de trabalho; 
 II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro 
prazo for fixado em lei. 
O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato 
impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for 
publicado. 
Para responder às questões da CONSULPLAN: O pedido de reconsideração 
e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição. 
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RESUMO DE VÉSPERA DE PROVA - RVP 
01. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de 
outra da mesma espécie será considerada como prorrogação; 
02. Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge é uma licença sem 
remuneração, por prazo indeterminado, que poderá ser concedida ao 
servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro deslocado para 
outro ponto do território nacional, para o exterior ou para exercício de 
mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo; 
03. Quando o servidor obtém lotação provisória em outro órgão 
federal, o ônus de seu pagamento será da instituição de origem. Nesse 
caso, o órgão de destino deverá encaminhar mensalmente a frequência 
do servidor para que seja efetuado o controle; 
04. O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde 
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, 
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a 
partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a 
Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. 
05. Licença para Capacitação é o afastamento concedido ao servidor, a 
cada 05 (cinco) anos de efetivo exercício no Serviço Público Federal, 
para participar de curso de capacitação profissional, por até 03 (três) 
meses, sem perda da remuneração; 
06. A critério da Administração, poderão ser concedidas ao servidor 
ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio 
probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo 
de até três anos consecutivos, sem remuneração; 
07. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remuneração para 
o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de 
classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou 
entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de 
gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por 
servidores públicos para prestar serviços a seus membros; 
08. O servidor público federal poderá ser cedido para ter exercício em 
outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do 
Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: para 
exercício de cargo em comissão ou função de confiança ou em casos 
previstos em leis específicas; 
09. Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o servidor 
deverá obter autorização do Presidente da República (quando se tratar 
de um servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder 
Legislativo (quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou 
Presidente do Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um 
servidor do Poder Judiciário Federal); 
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10. Os servidores beneficiados pelos afastamentos para participação 
em programa de pós-graduação stricto sensu terão que permanecer no 
exercício de suas funções, após o seu retorno, por um período igual ao 
do afastamento concedido. Somente após esse período será possível a 
solicitação de exoneração do cargo ou aposentadoria, exceto se for 
efetuado o ressarcimento aos cofres públicos de todas as despesas 
custeadas pela Administração no período, incluindo a remuneração do 
servidor; 
11. Será concedido horário especial ao servidor portador de 
deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica 
oficial, independentemente de compensação de horário; 
12. O art. 99 da Lei 8.112/1990 dispõe que ao servidor estudante que 
mudar de sedeno interesse da administração é assegurada, na 
localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em 
instituição de ensino congênere, em qualquer época, 
independentemente de vaga; 
13. É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado 
concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou 
entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, 
autarquia, fundação pública, sociedade de economia mista e empresa 
pública; 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
01. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as 
assertivas abaixo sobre as licenças dos servidores públicos civis 
federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990. 
I. É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da 
licença por motivo de doença em pessoa da família. 
II. A licença para atividade política exige que o servidor candidato a 
cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que 
exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou 
fiscalização, dele seja afastado, a partir do quinto dia seguinte ao do 
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o quinto dia 
seguinte ao do pleito. 
III. Para os fins da licença para capacitação, após cada quinquênio de 
efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração, 
afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração, por até três meses, para participar de curso de 
capacitação profissional. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II e III. 
b) I. 
c) II. 
d) I e III. 
e) I e II. 
Comentários 
Item I – Correto. Essa vedação consta expressamente no art. 82, § 3º, 
da Lei 8.112/1990. E não tinha como ser diferente. Se o servidor pleiteou 
licença para acompanhar tratamento de saúde em pessoa da família, afirmou 
que a sua presença era indispensável, portanto, não se admite que utilize da 
licença com outros fins (trabalhar na iniciativa privada, por exemplo). 
Item III – Errado. O servidor candidato a cargo eletivo na localidade 
onde desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, 
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do 
dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até 
o décimo dia seguinte ao do pleito. 
Item III – Correto. É importante esclarecer que o período de licença 
(três meses) não pode ser acumulado. Assim, a cada cinco anos de efetivo 
exercício o servidor deve pleitear os três meses de licença, sob pena de não 
poder fazê-lo depois de decorridos os cinco anos. 
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GABARITO: LETRA d. 
02. (FCC/Analista Judiciário TRT 23ª Região/2011) Considere as 
seguintes assertivas sobre as licenças dos servidores públicos civis 
federais, nos termos da Lei nº 8.112/1990: 
I. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da 
eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política, 
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período 
de dois meses. 
II. A licença poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do 
cônjuge ou companheiro por até trinta dias, consecutivos ou não, 
mantida a remuneração do servidor, e por até sessenta dias, 
consecutivos ou não, sem remuneração. 
