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Apostila Administração financeira e orçamentária

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AFO - CGU - COMUM A TODAS AS ÁREAS – TEORIA E EXERCÍCIOS 
CURSO GRATUITO 
PROFESSOR: ERICK MOURA 
 
 Professor ERICK MOURA 
CURSO GRATUITO – A DISTRIBUIÇÃO DESTE MATERIAL ESTÁ AUTORIZADA PELO AUTOR 
1 
AFO - CGU - COMUM A TODAS AS ÁREAS – TEORIA E EXERCÍCIOS 
 Estimados(as) Concurseiros(as), 
 Sou Erick Moura, moro em Brasília e tenho 40 anos. Estou no 
serviço público federal desde fevereiro de 1988, quando ingressei na Marinha 
do Brasil, por meio de concurso público prestado para o Colégio Naval. 
Graduei-me em Ciências Navais, pela Escola Naval, no ano de 1994. 
 Nesses mais de 24 anos de serviço público, o estudo sempre foi 
presente em minha vida. Assim, não poderia deixar de ser diferente o gosto 
pelo desafio dos Concursos Públicos nos quais colecionei sucessos ao longo de 
minha trajetória. 
 Atualmente, após alguns concursos prestados, estou na 
Controladoria-Geral da União - CGU, onde exerço o cargo de Analista de 
Finanças e Controle, considerado um dos melhores e mais respeitados 
cargos do serviço público federal. 
 Após algum tempo em exercício na CGU, decidi contribuir para as 
pessoas que ainda não obtiveram êxito em alcançar a aprovação em um 
concurso público. 
 Desta forma, iniciei trabalhos de coordenação em renomados 
cursos preparatórios de Brasília e do Rio de Janeiro, onde convivi com 
candidatos e professores, muitos destes autores de livros nos quais estudei. 
 Neste convívio aprendi muito com todos, principalmente com os 
alunos, e vi o quanto é importante o auxílio de alguém que queira 
efetivamente contribuir. 
 Durante essa experiência gratificante, recebi da família, dos 
amigos, dos alunos, dos professores e dos diretores de cursos um grande 
incentivo para iniciar uma nova trajetória: ministrar aulas. 
 Assim, avalio que é chegada a nossa hora de fazermos um trabalho 
de colaboração, em uma via de duas mãos, onde estaremos juntos na busca 
de um objetivo: aprender a fazer prova. 
 Isso mesmo! Concurseiro(a) não precisa aprender a matéria, 
precisa aprender a FAZER A PROVA DE DETERMINADA MATÉRIA! 
 É bom que o(a) Concurseiro(a) se conscientize de outra regra 
básica: NÃO PODE “BRIGAR” COM A BANCA! Torne-a sua amiga. 
 
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 Veja suas tendências de abordagens. Não seja teimoso em deixar 
que sua visão seja a mais brilhante de todas, pois é preciso ter humildade ao 
se fazer uma prova de concurso público. 
 Então, humildemente me proponho a iniciar um trabalho com vocês 
em ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA - AFO PARA 
ANALISTA E FINANÇAS E CONTROLE DA CGU – CONHECIMENTOS 
ESPECÍFICOS COMUM A TODAS AS ÁREAS. 
 Aceitam o convite? 
 Nosso Curso será baseado no último edital de AFC da CGU e 
abrangerá os conhecimentos relacionados a todas as áreas do concurso de 
2008. 
 Considero esse curso como de nível intermediário, pois foi uma 
disciplina exigida em comum para todas as áreas, mas que atende também 
aos iniciantes no assunto. 
 No concurso passado, tivemos 15 questões, sendo que o peso 
atribuído para a disciplina foi 2,0. 
 Em 2008, o concurso disponibilizou vagas para as seguintes áreas: 
 Auditoria e Fiscalização/Saúde 
 Auditoria e Fiscalização/Obras Públicas 
 Auditoria e Fiscalização/Estatística e Cálculos Atuariais 
 Auditoria e Fiscalização/Controle Interno 
 Correição 
 Tecnologia da Informação/Infra-Estrutura de TI 
 Tecnologia da Informação/Desenvolvimento de Sistemas da 
Informação 
 Desenvolvimento Institucional 
 Prevenção da Corrupção 
 Em razão de dispositivos legais, a Banca do Concurso é a ESAF. 
Além disso, o concurso para a CGU não se submete às restrições da legislação 
eleitoral. 
 Erick, esse curso abrange a parte de Conhecimentos 
Especializados para a Área de Auditoria e Fiscalização/Controle 
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Interno? 
 De certa forma, esse curso dá uma boa base para o entendimento 
mais profundo do que será cobrado na parte de ORÇAMENTO PÚBLICO que 
interessa para a Área de Controle Interno. 
 A sequência do material se adequou à melhor didática para 
compreensão do assunto. E para melhorar nosso curso, incluímos alguns 
temas em função dos editais mais recentes da ESAF. 
 Desta forma, espero colaborar para a aquisição de um 
conhecimento compatível para esse concurso. 
 Ao todo serão oito capítulos cuja sequência será a seguinte: 
CAPÍTULO 1 – Conceitos Básicos de AFO. Conceito, estágios e 
classificação econômica da Receita Pública. 
CAPÍTULO 2 - Conceito, estágios e classificação econômica da Despesa 
pública. 
CAPÍTULO 3 - Fundamentos de AFO na CF, Conceitos de Orçamento 
Público. Orçamento Público: elaboração, acompanhamento e fiscalização. 
Créditos adicionais, especiais, extraordinários, ilimitados e suplementares. 
CAPÍTULO 4 - Orçamento segundo a Constituição de 1988: Plano 
Plurianual - PPA, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Financeiras - LDO e Lei 
Orçamentária Anual - LOA. 
CAPÍTULO 5 - Processo orçamentário. Métodos, técnicas e instrumentos 
do Orçamento Público. Normas legais aplicáveis ao Orçamento Público. 
CAPÍTULO 6 - Considerações sobre a Execução Orçamentária e 
Financeira. 
CAPÍTULO 7 - Receita pública: fontes; dívida ativa. Despesa pública: 
Suprimento de fundos, Restos a Pagar, Despesas de exercícios anteriores. A 
conta única do Tesouro. SIDOR, SIAFI. 
CAPÍTULO 8 - Princípios orçamentários. Lei de Responsabilidade Fiscal 
(Lei Complementar n.º 101/2000): princípios, objetivos, efeitos no 
planejamento e no processo orçamentário; limites para despesas de pessoal; 
limites para a dívida; mecanismos de transparência fiscal. 
 Todos prontos? Então vamos nessa! 
 Antes, uma pequena introdução. 
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INTRODUÇÃO 
 Erick, afinal, do que a disciplina ADMINISTRAÇÃO 
FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA – AFO trata? 
 Vamos definir o que é AFO antes de iniciarmos o assunto? 
 Então... 
 Em síntese, a disciplina AFO é intrinsecamente relacionada ao 
Direito Financeiro e às atividades financeiras do Estado. 
 Erick, do que Direito Financeiro trata? 
 Segundo Luiz Emydio F. da Rosa Júnior, ele é o "ramo do Direito 
Público que estuda o ordenamento jurídico das finanças do Estado e as 
relações jurídicas decorrentes de sua atividade financeira e que se 
estabeleceram entre o Estado e o particular". 
 Outra ótica é a de que ele representa o estudo dos princípios 
jurídicos da atuação estatal relativos à obtenção de recursos financeiros para o 
financiamento das despesas públicas. 
 A autonomia do Direito Financeiro no Brasil é reconhecida na 
CF/88, tendo em vista o disposto no art. 24, incisos e parágrafos, no art. 30, I 
e II, e nos arts. 145 a 169. 
 Ok, ERICK, mas e a Atividade Financeira do Estado? 
 Bem, o Estado necessita de numerário para atender às suas 
necessidades de realizar obras e prestar serviços à sociedade, certo? 
 Daí, em uma ótica inicial, a atividade financeira do Estado, que se 
desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público, consiste em obter, 
aplicar, criar e gerir o dinheiro indispensável às necessidades,cuja satisfação o 
Estado assumiu. 
 Ela não objetiva diretamente à satisfação de uma necessidade 
coletiva do Estado, mas cumpre uma função instrumental de grande valia. Seu 
desenvolvimento regular é condição indispensável para o desempenho das 
demais atividades. 
 Há mais conceitos e estudos que aprofundam essa definição, mas 
que não nos interessam para a prova. 
 Coloquei nessa Aula Demonstrativa um tema recorrente em provas 
de concursos. Ele será revisto e ampliado posteriormente, mas me permiti 
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antecipá-lo, pois é um assunto que nos dá uma visão razoável da disciplina. 
 A seguir, um pequeno quadro sobre a Atividade Financeira do 
Estado que facilita e fundamenta boa parte de nossa disciplina. 
 
