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PETIÇÃO INICIAL Julio Trabalho NPJ

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE ANÁPOLIS - GO
JÚLIO XXXXXXXX, brasileiro, XXXXXXX, autônomo, portador da cédula de identidade RG nº XXXXXXX SSP/GO e inscrito no CPF/MF sob o nº XXXXXXXXXXXX, residente e domiciliado na Rua XX, nº XX, Setor XXXXXXXX, Anápolis, GO, tendo xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, OAB/GO XXX-XXX, por seu advogado adiante assinado, consoante instrumento particular de mandato anexo, vem, mui respeitosamente à presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS POR ACIDENTE DE TRÂNSITO
em face de RUBENS XXXXX, qualificação pessoal desconhecida, residente e domiciliado à Rua XX, nº XX, Setor XXXXXXXX, XXXXXXXXXX – GO; e MARCO AURELIO XXXXXXXX, qualificação pessoal desconhecida, residente e domiciliado à Rua XX, nº XX, Setor XXXXXXXX, XXXXXXXXXX – GO, pelos fatos e fundamentos que a seguir expõe:
DOS FATOS
O autor é proprietário do veículo XXXXXXXXXXXX, ano XXXXX, cor XXXXX, placa nº XXX-XXXX e chassi XXXXXXXXXXXXXX, conforme documento anexo.
No dia XX/XX/XXXX, por volta das XX:XXhs, o autor trafegava pela Rua XXXXX, sentido bairro XXXXXX, quando foi colidido pelo veículo de propriedade de Rubens XXXXX, logo após o veículo de Rubens ser albaroado pelo veículo de Marcos Aurelio XXXX, causando avarias na parte traseira de seu veículo.
Conforme atestado em vistoria levada a cabo pelo órgão competente, Marco Aurelio encontrava-se acima da velocidade permitida e com o sistema de freios comprometido. Rubens estava com o veículo em perfeitas condições e observava regularmente as normas de trânsito, porém, ainda assim, atingiu o veículo do autor desta ação.
Face ao ocorrido, o acidente foi atendido por equipe do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar do Estado de Goiás, onde foi registrado o RAI nº XXXXXX.
O autor procurou os réus tentando uma composição amigável, não tendo sucesso em nenhuma de suas tentativas, os mesmos vêm se recusando a reparar o dano causado ao autor, que além da franquia do seguro veicular no valor de R$ 3.000,00 (Três Mil Reais), consoante recibo anexo, sofreu prejuízos em razão do veículo ser utilizado como ferramenta de trabalho, uma vez que o mesmo trabalha com o transporte autônomo de passageiros.
Por este motivo necessitou de recorrer à locação de outro veículo a fim de suprir suas necessidades laborais até o conserto de seu bem, durante dez dias, sendo onerado em R$ 2.500,00 (Dois Mil e Quinhentos Reais), conforme cópia em anexo do contrato de aluguel e do comprovante de pagamento.
Sendo assim, defronte a inércia do réu em reparar os danos materiais causados, socorre-se o autor do manto do Poder Judiciário, com vistas a se obter a tutela jurisdicional.
DO DIREITO
O direito do autor em obter a reparação dos danos materiais causados pelo requerido se encontra em substrato legal consoante preceito inserto no artigo 5º, inciso X da Constituição Federal:
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
X - São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização por dano material ou moral decorrente de sua violação.” [g. N.].
Na mesma linha, dispõem os artigos 186 e 927 do Código Civil Brasileiro, ora invocados:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
De acordo com os artigos 28 e 29, II, do Código de Trânsito Brasileiro:
“Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas.”
Ao se analisar percebe-se claramente que os réus não mantiveram a observância aos cuidados indispensáveis à segurança do trânsito, agindo com total falta de atenção, ocasionando o acidente.
Deixando ainda, de observar as normas descritas nos artigos 34 e 44 da mesma lei:
“Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência.”
Nesse sentido, já se manifestou o Egrégio Tribunal de Justiça de Goiás:
	0316656-12.2013.8.09.0087 – APELACAO
	 