III. A critério da Administração poderão ser concedidas ao servidor 
ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio 
probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo 
de até três anos consecutivos, sem remuneração. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I e III. 
b) II e III. 
c) I e II. 
d) II. 
e) III. 
Comentários 
Item I – Errado. Durante a licença para atividade política o servidor 
público será remunerado pelo prazo máximo de 3 (três) meses. Assim, caso a 
licença se estenda por prazo superior, o restante do período não será 
remunerado. 
Item II – Errado. Esta licença, incluídas as suas prorrogações, poderá 
ser concedida sem prejuízo da remuneração do cargo efetivo, por até 60 
(sessenta) dias, consecutivos ou não, e excedendo este prazo, sem 
remuneração, por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, limitando-se 
ao total de 150 (cento e cinquenta) dias, a cada período de doze meses, 
contados a partir da data da primeira concessão. 
Item III – Correto. Para responder às questões da CONSULPLAN, 
lembre-se sempre de que a concessão da licença para tratar de assuntos 
particulares é ato discricionário da Administração Pública. Assim, o servidor 
somente poderá usufruí-la se for conveniente e oportuno ao interesse 
público. 
GABARITO: LETRA e. 
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03. (FCC/Analista Judiciário TRF 1ª Região/2011) A Lei nº 
8.112/1990, em seu capítulo V, seção I, trata do afastamento do 
servidor público federal para servir a outro órgão ou entidade. O 
servidor do poder executivo poderá ter exercício em outro órgão da 
Administração Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, 
desde que preenchidos os seguintes requisitos: 
a) autorização expressa do Presidente da República, fim determinado 
e prazo certo. 
b) autorização expressa do Ministro do Planejamento, fim 
determinado e prazo incerto. 
c) fim determinado e prazo incerto, não sendo necessária qualquer 
autorização. 
d) autorização expressa do Ministro do Planejamento e prazo incerto, 
apenas. 
e) autorização expressa do Ministro Chefe da Casa Civil e prazo certo, 
não se fazendo necessário que seja para um propósito determinado. 
Comentários 
O art. 93, § 4º, da Lei 8.112/1990, dispõe que mediante autorização 
expressa do Presidente da República, o servidor do Poder Executivo poderá 
ter exercício em outro órgão da Administração Federal direta que não tenha 
quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. 
GABARITO: LETRA a. 
04. (FCC/Técnico Judiciário TRT 1ª Região/2011) No que concerne ao 
afastamento do servidor público para estudo ou missão no exterior, 
previsto na Lei nº 8.112/1990: 
a) não excederá o prazo de quatro anos. 
b) é possível, independentemente de qualquer autorização. 
c) aplica-se aos servidores de carreira diplomática. 
d) o afastamento do servidor para servir em organismo internacional 
de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda 
parcial da remuneração. 
e) finda a missão ou estudo, será permitido novo afastamento 
imediatamente, não sendo necessário qualquer lapso temporal para 
nova ausência com a mesma finalidade.NORMAS APLICÁVEIS AOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS 
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Comentários 
a) Correto. Esse é o prazo limite previsto expressamente no art. 95, § 
1º, da Lei 8.112/1990. 
b) Errado. Para ausentar-se do país para estudo ou missão oficial, o 
servidor deverá obter autorização do Presidente da República (quando se 
tratar de um servidor do Poder Executivo), Presidente dos Órgãos do Poder 
Legislativo (quando se tratar de um servidor do Poder Legislativo) ou 
Presidente do Supremo Tribunal Federal (quando se tratar de um servidor 
do Poder Judiciário Federal). 
c) Errado. Os servidores de carreira diplomática, em razão da própria 
função pública exercida, são submetidos a regras legislativas específicas. 
d) Errado. O afastamento de servidor para servir em organismo 
internacional de que o Brasil participe (ONU, por exemplo) ou com o qual 
coopere dar-se-á com perda total da remuneração. 
e) Errado. Finalizada a missão ou estudo, somente depois de decorrido 
igual período será permitida nova ausência do servidor do país. 
GABARITO: LETRA a. 
05. (FCC/Analista Judiciário TRT 14ª Região/2011) De acordo com a 
Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores 
públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas 
federais, sobre a prescrição quanto ao direito de petição, é correto 
afirmar: 
a) Por ser de ordem pública, a prescrição não pode ser relevada pela 
Administração. 
b) O pedido de reconsideração e o recurso, mesmo quando cabíveis, 
não interrompem a prescrição. 
c) O direito de requerer prescreve em dez anos quanto ao ato de 
cassação de aposentadoria. 
d) O direito de requerer prescreve em dois anos quanto aos atos que 
afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de 
trabalho. 
e) O prazo de prescrição será contado da data da ciência pelo 
interessado, ainda que o ato tenha sido devidamente publicado. 
