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Aula 1 Psicologia nas Organizações

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Aula 1: CONCEITO E VISÃO HISTÓRICA DA PSICOLOGIA
Introdução
O estudo do comportamento tem despertado interesse nas pessoas há muito tempo. Bergamini (2005) observa que este vem evoluindo da conduta dos atípicos (que possuem doenças mentais ou desajustes meramente sociais) para a conduta dita normal.
Ainda a mesma autora associa o desenvolvimento histórico da psicologia com o da medicina, acrescentando que “com o passar do tempo, a atenção tanto para a saúde física quanto para a mental foi incentivando o interesse das pesquisas sobre o assunto, no sentido de adotar um paradigma que pressupunha como de maior relevância a profilaxia da doença e dos desajustamentos em lugar de tão-só curá-los e reorientá-los” (p.2) 
É fato que o crescente interesse pela compreensão da conduta faz gerar um conhecimento, muitas vezes compartilhado, que não se associa ao escopo da ciência psicológica, o que chamamos de senso comum.
A evolução das sociedades como um todo e a tendência permanente de associação em grupos, nos contextos organizacionais, preconiza outra necessidade para o estudo do comportamento: a que busca entender as trocas viabilizadas nas relações interpessoais e os conflitos advindos das mesmas. Isto fez surgir a Psicologia nas Organizações, como área de pesquisa da Psicologia que é amplamente divulgada para os envolvidos em gestão e/ou simplesmente atuam em esferas grupais. (ROBBINS, 2005). 
Nesta aula, você:
Compreendeu que o estudo do comportamento é tão antigo quanto à própria existência do Homem;
Aprendeu que os filósofos, na Antiguidade, estudavam a conduta e que a Psicologia evolui juntamente com o tempo, o que expande também a sua aplicabilidade. Não podemos, hoje, perceber os profissionais de psicologia reduzidos ao tratamento das doenças mentais, embora tal estudo tenha partido da observação de atípicos;
Analisou que a popularização dos conceitos de psicologia e o controle ambicionado do comportamento induzem, muitas vezes, à utilização do senso comum para explicar vários eventos. Isto não quer dizer, no entanto, que tais explicações possam ser aceitas como científicas. Até mesmo na Psicologia (como em qualquer ciência) trabalha-se com probabilidades, o que não permite aceitar nenhuma verdade como “absoluta”;
Identificou a aplicabilidade de conceitos da psicologia no contexto organizacional, sobretudo na área de gestão de pessoas.
Exercícios
		O estudo do comportamento esteve indistinto da Filosofia por quase 2000 anos, até que a Psicologia ganhasse sua autonomia com a criação de laboratórios de pesquisa. Na Antiguidade, tal como afirma Bergamini (2005) estudar a conduta humana limitava-se ao estudo:
		
	
	
	
	
	Das pessoas antissociais;
	
	
	Das pessoas que demonstravam liderança.
	
	
	Das pessoas em conformidade social;
	
	
	Das pessoas percebidas como atípicas;
	
	
	Das pessoas percebidas como padrão;
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
		2.
		A banalização das explicações sobre o comportamento humano lota as prateleiras de livros sem escopo científico e de títulos de autoajuda que reforçam o uso do senso comum pela população em geral. Este uso reforça a ideia de previsão da conduta. O que não nos permite ter controle total sobre os eventos são as chamadas condições variáveis. Variáveis que afetam a conduta humana constituem fatores, conforme estudado, tais como: 
		
	
	
	
	
	Personalidade; Percepção; Fatores ambientais; Equipamentos; Instalações.
	
	
	Motivação; Estado de saúde; Instalações; Sensação; Edificações, Etc.
	
	
	Percepção; Fatores ambientais; Estado de saúde, Mobiliário.
	
	
	Personalidade; Percepção; Fatores ambientais; Motivação; Estado de saúde; Etc.
	
	
	Fatores ambientais; Motivação; Edificações; Estado de saúde; Instalações. 
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
		3.
		A Psicologia é uma ciência que tem cada vez mais despertado o interesse das pessoas. O comportamento estudado é sempre o resultado de diversas variáveis. Assinale a resposta que apresenta essas variáveis no comportamento observado. 
		
