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CONSELHO DE DISCIPLINA DEC 2155 ALTERAÇÕES DEC 41139 DEC43462 Bol.PMERJ 22 08 14

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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
 
 
Publicado no Bol PM nº 199, de 17 Out 1978: 
 
Decreto nº 2.155, de 13 de outubro de 1978 
 
Dispõe sobre o Conselho de Disciplina da 
Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do 
Estado do Estado do Rio de Janeiro e dá 
outras providências. 
 
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições 
legais, 
 
 Ver no Bol da PM n.º 032 - 17 Fev 14, pg. 37, o Of. PGE n° 01/2014 AJPCA, em que a PGE 
comunica a decisão do Tribunal de justiça do estado do Rio de Janeiro – reconhecimento da 
constitucionalidade do decreto estadual nº. 43.462/2012 que altera o Decreto Nº 2.155/78 o qual 
dispõe sobre os conselhos de disciplina da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. 
 
DECRETA: 
 
Art. 1º - O Conselho de Disciplina é destinado a julgar da incapacidade do Aspirante-a-
Oficial PM ou BM e das demais praças PM ou BM do Estado do Rio de Janeiro com 
estabilidade assegurada, para permanecerem na Ativa, criando-lhes condições para se 
defenderem. 
 
Parágrafo único – O Conselho de Disciplina pode também, ser aplicado ao Aspirante-
a-Oficial da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militares do Estado do Rio de 
Janeiro reformados ou na reserva remunerada, presumivelmente incapazes de 
permanecer na situação de atividade em que se encontram. 
 
Art. 2º - É submetido a Conselho de Disciplina, ex officio, a praça PM ou BM referida 
no Art. 1º e seu parágrafo único: 
I – acusada oficialmente ou por qualquer meio lícito de comunicação social de ter: 
a - procedido incorretamente no desempenho do cargo; 
b - tido conduta irregular; ou 
c - praticado ato que afete a honra pessoal, o pundonor policial-militar ou 
de bombeiro-militar, ou o decoro da classe; 
II – afastada do cargo na forma do Estatuto dos Policiais Militares ou dos Bombeiros, 
por se tornar incompatível com o mesmo ou demostrar incapacidade no exercício de 
funções policiais–militares ou de bombeiro–militar a eles inerentes, salvo se o 
afastamento é decorrência de fatos que motivem sua submissão a processo. 
III – condenada por crime de natureza dolosa, não previsto na legislação especial 
concernente à Segurança Nacional em tribunal civil ou militar, à pena restritiva de 
liberdade individual até dois anos, tão logo transite em julgado a sentença; ou 
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IV – pertencente a partido político ou associação, suspensos ou dissolvidos por força de 
determinação legal ou decisão judicial, ou que exerçam atividades prejudiciais ou 
perigosas à segurança nacional; 
 
Parágrafo único – É considerada entre outros, para efeitos deste decreto, pertencente a 
partido ou associação, a que se refere este artigo, a praça da Polícia Militar ou Corpo de 
Bombeiros Militares do Estado do Rio de Janeiro, que, ostensivo ou clandestinamente: 
a – estiver inscrita como seu membro; 
b – prestar serviços ou angariar valores em seu benefício; 
c – realizar propaganda de suas doutrinas; ou 
d – colaborar, por qualquer forma, mas sempre de modo inequívoco ou 
doloso, em suas atividades. 
 
Art. 3º - A praça PM ou BM da ativa, da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros, ao 
ser submetida ao respectivo Conselho de Disciplina, é afastada do exercício de suas 
funções. 
 
Art. 4º - A nomeação do Conselho de Disciplina é de competência dos Comandantes–
Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, no 
âmbito de suas Corporações. 
*Art. 4º - A nomeação do Conselho de Disciplina é de competência dos Comandantes–
Gerais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro, no 
âmbito de suas Corporações, bem como do Corregedor Geral da Corregedoria Geral 
Unificada das Polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros Militar (CGU), no 
âmbito daquele órgão disciplinar. 
Parágrafo único – No caso de nomeação no Conselho de Disciplina, no âmbito da CGU, 
a indicação do Presidente e dos Membros se efetuará, dentre os Oficiais integrantes da 
Corporação e que pertença o militar acusado, através de ato do titular daquele órgão. 
*Redação alterada pelo Dec. n° 41.139, de 23 Jan 2008. 
 
