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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao ÍNDICE I – RESUMO .................................................................................... 2 II – INTRODUÇÃO .......................................................................... 3 III – OBJECTIVOS .......................................................................... 5 OBJECTIVO GERAL ..................................................................................... 5 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS .................................................................... 5 IV – REVISÃO BIBLIOGRAFICA .................................................. 6 V – PROCEDIMENTOS ................................................................ 8 VI – RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................ 10 CROMATOGRAFIA EM COLUNA. ............................................................ 10 CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA ......................................... 11 VII – CONCLUSÃO ....................................................................... 14 VIII – BIBLIOGRAFIA .................................................................. 15 IX – ANEXOS ................................................................................. 16 INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 2 I – RESUMO Nesta prática fez-se a separação dos pigmentos de clorofila e carotenoide do espinafre utilizando a técnica da cromatografia em coluna tendo a monitoração sido feita mediante a cromatografia em camada delgada, a realização da prática foi dividida em grupos, em que alguns grupos faziam a preparação do espinafre macerado afim de preparar-se o resíduo sólido e a parte líquida que era utilizado para a separação da clorofila e do carotenoide enquanto que outros grupos faziam a separação da clorofila sendo e do carotenoide. Vale ressalvar que a separação era favorecida pela afinidade ou não que a clorofila e o carotenoide tinham com os solventes (n-hexano e acetona), onde também foi possível inferir sobre o caráter polar dos mesmos (clorofila e carotenoide). O carotenoide como teve interação com o n-hexano (apolar) foi dado como ligeiramente polar, enquanto que a clorofila teve afinidade com a (acetona) tendo sido dada como polar. Após a obtenção da clorofila e do carotenoide fez-se a medição dos seus Rf´s para depois fazer a comparação com as amostras de clorofila e de carotenoide já obtidas. Para culminar a prática fez-se a caracterização da clorofila e carotenoide obtidos por meio de espectroscopia no infravermelho. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 3 II – INTRODUÇÃO Extratos vegetais são geralmente, misturas complexas constituídas de diversos compostos com grupos funcionais diferentes. A separação destas substâncias, tanto para identificação ou, em maior quantidade, para a realização de ensaios farmacológicos, é um processo lento que envolve adsorventes caros e grandes quantidades de solventes. (Morrison e Boyd). O espinafre (Spinacia oleracea) é uma erva rasteira originária do centro e sudoeste da Ásia, pertencente à família das amarantáceas, cujas folhas são comestíveis. É uma planta anual (raramente bianual), que cresce até cerca de 30 cm de altura. O espinafre pode sobreviver durante o inverno em zonas temperadas. As folhas são alternadas, simples, de ovaladas a triangulares na base, muito variáveis em tamanho, desde 2–30 cm de extensão e 1–15 cm de largura, com folhas maiores na base da planta e menores no topo. (Wikipédia.com, acessado em 10 de Novembro de 2017) Dentro dos espinafres podem ser encontrados pigmentos, dentre os quais mencionamos: Clorofila que são pigmentos vegetais cuja função é a fotorrecepção de luz nos comprimentos de onda entre o azul e o verde refletindo-a em diferentes tonalidades de verde. São as responsáveis pela fotossíntese sintetizando dióxido de carbono e água utilizando a luz como fonte energética. Existem quatro tipos de clorofila a, b, c e d. Entre as quais a primeira é essencial à fotossíntese. (Morrison e Boyd). INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 4 Carotenoides sendo moléculas lipossolúveis que podem apresentar tonalidades amarela, alaranjada ou vermelha, estão amplamente presentes nas plantas e actuam como precursores da vitamina A em animais. O seu sistema de ligações duplas conjugadas confere-lhes algumas das suas actividades biológicas como a antioxidante por exemplo. têm sido também utilizados como aditivos alimentares e em alguns produtos farmacêuticos. Moura Andrade et al. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 5 III – OBJECTIVOS OBJECTIVO GERAL v Efectuar a separação dos pigmentos de clorofila e de carotenoides do espinafre por intermédio da cromatografia em coluna. