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RESUMO Diagnóstico das Doenças da Polpa

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Diagnóstico das Doenças da Polpa
O confronto direto entre o cirurgião-dentista e o paciente sempre foi e será, o verdadeiro banco de prova de nossa capacidade profissional, pois nesse estado, muito melhor que em qualquer outro, pode demonstrar-se a vocação pela arte de curar.
O paciente mais simples pode tornar-se, quando bem orientado, um cuidadoso interprete do próprio sofrimento, e mesmo uma linguagem pobre pode trans-formar-se em instrumento eficaz, contanto que o interlocutor saiba traduzí-la em termos exatos da semiologia clínica.
Para estabelecer o diagnóstico das pulpopatias faz-se necessário conhecer os sintomas.
A dor, como sabemos, não se manifesta de uma só forma, porém, apresenta características diferenciais importantes, podendo ser agrupadas em quatro categorias:
Dor: expontânea; pulsatil; atenuada e constante, e dor noturna
Sempre que estivermos diante de um problema de análise de dor devemos pensar nas sequintes situações:
Condição do aparecimento da Dor = PROVOCADA ou ESPONTÂNEA
Duração da Dor = DECLÍNIO RÁPIDO ou LENTO
Freqüência da Dor = : INTERMITENTE ou CONTÍNUA
Sede da Dor = LOCALIZADA ou DIFUSA
Para a análise da dor, utiliza-se os seguintes TESTES CLÍNICOS:
Frio - gelo, cloreto de etila, nitrogênio líqüido, tetrafluoroetano etc
Calor: guta-percha aquecida
Elétrico: pulpo teste
Palpação: verificar edema ou dor na região apical.
Percussão : sensibilidade ou não.
Hiperemia - Pulpite Focal Reversível
A hiperemia ou pulpite focal reversível precede a pulpite aguda. Trata-se de uma lesão reversível, mas não deixa de ser um sinal de alarme, indicando que a resistência pulpar vai chegando ao limite extremo. Seu diagnóstico é de suma importância para evitar o sacrifício inutil da polpa.
Se a hiperemia for acudida em tempo, eliminando a causa, ela regride e a polpa volta à normalidade. Mas, se a hiperemia for abando-nada à própria sorte, caminha inexoravelmente para a pulpite aguda.
A diferença clínica entre a hiperemia e a pulpite é, principalmente, de ordem quantitativa.
1 - Na hiperemia ou pulpite focal reversível, a dor é sempre PROVOCADA
A dentina exposta (cárie, fraturas ou infiltração em restaurações) mostra-se extremamente sensível às substâncias açucaradas, ácidas (pressão osmótica).
2 - Os dentes hiperêmicos, ainda que restaurados, são sensíveis às mudanças súbitas de temperatura, por algum tempo.
3 - A dor é defragada, sobretudo pelo frio e cessa assim que se estabelece o eqüíbrio térmico.
Na fase inicial da hiperemia a dor é provocada e de curta duração, e desaparece num pequeno espaço de tempo.
4 - A medida que o processo inflamatório evolue, o total desaparecimento das dores provocadas se tornam cada vez mais demorado, devida ao pro-gressivo retardamento da drenagem venosa.
5 - Num estado mais avançado surgem dores aparentemente espontâneas, mas na verdade são dores provocadas por estímulos mínimos, tais como o aumento do fluxo sangüíneo cefálico, que ocorre no decúbito dorsal ou depois de trabalho muscular prolongado.
6 - Na hiperemia ou pulpite focal reversível, a dor é sempre: PROVOCADA, de CURTA DURAÇÃO e LOCALIZADA
Estabelecido o diagnóstico de hiperemia ou pulpite focal reversível, o tratamento consiste na remoção da causa que a defragou.
O prognóstico da hiperemia é favorável ao dente e à polpa.
Fase de Transição:
Nesta fase as dores se tornam incomodas e o paciente necessita do emprego de ANALGÉSICOS para eliminá-las. As dores são intermitentes, isto é, comportam intervalos assintomáticos.