 
 Erick, e a tal disciplina de FINANÇAS PÚBLICAS? 
 Apesar de não constar no edital, muitos alunos me perguntam para 
passar um conceito geral sobre a disciplina de FINANÇAS PÚBLICAS, que se 
relaciona, em parte, com AFO. 
 Em síntese, a disciplina FINANÇAS PÚBLICAS trata dos gastos do 
setor público, bem como das formas de financiamento desses gastos. 
 Sob um viés econômico, as finanças públicas são materializadas na 
chamada política fiscal que se constitui, sem dúvida, em um dos principais 
instrumentos disponíveis pelo governo para intervir na atividade econômica. 
 Caracteriza-se principalmente pelo aumento ou corte das despesas 
do governo e pelo aumento ou redução do nível de impostos. 
 Há mais conceitos e estudos que aprofundam essa definição, mas 
que não nos interessam para a prova. 
DESPESA 
PÚBLICA 
(APLICAR 
RECURSOS) 
ORÇAMENTO 
PÚBLICO 
(GERIR 
RECURSOS) 
 
CRÉDITO 
PÚBLICO 
(CRIAR 
RECURSOS) 
RECEITA 
PÚBLICA 
(OBTER 
RECURSOS) 
ATIVIDADE 
FINANCEIRA 
DO 
ESTADO 
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CAPÍTULO 1 
 
1 - Conceitos Básicos de AFO. Conceito, estágios e classificação 
econômica da Receita Pública. 
 A primeira parte deste capítulo, sobre os conceitos básicos de AFO, 
já foi apresentada na introdução, ok? 
 Em relação aos temas relacionados à Receita Pública, vamos iniciar 
com algumas considerações. 
 Como esse assunto é amplo vamos abordar esse tópico na linha da 
classificação das Receitas e Despesas Públicas segundo a finalidade, a natureza 
e o agente. 
1.1 - RECEITAS PÚBLICAS - CONCEITOS 
 Iremos iniciar a abordagem deste curso pelo conceito e pelas 
classificações de RECEITAS PÚBLICAS, segundo a doutrina. 
 Segundo o Manual de Procedimentos de Receitas Públicas da STN: 
 1.1.1 - CONCEITO – ENFOQUE PATRIMONIAL 
 Receita é um termo utilizado mundialmente pela contabilidade para 
evidenciar a variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do 
aumento de ativos ou da redução de passivos de uma entidade. 
 Por esse enfoque, as receitas podem ser classificadas em: 
 Receitas Públicas – aquelas auferidas pelos entes públicos; 
 Receitas Privadas – aquelas auferidas pelas entidades privadas. 
 1.1.2 - CONCEITO – ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO 
 Receita, pelo enfoque orçamentário, são todos os ingressos 
disponíveis para cobertura das despesas públicas, em qualquer esfera 
governamental. 
 1.1.3 - CLASSIFICAÇÕES DA RECEITA PÚBLICA 
 De acordo com a doutrina, a Receita Pública pode ser classificada 
nos seguintes aspectos: quanto à natureza, quanto ao poder de tributar, 
quanto à coercitividade, quanto à afetação patrimonial e quanto à 
regularidade. 
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 1.1.3.1 - Quanto à natureza: 
 É a classificação que estabelece a utilização ou não para o 
financiamento dos dispêndios do setor público. 
 a) Receitas Extraorçamentárias: conforme § único do art. 3º da 
Lei nº 4.320/64, a melhor definição seria a de que são entradas 
compensatórias no ativo e no passivo financeiros. Além desta definição, 
podemos considerar que elas são ingressos financeiros de caráter meramente 
temporário e que não tenham como foco o financiamento da execução de 
despesas públicas. 
 Ex. de Receitas Extraorçamentárias: cauções recebidas em 
dinheiro; recebimento de depósitos judiciais; emissões de papel-moeda; 
ingressos provenientes de antecipação de Receita Orçamentária (ARO). 
 b) Receitas Orçamentárias: simplificando o assunto, seriam as 
que não são extraorçamentárias. Não é apenas o conceito de que são as que 
estão no orçamento, mas sim a ideia de que é todo e qualquer ingresso que 
tem como objetivo o financiamento dos dispêndios orçamentários. 
 Observe que no Art. 57 da Lei nº 4.320/64 definiu-se que 
“Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão 
classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, 
todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações 
de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.” 
 Ex. de Receitas Orçamentárias: Receitas Tributárias, Receitas 
de Contribuições, Receitas Patrimoniais (essas 3 na categoria econômica 
“Corrente”), bem como as Receitas de Alienação de Bens e as Receitas de 
Operações de Crédito (essas 2 na categoria econômica “de Capital”). 
 
IMPORTANTE! 
Somente as Receitas Orçamentárias e Intra-orçamentárias (e não as 
Receitas Públicas) são classificadas em Categorias Econômicas, ou 
seja, Receita Orçamentária/Intra-orçamentária Corrente e Receita 
Orçamentária/Intra-orçamentária de Capital. 
 
 
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 Ok Erick, mas o que são receitas Intra-orçamentárias? 
 Esse conceito adveio de uma definição nova adotada pela Portaria 
Interministerial STN/SOF n° 338, de 26 de abril de 2006. 
 As receitas intra-orçamentárias são ingressos provenientes do 
pagamento das despesas realizadas na aplicação direta devido a uma eventual 
operação entre órgãos, fundos e entidades integrantes dos Orçamentos Fiscal 
e da Seguridade Social. 
 Assim, ao se consolidarem as contas públicas, essas despesas e 
receitas são identificadas, a fim de se evitarem as duplas contagens 
decorrentes de sua inclusão no orçamento. 
 Esse artifício contábil faz com que as classificações intra-
orçamentárias não constituam novas categorias econômicas de 
receita. 
Na verdade, têm a mesma função da receita original, só que se 
diferem pelo fato de se destinarem ao registro de receitas provenientes de 
órgãos que pertencem ao mesmo orçamento. 
 Exemplificamos para vocês: 
 Suponhamos que a Imprensa Nacional publique determinado edital 
de licitação do Ministério da Defesa no Diário Oficial da União. Esse serviço é 
cobrado, claro. 
 Quando ela recebe pelo serviço prestado ao Ministério, estamos 
diante de uma receita intra-orçamentária para a Imprensa Nacional. De outro 
lado, a contrapartida é uma despesa intra-orçamentária por parte do Ministério 
da Defesa. 
 1.1.3.2 - Quanto ao poder de tributar: 
 Referem-se às Receitas Públicas de acordo com o PODER DE 
TRIBUTAR previsto na CF/88, ou seja, abrangem as ReceitasPúblicas conforme 
a competência tributária de cada ente da Federação. Dividem-se em: 
 a) Federal. Ex.: Imposto sobre importação de produtos 
estrangeiros (II), Imposto sobre produtos industrializados (IPI), Contribuição 
de intervenção no domínio econômico, etc. 
 b) Estadual. Ex.: Imposto sobre a propriedade de veículos 
automotores (IPVA), Imposto sobre operações relativas à circulação de 
mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
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intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se 
iniciem no exterior (ICMS), etc. 
 c) Municipal. Ex.: Imposto sobre a propriedade predial e 
territorial urbana (IPTU), Contribuição, na forma das respectivas leis, para o 
custeio do serviço de iluminação pública, etc. 
 1.1.3.3 - Quanto à coercitividade ou classificação Alemã ou 
quanto à origem: 
 É a classificação de Receitas Públicas que decorre do poder de 
coerção do Estado, ou seja, do seu Poder de Império. Dividem-se em: 
 a) Receitas Derivadas ou Receitas de Economia Pública ou 
Receitas de Direito Público: são as que derivam do poder impositivo da 
soberania do Estado sobre o patrimônio alheio, ou seja, é unilateral e obriga o 
particular a “contribuir” e pagar determinado valor. 
 Nesta classificação, Estado e particular se encontram em 
patamares distintos, onde a coercitividade do Estado prevalece. 
 Para reforçar essa classificação, o Art. 9º da Lei nº 4.320/64, 
reafirma essa classificação ao dizer que: “Tributo é a receita derivada 
instituída pelas entidades de direito publico, compreendendo os 
impostos, as taxas e contribuições nos termos da constituição e das 
leis vigentes em matéria financeira, destinado-se o seu produto ao 
custeio de atividades gerais ou especificas exercidas por essas 
entidades.” 
 Ex.: Receitas provenientes de impostos, de empréstimos 
compulsórios e de contribuições sociais. 
 b) Receitas Originárias ou Receitas de Economia Privada ou 
Receitas de Direito Privado: são as que se originam de atos negociais, onde 
o Estado não exerce o seu Poder de Império, pois Estado e particular se 
encontram em um mesmo patamar. 
 Em síntese, também são as Receitas Públicas originadas do uso de 
bens e de empresas de propriedade do Estado, em sua atuação como produtor 
de bens e serviços. 
 Ex.: Receitas provenientes da alienação de bens e de aluguéis 
recebidos pelo Estado. 
 