	
	
	
	
	família, lazer, profissional, educação e ética 
	
	
	estudo, percepção, saúde, motivação e emoção
	
	
	trabalho, diversão, saúde, sociabilidade e condições afetivas 
	
	
	personalidade, percepção, emoção, saúde e condicionamentos 
	
	
	crescimento pessoal, lazer, família e emoções negativas.
	Gabarito Comentado
	
	
		4.
		A banalização das explicações sobre o comportamento humano lota as prateleiras de livros sem escopo científico e de títulos de autoajuda que reforçam: Assinale a Única alternativa correta.
		
	
	
	
	
	O uso da ciência 
	
	
	O uso do senso comum 
	
	
	O uso de pesquisas 
	
	
	O uso da dialética 
	
	
	O uso do cognitivismo 
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
		5.
		Lewin (1946) estudou as necessidades interpessoais dos indivíduos, reforçando que sua interação satisfatória em grupos é um bom indicativo de saúde mental. Desenvolveu seus estudos e práticas, até hoje utilizadas nas empresas, os quais chamamos: 
		
	
	
	
	
	Dinâmicas de grupo; 
	
	
	Simulação de desempenho; 
	
	
	Recrutamento e seleção; 
	
	
	Avaliação de desempenho; 
	
	
	Tempestade mental.
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
		6.
		A psicologia é uma ciência que oferece subsídios para melhor entender a natureza humana,e perdeu o caráter reducionista de ¿tratamento para doentes¿, e nos ajuda a esclarecer algumas questões: Marque um X a resposta incorreta 
		
	
	
	
	
	Relações interpessoais
	
	
	Condutas diferenciadas nas pessoas
	
	
	Processos de aprendizagem
	
	
	Gestão de pessoas
	
	
	Analise de custo
Aula 2 exercícios
	1a Questão (Ref.: 201513351175)
	Fórum de Dúvidas (2 de 23)       Saiba (0) 
	
	No espaço organizacional, a comunicação desempenha papel fundamental, promovendo o fluxo contínuo de informações e promovendo os diálogos fundamentais para a elaboração de conhecimentos pessoais e interação nas diferentes equipes de trabalho. Bowditch & Buono (1992) destacam funções fundamentais da comunicação no espaço organizacional. São elas: 
		
	
	desenvolver a percepção das características culturais da organização, perceber as limitações impostas nas relações de poder e estabelecer uma forma de se valer a hierarquia.
	
	produzir e controlar (ênfase nas relações), socializar (manter um clima de intimidade entre os membros de uma equipe) e reproduzir experiências bem sucedidas observadas.
	
	Produzir e controlar (ênfase na realização de tarefas), inovar (adaptação da organização ao meio ambiente) e socializar e promover a manutenção (favorecer a interação interpessoal). 
	
	Controlar stress, estabelecer limites nas relações e criar um clima onde as pessoas possam exercitar as relações de poder para tentar influenciar em decisões importantes.
	
	Controlar os comportamentos humanos no espaço organizacional, influenciar decisões e valorizar as relações de poder e status envolvidos no processo de interação.
	
	Gabarito Comentado
	
	
	 2a Questão (Ref.: 201512884206)
	Fórum de Dúvidas (11 de 23)       Saiba (0) 
	
	De acordo com Zanelli (2008), as organizações são 
		
	
	Validações de centros de convivência.
	
	Lugares onde existe tomada de decisão em prol de cada sujeito. 
	
	Pessoas que trabalham em setores determinados. 
	
	Espaços de sistemas de educação especiais. 
	
	Sistemas orientados para o alcance de objetivos comuns. 
	
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
	 3a Questão (Ref.: 201512735524)
	Fórum de Dúvidas (4 de 23)       Saiba (0)Os psicólogos que atuam na área do desenvolvimento organizacional proporcionam a eficiência da organização. Essa área envolve modificações no sistema psicossocial, no sistema técnico e nos procedimentos de trabalho a partir da: 
		
	
	pesquisa sobre o comportamento dos funcionários da área de produção
	
	análise diagnóstica dos problemas organizacionais e no planejamento de mudanças
	
	certificação ISO e processos organizacionais. 
	
	ampliação das pesquisas relacionadas à produtividade
	
	modificação da estrutura hierárquica da organização em todos os níveis
	
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
	 4a Questão (Ref.: 201512948697)
	Fórum de Dúvidas (11 de 23)       Saiba (0) 
	
