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1 ÍNDICE I.RESUMO ........................................................................................... 2 III.OBJECTIVOS ................................................................................. 5 IV.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................... 6 V.MATERIAIS E REAGENTES .......................................................... 9 VI.PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS ..................................... 10 VI.RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................. 11 VII.CONCLUSÃO .............................................................................. 24 VIII.BIBLIOGRAFIA ......................................................................... 25 IX.ANEXOS ........................................................................................ 26 2 I.RESUMO Na presente prática analisou-se o efeito activante e dirigente de grupos substituintes doadores de electrões nas posições -orto e -para em anéis aromáticos através da reacção de nitração do fenol sendo uma reacção de substituição electrófilica aromática, demostrou-se o efeito de orientação da substituição em função da natureza do substituinte. Após a realização da reacção foram utilizadas as técnicas de extracção líquido- líquido, destilação simples e filtração a vácuo, para a obtenção do orto-fenol, que foi caracterizado por intermédio da espectroscopia no infravermelho. No final calculou-se o rendimento relativo ao isómero orto, explicando-se o porquê do mesmo ter sido o único a ser obtido, desenvolveu-se o mecanismo da reacção, e fez-se a interpretação dos espectros de infravermelho do produto da reacção. Palavras chave: nitração do fenol, anel aromático, substituição electrofílica. 3 II.INTRODUÇÃO Algumas das reacções mais importantes dos compostos aromáticos são aquelas em que um electrófilo substitui um dos átomos de hidrogênio do anel, estas reacções são chamadas de reacções de substituição electrofílica aromática, visto que permitem preservar a existência do sistema anelar estabilizado por ressonância permitindo assim a introdução directa de diversos grupos em anéis aromáticos, e permitem a obtenção de muitos outros compostos importantes, dentre estas reacções dos compostos aromáticos podemos mencionar: a nitração, a sulfonação, a halogenação, a alquilação de Friedel-Crafts, e a acilação de Friedel-Crafts. (Solomons, 2012) A nitração, uma das reacções mais características do núcleo aromático, é considerada como sendo uma das reacções mais influenciadas pelos efeitos ativadores e retardadores das substituições electrofílicas. Os fenóis são um grupo de compostos orgânicos caracterizados pela presença de um grupo hidroxila (OH) ligado a um carbono insaturado de um anel benzénico. (McMurry, 2012) A nitração do fenol é um procedimento muito utilizado em química orgânica experimental, principalmente pelo fato de ajudar a demonstrar de forma fácil as forças dirigentes em uma reacção de substituição electrofílica de anéis aromáticos, permitindo assim a fácil percepção dos fundamentos teóricos com as técnicas utilizadas na prática. A activação do anel ocorre pelo forte efeito de ressonância do grupo hidroxila, que diminui a energia de formação do estado de transição (ião arênio) pelo aumento da densidade electrônica do anel e pelo momento dipolar do fenol. O oxigênio cede seus electrões não ligantes, que entram em ressonância com o sistema π do anel.(EATON, 1989) 4 A reacção de nitração do fenol é favorecida quando a reaCção é conduzida a baixas temperaturas, sendo obtidos melhores rendimentos e os possíveis subprodutos desta reacção como: m-nitrofenol, dinitrados, trinitrados, entre outros não são formados. Isso deve-se ao facto da reacção ser bastante exotérmica, a grande quantidade de calor dissipado durante a reacção não favorece a formação de outros produtos. (Solomons e Frhyle, 2005) 5 III.OBJECTIVOS v OBJECTIVO GERAL Ø Realizar uma síntese através de uma reacção de substituição electrófila aromática, demostrando o efeito ativante e dirigente de grupos substituintes doadores de elétrons nas posições orto e para em anéis aromáticos. v OBJECTIVOS ESPECÍFICOS Ø Compreender o porquê da não obtenção do p-nitrofenol; Ø Familiarizar os estudantes com técnicas como, extracção líquido- líquido, destilação simples, filtração a vácuo. Ø Caracterizar o composto obtido por intermédio da espectroscopia no infravermelho. 