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TROMBOSES, EMBOLIAS, INFARTOS E ANEURISMAS (AULA 2) PATOLOGIA

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PATOLOGIA – 21 /09/17 – Igor Satin 
TROMBOSES, EMBOLIAS, INFARTOS E ANEURISMAS 
AULA 7 
_______________________________________________________________________________________________ 
TROMBO 
É a solidificação do sangue no coração ou nos vasos sanguíneos, podendo ser em veias ou artérias. 
Pode existir trombo em qualquer vaso, e devido a isso, o trombo é constituído por elementos do 
sangue. O trombo é seco, friável e não é elástico. Ele possui forma, cor e tamanho variável, e 
sempre se adere à parede endotelial ou subendotelial. Todas essas características permitem 
diferenciar o trombo de um coágulo. 
Não se aceita falar que trombo é um coágulo, porque na realidade existem coágulos em várias 
situações: Pode se fazer Coágulo de Tampão Hemostático quando se tem um corte tecidual em que 
há sangramento ou quando se faz uma punção venosa ou arterial que causa uma ruptura da parede 
do vaso sanguíneo, nessa situação não necessariamente terá um trombo, mas terá sim o início do 
processo de coagulação. O tampão hemostático que é criado nesses locais é para manter a 
homeostasia, que é o equilíbrio do organismo. 
O trombo começa a se formar quando há um exacerbo desse processo, 
ou seja, são as plaquetas que fazem com que hajam a liberação de 
fibrina e ao desencadear a rede de fibrina faz com que haja a 
solidificação e coagulação do sangue naquela região. 
A célula endotelial possui várias funções dentro do nosso organismo e 
quando houver situações em que algumas substâncias estranhas entrar 
em contato com o nosso sangue, elas irão desencadear um processo 
chamado Disfunção endotelial, que vai fazer com que as células 
endoteliais não funcionem corretamente. As possíveis substâncias 
estranhas podem ser organismos vivo, como: Produtos bacterianos e 
virais, Produtos lipídicos, Citocinas e Hipóxia. Eles modificam as 
células induzindo os genes a terem uma resposta pró-coagulantes para 
manter o equilíbrio intravascular. 
A disfunção endotelial que foi causada pela lesão vai contribuir para a 
trombogênese, aterogênese e para as lesões vasculares de hipertenção 
arterial. O que interessa é o processo de trombogênese que é processo de formação de um trombo. 
Tríade de Virchow 
São três fatores que influenciam na formação do trombo. 
1. Lesão Endotelial 
2. Anormalidade do Fluxo Sanguíneo 
3. Hipercoagulabilidade 
 
1. A Lesão Endotelial tem diversas causas, dentre elas a Placa de Ateroma que é a mais comum, 
porque quando se rompe a placa de ateroma, está expondo essa placa ao fluxo sanguíneo. Se essa 
placa encontrar uma área de lesão celular é porque a célula endotelial não existe mais ali, e a 
presença da placa de ateroma nessa região é um estimulo para que haja a formação de um trombo 
sobre a placa para tentar impedir a obstrução da artéria. Além da placa de ateroma existem outras 
causas de lesão endotelial, que é a hipertensão arterial, inflamação aguda, inflamação generalizada, 
tabagismo, reperfusão, infarto agudo do miocárdio e hipercolesterolemia. Tudo isso gera uma 
disfunção endotelial que pode levar a formação de um trombo posteriormente. 
2. As Alterações do Fluxo Sanguíneo podem ser de Turbulência ou Estase. 
A Turbulência é o fluxo sanguíneo rápido e é característico de artérias. As artérias tem alta 
capacidade elástica então pode receber maior sangue. Em 
aneurismas, por exemplo, tem uma artéria e uma parte dilatada 
que é o aneurisma, o fluxo sanguíneo chega no local muito 
rápido e de maneira turbulenta. 
A Estase é o fluxo sanguíneo lento, e por ser lento é obrigatoriamente o fluxo sanguíneo de veias. O 
indivíduo tem estase devido a um comprometimento do retorno venoso, e se praticar exercícios 
como caminhada já é suficiente para melhorar o retorno venoso e evitar a estase. Já paciente 
acamado tem que fazer ao menos uma fisioterapia ou tomar medicamentos anticoagulantes para não 
formar trombo devido à estase que é um dos fatores da tríade de Virchow. 
3. Hipercoagulabilidade 
É a alteração na composição sanguínea e são divididos em duas fases. A primeira delas é o déficit 
de anticoagulantes. A segunda fase são os risco maiores que se somam para a formação do trombo, 
dentre eles: Trombocitose, Incremento de fatores de coagulação, Aumento da vilosidade sanguínea. 
O tempo acamado no leito, por exemplo, contribui para a maior coagulação sanguínea dentro do 
vaso vascular e o risco pode ser de um infarto ou de insuficiência cardíaca. 
Tipos de trombo 
 Quanto à cor: (Saber descrever microscopicamente cada um deles) 
TROMBO BRANCO: Está presente em artérias e é formado por plaquetas e rede de fibrina. 
TROMBO HIALÍNO: Está localizado nos capilares e pode ser considerado um trombo branco, 
porém mais transparente. Na microscopia, esse trombo tem uma coloração cor de rosa, transparente 
e totalmente lisa. 
TROMBO VERMELHO: Está presente em veias e tem essa cor porque na estase há um depósito 
de hemácias no local da lesão endotelial. 
TROMBO MISTO: Está presente em veias periféricas. 
 Quanto a presença de infecção 
TROMBO SÉPTICO: É quando o trombo sofreu colonização de bactérias. 
TROMBO ASSÉPTICO: Quando não há a presença de baterias. 
 Quanto aos efeitos de interrupção do fluxo sanguíneo 
O trombo está sempre aderido a uma parede endotelial e 
essa adesão pode ser total ou parcial. Isso quer dizer que 
dependo da área ocupada por um trombo ele pode estar 
obstruindo totalmente a parede do vaso ou somente uma 
pequena área. 
TROMBO OCLUSIVO: É quando obstruem totalmente a luz vascular. 
TROMBO NÃO OCLUSIVO: É quando obstruem parcialmente a luz vascular. Ele pode ser 
chamado também de Parietal ou Mural porque se refere à obstrução da parede do endotélio e não 
está vedando totalmente a luz vascular. 
 