	No mundo atual existem diversos sistemas orientados para o alcance de objetivos comuns, como igrejas, ONGs, clubes etc. Estes sistemas denominam-se:
		
	
	Organizações
	
	Constituições
	
	Fábricas
	
	Aquisições
	
	Hábitos
	
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
	 5a Questão (Ref.: 201512953765)
	Fórum de Dúvidas (1 de 23)       Saiba (0) 
	
	Zanelli (2008) define as organizações como sistemas orientados, em essência, para o alcance de objetivos comuns, citando exemplos: família, fábricas, escritórios de serviços, hospitais, escolas, organizações militares, igrejas, sindicatos etc. Chiavenato (2000) acrescenta que as organizações existem para que possamos satisfazer necessidades que não satisfazemos sozinhos. A união de esforços para o alcance de necessidades leva à reunião de indivíduos, formando grupos. Para que haja sucesso nessa reunião, deve haver sucesso na interação (Bowditch & Buono, 1992). Muchinsky (2004) cita três tipos de equipes, portanto, de grupos que trabalham para o sucesso organizacional. Assinale a única alternativa que inclui os 3(três) tipos: 
		
	
	Equipes operacionais; Equipes de criação; Equipes táticas.
	
	Equipes de solução de problemas; Equipes de criação; Equipes integradas.
	
	Equipes equivalentes; Equipes de criação; Equipes táticas.
	
	Equipes de solução de problemas; Equipes de criação; Equipes táticas.
	
	Equipes de solução de problemas; Equipes de criação; Equipes orientadas. 
	
	Gabarito Comentado
	
	
	 6a Questão (Ref.: 201513339181)
	Fórum de Dúvidas (1 de 23)       Saiba (0) 
	
	Em seus estudos sobre as fases de amadurecimento dos grupos, Schutz (1966), no que chamou de "postulados das necessidades interpessoais", afirma que todo indivíduo tem três necessidades interpessopais: Inclusão, Controle e Afeição. Sobre o assunto, marque a única alternativa correta:
		
	
	A necessidade de Inclusão diz respeito à necessidade dos indivíduos de serem bem quistos.
	
	A necessidade de Inclusão diz respeito à necessidade dos indivíduos de serem respeitados pelos demais membros do grupo.
	
	A necessidade de Inclusão diz respeito à necessidade dos indivíduos de cumprirem as metas estabelecidas para o trabalho.
	
	A necessidade de Inclusão diz respeito à necessidade dos indivíduos de se sentirem parte integrante do grupo.
	
	A necessidade de Inclusão diz respeito à necessidade dos indivíduos de desenvolverem mútua afeição com outras pessoas.
	
