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a uma condição de hipóxia: - ICD: Se o coração tiver uma disfunção do lado direito, não tem o bombeamento adequada para o pulmão e o sangue venoso se acumula no sistema. - Imobilidade no leito: pessoas que ficam muito tempo parada, uma internação por exemplo, o fluxo sanguíneo diminui. - Compressão venosa. - Fibrilação atrial: alterações no bombeamento cardíaco. - Doenças periféricas vasculares Com uma estase sanguínea não há movimentação de fatores coagulantes e anticoagulantes e cada vez mais tem o acúmulo de hemácias e consequentemente um lesão endotelial por hipóxia e forma um trombo. Turbulência A turbulência contribui para a trombose cardíaca e arterial, provocando uma disfunção ou lesão endotelial, além de gerar fluxos de contracorrente com a formação de bolsas de estase locais. - Aterosclerose: O fluxo sanguíneo é obstruído e a pressão aumenta e ocorre uma lesão mecânica no endotélio e há exposição das plaquetas. Para acontecer a formação de trombos é necessário pelo menos 2 alterações na Tríade de Virchow: - Lesão endotelial, que pode acontecer por uma inflamação, aterosclerose, hipercolestero- lemia etc. - Alteração no fluxo sanguíneo, a partir de uma estase ou turbulência. - Hipercoagubilidade, por herança genética ou adquirida. FORMAÇÃO DE TROMBOS UNINOVE SBC | FISIOPATO | 09.04.21 Gabrielle S. Sanches Trombose é a formação de um coágulo sanguíneo dentro de vasos intactos que ocorre por falha na homeostase do processo de hemostasia gerando um trombo. Isso pode acontecer em qualquer local do sistema cardiovascular, tanto veias como artérias. RELEMBRANDO Diferentemente, o coágulo é uma massa não estruturada de sangue fora dos vasos ou coração ou ainda formada por coagulação após a morte. Alteração no fluxo Para situações fisiológicas é necessário um estado de fluxo sanguíneo laminar, uma alteração, seja por estase ou turbulência, faz com que as células sanguíneas fiquem mais direcionadas para a periferia do vaso, elas se acumulam no endotélio e lesionam. Por consequência, o fluxo anormal promove a ativação do endotélio, aumentando a atividade pró-coagulante e pró-inflamatória, além de reduzirem a eliminação dos fatores de coagulação Estase A estase é o principal contribuinte no desenvolvimento da trombose venosa, levando Lesão endotelial As lesões endoteliais que levam à ativação plaquetária são a base quase inevitável da formação de trombo no coração e na circulação arterial. A formação de trombos se iniciam ao expor o vWF e o fator tecidual. Contudo, a inflamação e outros estímulos nocivos também promovem a trombose ao alterar o padrão TROMBOS Os trombos podem ser classificados de acordo com sua origem: - Mural: formado na parede do coração - Arterial, nas artérias - Venosos, decorrentes da circulação venosa Independente de qual seja a origem eles obstrir apenas uma parte da luz dos vasos ou cavidades como também pode obstruir toda a luz vascular. Também podem ser chamados de: - Brancos quando a compasição é preferencialmente de plaquetas e fibrinas, ocorrem mais em artérias ou cavidades cardíacas. - Vermelho há maior acúmulo de células sanguíneas, acontecem nas veias devido a estase. - Misto é uma associação de camadas fibrinosas e plaquetárias alternando-se com camadas ricas em hemácias, chamados também de estrias de Zahn. A hipercoagulabilidade tem um papel particularmente importante na trombose venosa e pode ser dividida em distúrbios primários (genéticos) e secundários (adquiridos). Um dos principais fatores alterados por herança genética é o fator V responsável por atividade anti-coagulante, sem ele o processo de coagulação não é parado no momento certo e aumenta o risco de sofrer trombose. Numa situação adquirida é muito comum na gravidez ou pelo uso de anticoncepcionais que provavelmente é causada pelo aumento da síntese hepática dos fatores da coagulação e pela diminuição da síntese de fatores anticoagulantes. Pode também ser induzida pelo uso da heparina. habitual de expressão genética do endotélio para um padrão que seja “pró-trombótico”. Hipercoagubilidade (trombofilia) Coágulo: não se adere ao endotélio. Trombo: fica aderido ao local onde ocorreu a lesão. Os trombos podem se desenvolver em qualquer lugar no sistema cardiovascular e podem variar no tamanho e forma, dependendo do lugar envolvido e da causa subjacente. Os trombos arteriais ou cardíacos geralmente se iniciam nos locais de turbulência ou de lesão endotelial, já os trombos venosos ocorrem caracteristicamente em locais de estase. TROMBOS ARTERIAIS E CARDÍACOS Estão associados a turbulência, ou seja, crescem em direção retrógrada ao fluxo, é possível observar linhas de Zahn e são frequentemente oclusivos, sendo as localizações mais comuns nas artérias coronárias, cerebrais e femorais. TROMBOS VENOSOS Estão associados a estase sanguínea, crescem em direção ao fluxo e não há aparecimento das linhas de Zahn. Podem ser oclusivos e se moldam