 
 
 
É necessário saber a diferença entre o trombo e o coágulo. Supondo que a pessoa tenha morrido, e 
você está examinando o cadáver é possível verificar tal diferença entre esses dois elementos. 
 O trombo já estava aderido desde que o paciente estava vivo porque o trombo existe durante a 
vida do ser humano. Para ter a aderência, o trombo precisou ter a ativação de plaquetas, a 
formação de fibrina, liberação de fatores pró-coagulantes etc. Então depois que ocorre morre 
não se forma mais trombo, porém, o sangue coagula. O coágulo vem de pós morte e não é 
aderido. Se o médico pegar uma pinça e puxar o trombo, o trombo continua firme. O que faz o 
trombo aderir são os fatores pró-coagulantes que existem no compartimento vascular. O 
coágulo ao ser puxado sai totalmente. 
Destino dos trombos: É o que acontece com o trombo após sua formação. Ele pode ficar no local o 
resto da vida ou não. 
- O trombo pode ser absorvido; 
- Pode permanecer no local e sofrer calcificação; 
- Pode permanecer no local e se for um trombo oclusivo que vai obstruir toda a passagem do vaso 
vai proporcionar isquemia e necrose; 
- Dissolução: O trombo pode ser revascularizado Mediante a uma obstrução total da luz do vaso 
por um trombo, irão formam vasos internos a esse trombo o que irá permitir a passagem do sangue 
de um lado para o outro. A área que estava isquêmica vai ser perfundida através da 
Neovascularização, esse novos vasos são formados a partir de células endoteliais que liberam 
substâncias e ocasionam a vascularização. Após essa formação, o sangue consegue se locomover e 
evita uma isquemia da região; 
IMPORTANTE: 
Em território Arterial é mais comum a obstrução Parcial 
Em território Venoso é mais comum a obstrução Total 
 