Aula 3
Aula 3 Diferenças individuais e processos decisórios
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Identificar diferenças nas pessoas e entender a sua natureza;
2- Conhecer condições formadoras da personalidade;
3- Identificar condições de personalidade e de campo que favoreçam a tomada de decisão;
4- Avaliar aspectos relevantes nos processos decisórios.
Introdução
Ao final do mês de abril, precisamente em 29/4/2011, todo o mundo assistiu ao casamento do herdeiro da coroa britânica. A sucessão de Willian à coroa pela abdicação ou morte do então príncipe Charles já era um processo natural na divulgada linha de sucessão. A noiva, no entanto, escolheu sair de uma vida em que podia agir naturalmente sem estar sob o olhar atento de milhares de pessoas para uma vida em que a privacidade torna-se bem limitada.
Decidir casar-se com um herdeiro da monarquia não se restringe aos laços do amor, pois uma série de outros fatores, como a própria mudança do estilo de vida, fica envolvida.
As opções de casar, ficar solteiro, ter filhos ou não, escolhas profissionais e tantas outras rodeiam a nossa rotina e recebem influência direta de traços da personalidade.
Quem decide analisa as opções a escolher e a situação e, em alguns casos, como afirmam médicos ceteístas, não podem gastar muito tempo, pois a demora pode encurtar as possibilidades de uma vida. Decidir, em muitos momentos, envolve pressão, o que certamente desconforta, mas não pode paralisar.
No cenário do trabalho podemos decidir de modo individual ou em grupo e, em ambos os casos, existem fatores favoráveis e desfavoráveis a isso.
Analisaremos, nesta aula, todos os fatores aqui mencionados, o que nos fará refletir sobre o inquietante e ao mesmo tempo difícil processo de tomar decisões.
Todos os dias temos que fazer escolhas, não é mesmo?
Viver exige uma série de decisões.
Quando jovens decidimos que profissão vamos seguir; se casamos ou ficamos solteiros; se vamos ter filhos etc.
Enfim, o universo de cada um é sempre permeado de escolhas, tanto no plano pessoal quanto no profissional.
Josué Kardec, diretor do Hospital Souza Aguiar, no RJ, afirmou que as condutas médicas, em casos graves, exigem rapidez.
Não conseguimos dimensionar, no momento da escolha, se a emoção chega a interferir. Existe uma espécie de piloto automático. (Revista Época, maio, 2010)
Existem decisões frequentemente tomadas em ambientes de muita pressão.
Diferenças individuais/Personalidade
Decidir, portanto, envolve pessoa e ambiente. As pessoas divergem muito em suas escolhas, dadas as diferenças de personalidade que, para Bergamini (2010), é:
“a maneira de ser das pessoas, dos seus hábitos motores, das motivações psíquicas e, consequentemente, dos tipos de relacionamento interpessoal que mantêm”. (p. 104)
Robbins (1999) observa que, para fins de grupo, devemos defini-la como “a soma total de maneiras como um indivíduo reage e interage com os outros”. (p. 34)
Regato (2006) observa que não devemos desconsiderar que a presença de outros exerce influência significativa sobre a conduta. 
 Ex. social - pode gerar aspecto inibitório ou gerar exibição.
Fatores geneticamente herdados; fatores formados no ambiente,
gênero, raça, cultura do ambiente e até mesmo a percepção que
fazemos uns dos outros garantem que uma pessoa seja bem distinta
da outra, embora possam existir afinidades.
Percepção - Atividade cognitiva que permite identificar e nomear objetos/estímulos que nos chegam pelos órgãos dos sentidos.
A partir da percepção, adaptamos às situações, emitindo respostas geralmente compatíveis com as situações percebidas.
Observe os exemplos: Atravessamos uma rua ao observamos o sinal aberto para pedestres; nos posicionamos atrás da última pessoa de uma fila; respeitamos a placa que indica mar em ressaca, não arriscamos nossa vida em mergulhos.
Aspectos importantes da personalidade que devem ser considerados:
* Estrutura dinâmica e, portanto, mutável;
*Sofre influência de condições variáveis, que são percebidas de modo subjetivo, isto é, pessoal;
*Nunca está concluída.
Teoria Behaviorista e da Aprendizagem
Baseia-se na formação da conduta conforme a apresentação de estímulos ambientais. Considera essencialmente os condicionamentos.
(*Condicionamentos - Comportamentos de padrão habitual, exibidos em decorrência da percepção de um estímulo já conhecido que nos é apresentado).
Ex. atender ai telefone na percepção do estímulo sonoro. Fazxer sinal para o ônibus ao avistarmos aquele que nos conduzirá ao destino desejado.