	 
	APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. ACIDENTE DE TRÂNSITO. 1 - RESPONSABILIDADE CIVIL. Dispõe o artigo 186 do Código Civil: "Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Por sua vez, dispõe o artigo 927 do respectivo diploma: "Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem fica obrigado a repará-lo". 2 - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE CULPA EXCLUSIVA OU CONCORRENTE DA VÍTIMA. O acidente ocorreu em um trevo de acesso ao município de Araporã/MG, com pista dupla e faixa de desaceleração e, de acordo com os vestígios do local, o ônibus e a motocicleta faziam o retorno de acesso no trevo, quando o ônibus atingiu a traseira da motocicleta, arrastando-a por cerca de 09 (nove) metros, conforme o boletim de acidente de trânsito elaborado pela polícia rodoviária federal. Nesse contexto, tenho que razão não assiste à apelante, quando tenta atribuir culpa exclusiva ou concorrente à vítima, uma vez o motorista do ônibus não se cercou dos devidos cuidados ao tentar realizar o retorno. 3 - BOLETIM DE OCORRÊNCIA. PROVA. PRESUNÇÃO RELATIVA. O boletim de acidente de trânsito, juntado aos autos, possui presunção relativa de veracidade, ao passo que não merece respaldo a alegação de que o condutor da motocicleta trafegava pelo lado inadequado da via, seja porque não há testemunha ocular do sinistro, seja porque nada restou comprovado sobre referida argumentação. 4 - LAUDO PERICIAL. PROVA. Além do parecer técnico juntado aos autos, foi produzido o laudo pericial, sobre o qual as partes foram intimadas, oportunidade em que a apelante demonstrou desinteresse em produzir novas provas, inclusive prova pericial. Portanto, não pode a parte recorrente, neste momento processual, manifestar contra prova que foi colhida nos autos. 5 - AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO, MODIFICATIVO OU EXTINTIVO DO DIREITO DO AUTOR. Segundo a ordinária concepção da distribuição estática do ônus probatório (artigo 373, incisos I e II do CPC), cumpre ao autor comprovar fato constitutivo de seu direito e, ao réu, a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo. 6 ? RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA SEGURADORA. LIMITE MÁXIMO DA APÓLICE. A seguradora/apelante é responsável pelo pagamento das indenizações até o limite máximo pactuado na apólice, ao passo que ressoa evidente no contrato segurado que o dano material, o dano moral e o dano corporal, são indenizáveis até o limite de R$10.000,00 (dez mil reais), cada um. 7 - DANO MORAL. INCIDÊNCIA. MANUTENÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. Como cediço, a obrigação de indenizar se assenta nos requisitos de conduta culposa do agente, existência de dano efetivoe nexo de causalidade entre o ato ofensor e o resultado lesivo, pressupostos que, conquanto demonstrados, geram o dever de reparar os prejuízos causados, de cunho material e moral. Consoantes precedentes desta Corte, configurado o dano moral, a fixação do valor a ser pago a título de reparação há de ser em quantia moderada e razoável (R$10.000,00), evitando-se que se converta em vantagem excessiva ou expresse importância ínfima, em observância aos postulados da proporcionalidade e razoabilidade. 8 - DANO MATERIAL. COMPROVADO. O dano material está evidente nos autos e restou comprovado, conforme documentos juntados às f. 47/50, 53, 55, 58/61, seja no tocante ao conserto da moto, seja em relação às despesas médicas. 9 - LUCROS CESSANTES. POSSIBILIDADE. Os lucros cessantes gerados em função do deficit funcional permanente foram devidamente arbitrados, no equivalente a ¾ do salário-mínimo, uma vez que, embora a vítima tenha perdido movimentos relativos na mão esquerda, ainda consegue trabalhar. 10 ? JUROS DE MORA. DANO MORAL EXTRACONTRATUAL. Não deve prosperar a tese de que a incidência de juros de mora, referentes ao dano moral, deve fluir a partir do arbitramento, uma vez que deve ser observada a súmula n. 54, que fixa o termo a quo a partir do evento danoso, por se tratar de dano moral extracontratual. 11 - DECRETAÇÃO DE LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE SEGURADORA NÃO IMPEDE A FLUÊNCIA DE JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA. De acordo com o que dispõe a alínea "d" do artigo 18 da Lei n. 6.024/74, deve-se apenas "suspender" a obrigação de pagamento dos juros moratórios até o encerramento da condição temporária da liquidação, pois, havendo saldo suficiente após a liquidação do passivo, os juros serão pagos. 12 - ÔNUS SUCUMBÊNCIA. MANUTENÇÃO. A seguradora litisdenunciada, ao oferecer a contestação, assume posição de litisconsorte passiva do denunciante, sendo devida a condenação em razão da sucumbência, proporcionalmente distribuída entre os vencidos na demanda. 13 - HONORÁRIOS RECURSAIS. Em razão do desprovimento do apelo deve ser majorada a verba honorária devida pela apelante para 12% (doze por cento) sobre o valor da condenação do dano moral, material e a soma das prestações vencidas acrescidas de 12 (doze) prestações vincendas, com fulcro no art. 85, §§ 2° e 9°, do CPC. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E DESPROVIDO. 
	