6 IV.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Como já foi mencionado, a reacção característica do anel aromático é a reacção de substituição electrofílica em virtude do facto de que o anel aromático actua como fonte de electrões atraindo reagentes ávidos por electrões, denominados por reagentes electrófilos ou ácidos de Lewis. Além disso, como acima e abaixo do anel existe a nuvem de electrões π, devido à ressonância estes electrões contribuem mais para manter unidos os núcleos de carbono do anel do que os electrões π de uma ligação dupla carbono-carbono. Logo os electrões π do anel aromático passam a ser acessíveis a um reagente electrófilo em função de localizar-se acima e abaixo do plano da molécula, sendo os reagentes electrofílicos as espécies químicas que têm afinidades por electrões por isso ligam-se a espécies químicas capazes de fornecer tais electrões. (Solomons, 2012) Os fenóis, são bastante reativos frente a electrófilos, como por exemplo, o grupo nitro. O grupo hidroxilo, ligado ao anel aromático destes compostos é o grande responsável pela sua alta electrofilia, tornando o anel mais reactivo do que compostos aromáticos não substituídos ou substituídos por grupos desactivantes. A substituição é orientada para as posições orto e para, relativas ao substituinte, logo afirma-se que quando um electrófilo ataca um anel aromático é o grupo já ligado ao anel que determina o grau de facilidade do ataque e onde é que ele se processa. (Solomons e Frhyle, 2005). Como já foi mencionado um grupo substituinte que está presente em um anel aromático pode afectar tanto a reactividade do anel frente à reacção de substituição electrofílica como a orientação do grupo de entrada do anel.(Solomons, 2012) Quando um substituinte torna o anel mais reactivo, ou seja, faz o composto reagir mais rápido, ele passa a ser chamado de grupo activante, mas quando torna o 7 anel menos reactivo, ou seja, faz o composto reagir mais lentamente passa a ser chamado de grupo desactivante. (Constantino, 2004) Considera-se que neste tipo de reacções, a reactividade e orientação são controladas por dois efeitos que são: o efeito indutivo e o de ressonância. O efeito indutivo ocorre quando há a atração ou repulsão de pares electrónicos decorrentes da diferença de eletronegatividade entre átomos que formam uma ligação simples (ligação sigma). Ou seja, o efeito indutivo é a doação ou retirada de electrões através das ligações sigmas em virtude da diferença de eletronegatividade entre os átomos que causam polaridade das ligações π, este efeito é maior nas posições orto e para do anel, consequentemente, nestas posições ocorrerão preferencialmente o ataque do reagente eletrófilo. Assim, por exemplo, halogênios, -OH, -CN,-NO2 e –COOH retiram electrões do anel aromático por efeito indutivo, enquanto que os grupos alquilas doam electrões ao anel por efeito indutivo. (Constantino, 2004) Classificação dos substituintes: Os substituintes podem ser classificados em três grupos: Orto-para ativantes, orto-para-desactivantes e meta-desactivantes. A maioriados dirigentes orto- para são ativantes, todos os dirigentes meta são desactivantes. Os halogênios são a exceção, pois são dirigentes orto-para e são desactivantes. A explicação para estes fatos está fundamentada na formação do ião carbônio que é a etapa lenta e determinante da velocidade da reacção.O íon carbônio é na verdade um híbrido de ressonância. A carga positiva passa a ser distribuída sobre todo o anel embora predomine nas posições orto e para relativamente ao grupo que entra. Um grupo que já se encontre ligado ao anel deve afectar a estabilidade do ião carbônio, dispersando no caso de ser um grupo doador de electrões ou intensificando a carga positiva caso ele seja um grupo removedor de electrões. Este efeito é 8 particularmente importante quando o grupo se encontra ligado nas posições orto ou para