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Contratos Mútuo – arts 586 e seguintes CC (19/04) É um tipo de contrato de empréstimo. Conceito: É o empréstimo de coisa fungível em que o mutuante entrega ao mutuário coisa que deverá ser restituída na mesma espécie, qualidade e quantidade. A restituição não é o mesmo objeto. Objeto: Coisas fungíveis (passiveis de restituição). Domínio: No momento da entrega o objeto passa para o domínio do mutuário (=vira dono do bem). Ocorre então, uma transferência de domínio, que faz com que o mutuário passe a correr o risco de perda ou deterioração (torna-se responsável). Res Perit Domino = a coisa perece para o dono. Natureza Jurídica Real: Contrapõe-se ao contrato consensual. Depende da entrega da res (mesmo que simbólica) para gerar efeito. Promessa: Havendo promessa, mesmo antes da entrega da res, gera responsabilidade civil. Fase de tratativa contratual: Pode gerar responsabilidade aquiliana (extracontratual). NÃO CABE exceção do contrato não cumprido. Unilateral: Contrato que só gera obrigações para uma das partes, neste caso para o mutuário. Obrigação= Restituição. O mutuário não pode alegar descumprimento de obrigação ao pedir a extinção do contrato, tendo em vista que se trata de um contrato unilateral. Não Solene: Não possui forma prescrita em lei (forma livre). Qualquer documento será meio de prova. Gratuito ou Oneroso: Em regra oneroso, Gratuito: Raro, sem relevância jurídica. Caso seja, deve haver uma declaração. Exemplo: Pai que empresta dinheiro ao filho. Empréstimo a menor Possui uma regra, disposta no art. 588 CC, que define que o empréstimo a menor não pode ser objeto de cobrança. Isto é, o mutuante perde o direito de exigir restituição quando for empréstimo a menor. Torna o contrato nulo ou anulável. Exceções – art. 589 CC Ratificação: Quando o responsável pelo menor convalida o empréstimo, tornando válido o contrato. Alimentos: Necessidade do menor para bancar os próprios alimentos . Possui interpretação extensiva: Médico, remédios, etc. Proveito: Favorecimento, tendo em vista que a lei proíbe o enriquecimento a custa de outrem. Trabalho – Renda: Quando o menor já trabalha e possui renda, permitindo a devolução proporcional aos limites das condições financeiras. Dolo: Em relação ao relativamente incapaz que age maliciosamente (má fé). Exemplo: Falsificação de documentos, se passar por outra pessoa. Neste caso, equipara-se ao capaz (responsabilidade civil). Reforço de garantia: Direito do mutuante de exigir um reforço da garantia no contrato de mutuo. Ou seja, quando houver a mudança patrimonial significativa do mutuário, permite que o mutuante notifique-o exigindo o reforço da garantia. Art. 590. O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes do vencimento o mutuário sofrer notória mudança em sua situação econômica. Mesmo em meio as criticas de alguns doutrinadores, a lei neste caso protege o credor, devido a diminuição da chance de adimplemento obrigacional. Vencimento Antecipado: Quando não ocorrido o reforço da garantia, permite-se ao mutuante exigir o vencimento antecipado, além de outra hipóteses do art. 333 CC. Hipóteses – art. 333 CC (...)I - no caso de falência; II – bens penhorados em execução por outro credor; III – quando negado o pedido de reforço de garantia; Mútuo Federatício Trata-se do mutuo oneroso, que tem normalmente por objeto dinheiro com taxas de juros. Art. 192, parágrafo 3, CF: Definia no máximo 12% de juros ao ano (REVOGADO). Emenda Constitucional número 40/2003: Revogou o art. antecedente. Trata-se da lei da usura, que também mantinha máximo de 12% de juros ao ano. (NÃO É MAIS APLICADO). Decreto número 22.626/1933 - Lei da usura: Torna ilegal a cobrança de juros superiores ao dobro da taxa legal (que era de 12%). Decreto número 22.626/1933 Omissão – art. 406 CC Quando houver omissão (quando as partes não estabelecem) no contrato prevalece a taxa SELIC. Os juros bancários são definidos pelo Conselho Monetário Nacional. Limite (cogente) – art. 591 CC Quando estabelecido pelas partes deve ser respeitado o LIMITE da taxa SELIC, podendo ter uma taxa menor (nunca maior). Prazo – art. 592 CC – regra supletiva (admite sentido contrário) No próprio contrato já possui estabelecido o prazo final, porém se for omisso, verifica-se: Produtos Agrícolas: Se o contrato é omisso, será na próxima colheita (termo incerto). Dinheiro: Se o contrato é misso, o prazo é de 30 dias. Outros bens: Quando forem outras coisas fungíveis, o mutuante determina. Ou seja, quando houver a notificação do mutuante.
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