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POLÍTICA DE BRANQUEAMENTO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA Publicado em 21 de agosto de 2017Porwcar2017Em WCAR (2017) No fim do século XIX, a elite política e intelectual brasileira teria sentido a necessidade de “branquear” a população brasileira, já que as teorias raciais clássicas exaltavam a pureza racial e pregavam que a mistura racial provocava necessariamente degeneração. (HOFBAUER, 2011). Esta elite, que via-se caminhando para um fim certo do regime de escravidão (Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão, e já sofria pressões internacionais para que a mesma chegasse ao fim), “preocupava-se” que o futuro do Brasil estivesse comprometido devido a presença do grande número de africanos e afrodescendentes, os quais eles consideravam como uma “raça inferior”. (HOFBAUER, 2011). A tese do branqueamento, surge então como uma possibilidade de transformar uma raça inferior em uma raça superior. No entanto, os pensadores da época acreditavam que o enobrecimento das raças inferiores só poderia ser alcançado se fosse possível garantir uma predominância numérica de brancos em casamentos interraciais. Esse foi o raciocínio que justificou uma política de Estado que objetivava trazer mão-de-obra branca (portugueses, italianos dentre outros povos europeus) ao Brasil. (HOFBAUER, 2011) “Chama a atenção o fato de que a reflexão e o projeto da intelligentsia brasileira, desde que começou a pensar num possível fim da escravidão, estiveram vinculados à proposta de importar mão-de-obra européia. Sabemos que num período de menos de 25 anos (de 1890 a 1914) chegaram 2,5 milhões de europeus ao Brasil; quase um milhão deles (987.000) tinha suas viagens de navio financiadas pelo Estado. Um documento, publicado pela Diretoria Geral de Estatística e assinado por Oliveira Vianna (apud ANDREWS, 1997, p. 97; ênfase no original),3 avalia o resultado do censo de 1920 da seguinte maneira: [constata-se] ―uma tendência que está se tornando mais visível e definida: (…) [a] progressiva arianização de nossos grupos regionais. Ou seja, o coeficiente da raça branca está se tornando cada vez maior em nossa população.” (HOFBAUER, 2011, p.2) Esta mão-de-obra branco-europeia ocupou os trabalhos que antes eram feitos pelos negros em situação de escravidão, porém de maneira assalariada, restando aos agora libertos ex-escravos continuar se submetendo a escravidão em troca de moradia e comida, ou conseguindo trabalhos com salários muito precários, ou então, relegados a marginalização, tendo de fazer o que fosse necessário para sobreviver (muitos foram viver em favelas e muitos inseriram-se na vida criminosa). Já no fim do século XIX e início do século XX, a população negra ia de fato se extinguindo, e também se extinguia com ela a consciência de pertencimento a uma classe ou grupo social que deveria lutar por direitos e condições igualitárias de vida. Alimentado pela “imprensa branca, o padrão de beleza europeu, e toda a ideia de branquitude como “raça” superior era propagado na sociedade, por vezes de maneira sutil e sublimar, por vezes explicita e direta. Assim, o modelo ideal que era representado pelo ser branco, atuou nas mais diversas esferas do comportamento do negro brasileiro passando por hábitos, tradições, costumes, e pela estética. (SANTOS, 2009) “O peculiar desta ideologia foi transformar o discriminado em agente reprodutor do discurso discriminatório, colocando o negro a serviço de uma prática racista. Pelo enfoque estritamente psicológico, o coroamento do racismo se materializa quando a vítima assume o papel de seu próprio algoz. Em última instância, estamos diante de um quadro favorável ao “raçacídio”, que consistiria no suicídio coletivo de uma comunidade étnica, a médio e longo prazos, com armas ideológicas impostas de fora para dentro e aceitas pelos membros desta comunidade.” (DOMINGUES, 2002 apud SANTOS, 2009, p.177) Logo, esta ideologia, influenciada pelas teorias racialistas do século XIX, disseminava na sociedade brasileira o ideário da superioridade da raça branca e incentivava de forma incisiva o negro a resignar-se “diante de sua própria inferioridade” (SANTOS, 2005 apud SANTOS 2009) Esse discurso fez acreditar que no Brasil nunca houvera barreiras raciais (dada à miscigenação). Desta maneira, a responsabilidade da não-ascenção social se dava pela incapacidade do próprio individuo negro (SANTOS, 2009). A pergunta que