relativamente ao carbono sob ataque. (EATON, 1989) Os efeitos indutivos e de ressonância nem sempre agem no mesmo sentido. Por exemplo os grupos: halogênio, hidroxila, alcoxila e amino possuem efeito indutivo retirador de electrões devido à sua electronegatividade. No entanto, estes grupos possuem efeito doador de electrões por ressonância. Os grupos alquilas são grupos activantes por causa do seu efeito indutivo doador de electrões. O grupo metila no tolueno tem tendência de ceder electrões ao anel aromático por efeito indutivo. Então, o grupo metila tem a tendência de estabilizar o ião carbônio formado e dessa forma acelerar a reacção de substituição. Os outros grupos alquílicos, geralmente também cedem electrões para o anel por efeito indutivo, portanto, ativam-no. (Solomons, 2012) Um aspecto comum de todos os grupos desactivantes é que eles retiram electrões do anel, desestabilizando o carbocatião intermediário fazendo com que a sua formação seja mais lenta. Os grupos carbonila e ciano são desactivantes porque retiram electrões do anel por efeito indutivo e de ressonância intensificando a carga positiva e, portanto, tendem a instabilizar o carbocatião. E assim a reaCção de substituição será mais lenta. Os halogênios são desactivantes porque seu efeito indutivo retirador de electrões supera o seu efeito de ressonância doador de electrões. (McMurry, 2012) 9 V.MATERIAIS E REAGENTES Foi utilizado um béquer para medir 10 g de fenol (Gatt-Koller) numa balança semi-analítica (Marca: Sartorius, Modelo:LE623P), em seguida dissolveu-se os 10g de fenol (Gatt-Koller) medidos em 4mL de água morna. Para a reacção entre o HNO3 (Gatt-Koller) 65% e o Fenol (Gatt-Koller) utilizou-se um balão bitubilado, onde por um orifício do balão se colocou a amostra de HNO3 (Gatt-Koller) 65% e em seguida neste mesmo orifício se colocou um termómetro afim de medir-se a temperatura. Com a ajuda de um funil de adição foi gotejada a solução de Fenol (Gatt-Koller) na solução de HNO3 (Gatt-Koller) 65% passando pelo outro orifício do balão, a adição de fenol (Gatt-Koller) a solução de HNO3 (Gatt-Koller) 65% foi feito em banho gelo e utilizou-se um agitador magnético(Heidolph) na solução. Em seguida colocou-se a amostra num funil de separação, fez-se a separação e em seguida a parte a analisar foi colocada em balão de 50ml, Utilizando um balão volumétrico de 150 ml, um condensador, manta de aquecimento (Heidolph); foi feito o processo de destilação sendo que a amostra foi recolhida em um kitasssato, logo em seguida utilizou-se uma bomba de vácuo para filtrar os cristais. Para a obtenção dos espectros infravermelhos utilizou-se o espectrómetro de FTIR TermoScientific nicolet is 10. 10 VI.PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS 1-Com a ajuda de béquer pesou-se 10g de fenol e dissolveu-se esta massa de fenol em 4ml de água morna; 2-Colocou-se 11 ml de HNO3 65% e 220 ml de água destilada no balão bitubilado montando-se o esquema da prática; 3-O balão foi colocado em um banho de gelo e adicionou-se gota a gota a solução de fenol à solução de HNO3 65% observando-se a mudança de coloração de incolor para amarelo, deste para vermelho aparecendo por fim a coloração vermelha escura; 4-Após o término da adição, deixou-se a solução sob agitação em banho de gelo por 15 minutos e depois por 5 minutos à temperatura ambiente; 5-Em seguida fez-se a separação utilizando um funil de separação entre a fase orgânica e a fase sintetizada, a solução vermelha escura (fase sintetizada) foi colocada num balão de 150 ml adicionando-se 125 ml de água; 6-Fez-se uma destilação simples afim de recolher a solução amarela de o- nitrofenol; 7-Com a ajuda de um kitasssato efectuou-se uma filtração a vácuo dos cristais; 8-Pesou-se o produto obtido e calculou-se o rendimento da reacção; OBS: O ácido nítrico utilizado e a amostra de fenol são da marca Gatt-Koller. 