Comentários 
a) Correto. Isso significa que os prazos impostos ao administrado 
devem ser rigorosamente respeitados, pois a Administração Pública está 
proibida de acatar, por exemplo, recursos administrativos intempestivos. 
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b) Errado. O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, 
interrompem a prescrição. Isso significa que o prazo já decorrido até o 
momento da propositura não é computado, ou seja, o prazo volta a ser 
novamente computado desde o início. 
c) Errado. O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos, quanto 
aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade. 
d) Errado. O direito de requerer prescreve em 5 (cinco) anos quanto 
aos atos que afetem interesse patrimonial e créditos resultantes das relações 
de trabalho. 
e) Errado. O prazo de prescrição será contado da data da publicação
do ato impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato 
não for publicado. 
GABARITO: LETRA a. 
06. (FCC/Analista Judiciário TRT 4ª Região/2011) Para os fins da Lei 
nº 8.112/90, o servidor público federal investido em cargo em 
comissão de órgão ou entidade diversa da de sua lotação, receberá a 
remuneração do órgão 
a) cedente, quando a cessão for exclusivamente, para órgão ou 
entidade do Distrito Federal. 
b) ou entidade cessionária quando a cessão for para órgãos dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
c) cessionário dos Estados, exclusivamente, quando a cessão for por 
prazo superior a 90 ( noventa ) dias. 
d) cedente, devendo os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, na 
condição de cessionários, ressarcirem os cofres da entidade cedente 
ao término da cessão. 
e) cedente, desde que essa condição esteja prevista no respectivo ato 
e a cessão seja exclusivamente para órgão ou entidade do Distrito 
Federal. 
Comentários 
O art. 93, § 1º, da Lei 8.112/1990, dispõe que “sendo a cessão para 
órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus 
da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o ônus 
para o cedente nos demais casos”. 
GABARITO: LETRA b. 
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07. (FCC/Analista Judiciário TRT 24ª Região/2011) É assegurado ao 
servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa de 
direito ou interesse legítimo. No que concerne ao direito de petição, 
previsto na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar: 
a) Não é cabível recurso das decisões sobre os recursos 
sucessivamente interpostos. 
b) O recurso contra o indeferimento do pedido de reconsideração não 
poderá ser recebido no efeito suspensivo. 
c) O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser 
despachados no prazo de cinco dias e decididos dentro de trinta dias. 
d) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de 
recurso é de quinze dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo 
interessado, da decisão recorrida. 
e) Se provido o pedido de reconsideração ou o recurso, os efeitos da 
decisão não retroagirão à data do ato impugnado, produzindo efeitos 
da data da decisão em diante. 
Comentários 
 a) Errado. Caso o servidor apresente recurso perante a autoridade 
administrativa competente e a decisão proferida não atenda às suas 
expectativas, ainda sim poderá apresentar um novo recurso sucessivo (na 
sequência), desde que não exista vedação legal específica. 
 b) Errado. Como regra, o recurso não possui efeito suspensivo, isto é, a 
decisão proferida começa a produzir efeitos imediatamente. Entretanto, o art. 
109 da Lei 8.112/1990 dispõe que o recurso também poderá ser recebido com 
efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente. 
 c) Correto. É o que dispõe o parágrafo único, art. 106, da Lei 
8.112/1990. 
 d) Errado. O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de 
recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo 
interessado, da decisão recorrida. 
 e) Errado. Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do 
recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do ato impugnado. 
GABARITO: LETRA c. 
08. (FCC/Técnico Judiciário TRT 24ª Região/2011) No que diz respeito 
às licenças, previstas na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar: 
a) Na licença para o serviço militar, concluído tal serviço, o servidor 
terá até quarenta dias sem remuneração para reassumir o exercício do 
cargo. 
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b) É possível o exercício de atividade remunerada durante o período da 
licença por motivo de doença em pessoa da família. 
c) A licença ao servidor para acompanhar cônjuge que foi deslocado 
para o exterior será pelo prazo máximo de dois anos. 
d) A licença concedida dentro de sessenta dias do término de outra da 
mesma espécie será considerada como prorrogação. 
e) A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao 
da eleição, o servidor fará jus à licença para atividade política, 
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período 
de dois meses. 
Comentários 
a) Errado. O prazo previsto no art. 85, parágrafo único, da Lei 
8.112/1990, para que o servidor reassuma o exercício do cargo é de 30 
(trinta) dias, sob pena de caracterização de abandono de cargo público. 
b) Errado. Como a própria legislação impõe como requisito de sua 
concessão a indispensabilidade da presença do servidor durante o tratamento, 
não será permitido que o mesmo utilize esse período para exercer atividade 
remunerada (trabalhar na iniciativa privada, por exemplo). 
c) Errado. O art. 84 da Lei 8.112/1990 dispõe que a licença para 
acompanhar cônjuge que foi deslocado para o exterior será concedida por 
prazo indeterminado. 
d) Correto. Desse modo, caso o servidor tenha gozado de um período 
de licença por motivo de doença em pessoa da família até 20/10/11, e, 
posteriormente, em 16/12/11, lhe tenha sido concedido outro período de 
licença, este último não será considerado um novo período, mas sim uma 
simples prorrogação da primeira licença. 
e) Errado. A partir do registro da candidatura e até o décimo dia 
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados os 
vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três meses. 
