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Arte Egípcia FASIPE ARQUITETURA E URBANISMO HISTÓRIA DA ARTE ARQ. PROF. ESP. KLAUS NEITKE CARACTERÍSTICAS Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais. A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo. Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente. O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos. As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso. A arte egípcia Uma das principais civilizações da antiguidade. Religião é a base da arte. Grande importância na vida após a morte. Anúbis, deus dos rituais arquitetura Características: • solidez e durabilidade; • sentimento de eternidade; • aspecto misterioso e impenetrável. Construção mais famosa: pirâmides de Gizé. Preservaria o corpo sagrado da decomposição. Acreditavam que o corpo tinha que ser preservado afim de que a alma pudesse continuar vivendo no além. MIQUERINOS QUÉOPS QUÉFREN Preservação das imagens As construções arquitetônicas não eram suficientes; a imagem do rei também deveria ser preservada através da escultura, para garantir a vida eterna. Inicialmente, os ritos eram reservados aos monarcas; com o passar do tempo, nobres da casa real passaram a ter túmulos menores. Simplicidade: o objetivo principal do artista era destacar os aspectos essenciais. Cabeça, c. 2551-2528 a.C. Encontrado no túmulo em Gizé; calcario, altura 27,8cm; Kunsthistorisches Museum, Viena. Esfinge Tipos de Túmulos: • Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó; • Mastaba - túmulo para a nobreza; • Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo. Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus espíritos. pintura Características: • ausência de três dimensões; • ignorância da profundidade; • colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; • Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil. Retrato de Hesire, numa porta de madeira em seu túmulo, c.2778-2723 a.C. madeira, altura115cm; Museu Egípcio, Cairo pintura O jardim de Nebamun, c.1400 a.C O que mais importava não era a beleza, mas sim a plenitude. A tarefa do artista era preservar tudo com a maior clareza e permanência possível. O artista limitava-se a aprender as técnicas já existentes, mantendo a tradição das pinturas. Hierarquia da pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho. Mural do túmulo de khnumhotep, c.1900 a.C. Encontrado em Beni Hassan Amenófis iv – O herético Rompimento com antigos costumes religiosos. Existência de apenas um deus, Aton, de quem era devoto e fez representar pela forma do disco do sol enviando seus raios, cada um dotado de uma mão. Não existia a dignidade dos faraós anteriores. Representou-se com sua esposa Nefertiti, acariciando seus filhos sob as bênçãos dos sol. Intitulou-se Akhnaton, referente ao seu deus. Akhnaton e Nefertiti com seus filhos, c.1345 a.C. Relevo em altar de pedra calcária, 32,5 x 39 cm; Museu Egípcio, Staatliche Museem, Berlin. Tutankhamon – o sucessor O túmulo de Tutankhamon foi descoberto repleto de ouro em 1922. Algumas de suas obras ainda tem o estilo moderno da religião Aton. No decorrer de seu reinado, as velhas crenças foram restauradas. Novos temas foram introduzidos, novas tarefas executadas mas nada de essencialmente novo foi acrescentado à realização artística. Tutankhamon e esposa c.1330 a.C. Detalhe de talha dourada e pintada proveniente do trono encontrado em seu túmulo. Museu Egípcio, Cairo.
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