11 VI.RESULTADOS E DISCUSSÕES Para a realização dos cálculos referentes a pratica foram apresentadas na tabela abaixo as formulas utilizadas Tabela Nº1- Fórmulas utilizadas para os cálculos. DADOS OBTIDOS EXPERIMENTALMENTE Durante a realização da prática foram registados os valores do peso inicial da amostra, volume de água morna, do ácido nítrico, da água destilada e os valores da temperatura. Os valores determinados encontram-se na tabela abaixo: Tabela Nº2: Valores iniciais dos reagentes. Composto Quantidade inicial Amostra (fenol) 10,087 g ≈ 0,107 mol Água morna 4 ml Ácido nítrico (HNO3 ) 11 ml Água destilada 20 ml Grandeza Fórmula Número de moles 𝑛 = 𝑚𝑀𝑀% Rendimento 𝑅𝑒𝑛𝑑% = 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎,-./01𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎2342%101 ×100% Erro percentual 𝐸% = /𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎2342%101 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎,-./01/𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎2342%101 12 Na reacção do fenol com o ácido nítrico em banho de gelo esperou-se 16 minutos onde a amostra consumiu-se por completo havendo a mudança da coloração de incolor para amarelado e deste para vermelho e por fim para a coloração vermelho escuro. Os valores da temperatura em função do tempo são ilustrados na tabela abaixo: Tabela Nº3: Valores da temperatura em função do tempo. Representando por meio de um gráfico a variação da temperatura em função do tempo. Número de vezes Temperatura ( ° C ) Tempo (min) Inicial 24 0 1 25 6 2 28 7 3 30 8 4 32 9 5 33 10 6 29 13 7 28 14 8 27 15 9 26 16 13 Fig. 1: Gráfico da temperatura em função do tempo A partir do gráfico é possível observar a evolução da destilação em função do tempo, podendo também ser observado a justificação da reacção ser bastante exotérmica visto que com a adição do gelo houve a redução da temperatura, mas devido ao facto da reacção ser exotérmica a temperatura voltou a aumentar, reduzindo no final da reacção. TRATAMENTO DOS DADOS EXPERIMENTAIS Após o consumo da amostra deixou-se mais 15 minutos em banho de gelo e depois 5 minutos à temperatura ambiente, em seguida transferiu-se num funil de separação esperou-se até haver a separação em duas fases em que tirou-se a parte vermelha\escura para o balão de 50 ml, adicionou-se a água destilada e efectuou-se a destilação simples para a extracção do o-nitrofenol que é uma solução amarela em mais ou menos 10 minutos com uma temperatura de 94°C e por fim deixou-se repousando alguns minutos de modo a completar a cristalização e com o auxílio de um kitassato de filtro a vácuo filtrou-se os nossos cristais lavados com a água destilada, pesou-se o nosso produto obtido num béquer. 0 10 20 30 40 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18T em pe ra tu ra (º C ) Tempo (min.) DINÂMICA DA REACÇÃO 14 RAZÃO DA OBTENÇÃO DO O- NITROFENOL E NÃO DO P-NITROFENOL Consideramos que só obtivemos o o-nitrofenol e não o p- nitrofenol devido asforças intermoleculares existentes nas moléculas em questão. No caso do o-nitrofenol as interações existentes são ligações por ponte de hidrogénio (intramoleculares) devido a proximidade existente entre o grupo hidroxilo e o grupo nitro enquanto que no p-nitrofenol as interações existentes são ligações por ponte de hidrogénio intermoleculares visto que o grupo hidroxilo e o grupo nitro estão mais distanciados. Logo torna-se mais difícil separar ligações entre as moléculas de p-nitrofenol do que as de o-nitrofenol, sendo por isso necessário maior quantidade de energia ou seja o p-nitrofenol terá maior temperatura de ebulição. Como a destilação consiste em separar os componentes de uma mistura através das diferenças das suas temperaturas de ebulição consideramos que a destilação aplicada na prática não foi suficiente para a obtenção do p-nitrofenol. A nitração do fenol é representada pela equação: 𝐂𝟔𝐇𝟓𝐎𝐇 + 𝐇𝐍𝐎𝟑 ∆ 𝐂𝟔𝐇𝟓𝐎 − 𝐍𝐎𝟐 + 𝐂𝟔𝐇𝟓𝐎 − 𝐍𝐎𝟐 + 𝐇𝟐𝐎 Para calcular a percentagem ou a quantidade esperada do produto (orto) primeiramente houve a necessidade de se acertar a equação: 𝟐𝐂𝟔𝐇𝟓𝐎𝐇 + 𝟐𝐇𝐍𝐎𝟑 ∆ 𝐂𝟔𝐇𝟓𝐎 − 𝐍𝐎𝟐 + 𝐂𝟔𝐇𝟓𝐎 − 𝐍𝐎𝟐 + 𝟐𝐇𝟐𝐎 Como: 2 moles (𝐶G𝐻I𝑂𝐻) + 2 moles ( 𝐻𝑁𝑂S ) → 1 mol (𝐶G𝐻I𝑂 − 𝑁𝑂V) +1 mol (𝐶G𝐻I𝑂 − 𝑁𝑂V) +2 moles (𝐻V𝑂), sendo os produtos o-nitrofenol e p-nitrofenol. 