Art. 5º - O Conselho de Disciplina é composto de 03 (três) Oficiais da Corporação da 
praça a ser julgada. 
 
§ 1º - O membro mais antigo do Conselho de Disciplina, no mínimo um Oficial 
Intermediário, é o Presidente; o que lhe segue em antigüidade é o Interrogante e Relator; 
e o mais moderno, o Escrivão. 
 
§ 2º - Não podem fazer parte do Conselho de Disciplina: 
a – o Oficial que formulou a acusação; 
b – os Oficias PM ou BM que tenham entre si, com o acusador ou com o acusado, 
parentesco consangüíneo ou afim, na linha reta ou até o quarto grau de consangüinidade 
colateral ou de natureza civil; e 
c – Os Oficiais PM ou BM que tenham particular interesse na decisão do Conselho de 
Disciplina; 
 
Art. 6º - O Conselho de Disciplina funciona sempre com totalidade de seus membros, 
em local onde a autoridade nomeante julgue melhor indicado para a apuração do fato. 
*Parágrafo único – Os trabalhos do Conselho de Disciplina instaurados pela 
Corregedoria Geral Unificada, se efetuarão nas dependências daquele órgão disciplinar. 
*Redação acrescentada pelo Dec. n° 41.139, de 23 Jan 2008. 
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Art. 7º - Reunido o Conselho de Disciplina, convocada previamente por seu Presidente, 
em local, dia e hora designados com antecedência, presente o Acusado, o Presidente 
manda proceder à lei e a autuação dos documentos que constituíram o ato de nomeação 
do Conselho; em seguida, ordena a qualificação e o interrogatório do acusado, o que é 
reduzido a termo, assinado por todos os membros do Conselho e pelo acusado, fazendo-
se a juntada de todos os documentos a este oferecidos. 
 
Parágrafo único – Quando o acusado é praça PM ou BM da reserva remunerada e não 
é localizado ou deixa de atender à intimação por escrito para comparecer perante o 
Conselho de Disciplina: 
a – a intimação é publicada em órgão de divulgação da área de domicílio do acusado; e 
b – o Processo corre à revelia, se o acusado não atender a publicação. 
 
Art. 8º - Aos membros do Conselho de Disciplina é lícito reperguntar ao acusado e as 
testemunhas sobre o objeto da acusação e propor diligências para o esclarecimento dos 
fatos. 
 
Art. 9º - Ao acusado é assegurada ampla defesa, tendo após o interrogatório, prazo de 
05 (cinco) dias para oferecer suas razões por escrito, devendo o Conselho de Disciplina 
fornecer-lhe o Libelo Acusatório, onde se contenham, com minúcias, o relato dos fatos e 
a descrição dos atos que lhe são imputados. 
 
§ 1º - O acusado deve estar presente a todas as sessões do Conselho de Disciplina, 
exceto à sessão secreta de deliberação do relatório. 
 
§ 2º - Em sua defesa, pode o acusado requerer a produção, perante o Conselho de 
Disciplina, de todas as provas permitidas no Código de Processo Penal Militar. 
 
§ 3º - As provas a serem realizadas mediante Carta Precatória são efetuadas por 
intermédio da Autoridade Policial Militar ou Bombeiro Militar, ou na falta destas, da 
Autoridade Judiciária local. 
 
§ 4º - O Processo é acompanhado por um Oficial PM ou BM: 
a – indicado pelo Acusado, quando este o desejar para orientação de sua defesa; ou 
b – designado pela Autoridade que nomeou o Conselho de Disciplina, nos casos de 
revelia; 
 
Art. 10 – O Conselho de Disciplina pode inquirir o acusador ou receber, por escrito, 
seus esclarecimentos, ouvindo, posteriormente, a respeito, o acusado. 
 
Art. 11 – O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 30 (trinta) dia, a contar da 
data de sua nomeação, para a conclusão dos trabalhos. 
Art.
11 - O Conselho de Disciplina dispõe de um prazo de 15 (quinze) dias, a contar da 
data de sua nomeação, para a conclusão dos trabalhos. 
*alterado pelo DECRETO Nº 43.462 10 DE FEVEREIRO DE 2012, Bol da PM n.º 030 
- 13 Fev 12. 
 