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS Proporcionar aos estudantes os critérios básicos de uma cromatografia em coluna frisando : v O tipo de fase móvel/fixa a ser utilizada; A relação entre a cromatografia em coluna e a cromatografia em camada delgada (CCD). v A maior/menor afinidade da amostra com uma ou outra fase. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 6 IV – REVISÃO BIBLIOGRAFICA A cromatografia é um método de separação e caracterização de misturas sendo uma técnica de purificação em que as moléculas presentes numa dada mistura são separadas com base na sua solubilidade em diferentes solventes (fase móvel) e mobilidade num dado substrato (fase estacionária) visto que a separação ocorre devido ao fato das moléculas possuírem uma propriedade chamada polaridade em comum e tenderem a se atrair mutuamente. Uma molécula polar é aquela que possui uma região com excesso em electrões e outra região com falta de electrões. Estas regiões às vezes são representadas como sendo negativamente e positivamente carregadas, respetivamente. Moléculas polares são unidas por forças de atração entre cargas opostas de moléculas diferentes. (Collins et al, 1995) Esta técnica é fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, que ocorre devido a diferentes interações, entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. A grande variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias a torna uma técnica extremamente versátil e de grande aplicação. (Morrison e Boyd). As diferentes formas de cromatografia podem ser classificadas considerando- se diversos critérios, tais como formafísica do sistema cromatográfico, a fase móvel empregada, a fase estacionária utilizada e o modo se separação. Assim, a grande variedade de combinações entre fases móveis e estacionárias tornam essa técnica extremamente versátil e de grande aplicação. (Morrison e Boyd). Existem vários meios de se avaliar o cromatograma. Do ponto de vista qualitativo (visual) pode-se efetuar a avaliação apenas dispondo de uma câmara UV, contendo lâmpadas capazes de emitir luz nos comprimentos de onda de 254nm e 366nm. Neste caso as manchas são visualizadas e suas distâncias de migração calculadas. Esta distância da amostra se comparada INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 7 com a distância de migração do padrão diz respeito à “qualidade da amostra”. Isto é calculado através do Rf (fator de retardamento). Rf é a relação entre as distâncias percorridas pelo composto e pela frente do solvente. (Collins et al, 1995). A seguir é apresentado um esquema sobre os tipos de cromatografia: Esquema nº01: Tipos de cromatografia.(Collins et al, 1995). Cromatografia Planar Coluna Centrífuga CCD CP Líquida CSC Gasosa Clássica CLAE CG CGAR INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 8 V – PROCEDIMENTOS PREPARAÇÃO DO EXTRACTO DE ESPINAFRE Pesamos 10 gramas de espinafre (uma ou duas folhas); maceramo-los em um almofariz e com a ajuda de uma espátula transferimos o sólido para um béquer. Preparamos 30 mL de uma solução de n-hexano/acetona (1:1) e adicionamo-las ao béquer contendo o espinafre. Deixamos a solução em repouso por 15 minutos. Após esse período transferimos a solução líquida para outro béquer e adicionamos dois gramas de sulfato de magnésio para eliminar possíveis resíduos de água. Em seguida, filtramos a solução resultante para um erlemeyer e adicionamos 2 gramas de sílica gel. Levamos a solução ao evaporador rotatório de modo a evaporar a mistura de solvente. PREPARAÇÃO DA COLUNA CROMATOGRÁFICA Num béquer, pesamos 6 gramas de sílica gel, e dissolvemo-los em n-hexano. Paralelamente colocamos um pedaço de algodão na coluna cromatográfica e com a torneira aberta adicionamos hexano até ao meio da mesma. Adicionamos lentamente a solução de sílica gel e de hexano até mais ou menos 3/4 da coluna (tomamos cuidado para não deixar a coluna secar). Após a adição de toda a sílica; adicionamos o extracto de espinafre com cuidado de modo a ter uma superfície plana. Em seguida adicionamos lentamente uma pequena quantidade de hexano; abrimos a torneira e colectamos as fracções em tubos de ensaio (trocamos o tubo de ensaio após o solvente ocupar metade da capacidade do mesmo). Adicionamos pequenas quantidades de solvente na coluna para que essa não seque. Quando todo o carotenoide foi colectado INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 9 (solução amarela) mudamos o solvente de hexano para acetona, de modo que as fracções de clorofila começaram a ser colectadas. OBS: Se a coluna começar a apresentar rachaduras devido ao calor; embeba um pedaço de algodão em acetona e fixe-o na parte exterior da coluna em que surgir a rachadura. CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA A cromatografia em camada delgada pode servir como base de monitoramento da coluna, especialmente quando os materiais a serem separados não apresentarem coloração alguma (que não é o nosso