𝑛 𝐶G𝐻I𝑂𝐻 = 𝑚𝑀𝑀% = 10,087 𝑔94 𝑔/𝑚𝑜𝑙 = 0,107 𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 15 Se 2 moles de fenol equivale a 1 mol de o-nitrofenol, então: 2 moles de fenol → 1 mol de o-nitrofenol 0,107 moles de fenol → x 𝑥 = `,a`b V = 0,0535 moles de o-nitrofenol Como: 𝑀𝑀% 𝐶G𝐻I𝑂 − 𝑁𝑂V = 139 g/mol Então: 0,0535 moles × 139 efghij = 7,437 ≈ 7,44 𝑔 de o-nitrofenol Se 10, 087 g de fenol → 100% 7,44 g de o-nitrofenol → 𝑥 𝑥 = b,ll m ×a``% a`,`nb m = 73, 758 ≈ 73, 76% de o-nitrofenol Com base Nos cálculos realizados esperava-se para o o-nitrofenol uma massa de 7,44 g que equivale à 73,76% da amostra inicial, isto é, o fenol. RENDIMENTO Para o cálculo do rendimento relativo do isómero orto primeiramente pesou-se o béquer vazio e o béquer com o produto (o-nitrofenol) fez-se a diferênça e obteve- se o valor real. Usando a equação: 𝑅𝑒𝑛𝑑% = p1331qrstuvp1331wxywzvuv ×100% 𝑅𝑒𝑛𝑑% =52,55% Calculou-se o rendimento. Teoricamente era esperado 7,44 g como valor para o o-nitrofenol, visto que na prática não foi obtido esse valor determinou-se o erro percentual utilizando a equação: 16 𝐸% = /𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎2342%101 − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎,-./01/𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎2342%101 ×100% 𝐸% = 47,45% Consideramos que o rendimento obtido esteve um tanto abaixo das expectativas devidos os factores enumerados abaixo: A técnica de separação utilizada para separar os componentes obtidos apartir da reacção da fase orgânica (lembrando que o método utilizado foi a extracção líquido-líquido em que se extraiu a solução vermelha escura), método este que acarreta algumas imprecisões visto que alguma parte do o-nitrofenol pode não ter sido extraído. Durante a destilação parte do o-nitrofenol colada no condensador após cristalizar-se não foi retirado. Os valores obtidos e calculados são apresentados na tabela seguinte: TabelaNº04: Resultados obtidos Água destilada 120 ml Béquer vazio 34,53 g Béquer com o orto 38,44 g Massa esperada 7,44 g Massa obtida 3,91 g Rendimento 52,55% Erro percentual 47,45% 17 ESTRUTURA DE RESSONÂNCIA PARA O FENOL Vale mencionar que a estrutura de ressonância do fenol estabiliza a base conjugada fazendo com que este seja mais ácido do que os álcoois, considerando- se também que a carga negativa localiza-se no carbono vizinho ao grupo doador de electrões aumentando a densidade eletrónica do carbono trazendo menor estabilidade da base conjugada. Fonte: (McMurry, 2012) MECANISMOS DA REACÇÃO DA NITRAÇÃO DO FENOL: Conforme o mecanismo quando o fenol sofre nitração são observadas somente as reacções orto e para, sendo que todos os três carbocatiões intermediários são estabilizados por ressonância, contudo os intermediários da reacção orto e para têm formas de ressonância nas quais a carga positiva é estabilizada pela doação 18 de um par de electrões do oxigênio. O intermediário da reacção meta não possui estabilização. Fonte: (McMurry, 2012) 19 1 etapa: 2 etapa: Fonte: (Solomons, 2012) 20 Como já foi mencionado o isómero orto-nitrofenol apresenta grupos NO2 e OH em que as suas disposições no anel favorecem a formação de ligações de hidrogênio intramolecular, ou seja, uma ponte de hidrogênio dentro da molécula neste isómero as ligações de hidrogênio intramoleculares tomam o lugar das ligações de hidrogênio intermoleculares, já o isómero para-nitrofenol tem ponto de ebulição mais elevado devido à existência de ligações de hidrogênio intermoleculares. A solubilidade mais elevada se deve à formação de ligações de hidrogênio com moléculas de água. A destilação em corrente de vapor depende da substância apresentar apreciável pressão de vapor à temperatura de ebulição da água. A existência de ligações de hidrogênio intermoleculares impede a evaporação do isómero, para que portanto, não destila. (Solomons, 2012) 21 ESPECTRO INFRAVERMELHO Considerando que a espectroscopia no infravermelho é um tipo de espectroscopia de absorção em que a energia envolvida se encontra na região do infravermelho do espectro eletromagnético. Sendo uma técnica utilizada para identificar compostos ou investigar a composição de uma amostra baseia-se no facto de as ligações químicas das substâncias possuírem frequências de vibração específicas às quais correspondem a níveis de energia da molécula. (Gonçalo, M. (2016)) Abaixo é apresentado o espectro infravermelho do orto-fenol: Fig. 2: Espectro de Infravermelho do O-nitrofenol. 