a luz vascular, sendo mais comum em membrom inferiores. É possível observar linhas de Zahn, que é a deposição de hemácias, plaquetas e fibrina durante a formação. Setas pretas são áreas de hemácias e azuis áreas de fibrina, plaquetas de glóbulos brancos. TROMBOSE VENOSA PROFUNDA Evolução do trombo: - O trombo pode se propagar formando novos ciclos de agregação plaquetária e uma nova cascata de coagulação que via levar a maior deposição de plaquetas, fibrina e hemácias progredindo seu tamanho. - Embolização: uma parte se destaca e forma microtrombos na circulação ganhando a rede vascular formando um embolo. - Ao ativar a cascata de coagulação pode ser que a fibrinólise também seja ativada e o trombo se dissolve. - Ou ainda ao formar um trombo o organismo pode criar alternativas para reestabelecer a luz vascular e se formam novos canais dentro do trombo por ação enzimática de leucócitos. CORRELAÇÃO CLÍNICA A principal complicação clínica é a formação de êmbulos, quando o trombo se destaca e passa a circular livremente pelo sangue. Trombos venosos ao embolizar podem atingir o pulmão, essa condição é grave e na maior parte dos casos leva a morte. Trombos arteriais podem embolizar e causar infarto tecidual pela obstrução de algum vaso, por exemplo artérias coronariana e cerebrais. A trombose venosa profunda é causada pelo desenvolvimento de coágulos em uma grande veia profunda, geralmente na perna e coxa mas pode ser de outros lugares também. Isso resulta no comprometimento do fluxo sanguíneo venoso e consequentemente ocorre edemas e dor nos membros inferiores. A medida que vai formando o trombo a oxigenação vai piorando podendo causa uma hipóxia, e além disso a lesão do endotélio aumenta recorrendo a um processo inflamatório e o fluído de dentro dos vasos pode extravasar para o interstício gerando o edema. O repouso e a imobilidade são fatores que predispõe a formação desses coágulos, pois dificultam o retorno venoso. Neoplasias malignas podem alterar fatores de coagulação, ativando-os de forma mais intensa. O trauma, a cirurgia e as queimaduras não apenas cursam com imobilização do paciente, mas também estão associados a lesão vascular, liberação de substâncias pró-coagulantes dos tecidos lesados, aumento da síntese hepática dos fatores de coagulação e diminuição na produção de t-PA. Na gestação há mais disposição para desenvolver a trombose, pois pode haver alterações na circulação, além disso o aumento do estrógeno leva um aumento de coagulação, assim como ocorre também com o uso de contraceptivos. Obesidade pode comprimir alguns vasos e levar alterações no fluxo. Fatores de risco Se forma principalmente em valvas venosas, pois é onde o fluxo começa a alterar e passa a ter a deposição das hemácias nas valvas levando a lesão endotelial. É muito comum acontecer na veia poplítea que é o local onde mais tem alteração do fluxo. O sangue fica congesto, vai obstruindo aospoucos e eleva a pressão hidrostática no meio capilar levando a formação de edemas. Além disso é possível que ocorra um processo isquêmico levando a alteração de cor nos membros. Pode ou não haver alteração na sensibilidade, causando dor, mas isso depende do tempo que aquele processo está ocorrendo. Sinais e sintomas TROMBOEMBOLIA PULMONAR É a forma mais comum de tromboembolia, ela se origina da trombose venosa profunda, na maioria dos casos, de membros inferiores. Um trombo se desenvolve e pode se desprender do endotélio, ganha a rede venosa e pode acabar atingindo os pulmões. O parênquima pulmonar pode sofrer hipóxia e necrosar, se houver vários êmbolos a necrose é grande e a maior parte dos casos leva a óbito. O paciente pode ter intenso comprometimento respiratório, devido a um segmento pulmonar não estar sendo perfundido corretamente, mesmo que uma parte ainda esteja ventilando. Ou ainda pode haver comprometimento hemodinâmico, devido ao aumento da resistência ao fluxo sanguíneo pulmonar provocado pela obstrução embólica. A maior parte dos casos acontecem de forma silenciosa, pois os êmbolos são muito pequeno. EMBOLIA SISTÊMICA Trombo vermelho obstruindo a circulação pulmonar. Êmbolo originado no leito arterial ou ainda em câmaras cardíacas, a maior parte dos casos se origina de trombos intracardíacos, mas também pode ser de aneurismas aórticos, placas ateroscleróticas e vegetações valvares. Trombos formados no leito venoso que adentram o átrio direito e ganham o átrio esquerdo são chamados de êmbolos paradoxais. O trombo pode obstruir vasos cerebrais levando a morte, ou ainda ao intervir terapeuticamente o conteúdo pode extravasar e levar a uma morte cerebral. Mas além disso o êmbolo pode atingir outros tecidos, por exemplo rim e intestino, que são órgãos que tem uma vulnerabilidade maior a processos isquêmicos ou quando há vasos de menor calibre, ou ainda órgãos que não possuem vasos colaterais que dão um suporte caso alguma artéria seja obstruída.
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