 Eles podem ser: OPERANTES - condutas formadas a partir da apresentação proposital deestímulos que valham como prêmio ou punição. (PRÊMIO - condição reforçadora de algum comportamento, oferecida de maneira planejada, intencionando-se que a conduta se mantenha. EX: vendedores que batem a meta tendem a ser premiados. O prêmio acontece para que o comportamento de motivação à venda seja mantido. Os pais tendem a premiar os filhos que conseguem bons resultados na escola. PUNIÇÃO - Condição de privação ou castigo propositalmente oferecida a alguém que exibiu conduta fora do esperado. Quando uma criança tira nota ruim na escola, por exemplo, ela pode ser privada de brincar por um período ou não ter acesso à internet, até que sua nota apresente melhora).
Os operantes são trabalhados na nossa educação e para o adestramento de animais inferiores.
RESPONDENTES - envolvem hábitos que repetimos rotineiramente sem um autocrítica. Estes são respostas automáticas conforme uma situação nos é apresentada. Ex.: usar talheres de modo apropriado, não falar enquanto mastiga, cumprimentar com aperto de mão, etc.
Personalidade/Teoria explicativas
A TEORIA DOS TRAÇOS - Usados para descrição de pessoas há milhares de anos, definidos como padrões habituais de conduta.
Veja os principais teóricos da Teoria dos Traços:
JUNG - propõe em sua teoria os traços de INTROVERSÃO X EXTROVERSÃO, admitindo que um deles é dominante. A alternância desses dois aspectos depende do estado emocional e do meio no qual a pessoas está inserida.
ALLPORT - defende a ideia de que fazemos inferências pessoais a partir da observação da aparência física das pessoas. Estabelecemos traços comuns às mesmas como preditores de comportamento (esteriótipos).
EX.: Pessoas com testa larga ou que usam óculos são mais inteligentes; Pessoas de cabelo claro têm qualidades positivas; Mulheres mais velhas são maternais; Representantes de raça e regiões específicas também tendem a ser rotuladas conforme a cultura local.
CATTELL - (1930) - foi um grande pesquisador dos traças de personalidade, categorizando termos que pudessem medi-la. Os traços derivados da pesquisa de Cattell são considerados dimensões básicas da conduta. Alguns deles são:
RESERVADOS X EXPANSIVOS
MENOS INTELIGENTE X MAIS INTELIGENTE
AFETADO POR SENTIMENTOS X EMOCIONALMENTE ESTÁVEL
SUBMISSO X DOMINANTE
SÉRIO X DESCONTRAÍDO.
A TEORIA PSICANALÍTICA DE FREUD
A partir de 1895, Freud apresentou conceitos que causaram bastante agito à comunidade científica, estando entre eles:
INCONSCIENTE - são os conteúdos nos quais não temos acesso pela via da memória, material arcaico de nossas vidas (primeiras experiências infantis), instintos sexuais e impulsos básicos dos seres vivos.
HISTERIA DE CONVERSÃO - psicopatologia proposta pela psicanálise que caracteriza, no corpo físico, de sintomas sem causa patológica. Alguns dos primeiros casos analisados por Freud tratava de histeria que podia revelar paralisias motoras, cegueiras temporárias etc., sem que tais sintomas pudessem ser justificados em exames clínicos. Freud propunha que estes pacientes falassem o que lhes viessem à cabeça (sem preocupação de um discurso pronto), admitindo a ideia de que, ao chegarem a conflitos afetivos, os sintomas poderiam desaparecer. Isso aconteceu em vários casos que estão protocolados nas Obras Completas de Freud.
RECALQUE - Mecanismo de defesa do ego (estrutura Consciente) que permite "barrar" da memória conteúdos que geram dor psíquica que resulte em muito desconforto. O recalque não é voluntário. Não decidimos o que "deletar" de nossa memória. Se assim fosse, não teríamos lembranças ruins e /ou tristezas. Freud observa que as tristezas que ficam tem sua razão e nos preparam para revezes. Aquilo que o ego se encarrega de "enviar" para o inconsciente é de regulação própria da vida psíquica.
TRAUMA - Refere-se à qq experiência vivenciada com desconforto pelas pessoas. Em termos psíquicos nos referimos à trauma quando pensamos em alguma situação de difícil administração, que retorna vez por outra à mente, provocando problemas e/ou tristezas. Muitas vezes, precisa-se recorrer à ajuda profissional para vencer barreiras pessoais e consequentemente sociais impostas por situações de trauma.
PSICANALÍSE - É uma linha de tratamento para distúrbios de ordem neurótica e outras patologias. Pode ser administrada por médicos e psicólogos que tenham a especialização em psicanálise.
DIFERENÇAS INDIVIDUAIS/PERSONALIDADE
A Teoria Humanista, de Carl Rogers
Rogers, indicado ao prêmio Nobel da paz em 1987, desenvolveu sua linha de estudo defendendo a ideia de que a pessoa é um ser cujo núcleo básico da personalidade tende à saúde, precisando estar aberta às experimentações para uma vida feliz.
Em terapia deve desenvolver confiabilidade com o terapeuta que trabalha para o potencial crescimento do cliente.
Rogers foi um grande crítico de instituições de ensino, admitindo que estas formam comportamentos nos indivíduos, pela via do condicionamento, que não são genuínos.