GABARITO: LETRA d. 
09. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2009) A licença para 
desempenho de mandato classista, prevista na Lei n° 8.112/90, está 
condicionada, dentre outras, à seguinte regra: 
a) Durante a licença o servidor receberá metade da sua remuneração. 
b) A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser prorrogada, 
no caso de reeleição, e por duas vezes. 
c) Para entidades com até 5.000 associados, o limite é de dois 
servidores. 
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d) Para entidades com mais de 30.000 associados, o limite é de seis 
servidores. 
e) Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de 
direção ou representação nas entidades, desde que cadastradas no 
Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado. 
Comentários 
a) Errado. Durante todo o período da licença para desempenho de 
mandato classista o servidor não fará jus à remuneração. 
b) Errado. A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser 
prorrogada, no caso de reeleição, e por uma única vez. 
c) Errado. Nesse caso, o limite imposto pelo art. 92 da Lei 8.112/1990 é 
de um servidor. 
d) Errado. Para entidades com mais de 30.000 associados, o limite é de 
três servidores 
e) Correto. É o que dispõe o art. 92, § 2º, da Lei 8.112/1990. 
GABARITO: LETRA e. 
 
10. (FCC/Técnico Judiciário TRT 15ª Região/2008) No que se refere ao 
servidor público da administração direta, no exercício de mandato 
eletivo, 
a) tratando-se de mandato eletivo federal ficará afastado de seu 
cargo, emprego ou função. 
b) investido no mandato de Prefeito, será afastado de seu cargo, 
emprego ou função, e receberá a remuneração correspondente ao 
cargo eletivo. 
c) investido no mandato de Vereador, mesmo havendo compatibilidade 
de horários, ficará afastado de seu cargo sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração. 
d) em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de 
mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os 
efeitos legais, inclusive para promoção por merecimento. 
e) para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os 
valores não serão determinados como se no exercício estivesse. 
Comentários 
a) Correto. Se o servidor titular de cargo efetivo for eleito para o 
exercício de mandato federal, estadual ou distrital (Presidente e vice-
presidente da República, Governador e vice-governador, Senador, Deputado 
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Federal, Estadual ou distrital) ficará afastado do respectivo cargo durante o 
exercício do mandato. Nesse caso, receberá apenas o subsídio do cargo 
eletivo exercido. 
b) Errado. Se o servidor for investido no mandato de Prefeito, 
realmente será afastado provisoriamente do cargo efetivo, mas, nesse caso, 
poderá optar pela remuneração que deseja receber (a do cargo de provimento 
efetivo ou o subsídio do cargo eletivo). 
c) Errado. Se houver compatibilidade de horários entre o exercício do 
mandato eletivo de vereador e o exercício do cargo de provimento efetivo, 
receberá a remuneração relativa ao cargo de provimento efetivo e, ainda, o 
subsídio do cargo eletivo de vereador. 
d) Errado. O art. 38, IV, da Constituição Federal, dispõe que em 
qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, 
seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para 
promoção por merecimento. 
e) Errado. Para efeito de benefício previdenciário, no caso de 
afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse, 
conforme preceitua o art. 38, V, da Constituição Federal. 
GABARITO: LETRA a. 
(Agente Técnico de Inteligência/ABIN 2010/CESPE) Acerca do regime 
jurídico dos servidores públicos civis da administração federal, julgue 
os itens subsequentes. 
11. Suponha que um servidor público apresente ao setor de recursos 
humanos do órgão em que seja lotado atestado médico particular para 
comprovar que seu pai é portador de doença grave e informar que 
necessita assisti-lo durante a realização de tratamento em cidade 
distante do local de trabalho. Nesse caso, o referido servidor fará jus a 
licença por motivo de doença. 
O art. 83 da Lei 8.112/1990 dispõe que “poderá ser concedida licença ao 
servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos 
filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas 
expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação 
por perícia médica oficial.” 
Entretanto, a simples apresentação de atestado medico particular, por si 
só, não garante o direito ao gozo da licença para acompanhar o tratamento de 
saúde do pai em cidade distante do local de trabalho. É necessário, ainda, que 
o pai seja submetido a uma perícia médica oficial (realizada por médicos 
integrantes dos quadros da Administração), que será responsável por atestar a 
existência da doença, o que torna incorreta a assertiva. 
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