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 1.1.3.4 - Quanto à afetação patrimonial: 
 É a classificação que observa se houve ou não alteração na 
situação líquida patrimonial do Estado. 
 a) Efetivas: são as Receitas Públicas em que o Estado “enriquece” 
em razão de um ingresso no qual não há contrapartida de aumento do passivo 
ou de redução do ativo, o que faz o patrimônio estatal alterar positivamente 
sua situação líquida. 
 Ex.: ingressos provenientes de impostos, de aluguéis, de multas. 
 b) Não-Efetivas ou por permutação patrimonial ou por 
mutação patrimonial: neste caso, são as que não alteram a situação líquida 
de determinado patrimônio estatal, ou seja, são meras permutações contábeis 
relacionadas ao ingresso de disponibilidades no “Caixa” público. 
 As Receitas Públicas Não-Efetivas correspondem a ingressos ou 
alterações nas partes que constituem o patrimônio líquido do ente estatal e 
que nada acrescentam na situação líquida patrimonial. 
 Ex.: ingressos provenientes da contratação de operações de crédito 
(“entrada de $” no Caixa, mas gerou-se uma obrigação, que é uma dívida), 
venda de um bem público (“entrada de $” no Caixa, mas gerou-se a “perda do 
bem”), etc. 
 1.1.3.5 - Quanto à regularidade ou duração: 
 Classificação que se refere à disposição de tempo simétrica ou não 
em relação a um exercício financeiro. 
 a) Ordinária: é a Receita Pública que se obtém regularmente em 
cada exercício financeiro, com características de continuidade e que 
correspondem a ingresso permanente de valores nos cofres públicos. 
 Ex.: Receitas de tributos. 
 b) Extraordinária: é aquela obtida de forma excepcional, 
esporádica e que não apresentam caráter de continuidade. 
 Ex.: Receitas de alienação de bens, receitas obtidas de doações. 
 
 
 
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IMPORTANTE! 
Receita Pública. Qual o seu sentido principal? 
Encontramos com o Profº D’Ávila a informação de que, segundo a 
doutrina dois são os principais sentidos do termo Receita Pública: Amplo (ou 
lato sensu) e Restrito (ou strictu sensu). 
 AMPLO = simples entradas, ingressos ou recolhimentos de 
disponibilidades nos cofres do Estado com ou sem contrapartida no 
passivo ou devolução por parte de terceiros. 
 RESTRITO = entradas de disponibilidades ou direitos, sem existir a 
devolução a posteriori, o que faz se incorporar de forma definitiva ao 
patrimônio. 
CAIU NA PROVA ! 
1- (ESAF/APO/MPOG/2008) A Receita da Administração Pública pode ser 
classificada nos seguintes aspectos: quanto à natureza, quanto ao poder de 
tributar, quanto à coercitividade, quanto à afetação patrimonial e quanto à 
regularidade. Quanto à sua regularidade, as receitas são desdobradas em: 
a) receitas efetivas e receitas por mutação patrimonial. 
b) receitas orçamentárias e receitas extraorçamentárias. 
c) receitas ordinárias e receitas extraordinárias. 
d) receitas originárias e receitas derivadas. 
e) receitas de competência Federal, Estadual ou Municipal. 
 
Comentários: 
 O gabarito da questão é a alternativa (c). 
 A questão queria verificar os aspectos que classificam as Receitas 
Públicas no Brasil segundo a doutrina. 
 Conforme o que explicamos até aqui, segue um quadro resumo da 
correspondência entre a alternativa e a classificação: 
 
 
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OPÇÃO CLASSIFICAÇÃO DA RECEITA QUANTO À (AO): 
(a) afetação patrimonial 
(b) natureza 
(d) coercitividade ou Alemã ou origem 
(e) poder de tributar 
 
2 - (ESAF/CGU/2006) No que diz respeito à receita pública, indique a opção 
falsa. 
a) A Lei n. 4.320/64 classifica receita pública em orçamentária e extra-
orçamentária, sendo que esta apresenta valores que não constam do 
orçamento. 
b) A receita orçamentária divide-se em dois grupos: correntes e de capital. 
c) As receitas correntes compreendem as receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, agropecuárias, industriais, de serviços, de alienação de bens, de 
transferências e outras. 
d) A receita pública é definida como os recursos auferidos na gestão, que serão 
computados na apuração do resultado financeiro e econômico do exercício. 
e) A receita extra-orçamentária não pertence ao Estado, possuindo caráter de 
extemporaneidade ou de transitoriedade nos orçamentos. 
 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (c). 
 Esta é uma questão que mescla AFO, Contabilidade Pública e Finanças 
Públicas. 
 Vamos logo ao erro da alternativa (c):Receitas de alienação de bens são RECEITAS DE CAPITAL. Para ser 
mais preciso ainda (mesmo que isso não seja uma regra para a ESAF), é mais 
correto dizer TRANSFERÊNCIAS CORRENTES e OUTRAS RECEITAS 
CORRENTES. 
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 Segundo o §4º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, as RECEITAS 
CORRENTES compreendem: 
 RECEITA TRIBUTÁRIA 
Impostos 
Taxas 
Contribuições de Melhoria 
RECEITA DE CONTRIBUIÇÕES 
RECEITA PATRIMONIAL 
RECEITA AGROPECUÁRIA 
RECEITA INDUSTRIAL 
RECEITA DE SERVIÇOS 
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 
DICA 
Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu: 
“TCPAISTransOu” 
 Por fim, o mesmo parágrafo 4º do art. 11 define como RECEITAS DA 
CAPITAL: 
 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
 ALIENAÇÃO DE BENS (DE CAPITAL) 
 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 
 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 
 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 
DICA 
Outro bizu para ajudar a guardar: 
“AOAmorTransOu” 
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 A opção (a) tem um conceito perigoso que pode confundir o 
entendimento do concurseiro. O fato de não estarem no orçamento, por si só 
não configura se são ou não receitas extraorçamentárias. É uma alternativa 
“menos errada”, se compararmos com a (c). 
 Vejamos o que diz o art. 57 da Lei nº 4.320/64: 
 “Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 
3º desta lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as 
rubricas próprias, tôdas as receitas arrecadadas, inclusive as 
provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas 
no Orçamento.” 
 E o que diz mesmo o art. 3ª e seu § único da Lei nº 4.320/64 ? 
 “Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, 
inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei. 
Parágrafo único. Não se consideram para os fins deste artigo as 
operações de credito por antecipação da receita, as emissões de 
papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e 
passivo financeiros.” 
 Esta parte destacada serve como um “mantra” para entendermos o que 
são as receitas e despesas extraorçamentárias (entendidas estas como 
”saídas compensatórias, no ativo e passivo financeiro”). 
 Para a opção (b) basta lembrar que: 
Somente as Receitas Orçamentárias e Intra-orçamentárias 
(e não as Receitas Públicas) são classificadas em Categorias 
Econômicas, ou seja, Receita Orçamentária/Intra-
orçamentária Corrente e Receita Orçamentária/Intra-
orçamentária de Capital. 
 A opção (d), decorre da interpretação dos 2 conceitos de RECEITA 
PÚBLICA apresentados aqui, ou seja: 
 CONCEITO – ENFOQUE PATRIMONIAL 
 Termo utilizado mundialmente pela contabilidade para evidenciar a 
variação positiva da situação líquida patrimonial resultante do aumento de 
ativos ou da redução de passivos de uma entidade. 
 
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Receitas Públicas – aquelas auferidas pelos entes públicos 
 CONCEITO – ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO 
 Todos os ingressos disponíveis para cobertura das despesas públicas, em 
qualquer esfera governamental. 
 Na alternativa (e), basta conjugarmos o art. 57 com o § único do art. 
3º da Lei nº 4.320/64, como transcrevemos no comentário da opção (a). 
3 - (ESAF/CGU/2004) A receita da administração pública pode ser 
classificada quanto à natureza, ao poder de tributar, à coercitividade, quanto à 
afetação patrimonial e quanto à regularidade. Marque a opção falsa. 
a) Quanto à afetação patrimonial, as receitas são classificadas em 
orçamentárias e extra-orçamentárias. 
b) Quanto ao poder de tributar, a receita é dividida conforme a discriminação 
constitucional das rendas, em federal, estadual e municipal. 
c) Quanto à coercitividade, as receitas podem ser divididas em originárias e 
derivadas. 
d) Quanto à regularidade, as receitas podem ser desdobradas em ordinárias e 
extraordinárias. 
e) Na classificação quanto à natureza, diz-se que as receitas tributárias e as 
receitas de contribuições são exemplos de receitas correntes. 
 
Comentários: 
 Gabarito da questão: alternativa (a). 
 As Receitas Públicas de classificam, quanto à sua natureza, em 
Receitas Extraorçamentárias e Receitas Orçamentárias. 
 Novamente (e parece mesmo um “mantra” da banca), temos que: 
 Somente as Receitas Orçamentárias e Intra-orçamentárias (e não 
as Receitas Públicas) são classificadas em Categorias Econômicas, ou 
seja, Receita Orçamentária/Intra-orçamentária Corrente e Receita 
Orçamentária/Intra-orçamentária de Capital. 
 Como vimos nas dicas do comentário da questão anterior, as RECEITAS 
CORRENTES compreendem e se “subclassificam” em: “TCPAISTransOu” e 
as RECEITAS DA CAPITAL: “AOAmorTransOu”. 
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4 - (ESAF/ATRFB/2009) A respeito da classificação orçamentária da receita, 
é correto afirmar: 
a) alienação de bens de qualquer natureza integrantes do ativo redunda em 
receita de capital. 
b) receitas de contribuições integram as receitas de capital quando oriundas de 
intervenção no domínio econômico. 
c) as receitas agropecuárias se originam da tributação de produtos agrícolas. 
d) as receitas intraorçamentárias decorrem de pagamentos efetuados por 
entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da Seguridade Social. 
e) receitas correntes para serem aplicadas em despesa de capital dependem 
da inexistência de receitas de capital no exercício. 
 