Influenciou métodos de ensino, psicoterapias e empresas (nos treinamentos e na administração de pessoas).
Os três pilares de sua teoria são: 
• A consideração positiva incondicional (amor pelas pessoas, independente de como são); 
• A empatia (conseguir se colocar no lugar do outro) e 
• A congruência (relacionada à figura do terapeuta que deve possuir o perfil empático e de amor incondicional, de modo a lidar com os pacientes com naturalidade).
Estudados os fatores de diferenças individuais, voltemos aos processos decisórios. Estes envolvem aspectos da personalidade às alternativas a escolher. (Chiavenato, 2000) 
O sujeito experimenta dissonância cognitiva que precisa reduzir.
DISSONÂNCIA COGNITIVA - Teoria proposta por Leon Festinger, na década de 1950, que se refere ao conflito entre duas ideias, crenças ou opiniões incompatíveis. Muito experimentada nos processos decisórios, quando os indivíduos precisam optar por uma alternativa na oferta de várias e se experimentam em situações dissonante.
EX.: Quando uma mulher escolhe ser executiva, atividade que pode envolver uma carga horária superior a 10h diárias, e também decide ser mãe. Esses dois papéis podem ser incompatíveis, não é mesmo? 
Isso certamente resulta em relação dissonante, admitindo que a mulher deseja maternidade e o sucesso na vida profissional. Porem, a mulher não consegue reduzir esta dissonância, a não ser pelas possibilidades d redução da carga horária, de troca de emprego ou pelo fato de conseguir prover todas as condições de conforto e cuidado ideias para o bebê.
Se o conflito for reduzido, ela consegue tornar a relação consoante entre maternidade e o trabalho. O Equilíbrio entre as cognições, então, é restabelecido.
Outras vezes, precisamos optar, por exemplo, em trabalhar em uma empresa que nos pague menos, mas que ofereça plano de carreira, ou em outra que ofereça salário imediato maior, mas sem chance de ascensão.
Certamente esta é uma relação dissonante, especialmente admitindo-se as dificuldades financeiras da maioria das pessoas qua acabariam por optar por ganhos maiores a curto prazo. Ao escolher a segunda opção, no entanto, reduzimos a dissonância, considerando que em médio prazo o nosso crescimento profissional será maior.
Decidir envolve três momentos de desgaste psíquico:
Período pré-decisório (o sujeito avalia prós e contras das alternativas a escolher);
Período decisório (período de maior tensão em que o sujeito define uma das alternativas como escolha);
Período pós-decisório (a alternativa escolhida é creditada como a mais acertada, reduzindo o nível de tensão. Algumas vezes o sujeito reavalia a escolha e se arrepende, sendo necessário, então, reposicionar-se quando isso é possível).
Rowe & Boulgarides (1992) observam a existência de modelos decisórios distintos, sendo eles:
- Racionais (em que prevalece a análise sobre aspectos conceituais e da natureza das alternativas a escolher);
- Intuitivos (que se baseia mais na experiência pessoal de quem decide). 
O que determinase a decisão será racional ou intuitiva é a situação e o próprio agente. 
A decisão pode ser um processo solitário ou grupal, existindo aspectos positivos e negativos para cada uma destas situações.
Decidir sozinho 
-O leque de possibilidades a escolher é sempre maior;
-As decisões podem ser reavaliadas a qualquer momento (despende menor energia psíquica);
-A responsabilidade se concentra numa única pessoa;
-Há um maior comprometimento com a decisão.
Decidir em grupo 
-Diminui as chances de erro;
-A responsabilidade é dividida;
-O comprometimento com a escolha é menor;
-Dificilmente as pessoas reavaliam a decisão tomada em grupo (no momento pós-decisório despende menor energia psíquica).
As organizações demandam decisões rotineiramente de suas equipes de trabalho. Nestes casos, como fica a ética?
● Bom nível de educação não garante bom-senso e/ou cuidado com os colegas na hora de decidir;
● Os limites de tempo impostos levam a estresses que precisam ser administrados;
● Tentar manter a mente aberta não deixa o indivíduo limitado à própria percepção no processo decisório;
● No Brasil muitas decisões são baseadas em utilitarismo (cultura nacional).
Tenha em mente que escolher é sempre muito difícil, e as escolhas estão sempre sujeitas a críticas.
Uma alternativa é válida para as escolhas de alguns, nunca de todos, por isso quem decide está sempre sujeito a julgamentos.
O técnico de futebol Dunga foi tão criticado na última Copa do Mundo(2010). Será que todos tínhamos habilitação para criticá-lo?
Síntese da aula
Nesta aula, você:
Definiu personalidade e analisou sua influência sobre os processos decisórios;
Conheceu teorias de personalidade diversas;
Listou aspectos relevantes nas tomadas de decisão;
Conheceu aspectos envolvidos nas decisões individuais e em grupo. 
 