 Ver no Bol da PM n.º 032 - 17 Fev 14, pg. 37, o Of. PGE n° 01/2014 AJPCA, em que a PGE 
comunica a decisão do Tribunal de justiça do estado do Rio de Janeiro – reconhecimento da 
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constitucionalidade do decreto estadual nº. 43.462/2012 que altera o Decreto Nº 2.155/78 o qual 
dispõe sobre os conselhos de disciplina da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. 
 
Art. 12 – Realizadas todas as diligências, o Conselho de Disciplina passa a deliberar, 
em sessão secreta, sobre o relatório a ser redigido. 
*Art. 12 – Realizadas todas as diligências, o Conselho de Disciplina passa, em sessão 
aberta ao acusado e seu defensor, os quais deverão ser convocados, a deliberar sobre o 
relatório a ser redigido. 
*Redação alterada pelo Dec. n° 41.139, de 23 Jan 2008. 
 
§ 1º - O relatório, elaborado pelo escrivão e assinado por todos os membros do 
Conselho de Disciplina, deve decidir se a praça PM ou BM: 
a – é ou não é, culpada da acusação que lhe foi feita; ou 
b – no caso do inciso III do Art 2º, levados em consideração os preceitos de aplicação 
da pena previstos no código penal militar, está ou não, incapaz de permanecer na ativa 
ou na situação em que se encontra na inatividade. 
 
§ 2º - A decisão do Conselho de Disciplina é tomada por maioria dos votos de seus 
membros. 
 
§ 3º - Quando houver voto vencido, é facultada a justificativa por escrito. 
 
§ 4º - Elaborado o relatório, com um termo de encerramento, o Conselho de Disciplina 
remete o processo à autoridade nomeante. 
 
Art 13º - Recebidos os autos do Processo do Conselho de Disciplina, a autoridade 
nomeante, dentro do prazo de 20 (vinte) dias, aceitando ou não, seu julgamento e, neste 
último caso, justificando os motivos de seu despacho, determina: 
Art. 13 - Recebidos os autos do Processo do Conselho de Disciplina, a autoridade 
nomeante, dentro do prazo de 05 (cinco) dias, aceitando ou não, seu julgamento e, neste 
último caso, justificando os motivos de seu despacho, determina: 
*alterado pelo DECRETO Nº 43.462 10 DE FEVEREIRO DE 2012, Bol da PM n.º 030 
- 13 Fev 12. 
 
I – o arquivamento do Processo, se não julga a praça PM ou BM culpada ou incapaz de 
permanecer na ativa ou na inatividade; 
II – a aplicação da pena disciplinar, se considera transgressão disciplinar a razão pela 
qual a praça PM ou BM foi julgada culpada. 
III – a remessa do Processo à Auditoria de Justiça Militar do Estado do Rio de Janeiro, 
se considera crime a razão pela qual a praça foi julgada; ou 
IV – a reforma ou exclusão a bem da disciplina, se considera que: 
a – a razão pela qual a praça PM ou BM foi julgada culpada está prevista nos incisos I, 
II ou IV do Art 2º; ou 
b – se pelo crime cometido, previsto no inciso III do Art 2º, a praça PM ou BM foi 
julgada incapaz de permanecer na ativa ou na inatividade; 
 
§ 1º - O despacho que determina o arquivamento do processo deve ser publicado no 
Boletim do Comando-Geral das respectivas Corporações e transcrito nos assentamentos 
da praça, PM ou BM, se esta é da ativa; 
*§ 1º - O despacho que determina o arquivamento, bem como o eventual ato de 
punição, deverão ser publicados nos Boletins das respectivas Corporações, quando o 
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processo tiver sido instaurado pelos Comandantes-Gerais e no Boletim da Pasta a que 
pertencer o acusado, quando instaurado pelo Corregedor Geral (CGU). 
*Redação alterada pelo Dec. n° 41.139, de 23 Jan 2008. 
 
§ 2º - A reforma da praça PM ou BM é efetuada no grau hierárquico que possui na 
ativa, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. 
 
 
§ 3º - Discordando da solução dada ao Conselho de Disciplina, o Secretário de Estado 
de Segurança Pública poderá avocá-lo, e justificadamente, dar solução diferente. 
* Acrescentado pelo Decreto nº 23.366, de 28 de julho de 1.997. 
§ 3º - Discordando da solução dada ao Conselho de Disciplina, o Secretário de Estado 
Titular da Pasta a que pertencer o praça poderá avocá-lo, e justificadamente, dar solução 
diferente”. 
*alterado pelo DECRETO Nº 43.462 10 DE FEVEREIRO DE 2012, Bol da PM n.º 030 
- 13 Fev 12. 
 