O encurtamento destes intervalos e a ineficácia cada vez mais acentuada dos analgésicos indicam que a polpa vai esgotando sua capacidade defensiva e que está iminente o estabelecimento da pulpite aguda. Nesta situação a reversibilidade é problemática.
Pulpite Aguda
Os fenômenos dolorosos dominam o quadro clínico na fase de pulpite aguda.
A dor ESPONTÂNEA é a caracteristica desta fase e elas são VIOLENTAS, lancinantes e aparecem em crise mais ou menos prolongadas.
-Ela é exacerbada com o aumento da irrigação cefálica (paciente deitado).
-Nos curtos intervalos entre duas crises o alívio é quase completo.
-A DOR da pulpite aguda é contínua sem ser permanente.
-Nos períodos de relativo alívio ela pode ser provocada, ou mais exatamente, exacerbada pelo CALOR.
-Tocando-se o dente com guta-percha aquecida, produz-se DOR VIOLENTA que persiste mesmo após o restabelecimento da temperatura anterior.
-O frio, exceto nos períodos de acalmia alivia a dor.
Nesta altura dos acontecimentos torna-se fragante a participação do periápice. Observa-se, muitas vezes, sensibilidade da região periapical à percussão vertical
Na pulpite aguda a dor é espontânea, exacerbada pelo calor, contínua e raramente localizada. Em fases mais adiantadas, as dores assumem um caráter nevralgiforme e pode irradiar-se para todo o hemi-arco e mesmo, para regiões mais distantes.
Frequentemente, otalgias são oriundas de pulpite aguda nos molares inferiores. Dores provenientes de caninos e incisivos superiores projetam-se para zona infra-orbitaria e a dos pré-molares e molares superiores irradiam-se, respectivamente para o sinus e para a região temporo-occipital.
Com relativas freqüências registram-se as sinalgias dento-dentais, que podem dificultar o diagnóstico. Esse fenômeno parece ser mais encontrado nos pré-molares. Nestas condições, em casos de pulpite no pré-molar superior, o paciente pode acusar sensação dolorosa no pre'-molar inferior homólogo.
O epílogo da pulpite é a necrose da polpa. Todos os sintomas desaparecem, de modo geral, e a polpa torna-se assintomática.
A seguir, o que pode ocorrer são as periapicopatias.
Estabelecido o diagnóstico de pulpite aguda, o tratamento será a pulpectomia.
O prognóstico será favorável ao dente, mas desfavorável à polpa.
Pulpites Crônicas:
Pulpite Crônica Hiperplásica:
O sintoma subjetivo desta pulpite crônica é a ausência de dor espontânea. A dor só ocorre quando provocada, por exemplo, durante a mastigação ou ao toque de algum instrumento. O sinal, ou sintoma objetivo marcante é a presença de cárie profunda com exposição da câmara pulpar e a presença de um pólipo.
O tratamento desta pulpite depende de uma análise bem aprimorada, pois se o dente apresentar estrutura coroánia suficiente para receber uma restauração, se responder negativo à percussão vertical e se as polpas dos canais radiculares estiverem sadias, pode-se optar por uma pulpotomia, caso contrária, pela pulpectomia.
Normalmente, a pulpite crônica hiperplásica ocorre em dentes de pacientes jovens. 
Pulpite Crônica Ulcerativa:
Esta pulpite também apresenta dor provocada ao toque ou à mastigação de alimentos sobre a polpa. Como sinal observa-se cárie profunda com exposição pulpar e esta, com aspecto de uma úlcera.
A pulpite crônica ulcerativa, normalmente, ocorre em paciente mais idosos e, a pulpectomia é a indicação de escolha, em nossa Escola, uma vez que esta polpa envelhecida apresenta menor capacidade de recuperação.
As pulpites crônicas podem tornar-se agudas clinicamente, quando por qualquer motivo a câmara pulpar for obliterada. O exsudato não tendo via de drenagem, comprime os tecidos da polpa, dando o quadro típico de pulpite aguda.

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