Exercícios
	a Questão (Ref.: 201513289434)
	Fórum de Dúvidas (5 de 35)       Saiba (1 de 6) 
	
	Ele propõe em sua teoria os traços de Introversão X Extroversão, admitindo que um deles seja o dominante. A alternância desses dois aspectos depende do estado emocional e do meio no qual a pessoa está inserida. Os traços são definidos como padrões habituais de conduta. O pensamento anterior refere-se a que estudioso: 
		
	
	Jung
	
	Carl Rogers
	
	Freud
	
	Allport
	
	Catell
	
	Gabarito Comentado
	
	
	 2a Questão (Ref.: 201513289439)
	Fórum de Dúvidas (8 de 35)       Saiba (3 de 6) 
	
	Refere-se a qualquer experiência vivenciada com desconforto pelas pessoas. em termos psíquicos, nos referimos a ela quando pensamos em alguma situação de difícil administração, que retorna vez por outra à mente, provocando problemas e/ou tristeza. A partir de 1895, Freud apresentou conceitos que causaram bastante agito à comunidade científica. A citação anterior refere-se ao seguinte conceito em sua teoria: 
		
	
	Trauma
	
	Recalque
	
	Histeria de conversão
	
	Psicanálise
	
	Inconsciente
	
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
	 3a Questão (Ref.: 201513325011)
	Fórum de Dúvidas (2 de 35)       Saiba (6) 
	
	O que vemos ou percebemos está relacionado com a totalidade do campo de observação. A totalidade do que se percebe de um fato, de um evento, de uma paisagem é diferente da soma das partes. Portanto para aprender um assunto, é necessário ter uma visão de conjunto do texto, do fato, do livro, para depois estudar as partes. Em Psicologia, essa teoria recebe o nome de:
		
	
	Psicanálise
	
	Behaviorismo
	
	Nenhuma das anteriores.
	
	Análise Transacional
	
	Gestalt
	
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
	 4a Questão (Ref.: 201512955808)
	Fórum de Dúvidas (5 de 35)       Saiba (1 de 6) 
	
	Na teoria dos traços, Allport exemplifica que "Pessoas com testa larga ou que usam óculos são mais inteligentes" a qual alternativa essa afirmação pertence? 
		
	
	A teoria de que os traços são reservados e expansivos; 
	
	A teoria de que fazemos inferências pessoais a partir da observação da aparência física das pessoas; 
	
	A teoria dos traços de Introversão X Extroversão, admitindo que um deles é o dominante; 
	
	A teoria dos traços das dimensões básicas da conduta; 
	
	A teoria de que os traços são sérios e descontraídos;
	
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
	 5a Questão (Ref.: 201513289445)
	Fórum de Dúvidas (8 de 35)       Saiba (3 de 6) 
	
	Refere-se ao mecanismo de defesa do ego (estrutura consciente) que permite barrar da memória conteúdos que geram dor psíquica que resulte em muito desconforto. Ele não é voluntário, pois não decidimos o que podemos excluir de nossa memória. A citação refere-se ao seguinte conceito em sua teoria: 
		
	
	Recalque
	
	Psicanálise
	
	Trauma
	
	Inconsciente
	
	Histeria de conversão
	
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	Gabarito Comentado
	
	
	 6a Questão (Ref.: 201512989751)
	Fórum de Dúvidas (2 de 35)       Saiba (6) 
	
	Nas organizações o modo como cada pessoa interpreta os fatos que ocorrem depende das suas vivências, da sua personalidade e do contexto situacional. Nesse sentido é correto afirmar que:
		
	
	As organizações impõem percepções falsas para seus colaboradores.
	
	A percepção é sempre pessoal e intransferível.
	
	O conceito de percepção não é aplicável às organizações.
	
	A percepção é sempre coletiva e transferível.
	
	Os colaboradores de uma mesma equipe percebem os eventos o trabalho sempre da mesma forma.

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