		0283382-05.2012.8.09.0051 – APELACAO
	 
	APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ACIDENTE DE TRÂNSITO. REPARAÇÃO DEVIDA. CULPA DA PESSOA JURÍDICA AFASTADA. CONDENAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. 1. Uma vez comprovado que a interrupção do tráfego para manobra de veículo pertencente à empresa - primeira apelada - não teria sido o fato motivador do abalroamento do veículo do apelante em outro veículo pertencente ao segundo apelado, andou bem o magistrado singular ao isentar a primeira de qualquer dever de indenizar. 2. Restando configurado o nexo de causalidade no que diz respeito à conduta do apelante que, colidiu com o veículo do apelado, dando causa aos danos reclamados, há que ser mantida a sentença recorrida que reconheceu a denominada causa eficiente, apta a tornar inócua as demais condutas que teriam o condão de contribuir para os danos ocorridos. 3. Inexistindo fundamento que infirme a conclusão quanto a ocorrência de ato perpetrado, exclusivamente, pelo apelante, nos moldes do art. 186 do Código Civil, bem como o consequente dever de reparar os danos advindos do referido ato, conforme preconiza o art. 927 do mesmo Codex e não tendo este se desincumbido de seu ônus processual de comprovar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito pleiteado pelo apelado, há que persistir o entendimento quanto ao dever de ressarcir os danos experimentados. RECURSO DE APELAÇÃO CONHECIDO E DESPROVIDO. 
	 
		ACÓRDÃO. Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Apelação Cível nº 0283382.05, acordam os integrantes da 3ª Turma Julgadora da 6ª Câmara Cível, a unanimidade, em CONHECER E NÃO PROVER o apelo, nos termos do voto do Relator. Presidiu a sessão a Desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis. Votaram com o relator a Desembargadora Sandra Regina Teodoro Reis e o Desembargador Jeová Sardinha de Moraes. Esteve presente à sessão o ilustre Procurador de Justiça Dr. Eliseu José Taveira Vieira. Goiânia, 27 de fevereiro de 2018. Desembargador NORIVAL SANTOMÉ Relator. 
	 
As condutas, ora praticadas pelos réus da referida ação, conforme os dispositivos abordados, depreciou os direitos do autor causando-lhe dano e transtorno, sendo assim, a parte autora, carece de reparação.
DOS PEDIDOS
Diante de todo o exposto, é o pedido para:
Determinar a citação do réu no endereço exposto no preâmbulo para comparecer à audiência de conciliação a ser designada, sob pena de revelia;
A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, nos termos do artigo 369 do NCPC;
Condenação ao pagamento dos honorários advocatícios no importe de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação e custas processuais;
Não havendo sucesso na conciliação, a procedência total da presente ação, condenando o réu ao pagamento dos danos materiais, e ainda, valores dispendidos com locação de outro veículo para uso do autor, durante o período que esteve privado da utilização de seu bem, com as devidas atualizações monetárias até o efetivo pagamento;
e) Dá-se à causa o valor de R$ 5.500,00 (Cinco Mil e Quinhentos Reais).
Termos em que, pede deferimento.
Anápolis, XX de XXXXXXXX de 2018.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OAB/GO XXX. XXX

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