Comentários: 
 Gabarito da questão: alternativa (d). 
 Vamos comentar cada uma das alternativas. 
 Item (a) – a alienação de BENS DE CAPITAL é que redunda em RECEITA 
DE CAPITAL. 
 Erick, o que são BENS DE CAPITAL? 
 De forma sintética, bens de capital são aqueles capazes de produzirem 
outro bem, ou seja, são bens que geram riqueza. 
 Temos como exemplos clássicos as máquinas e os equipamentos. 
 Voltando à alternativa (a), temos o erro no fato de nem todos os bens 
de qualquer natureza integrantes do ativo podem gerar uma um receita 
de capital quando de sua alienação. 
 Erick, pode me dar um exemplo? 
 Vamos imaginar uma ovelha nascida em decorrência das atividades de 
pesquisa da EMBRAPA. 
 Ao ser eventualmente alienada ela não irá resultar em uma RECEITAL DE 
CAPITAL, pois a ovelha não é um bem de capital. 
 Captaram ? 
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 Vamos adiante. 
 Item (b) – como destacamos antes, as receitas de contribuições 
correspondem a uma RECEITA CORRENTE. 
 Relembremos de nosso bizu: 
RECEITAS CORRENTES 
Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu: 
“TCPAISTransOu” 
 Item (c) – receitas que derivam da tributação são as RECEITAS 
TRIBUTÁRIAS. 
 As RECEITAS AGROPECUÁRIAS decorrem das receitas auferidas da 
atividade agropecuária do Estado, tais como a receita decorrente da 
produção vegetal e areceita decorrente da produção animal e seus 
derivados. 
 Item (d) – a alternativa é polêmica, pois o art. 1º da PORTARIA 
INTERMINISTERIAL STN/MPOG Nº 338/2006 assim estabelece: 
 “Art. 1o Definir como intra-orçamentárias as operações que 
resultem de despesas de órgãos, fundos, autarquias, fundações, 
empresas estatais dependentes e outras entidades integrantes dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social decorrentes da aquisição de 
materiais, bens e serviços, pagamento de impostos, taxas e 
contribuições, quando o recebedor dos recursos também for órgão, 
fundo, autarquia, fundação, empresa estatal dependente ou outra 
entidade constante desses orçamentos, no âmbito da mesma esfera de 
governo.” 
 Já o Manual Técnico do Orçamento - MTO coloca o seguinte: 
 Ingressos Intra-Orçamentários: 
 São receitas oriundas de operações realizadas entre órgãos 
e demais entidades da Administração Pública integrantes do 
orçamento fiscal e da seguridade social de uma mesma esfera de 
governo. 
 A discussão ficou em relação ao texto da alternativa (d) que não 
constava o termo “entre”, mas sim “por”. 
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 Aí está um típico exemplo de QUESTÃO DA ESAF. Aparentemente, todos 
os itens estão incorretos. 
 Mas você quer brigar com a Banca ou sentar na baia da CGU próxima a 
mim? 
 NÃO BRIGUEM COM A BANCA! 
 A alternativa (d), apesar de incompleta, não está errada, pois ela quis 
dizer que somente as entidades integrantes do Orçamento Fiscal e da 
Seguridade Social é que podem efetuar pagamentos de natureza 
intraorçamentária. 
 Para a alternativa ser completa, poderia estar descrito que as receitas 
intraorçamentárias ocorrem entre entidades integrantes do Orçamento Fiscal e 
da Seguridade Social. 
 Assim, não há a possibilidade de receita intraorçamentária para uma 
entidade que não integre tais orçamentos. 
 Captaram? 
 Item (e) – Pessoal, não confundam com o conceito da Regra de Ouro que 
veremos ao longo de nosso curso. 
 Não falaremos agora desta Regra, mas gostaria apenas que fixassem a 
seguinte idéia: 
 Receitas Correntes para serem aplicadas em despesa de capital 
INDEPENDEM da inexistência de receitas de capital no exercício. 
 Aliás, o que mais se observa nas esferas de governo, é a aplicação de 
RECEITAS CORRENTES em gastos com despesas de capital, como, por 
exemplo, a construção de uma escola municipal em um Município X. 
 Um Município, em regra, não consegue auferir receitas de capital 
suficientes para arcar com as despesas na construção de uma escola. 
 As receitas correntes dos Municípios, especialmente as Tributárias, é que 
vão dar base para a construção da hipotética escola. 
 
1.2 – ESTÁGIOS OU FASES OU ETAPAS DA RECEITA 
 Em relação às Receitas Públicas na esfera federal, devemos observar que 
o Banco do Brasil é o agente financeiro da Secretaria do Tesouro Nacional, a 
qual recolhe o valor arrecadado junto à Conta Única do Tesouro (Princípio 
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da Unidade de Caixa, conforme art. 56 da Lei nº 4.320/64). 
 Para registrar, de acordo com a doutrina e com o MTO 2012, os 
estágios ou fases da receita são a Previsão, o Lançamento, a 
Arrecadação e o Recolhimento, mnemônico “PLAR”, ou ainda, de acordo 
com os arts. 53, 55 e 56 da Lei nº 4.320/64, o Lançamento, a Arrecadação 
e o Recolhimento, mnemônico “PLAR”. 
 Cabe ressaltarmos que o MTO 2012 considera a Fase da Previsão como 
parte do Planejamento e as Fases do “LAR” (Lançamento, Arrecadação e 
o Recolhimento) com parte integrante da Execução da Receita. 
 No quadro a seguir, destrinchamos as respectivas Fases com conceitos 
fundamentais sobre cada uma delas. 
P revisão – planejar e estimar a arrecadação das receitas que constará na 
proposta orçamentária; 
L ançamento – ato da repartição competente, que verifica a procedência do 
crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o débito desta (art. 
56 da Lei nº 4.320/64); 
A rrecadação – ato em que os contribuintes comparecem junto aos agentes 
arrecadadores e liquidam seus compromissos perante ao Tesouro (arts. 35 
e 55 da Lei nº 4.320/64); 
R ecolhimento - ato em que os agentes arrecadadores transferem o produto 
da arrecadação à Conta Única do Tesouro, tornando-o disponível para o 
Tesouro. 
 Vamos adiante com a exemplificação de como ocorre o processo, no que 
se refere às Receitas. 
 A SOF, entre outras informações, prevê, junto com os subsídios 
apresentados pela RFB, a receita de determinado exercício financeiro e a 
coloca na proposta orçamentária anual. 
 Iniciado o exercício, a RFB faz o lançamento, por exemplo, do IR devido 
de determinado contribuinte. Este “vai ao banco” (na prática é retido na fonte) 
para concretizar a arrecadação da receita pública. 
 Por fim, o banco deste contribuinte encaminha o valor desta receita 
pública arrecadada à Conta Única do Tesouro. 
 
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 Comentários adicionais sobre estágios da receita: 
Lançamento 
 - É o ato administrativo que busca liquidar a obrigação tributária, por 
meio da identificação do fato gerador ocorrido, onde se determina o sujeito 
passivo, mensura-se a base de cálculo e se verifica a aplicação de alíquota; 
 - Desta forma, individualizam-se os contribuintes e se discriminam a 
espécie, o valor e o vencimento do imposto de cada contribuinte. 
Arrecadação 
 - Ocorre quando os contribuintes comparecem junto aos agentes 
arrecadadores (públicos ou privados), com vistas à liquidação de suas 
obrigações perante o Estado; 
 - Corresponde ao recebimento do imposto do contribuinte pelas 
repartições competentes e está sob a imediata fiscalização das respectivas 
chefias. Manifesta-se em forma de dinheiro, conforme previsto nas leis e nos 
regulamentos em vigor. 
 - É um procedimento em que, após o estágio do lançamento dos 
respectivos tributos, ocorre o recolhimento aos cofres públicos; 
 - Consiste basicamente em cobrar os tributos, recebê-los e guardar o 
numerário respectivo; 
 - Os tipos de arrecadação se classificam em: 
 => Direta: por coleta, por unidades administrativas e por via bancária. 
 => Indireta: arrendamento, retenção na fonte e estampilha. 
Recolhimento 
 - Ocorre quando os agentes arrecadadores (públicos ou privados) fazem 
diariamente a entrega do que fora arrecadado para a Conta Única do Tesouro 
Nacional; 
 - É a remessa das receitas arrecadadas pelos agentes administrativos ou 
pelos bancos autorizados ou Banco do Brasil para crédito do na Conta Única do 
Tesouro Nacional. 
 Pessoal, queria registrar uma alteração importante que o MTO-2012 
trouxe em relação à Receita Pública, especialmente em relação a seus 
estágios. 
 Os Estágios ou Fases da Receita, do ponto de vista ORÇAMENTÁRIO, 
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segundo o MTO-2012, são os seguintes: 
 