- O trombo mural/parietal pode ser incorporado à parede vascular. Ele já está aderido ao vaso e pode 
ser reendotelizado. A medida que esse trombo vai sendo incorporado, vai sendo conjuntivizadoocorrendo a fibrose e deixa de ser uma área de obstrução do fluxo sanguíneo; 
- Embolização. É um fragmento do trombo que se fragmentou. Esse fragmento é chamado de 
embolo, e ele se locomove na corrente sanguínea. Ele pode ser originado de um trombo oclusivo ou 
não oclusivo. O embolo pode parar na corrente sanguínea e interromper todo o fluxo de sangue. O 
que estabelece essa ‘parada’ do emboloé o diâmetro do vaso sanguíneo, porque o diâmetro do vaso 
tem que tem obrigatoriamente menor que o embolo. 
OBSERVAÇÕES: 
 - Quanto aos destinos dos trombos, a embolização é o mais importante em conjunto com a 
dissolução. A dissolução é interessante porque o sangue volta a perfundir a região. 
- Saber explicar os mecanismos de destinos do trombo. Por exemplo: Porque houve a dissolução do 
trombo? Porque na região havia muito mais substâncias fibrinolíticas ou anti coagulantes do que 
coagulantes. 
Consequências da trombose 
É o que os trombos irão propiciar. Todas as consequências estarão relacionadas com a natureza do 
trombo, se é oclusivo ou não, se é séptico ou não, se está presente em veia ou em artéria, se é uma 
circulação final ou se existem circulações colaterais, porque dependendo da área atingida poderá 
ocorrer consequências distintas. 
 Isquemia 
 Hiperemia passiva 
 Edema 
 Embolia 
EMBOLOS 
Eles são formados por elementos sólidos, líquidos ou gasosos. Eles podem ser gerados a partir de 
um trombo, mas não necessariamente todo embolo é originado a partir de um trombo. 
Em elementos sólidos percebemos diferentes tipos de êmbolos: 
 Tromboembolia: São êmbolos formados a partir de fragmentos de trombos. 
 Ateroembolia: É originado da placa de ateroma 
 Embolia Tumoral: São células neoplásicas malignas que vão migrar e cair na corrente 
sanguínea. 
Em elementos líquidos são os glóbulos de gordura que são tecidos adiposos, são gerados pelo 
acúmulo de esteatose que se fragmentam e podem migrar pra o sangue. 
Em elementos gasosos são casos mais raros. Gases podem ocorrer na circulação nas seguintes 
situações: 
 Injeção de ar nas contrações uterinas durante o parto. 
 Perfusão torácica, com aspiração de ar para instalação de pneumotórax tornando possível a 
aspiração de ar também para vasos rompidos na área. 
Classificação: 
Quanto à origem: 
 Venosa 
 Arterial 
 Paradoxal: É quando o embolo passa da circulação arterial para a venosa, ou vice-versa, sem 
atravessar a rede capilar, por intermédio de comunicação interatrial ou interventricular, ou 
ainda de fístulas arterio-venosas. 
Quanto a presença de infecção: 
 
 Embolos sépticos: Há a presença de bactérias. 
 Embolos Assépticos 
 
Fatores que vão favorecer a embolização 
 
 Trombo amolecido: O trombo que está amolecido tem maior facilidade de se soltar e por isso 
forma embolo. 
 Trombo com frágil aderência a parede celular. 
 
Consequências da embolia 
 
Independente da constituição e origem do embolo, ele vai causar uma oclusão total em um vaso que 
tenha um diâmetro menor que ele. Essa obstrução terá consequências: 
 
 Morte súbita: Depende do volume e do tamanho do embolo e do local que ele vai ocluir.; 
 Infarto: O infarto é uma área de necrose isquêmica; 
 Focos de inflamação; 
 Focos de infecção: Se o embolo for séptico pode causar infecção na área que obstruir; 
 Disseminação de neoplasia maligna: É o caso de metástase. 
 
 
ANEURISMA 
 
O aneurisma é uma dilatação anormal e localizada da parede arterial. Existem 2 tipos de Aneurisma: 
Aneurisma Verdadeiro e Aneurisma Falso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
.OBS: A professora não explicou os 2 tipos de aneurisma, somente citou. Segundo ela, isso pode ser 
cobrado em prova. 
 INFARTO 
É uma área tecidual de necrose isquêmica causada pela obstrução, seja do suprimento arterial ou da 
drenagem venosa. 
OBS: A professora não explicou nada sobre infarto, somente citou a sua causa. 
 
Aneurisma Verdadeiro 
- Definição pelo Robbins: É quando um aneurisma está delimitado por componentes da parede 
arterial ou da parede do coração enfraquecido. 
- Definição pela Paula: É causado por um fluxo sanguíneo turbilhonar onde há uma perda da 
elasticidade da túnica média, mantendo as 3 túnicas íntegras. 
- Esse tipo de aneurisma pode levar a uma formação de trombo porque vai ter alteração do fluxo 
sanguíneo, no caso turbulência. 
 
 
Aneurisma Falso 
- Definição pelo Robbins: Também chamado de pseudo-aneurisma, é uma brecha da parede 
vascular levando a um hematoma que se complica livremente com um espaço intravascular 
(“hematoma pulsátil”) 
- Definição pela Paula: É quando há a perda da túnica média e o sangue se deposita na 
adventícea.

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