22 COMPARAÇÃO ENTRE O ESPECTRO DO FENOL E DO O-NITROFENOL Fig. 3: Espectro de Infravermelho do Fenol. Após a obtenção do o-nitrofenol, fez-se a identificação do composto por infravermelho, obtendo o gráfico da página anterior. Os dois compostos apresentam a mesma ligação simples O-H representada na faixa dos 4000 até 2500 pelos dois grandes picos. Na faixa dos 2000 aos 1500 temos mais uma parte que representa as duplas ligações entre átomos de carbono. A última parte característica e que é diferente no fenol e no O-nitrofenol, é a que representa as ligações C-N que não existem no primeiro. Estes picos estão representados na faixo dos 1500 aos 1000. Com estas informações, podemos afirmar que temos o O-nitrofenol ou pelo menos um composto aromático ligado ao nitrogênio. Analisando o espectro, o interessante que se pode observar são as bandas de 745,18 cm-1 que indica a presença da substituição orto do anel aromático; a banda 1371,55 cm-1 que é causada pela deformação axial da presença do grupo nitro no benzeno; as bandas 1475,45 e 1588,01 cm-1 é uma certeza da presença do anel aromático do composto de orto-nitrofenol. 23 No fenol verifica-se a absorção na banda de 3230,05 cm-1 devido a deformação axial de O-H, e o mesmo valor é próximo no que se verifica numa amostra de o- nitrofenol (3250,32 cm-1), e se trata das 15 ligações hidrogénio intermolecular; absorção em 3045,83 cm-1 por parte do fenol é causada pelas ligações C-H do anel aromático, mas não se verifica no caso do o-nitrofenol; as deformações axiais causadas por ligações C=C são verificadas na absorção das bandas de 1593,63 cm-1 e 1497,06 cm-1 e o mesmo foi similar noespectro do o-nitrofenol; as grandes diferenças que podem ser observadas nos espectros baseiam-se no facto de que o fenol apresenta absorção nas bandas de 748 cm-1 e 688,30cm-1 que é característica do anel aromático monosubstituido e já o o-nitrofenol apresenta absorção na banda de 745,18 cm-1 que é característica de um anel aromático disubstítuido na posição orto. No que tange ao grupo nitro pode-se ver que absorção na banda de 1371,55 cm-1 que só é verificada no o-nitrofenol. 24 VII.CONCLUSÃO Após a realização desta prática foi possível inferir que as reacções de substituição electrofílica aromática permitem a introdução direta de diversos grupos em anéis aromáticos permitindo a obtenção de muitos outros compostos importantes. Nesta prática não obteve-se o isômero p–nitrofenol devido a técnica usada (destilação simples), pois o o-nitrofenol tem ponto de ebulição bem mais baixo e menor solubilidade em água que o isômero p-nitrofenol, partindo do pressuposto que o isómero o-nitrofenol tenha grupos NO2 e OH em que as suas disposições no anel favorecem a formação de ligações de hidrogênio intramolecular, ou seja , uma ponte de hidrogênio dentro da molécula neste isómero as ligações de hidrogênio intramoleculares tomam o lugar das ligações de hidrogênio intermoleculares, já o isómero p-nitrofenol tem ponto de ebulição mais elevado devido à existência de ligações de hidrogênio intermoleculares. A solubilidade mais elevada deve-se à formação de ligações de hidrogênio com moléculas de água. A destilação em corrente de vapor depende da substância apresentar apreciável pressão de vapor à temperatura de ebulição da água. A existência de ligações de hidrogênio intermoleculares impede a evaporação do isómero p- nitrofenol que, portanto, não destila. 25 VIII.BIBLIOGRAFIA Constantino, M. (2004). Fundamento de Química Experimental. Em M. Constantino, Fundamento de Química Experimental. São Paulo. EATON. (1989). Laboratory Investigations in Organic Chemistry. Em EATON, Laboratory Investigations in Organic Chemistry. Gonçalo, M. (2016). www.infoescola.br. Acesso em 25 de setembro de 2017 McMurry, R. (2012). Química Orgânica. Em R. Morrison, Química Orgânica.Calouste Galbenkian. Solomons, T. W. (2012). Química orgânica. Em T. W. Solomons, Química orgânica (p. 94). Florida: Grupo Editorial Nacional. 26 IX.ANEXOS Componente Visualização Amostra de o-Nitrofenol obtida 27 Esquema da Destilação Amostra de o-Nitrofenol obtida
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