 Ressalte-se que nem todas as referidas Etapas da Receita irão ocorrer 
para os tiposexistentes de receitas orçamentárias. 
 Por exemplo, na hipótese de ocorrer uma doação em espécie para algum 
ente público, estaríamos diante da arrecadação de uma receita que não foi 
prevista, ou seja, que não passou pela etapa da previsão, assim como também 
não foi “lançada”. 
 De qualquer forma, para a doutrina, os estágios permanecem como 
sendo o “PLAR” e o próprio MTO-2012 ratifica isso. 
 Podemos dizer que o LANÇAMENTO corresponde a um 
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO DO FISCO, pois, de acordo com o art. 
142 do Código Tributário Nacional - CTN, tal Etapa da Receita corresponde ao 
procedimento administrativo que: 
 verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente 
 determina a matéria tributável 
 calcula o montante do tributo devido 
 identifica o sujeito passivo 
 propõe a aplicação da penalidade cabível, se for o caso 
 Com base no estabelecido nos arts. 142 a 150 do CTN, podemos verificar 
que a referida Etapa se encontra inserida no conjunto que constitui o crédito 
tributário, ou seja, abarca impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 De acordo com o que vimos anteriormente, podemos observar que as 
receitas patrimoniais (Ex.: as oriundas de concessões e permissões) e as 
receitas empresariais (Ex.: venda de produtos agrícolas e pecuários) não se 
sujeitam à Etapa do lançamento, pois são receitas entram diretamente na 
Etapa da Arrecadação. 
 No entanto, as receitas tributárias e de contribuições necessitam do 
respectivo procedimento administrativo antes de ingressarem no estágio da 
“arrecadação”. 
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 Os estágios da receita sob o aspecto orçamentário, conforme previsto no 
MTO, possuem os conceitos que traremos no quadro a seguir. 
ESTÁGIOS DA RECEITA, SEGUNDO O MTO-2012 => “PLAR” 
ESTÁGIO CONCEITO MTO 2012 
P
R
E
V
I
S
Ã
O
 
 corresponde à ideia de planejar e estimar a arrecadação das 
receitas que será inserida na proposta orçamentária 
 tem que se realizar em consonância com as normas técnicas e 
legais correlatas, especialmente, de acordo com as 
disposições constantes na LRF 
 Na União, a metodologia que se utiliza para projetar receitas 
serve para assimilar o comportamento da arrecadação de 
determinada receita em exercícios anteriores, com o intuito de 
projetá-la para o período seguinte, mediante a utilização de 
modelos estatísticos e matemáticos 
 A busca do modelo adequado depende do comportamento da 
série histórica de arrecadação, assim como de informações 
fornecidas pelos órgãos orçamentários ou pelas unidades 
arrecadadoras envolvidos no processo 
 Corresponde à etapa anterior à fixação do montante de 
despesas que constará nas leis de orçamento 
 É a base para se estimar as necessidades de financiamento do 
governo e para se fixar a despesa orçamentária 
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Erick, e na prova? 
 Você deve seguir comando da questão para que saiba qual é o 
entendimento pedido pela Banca, ok? 
 Se for “De acordo com a Lei nº 4.320/64.....” é o “PAR”, se for “De 
acordo com a doutrina.....” ou “De acordo com o MTO.....” é o “PLAR”. 
L
A
N
Ç
A
M
E
N
T
O
 
 Corresponde ao ato da repartição competente, que verifica a 
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e 
inscreve o débito desta 
 É procedimento administrativo que: 
 verifica a ocorrência do fato gerador da obrigação 
correspondente 
 determina a matéria tributável 
 calcula o montante do tributo devido 
 identifica o sujeito passivo 
 propõe a aplicação da penalidade cabível, se for o caso 
 É uma etapa que se aplica a impostos, taxas e contribuições 
de melhoria 
 Os objetos de lançamento as rendas com vencimento 
determinado em lei, regulamento ou contrato 
A
R
R
E
C
A
D
A
Ç
Ã
O
 
 É a entrega dos recursos devidos ao Tesouro Nacional pelos 
contribuintes ou devedores, por meio de: 
 agentes arrecadadores; ou 
 instituições financeiras autorizadas pelo ente 
 Ressalte-se que pertencem ao exercício financeiro as receitas 
nele arrecadadas, ou seja, que representa a adoção do 
regime de caixa para o ingresso das receitas públicas 
R
E
C
O
L
H
I
M
E
N
T
O
  Refere-se à transferência dos valores arrecadados à conta 
específica do Tesouro Nacional, responsável pela 
administração e controle da arrecadação e pela programação 
financeira, observando-se o princípio da unidade de tesouraria 
ou de caixa, conforme determina o art. 56 da Lei nº 4.320/64 
 É apenas nesse estágio que ocorre a efetiva entrada dos 
recursos financeiros arrecadados nos cofres públicos 
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 Pessoal, antes de seguirmos, trago um pequeno resumo sobre as 
categorias das Receitas Orçamentárias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Vamos praticar..... 
5 – (CESGRANRIO/AUDITOR DA FUNASA/2009) Considerando o disposto 
na legislação vigente e ainda o adotado pela doutrina majoritária, os estágios 
da receita pública denominam-se: 
a) fixação; empenho; liquidação; pagamento. 
b) orçamento; arrecadação; recolhimento; registro. 
c) orçamento; lançamento; pagamento; recolhimento. 
d) previsão; registro; liquidação; pagamento. 
e) previsão; lançamento; arrecadação; recolhimento. 
Comentários: 
 O gabarito da questão é a alternativa (e). 
 A questão queria verificar os aspectos que classificam os estágios das 
Receitas Públicas no Brasil, segundo a doutrina. 
 Dessa forma, como visto anteriormente, “De acordo com a doutrina.....” 
os estágios são os que compõem nosso mnemônico “PLAR” – 
PLANEJAMENTO – LANÇAMENTO – ARRECADAÇÃO - RECOLHIMENTO. 
 
 
RECEITAS CORRENTES RECEITAS DE CAPITAL 
Receita Tributária 
Receita de Contribuições 
Receita Patrimonial 
Receita Agropecuária 
Receita Industrial 
Receita de Serviços 
Transferências Correntes 
Outras Receitas Correntes 
Operações de Crédito 
Alienação de Bens 
Amortização de Empréstimos 
Transferências de Capital 
Outras Receitas de Capital 
 
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6 – (CESGRANRIO/AGENTE ADMINISTRATIVO – TCE-RO/2007) As 
receitas correntes do setor público são recursos financeiros oriundos das 
atividades operacionais do setor público. Fazem parte do conjunto de receitas 
correntes as receitas: 
a) tributárias, de juros e alocativas. 
b) tributárias, de contribuições e patrimoniais. 
c) de juros, industriais e de operações de crédito. 
d) de alienação de bens, patrimoniais e transferências de capital. 
e) de contribuições, amortização de empréstimos e industriais. 
Comentários: 
 O gabarito da questão é a alternativa (b). 
 Vimos nessa aula que, quanto à Classificação em Categorias Econômicas, 
o §4º do art. 11 da Lei nº 4.320/64, estabelece que as RECEITAS 
CORRENTES compreendem (destaque para as que constam na questão): 
 RECEITA TRIBUTÁRIA 
ImpostosTaxas 
Contribuições de Melhoria 
RECEITA DE CONTRIBUIÇOES 
RECEITA PATRIMONIAL 
RECEITA AGROPECUÁRIA 
RECEITA INDUSTRIAL 
RECEITA DE SERVIÇOS 
TRANSFERÊNCIAS CORRENTES 
OUTRAS RECEITAS CORRENTES 
Relembrem nosso mnemônico: 
RECEITAS CORRENTES 
Para ajudar a guardar, vamos a um famoso bizu: 
“TCPAISTransOu” 
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 Dessa forma, as seguintes receitas que constam na questão são 
RECEITAS DE CAPITAL: 
 OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
 ALIENAÇÃO DE BENS 
 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS 
 TRANSFERÊNCIAS DE CAPITAL 
 OUTRAS RECEITAS DE CAPITAL 
RECEITAS DE CAPITAL 
Outro bizu para ajudar a guardar: 
“AOAmorTransOu” 
 
 Por fim, as Receitas Alocativas correspondem a uma invenção da Banca. 
 
7 – (CESGRANRIO/AGENTE ADMINISTRATIVO – TCE-RO/2007) Os 
estágios da receita pública são: 
a) deliberação, estruturação, recebimento e utilização. 
b) previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. 
c) fixação, empenho, arrecadação e recebimento. 
d) fixação, aprovação, recolhimento e liquidação. 
e) provisão, alocação, recolhimento e distribuição. 
 