se faz diante da situação exposta é: a ideologia do branqueamento faz parte apenas do passado brasileiro no contexto ou permanece vigorando ainda nos dias atuais? Comumente atribuído a Gilberto Freyre, o termo “democracia racial” representa uma leitura da realidade brasileira que visava provar, para o Brasil e para o mundo, que a escravidão no brasil foi mais branda e que vivíamos num “paraíso racial”, em que as “raças” conviviam harmoniosamente com iguais oportunidades de ascensão social, econômica e política. (SANTOS, 2009) Porém, o legado dessa ideologia é gravíssimo pois, mantem inalteradas as estruturas que privilegiam indivíduos brancos e marginaliza indivíduos negros; isenta a população de uma real contestação acerca de desigualdade étnico-racial já que pressupõe que a hierarquização racial da população está ligada a fatores econômicos, já que a grande parcela da população negra também é pobre, não entendendo por sua vez que a opressão racial e econômica não são separadas, mas se interssecionam formando um tipo específico de opressão; assim, o mito da democracia racial visa desconstruir todo discurso que negue a não-existência do racismo. Qual o argumento utilizado? O racismo é creditado a quem propõe medidas que alterem o status quo, ou seja, as pessoas que apontam e questionam o racismo são muitas vezes erroneamente taxadas de serem elas próprias, racistas (SANTOS, 2009). 1) Como a professora pode abordar a cultura afro neste contexto? Resposta 1) C om fulcro no Pensamento Pedagógico contemporâneo, aprentado em nossas aulas a Professora pode abordar a cultura afro neste contexto, atuando com a Pedagogia da diversidade, atentando para os objetivos educacionais estabelecidos pela Lei 10.639/03 – que posteriormente foi complementada pela Lei 11.64 5/08, se valendo dos Novos referenciais Sob re a diversidade, apresentados na UTA Diversidade nos espaços escolares, e reconhecendo com naturalidade as Africanidades Brasileiras 2) De que forma a professora deve abordar em sala de aula que as diferenças devem ser respeitadas e promovidas e não utilizadas como critérios de exclusão social e política? Resposta 2) Assim, a utilização das estratégias de interdisciplinaridade com diálogo entre diferentes conh ecimentos e saberes, bem como a utilização da transversalidade com a pluralidade de linguagens, contextualizadas através d as estraté gias pedagógicas e recursos didáticos diferentes, como: filmes, conversas abertas, debates e a promoção de dispositivos de diferenciação pedagógica são formas de abordar em sala de aula que as diferenças devem se r respeitadas e promovidas e não utilizadas como critérios de exclusão social e política. Desta forma a escola e os educadores tem um papel importante na perspectiva de reconhecer e empoderar todos os indivíduos excluídos de alguma forma. o preconceito é algo que faz as pessoas se tornarem intolerante e por não aceitarem o novo . No caso de Patrícia ela não precisava alisar seus cabelos para provar que tem habilidade no que faz . Pois ela já preenchia, os requisitos do anúncio. Portanto teríamos que levar os alunos a entender que o importante é a competência de cada ser. E que seria desnecessário este tipo de regra da instituição. Se Patrícia ao fazer seu trabalho e não tivesse ter a qualidade esperada seria diferente mais ela simplesmente tendo todos os requisitos exigidos jamais poderia fazer este tipo de teste. sala de aula deve ser trabalhada a culturaafricana usando a literatura que tem coisas belas e as artes e mostrar o valor desse povo na formação da cultura brasileira deve ser estudada e repassada todos os dias não só no dia da consciência negra..isto é o que eu penso como professora da disciplina de HISTÓRIA E ESTUDANTE DA CULTURA AFRICANA. Ações e políticas afirmativas são bastante importantes para que as etnias oprimidas historicamente ganhem força e comecem a se impor cada vez mais. Estamos caminhando nessa direção. Espero que a caminhada continue. A professora pode abordar a cultura afro mostrando para os alunos que ali houve um preconceito. Patrícia tinha todos os requisitos mais por causa da sua cor e o jeito do seu cabelo a empresa queria que ela mudasse o seu jeito de ser. A professora deve abordar esse assunto e mostrar para seus alunos que devemos respeitar as pessoas sem olhar para a sua cor de pele e classe social. Não devemos excluir ninguém por causa do seu jeito de ser.
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