caso). Entretanto, efectuamos para fins de confirmação. Preparamos uma solução de hexano e acetona 4:1 e transferimo-las para a vuba cromatográfica. Pegamos uma placa cromatográfica e com o auxílio de um lápis traçamos duas linhas a frente do solvente e a linha de aplicação da amostra. Em zonas equidistantes aplicamos as frações colectadas com um intervalo de um tubo de ensaio (2, 4, 6...etc.) e em seguida colocamos a placa na câmara e após a eluição do solvente revelamos a placa com a ajuda da lâmpada de ultravioleta. Juntamos as fracções dos mesmos extractos e transferimo-los para um balão, evaporamos o solvente no evaporador rotativo. Adicionamos uma quantidade mínima de acetona para solubilizar os pigmentos e após a volatilização da acetona efectuamos um espectro no infravermelho. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 10 VI – RESULTADOS E DISCUSSÃO CROMATOGRAFIA EM COLUNA. Durante a cromatografia em coluna utilizou-se o n-hexano primeiro para poder retirar o carotenoide, isso deve-se ao facto de que geralmente apolar se dissolve em apolar, onde o hexano por ser um alcano ou seja por possuir ligações simples entre os átomos de carbono e hidrogénio, não possuir nenhum grupo que retire ou que doe electrão a molécula e também por possuir uma geometria favorável é apolar tal como o carotenoide que é um polieno (possui varia ligações duplas) e não possui nenhum grupo que retire ou doe electrões a molécula também é uma molécula apolar que prova que neste caso se cumpre a regra de que apolar dissolve apolar e que polar dissolve polar. Para a retirada da clorofila utilizou-se a acetona que é uma substância polar pois possui um grupo carbonilo e o oxigênio do grupo carbonilo por ser mais electronegativo que o carbono atrai a densidade de electrões do carbono para aumentar a polaridade da ligação tornando assim a molécula polar, a clorofila possui vários grupos carbonilos logo é também uma substância polar, fazendo assim com que eles têm afinidade entre si e isso permite a remoção da clorofila do espinafre em coluna fraccionada pela acetona. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 11 CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA Foi feita a cromatografia em camada delgada duas vezes na 1ª utilizou-se uma mistura de hexano/acetona na proporção 5:1 como eluente, a amostra foi o espinafre e verificou-se que o carotenoide presente tinha maior afinidade do que a clorofila. Na 2ª fez-se a separação do carotenoide e da clorofila e por cromatografia em coluna e fez com as amostras obtidas a cromatografia em coluna esperava-se que o carotenoide tivesse maior afinidade pois o eluente era 83,3% apolar, mas não foi isso que se verificou na pratica, pois, a clorofila 3 apresentou maior afinidade do que o carotenoide. Os resultados obtidos são apresentados nas tabelas abaixo. Tabela 1 – Dados obtidos AMOSTRAS DA (cm) DS (cm) Rf Carotenoides 6,050 6,300 0,960 Clorofila 1 1,100 0,175 Clorofila 2 5,250 0,833 Clorofila 3 6,150 0,976 Tabela 2 – Dados Obtidos AMOSTRAS DA (cm) DS (cm) Rf Carotenoides 6,00 6,300 0,95 Clorofila 1 1,65 0,26 Clorofila 2 0,50 0,08 Clorofila 3 0,25 0,04 DA – Distância percorrida pela substância; INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICODE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 12 DS – Distância percorrida pelo eluente; Rf – Factor de Retenção. ESPECTRO DE INFRAVERMELHO CAROTENOIDE Fig. 1 – Espectro do Carotenoide Tabela 3 – Identificação das ligações a partir do espectro de infravermelho do carotenoide Numero de Onda Grupo Funcional / Ligações 769,23 –(CH2)n– 1015,59 – 1088,36 –CH=CH– 1259,10 CH3 79 6. 23 10 15 .5 9 10 88 .3 6 12 59 .1 0 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 % Tr an sm itta nc e 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 Wavenumbers (cm-1) INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. 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Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Correio electrónico: geral@isptec.co.ao 14 VII – CONCLUSÃO Comprovou-se mais uma vez a afirmação de que “Substâncias polares tendem a se dissolver em substâncias polares e substâncias apolares tendem a se dissolver em solventes apolares ” isso porque os carotenoides se dissolveram no hexano e a clorofila na acetona. A separação dos carotenos e da clorofila foi um sucesso foi possível obter ambos em diferentes estágios da pratica. Durante a cromatografia em camada delgada houve uma anomalia onde verificou-se que uma das amostras de clorofilas obtidas possui maior afinidade do que o carotenoide, uma das possíveis causas desta anomalia é a contaminação das amostras durante evaporação dos solventes. De forma geral foi uma pratica positiva pois cumpriu-se todos os objectivos e obtivemos as amostras pretendidas. INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. 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