Comentários: 
 O gabarito da questão é a alternativa (b). 
 Observem como as questões se repetem.... 
 Dessa forma, os estágios são os que compõem nosso mnemônico 
“PLAR” – PLANEJAMENTO – LANÇAMENTO – ARRECADAÇÃO - 
RECOLHIMENTO. 
 
 
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A respeito da administração financeira e orçamentária, julgue o item 
que se segue. 
8 – (CESPE/POLÍCIA FEDERAL/2009) O estágio de execução da receita 
classificado como arrecadação ocorre com a transferência dos valores 
devidos pelos contribuintes ou devedores à conta específica do 
Tesouro. 
Comentários: 
 Gabarito da questão: ERRADA. 
 A assertiva não se coaduna com o conceito do estágio da arrecadação, 
pois quando ocorre a transferência dos valores devidos pelos contribuintes ou 
devedores à conta específica do Tesouro estamos diante do estágio do 
RECOLHIMENTO. 
 Observe que a Banca não colocou o estágio do Recolhimento na questão 
e nem precisávamos saber se ela pedia o enfoque da Lei, do MTO ou da 
doutrina, ok? 
 
Com base na doutrina e nas legislações orçamentária e financeira 
públicas, julgue os itens. 
9 – (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO–STF/2008) Receitas imobiliárias e de 
valores mobiliários constituem receita patrimonial, que se classifica como 
receita corrente, para qualquer esfera da administração. 
Comentários: 
 Gabarito da questão: CERTA 
Segundo o Manual da Receita Nacional da STN, Receitas Patrimoniais 
são as referentes ao ingresso proveniente de rendimentos sobre investimentos 
do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de 
mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes. 
Desta forma, receitas imobiliárias e as de valores mobiliários são 
classificadas como Receitas Orçamentárias em sua categoria econômica 
“Receitas Correntes”. 
Lembrem-se do nosso mnemônico: “TCPAISTransOu”. 
 
 
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10 - (FCC/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-SE/2009) Quanto 
à natureza, a receita Pública é classificada como 
a) corrente e de capital. 
b) orçamentária e extra-orçamentária. 
c) ordinária e extraordinária. 
d) originária e patrimonial. 
e) financeira e patrimonial. 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (b). 
 Vamos montar um quadro com a correspondência das classificações. 
OPÇÃO CLASSIFICAÇÃO 
A ECONÔMICA 
B QUANTO À NATUREZA 
C QUANTO À REGULARIDADE OU DURAÇÃO 
D  ORIGINÁRIA: QUANTO À COERCITIVIDADE 
 PATRIMONIAL: ECONÔMICA (RECEITA CORRENTE) 
E  FINANCEIRA: ECONÔMICA (É A RECEITA DE JUROS QUE 
É UMA RECEITA CORRENTE) 
 PATRIMONIAL: ECONÔMICA (RECEITA CORRENTE) 
 
11 - (FCC/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-SE/2009) Quanto 
à regularidade, a receita pública arrecadada permanentemente pelo tesouro do 
estado classifica-se como 
a) derivada. 
b) orçamentária. 
c) ordinária. 
d) corrente. 
e) originária. 
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Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (c). 
 Quanto à REGULARIDADE OU DURAÇÃO, as RECEITAS PÚBLICAS se 
classificam em: 
 a) Ordinária 
 b) Extraordinária 
 
12 - (FCC/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-SE/2009) A 
receita pública obtida pelo Estado, resultante do seu poder de tributar o 
patrimônio da coletividade, segundo a classificação doutrinária, denomina-se: 
a) derivada. 
b) ordinária. 
c) originária. 
d) patrimonial. 
e) industrial. 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (a). 
 Em relação ao à coercitividade ou classificação Alemã ou 
classificação quanto à origem, as receitas públicas se classificam em: 
a) Receitas Derivadas ou Receitas de Economia Pública ou Receitas de 
Direito Público 
 são as que derivam do poder impositivo da soberania do Estado 
sobre o patrimônio alheio, ou seja, é unilateral e obriga o particular a 
“contribuir” e pagar determinado valor. 
b) Receitas Originárias ou Receitas de Economia Privada ou Receitas 
de Direito Privado 
 são as que se originam de atos negociais, onde o Estado não exerce o 
seu Poder de Império, pois Estado e particular se encontram em um 
mesmo patamar. 
 
 
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13 - (FCC/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/MPE-SE/2009) O 
procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador 
da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o 
montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, 
propor a aplicação da penalidade cabível, corresponde ao estágio da receita 
pública denominado 
a) recolhimento. 
b) arrecadação. 
c) previsão. 
d) lançamento. 
e) fixação. 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (d). 
 Observe que esta banca já colocou o Lançamento como sendo um 
procedimento administrativo, sendo que, no comando da questão, considerou-
o como sendo estágio, ou seja, adotou a linha de pensamento doutrinário 
sobre o tema. Relembrando.... 
ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA 
P revisão – é o planejado pela Fazenda Pública; 
L ançamento – ato da repartição competente, que verifica a 
procedência do crédito fiscal e a pessoa que lhe é devedora e 
inscreve o débito desta (art. 56 da Lei nº 4.320/64); 
A rrecadação – ato em que os contribuintes comparecem junto aos 
agentes arrecadadores e liquidam seus compromissos perante ao 
Tesouro (arts. 35 e 55 da Lei nº 4.320/64); 
R ecolhimento - ato em que os agentes arrecadadores transferem o 
produto da arrecadação à Conta Única do Tesouro, tornando-o 
disponível para o Tesouro. 
 A etapa da FIXAÇÃO se refere a um dos ESTÁGIOS DA DESPESAPÚBLICA, que veremos mais adiante. 
 
 
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14 - (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF – 5ª REGIÃO/2008) A Receita 
pública classifica-se em dois grupos denominados receitas: 
a) correntes e de capital. 
b) orçamentária e extra-orçamentária. 
c) patrimonial e extra-orçamentária. 
d) patrimonial e tributária. 
e) orçamentária e de capital. 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (b). 
 No item (a), as Receitas Correntes e de Capital correspondem à 
classificação econômica das receitas orçamentárias. 
 No item (b), em termos doutrinários, a Banca adotou o pensamento 
minoritário de João Angélico que classifica a RECEITA PÚBLICA em 2 grupos: 
 RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
 RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA 
 Nos demais itens, vamos classificar sinteticamente cada uma das 
receitas. 
 PATRIMONIAL: Receita Corrente, ou seja, classificação 
econômica das receitas orçamentárias 
 TRIBUTÁRIA: Receita Corrente, ou seja, classificação 
econômica das receitas orçamentárias 
 DE CAPITAL: Classificação econômica das receitas 
orçamentárias 
 
15 - (FCC/TÉCNICO DE ORÇAMENTO/MPU/2007) Os estágios da receita 
pública são, em ordem cronológica, 
a) lançamento, previsão, recolhimento e arrecadação. 
b) lançamento, previsão, arrecadação e recolhimento. 
c) previsão, lançamento, recolhimento e arrecadação. 
d) previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. 
e) arrecadação, lançamento, previsão e recolhimento. 
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Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (d). 
 Os estágios da receita são o “PLAR” (de acordo com a doutrina) ou “LAR” 
(de acordo com os arts. 53, 55 e 56 da Lei nº 4.320/64) ou “PAR” (de cordo 
com o MTO). 
 Observe que se a Banca colocou 4 estágios, significa dizer que ela quis o 
enfoque da doutrina, ok? 
 Assim, temos, na sequência cronológica, Previsão => Lançamento => 
Arrecadação => Recolhimento 
 
16 - (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/TRF 1ª REGIÃO/2006) A receita 
pública percorre fases claramente identificadas de procedimentos 
administrativos e contábeis. Pode-se afirmar que a proposição está 
a) parcialmente correta, visto que, embora existam etapas, não são 
claramente identificadas. 
b) correta, sendo que as fases são: lançamento, arrecadação e recolhimento. 
c) correta, pois a receita percorre a etapa de liquidação, contribuição e 
recolhimento. 
d) incorreta, dado o fato que o regime de caixa é o que determina a 
contabilização da receita. 
e) parcialmente incorreta, pois as fases distinguem-se contabilmente e não 
administrativamente. 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (b). 
 Os ESTÁGIOS DA RECEITA PÚBLICA correspondem a atos 
administrativos com reflexos contábeis. 
 Observe que a Banca nesta questão adotou os estágios previstos na Lei 
nº 4.320/1964. 
 