§ 4° - revogado pelo Dec. n° 42.898, de 25 Mar 2011. 
 
§ 5° - revogado pelo Dec. n° 42.898, de 25 Mar 2011. 
 
Art. 14 – O acusado ou, no caso de revelia, o Oficial PM ou BM que acompanhou o 
Processo podem interpor recurso da decisão do Conselho de Disciplina ou da solução 
posterior da autoridade nomeante. 
 
Parágrafo único – O prazo para interposição de recurso é de 10 (dez) dias, contados da 
data na qual o acusado tem ciência da decisão do Conselho de Disciplina ou da 
publicação da solução da autoridade nomeante. 
Parágrafo Único - O prazo para interposição de recurso é de 05 (cinco) dias, contados da 
data na qual o acusado tem ciência da decisão do Conselho de Disciplina ou da 
publicação da solução da autoridade nomeante. 
*alterado pelo DECRETO Nº 43.462 10 DE FEVEREIRO DE 2012, Bol da PM n.º 030 
- 13 Fev 12. 
 
Art. 15 – Cabe ao Secretário de Estado de Segurança Pública, em última instância, no 
prazo de 20 (vinte) dias, contado da data do recebimento do Processo, julgar os recursos 
que forem interpostos nos Processos oriundos do Conselho de Disciplina. 
Art. 15 - Cabe ao Secretário de Estado Titular da Pasta, em última instância, no prazo de 
07 (sete) dias, contado da data do recebimento do Processo, julgar os recursos que 
forem interpostos nos Processos oriundos do Conselho de Disciplina”. 
*alterado pelo DECRETO Nº 43.462 10 DE FEVEREIRO DE 2012, Bol da PM n.º 030 
- 13 Fev 12. 
 
Art. 16 – Aplicam-se a este Decreto, subsidiariamente, as normas do Código de 
Processo Penal Militar. 
 
Art. 17 – Prescrevem em 06 (seis) anos, computados da data em que foram praticados, 
os casos previstos neste Decreto. 
 
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 Vale ressaltar que, não prescrevem em 5 (cinco), determinação presente no Caput do Artigo 74 
Lei nº 5427/2009, e sim em 6 (seis) anos, conforme estipulado neste Decreto, a aplicação de 
punições disciplinares oriundas do Conselho de Disciplina, uma vez que os preceitos da Lei nº 
5427/2009 são subsidiários (artigo Art. 75). 
 
 Ver os casos de interrupção e suspensão da prescrição, e outros temas, previstos no §§ 1°, 2°, 3° 
e 4º, do artigo 74, da Lei nº 5427, de 01 de abril de 2009, que estabelece normas sobre atos e 
processos administrativos no âmbito do Estado do RJ, vejamos: 
 
“Art. 74 .......................... 
 
 §1º Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por 
mais de três anos, pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão 
arquivados de ofício ou mediante requerimento da parte interessada, sem 
prejuízo da apuração da responsabilidade funcional decorrente da paralisação, 
se for o caso. 
 
§2º Interrompe-se a prescrição: 
I. pela notificação do indiciado ou acusado, inclusive por meio de edital; 
II. por qualquer ato inequívoco, que importe apuração do fato; 
III. pela decisão condenatória recorrível. 
 
§3º Suspende-se a prescrição durante a vigência de termo de ajustamento de 
conduta ou outro instrumento congênere. 
 
§4º A prescrição da ação punitiva não afeta a pretensão da administração de 
obter a reparação dos danos causados pelo infrator.” (grifei) 
 
 
Parágrafo único – Os casos também previstos no Código Penal Militar como crime 
prescrevem nos prazos nele estabelecidos. 
*Parágrafo único – Os casos previstos como crime prescrevem nos prazos para ele 
estabelecidos.
*Redação alterada pelo Dec. n° 41.139, de 23 Jan 2008. 
 
Art. 18 – O Secretário de Estado de Segurança Pública baixará as instruções necessárias 
à execução deste Decreto. 
 
Art. 19 – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário. 
 
Rio de Janeiro, 13 de outubro de 1978. 
 
Floriano Faria Lima 
Rubens Mário Brum Negreiros 
(Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro, nº 905, de 16 de outubro de 1978)

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