 
 
 
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17 - (FCC/ANALISTA JUDICIÁRIO/TRE – RN/2005) A receita pública é 
classificada em dois grupos: 
a) patrimonial e serviços. 
b) patrimonial e tributária. 
c) serviços e tributária. 
d) orçamentária e tributária. 
e) orçamentária e extra-orçamentária. 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (e). 
 Observe mais uma vez que a FCC adotou o pensamento minoritário de 
João Angélico que classifica a RECEITA PÚBLICA em 2 grupos: 
 RECEITA ORÇAMENTÁRIA 
 RECEITA EXTRAORÇAMENTÁRIA 
18 - (FCC/ASSESSOR JURÍDICO/TCE – PI/2002) A respeito de receita 
pública é correto afirmar que as receitas 
a) correntes são as provenientes de realização de recursos financeiros oriundos 
de constituição de dívidas. 
b) derivadas são as provenientes de receitas tributárias, patrimonial, 
agropecuária, industrial e de serviços. 
c) derivadas advém da exploração, pelo Estado, da atividade econômica. 
d) originárias caracterizam-se pelo constrangimento legal para sua 
arrecadação, como exemplo, os tributos. 
e) podem ser compreendidas como todo o ingresso de recursos financeiros ao 
tesouro nacional, com ou sem contrapartida no passivo e independentemente 
de aumento de capital. 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (e). 
 Observe a troca de conceitos em cada alternativa. 
 Antes, cabe o registro de que no item (e) temos associado o conceito de 
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS E EXTRAORÇAMENTÁRIAS. 
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CORREÇÃO DOS ITENS 
ITEM CORREÇÃO 
A DE CAPITAL são as provenientes de realização de recursos 
financeiros oriundos de constituição de dívidas. 
B CORRENTES são as provenientes de receitas tributárias, 
patrimonial, agropecuária, industrial e de serviços. 
C ORIGINÁRIAS advém da exploração, pelo Estado, da atividade 
econômica. 
D DERIVADAS caracterizam-se pelo constrangimento legal para 
sua arrecadação, como exemplo, os tributos. 
 
19 - (FCC/SUBPROCURADOR/TCE – SE/2002) No que concerne à 
classificação da receita pública, é correto afirmar que na Lei nº 4.320/64 
a) a receita tributária é instituída pelas entidades estatais e autárquicas, 
compreendendo os impostos, as taxas e as tarifas. 
b) são receitas correntes as receitas tributárias, patrimonial, industrial e 
diversas. 
c) são receitas correntes as provenientes de recursos financeiros oriundos de 
constituição de dívida. 
d) são receitas de capital as receitas tributárias, de contribuições, patrimonial, 
agropecuária, industrial, de serviços e outras. 
e) são receitas correntes as provenientes da conversão, em espécie, de bens e 
direitos. 
Comentários: 
 O gabarito é a alternativa (b). 
 Vamos corrigir os itens: 
 Item (a) – Receita Tributária é aquela instituída pela União, pelos 
Estados, Distrito Federal e Municípios, compreendendo os impostos, as 
taxas e contribuições de melhoria, nos termos da Constituição e das leis 
vigentes em matéria financeira. 
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 Item (b) – As Receitas Correntes correspondem ao nosso mnemônico 
“TCPAISTransOu”, onde DIVERSAS, no contexto da questão, corresponde a 
OUTRAS RECEITAS CORRENTES. 
 Item (c) – As RECEITAS DE CAPITAL são as provenientes de realização 
de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas 
 Item (d) – São RECEITAS CORRENTES as receitas tributárias, de 
contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras. 
 Item (e) - São RECEITAS DE CAPITAL as provenientes da conversão, 
em espécie, de bens e direitos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CAPÍTULO2 
2 – Conceito, estágios e classificação econômica da Despesa pública 
2.1 - DESPESAS PÚBLICAS - CONCEITOS 
Agora, passaremos a abordar o conceito e as classificações de 
DEPSESAS PÚBLICAS, segundo a doutrina. 
Segundo o Manual de Despesa Nacional (1ª Edição) da STN: 
2.1.1 - CONCEITO – ENFOQUE PATRIMONIAL 
 Despesas são decréscimos nos benefícios econômicos durante o 
período contábil sob a forma de saída de recursos ou redução de ativos ou 
incremento em passivos, que resultem em decréscimo do patrimônio líquido e 
que não sejam provenientes de distribuição aos proprietários da entidade. 
(Definição baseada na Resolução do CFC 1.121/2008). 
Relembra-se que, de acordo com os princípios da Contabilidade, 
registra-se a despesa quando ocorrer do seu fato gerador, ocorrendo ou não o 
seu pagamento. 
Desta forma, segundo o Manual a despesa pública sob o enfoque 
patrimonial pode ser assim classificada: 
 a) Quanto à entidade que apropria a despesa: 
 - Despesa Pública – aquela efetuada por entidade pública. 
 - Despesa Privada – aquela efetuada pela entidade privada. 
 b) Quanto à dependência da execução orçamentária: 
 - Despesa resultante da execução orçamentária – aquela que 
depende de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo: despesa com 
salário, despesa com serviço, etc. 
 - Despesa independente da execução orçamentária – aquela que 
independe de autorização orçamentária para acontecer. Exemplo: constituição 
de provisão, despesa com depreciação, etc. 
 2.1.2 - CONCEITO – ENFOQUE ORÇAMENTÁRIO 
 Importante destacar que orçamento representa o fluxo de 
ingressos e aplicação de recursos em determinado período, o que o torna um 
instrumento fundamental de planejamento para qualquer entidade, pública ou 
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privada. 
 Assim, Despesa ou Dispêndio orçamentário pode ou não diminuir a 
situação líquida patrimonial, em razão do fluxo que deriva da utilização de 
crédito consignado no orçamento da entidade. 
 De acordo com o Manual, a despesa orçamentária pode ser assim 
classificada: 
 a) Quanto às entidades destinatárias do orçamento: 
 - Despesa Orçamentária Pública – aquela executada por 
entidade pública e que depende de autorização legislativa para sua 
realização, por meio da Lei Orçamentária Anual ou de Créditos 
Adicionais, pertencendo ao exercício financeiro da emissão do 
respectivo empenho. 
 - Despesa Orçamentária Privada – aquela executada por entidade 
privada e que depende de autorização orçamentária aprovada por ato de 
conselho superior ou outros procedimentos internos para sua consecução. 
 b) Quanto ao impacto na situação líquida patrimonial: 
 - Despesa Orçamentária Efetiva – aquela que, no momento da sua 
realização, reduz a situação líquida patrimonial da entidade. Constitui fato 
contábil modificativo diminutivo. 
 - Despesa Orçamentária Não-Efetiva – aquela que, no momento da 
sua realização, não reduz a situação líquida patrimonial da entidade e constitui 
fato contábil permutativo. Neste caso, além da despesa orçamentária, registra-
se concomitantemente conta de variação ativa para anular o efeito dessa 
despesa sobre o patrimônio líquido da entidade. 
2.1.3 - OUTROS CONCEITOS DE DESPESA PÚBLICA 
Conforme J. Teixeira Machado Júnior: 
EM SENTIDO LATO: obrigações a se assumirem quando se 
adquirirem bens e serviços por empenhos, a fim de se aplicarem nas 
atividades que serão desenvolvidas ou executadas nas diversas áreas de 
atuação governamental. 
EM SENTIDO ESTRITO: consumo efetivo dos bens e serviços que 
se destinam às atividades executadas ou desenvolvidas nas diversas áreas de 
atuação do governo, ou seja, trata-se de despesa real ou custo efetivamente 
incorrido. 
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Em um viés mais voltado para Finanças Públicas, Alberto Deodato 
define assim: 
É o gasto da riqueza pública autorizado pelo poder competente, 
com o fim de socorrer a uma necessidade pública. 
 
2.2 - ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA 
Como havíamos comentado sobre os estágios da receita pública em 
nossa AULA DEMONSTRATIVA, cabe aqui também descrevermos as fases ou 
estágios da despesa pública que são o “FELP” (de acordo com a doutrina) ou 
“ELP” (de acordo com os arts. 58, 63 e 62 da Lei nº 4.320/64). 
Nada melhor do que resumirmos em um quadro. 
ESTÁGIOS DA DESPESA PÚBLICA 
 Fixação – é a estimativa que o Poder Público faz de quanto será 
destinado para um fim específico, em cada quantia consignada em 
orçamento ou em crédito adicional para fazer frente a determinada despesa; 
 Empenho – é o ato emanado de autoridade competente que cria 
para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de 
condição (art. 58 da Lei nº 4.320/64); 
 Liquidação – consiste na verificação do direito adquirido pelo 
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo 
crédito (arts. 63 da Lei nº 4.320/64); 
 Pagamento – é efetuado quando ordenado após sua regular 
liquidação (arts. 62 da Lei nº 4.320/64). 
Antes de comentar mais algumas questões de prova, queria alertar 
que os tópicos dessa aula são cobrados de forma repetida nos últimos 
concursos. 
 A ideia é fazermos as questões resolvidas, eventualmente de 
outras Bancas, pois assim iremos economizar tempo de estudo e verificarmos 
que as Bancas têm trazido os mesmas abordagens. 
Isso mesmo, como me ensinaram os grandes mestres que tive, a 
melhor coisa é fazermos questões resolvidas ! 
De qualquer forma, ao final das aulas, iremos deixar as questões 
“limpas” para os que ainda não se adaptaram poderem testar essa 
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metodologia. Claro, no final, teremos o gabarito, sem os comentários. 
Dito isso, vamos em frente. 
CAIU NA PROVA ! 
20 – (FCC/MPE-SE/2009) De acordo com a doutrina majoritária, são 
estágios da despesa orçamentária: 
a) previsão, lançamento, empenho e pagamento. 
b) fixação, reserva, empenho e liquidação. 
c) previsão, empenho, fixação e pagamento. 
d) fixação, liquidação, pagamento e cancelamento. 
e) fixação, empenho, liquidação e pagamento. 
Comentários: 
 Gabarito da questão: alternativa (e). 
As fases ou estágios da despesa pública que são o “FELP” (de acordo 
com a doutrina) ou “ELP” (de acordo com os arts. 58, 63 e 62 da Lei nº 
4.320/64). 
 
21 - (FCC/TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO I - TCE-MG/2007) A 
despesa pública é processada na seguinte ordem: 
a) ordem de pagamento, empenho, pagamento e liquidação. 
b) empenho, liquidação, ordem de pagamento e pagamento. 
c) liquidação, empenho, pagamento e ordem de pagamento. 
d) ordem de pagamento, liquidação, pagamento e empenho. 
e) pagamento, liquidação, empenho e ordem de pagamento. 
Comentários: 
 Gabarito da questão: alternativa (b). 
 É o que preveem, respectivamente, os arts. 58, 63, 64 e 62 da Lei nº 
4.320/64. Não falamos antes, mas a ordem de pagamento é o despacho 
exarado por autoridade competente, o qual determina que a despesa seja 
paga. 
 Mnemônico: “ELP” ou “FELP” a depender do comando da questão ou 
das alternativas disponíveis.AFO - CGU - COMUM A TODAS AS ÁREAS – TEORIA E EXERCÍCIOS 
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22 - (FCC/TÉCNICO DE CONTROLE INTERNO – MPU/2007) Os estágios 
da despesa pública são, em ordem cronológica, 
a) fixação, liquidação, empenho e pagamento. 
b) previsão, lançamento, empenho e pagamento. 
c) previsão, empenho, fixação e liquidação. 
d) fixação, empenho, liquidação e pagamento. 
e) arrecadação, lançamento, previsão e recolhimento. 
Comentários: 
 Gabarito da questão: alternativa (d). 
 Observemos que o enfoque foi outro para o tema. Como há a previsão 
em uma das alternativas, a banca explorou nosso mnemônico “FELP” 
(enfoque doutrinário). 
 
2.3 - CLASSIFICAÇÕES DA DESPESA PÚBLICA 
A doutrina classifica a Despesa Pública da seguinte forma: quanto à 
natureza, quanto à afetação patrimonial e quanto à regularidade. 
 2.3.1 - Quanto à natureza: 
 É a que se relaciona à autorização ou não por parte do Poder 
Legislativo, a fim de se financiarem os dispêndios públicos. 
 a) Despesas Extraorçamentárias: em adaptação ao parágrafo 
único do art. 3º da Lei nº 4.320/64, seriam as saídas compensatórias no ativo 
e no passivo financeiros, decorrentes de receitas extraorçamentárias. 
 Também podemos definir como dispêndios que NÃO DEPENDEM 
de autorização legislativa, ou seja, cuja execução corre fora da lei do 
orçamento. 
 Outro enfoque seria que, geralmente, são valores devolvidos pelo 
Estado em razão de estarem temporariamente em poder estatal. Assim, 
quando o Estado desembolsa ou “devolve” os valores que se classificaram 
como receitas extraorçamentária, estaremos diante de uma DESPESA 
EXTRAORÇAMENTÁRIA. 
 Ex. de Despesas Extraorçamentárias: devolução de cauções, 
saques de depósitos judiciais, resgates de operações de ingresso provenientes 
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de antecipação de Receita Orçamentária (ARO). 
 b) Despesas Orçamentárias: são as que não podem se efetivar 
sem crédito orçamentário correspondente e que DEPENDEM de autorização do 
Poder Legislativo para sua realização. 
 Diz-se que no orçamento público a Despesa é fixada por estar 
determinada neste instrumento de planejamento. 
 Outra definição transversa de Despesa Orçamentária é a que diz 
não ser uma Despesa Extraorçamentária, em razão da definição desta. 
 Ex. de Despesas Orçamentárias: despesa de custeio, juros e 
encargos da dívida (essas na categoria econômica “Despesa Corrente”), 
assim como as Despesas de Investimento e as Despesas de Inversões 
Financeiras (classificadas na categoria econômica “Despesa de Capital”). 
IMPORTANTE! 
Somente as Despesas Orçamentárias e Intra-orçamentárias são 
classificadas quanto às Categorias Econômicas, ou seja, Despesa 
Orçamentária/Intra-orçamentária Corrente e Despesa 
Orçamentária/Intra-orçamentária de Capital. 
 Vamos a um quadro que resume as Despesas Correntes e as 
Despesas de Capital. 
DESPESAS 
CORRENTES 
PeJOu 
 Pessoal e Encargos Sociais 
 Juros e Encargos da Dívida 
 Outras Despesas Correntes 
DESPESAS DE 
CAPITAL 
IIA 
 Investimentos 
 Inversões Financeiras 
 Amortização da Dívida 
 
 
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MNEMÔNICO 
“A Despesa do PeJOu, ele IIA” 
 Colocaremos as definições, segundo a Lei nº 4.320/64 e a Portaria 
Interministerial nº 163/2001, de cada uma dessas despesas. 
DESPESAS CORRENTES 
PESSOAL E 
ENCARGOS 
SOCIAIS 
(PORTARIA) 
Despesas de natureza remuneratória decorrentes: 
 do efetivo exercício de cargo, emprego ou 
função de confiança no setor público 
 do pagamento dos proventos de aposentadorias, 
reformas e pensões 
 das obrigações trabalhistas de responsabilidade 
do empregador, incidentes sobre a folha de 
salários, contribuição a entidades fechadas de 
previdência, outros benefícios assistenciais 
classificáveis neste grupo de despesa 
 de soldo, gratificações, adicionais e outros 
direitos remuneratórios, pertinentes a este 
grupo de despesa, previstos na estrutura 
remuneratória dos militares 
 do ressarcimento de pessoal requisitado 
 das despesas com a contratação temporária 
para atender a necessidade de excepcional 
interesse público 
 das despesas com contratos de terceirização de 
mão-de-obra que se refiram à substituição de 
servidores e empregados públicos, em 
atendimento ao disposto no art. 18, § 1º , LRF 
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JUROS E 
ENCARGOS DA 
DÍVIDA 
(PORTARIA) 
Despesas com o pagamento: 
 de juros, comissões e outros encargos de 
operações de crédito internas e externas 
contratadas 
 da dívida pública mobiliária 
OUTRAS 
DESPESAS 
CORRENTES 
(PORTARIA) 
Despesas com: 
 aquisição de material de consumo 
 pagamento de: 
 diárias 
 contribuições 
 subvenções 
 auxílio-alimentação 
 auxílio-transporte 
 outras despesas da categoria econômica 
"Despesas Correntes" não classificáveis nos 
demais grupos de natureza de despesa 
DESPESAS DE 
CUSTEIO 
(LEI Nº 4.320) 
Dotações para: 
 manutenção de serviços anteriormente 
criados 
 atender a obras de conservação e adaptação 
de bens imóveis 
TRANSFERÊNCIAS 
CORRENTES 
(LEI Nº 4.320) 
Dotações para: 
 despesas as quais não corresponda 
contraprestação direta em bens ou serviços 
 contribuições e subvenções destinadas a 
atender à manifestação de outras entidades 
de direito público ou privado 
 
 
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 Em relação às Despesas de Capital, temos o seguinte quadro: 
DESPESAS DE CAPITAL 
INVESTIMENTOS 
(PORTARIA E LEI 
Nº 4.320/64) 
Despesas com: 
 o planejamento e a execução de obras 
 e também com a aquisição de imóveis 
considerados necessários à realização das 
obras 
 aquisição de instalações, equipamentos e 
material permanente 
 programas especiais de trabalho - PET 
 constituição ou aumento do capital de 
emprêsas que não sejam de caráter 
comercial ou financeiro 
INVERSÕES 
FINANCEIRAS 
(PORTARIA E LEI 
Nº 4.320/64) 
Despesas com: 
 aquisição de imóveis ou bens de capital já 
em utilização 
 aquisição de títulos representativos do 
capital de empresas ou entidades de 
qualquer espécie, já constituídas, quando a 
operação não importe aumento do capital 
 constituição ou aumento do capital de 
empresas que visem a objetivos comerciais 
ou financeiros, inclusive operações 
bancárias ou de seguros 
AMORTIZAÇÃO DA 
DÍVIDA 
(PORTARIA) 
Despesas com: 
 pagamento e/ou refinanciamento do 
principal e da atualização monetária ou 
cambial da dívida pública interna e externa, 
contratual ou mobiliária 
AFO - CGU - COMUM A TODAS AS ÁREAS – TEORIA E EXERCÍCIOS 
CURSO GRATUITO 
PROFESSOR: ERICK MOURA 
 
 Professor ERICK MOURA

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