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Do que é feito o Universo? Partículas Elementares Baseado em material produzido por: Sidney dos Santos Avancini José Ricardo Marinelli Luana Mattos Apresentado por José Ricardo Marinelli em 14/08/2014 Evolução histórica do átomo Demócrito sec. IV A.C. na Grécia: idéia de átomo como correspondendo a partículas indivisíveis. Modelo atômico de Dalton (1808): Propõe que a diferentes elementos químicos associamos diferentes átomos. No início do século XX eram conhecidos cerca de uma centena de átomos, classificados pela tabela periódica de Mendeleev => o que sugere que os átomos deveriam ser formados por constituintes fundamentais. Com a descoberta do elétron e da radioatividade, a idéia de que o átomo era o tijolo fundamental da natureza começou a mudar e surgiram então modelos para explicar sua estrutura..... Átomo deThomson: modelo de “pudim de passas” Retirado de (em 20/10/2009): http://enciclopediavirtual.vilabol.uol.com.br/quimica/atomi stica/explicacaoexperiencia.htm Átomo : Thomson X Rutherford •Átomo tem um núcleo carregado positivamente de raio da ordem •de 10-15 m( 1fermi). Átomo de Rutherford-Bohr: modelo “planetário” O Modelo Atômico Rutherford (1911) propôs o modelo atômico planetário que consiste em um núcleo de carga positiva onde circulam elétrons com carga negativa em órbitas semelhantes às dos planetas do sistema solar. A partir do surgimento da mecânica quântica: Bohr ( 1913) introduz a idéia de quantização no modelo atômico de Rutherford (átomo de Bohr). Após a consolidação da Mecânica Quântica por Schrodinger, Heisenberg, Max Born e outros, no átomo de Bohr a idéia de órbita é abandonada em favor da idéia da função de onda. N Ã O.... problemas: 1) A massa do átomo (?) 2) Por que o núcleo forma um sistema estável? A Estrutura da matéria estava explicada? O nêutron……. Problemas com a massa do átomo: Em 1930 descoberto novo tipo de radiação 94Be + 42 126C + 10n Em 1932, Chadwick interpretou os resultados: partícula com massa muito próxima à do próton mas com carga nula! O Átomo de Rutherford e a força forte. Para explicar o núcleo como um sistema ligado, é preciso assumir a existência da força forte. 60nuclear coulomb F F2 protons 2 fm.R Convenções AXZ ou Z AX X ----- símbolo do elemento químico Z ------ número atômico A -------- número de massa N=A-Z ---------- número de neutrons A MASSA DO NÚCLEO M (Z , A) Zm p ( A Z )m n “Defeito” De massa! Massa do neutron=1,009 u. Massa do proton= 1,007u. Fissão e Fusão A fissão e produção de energia A fusão e a nucleossíntese estelar Radioatividade beta e a força fraca p n e n p e Problema: energia e momento não se conservam ! Pósitron (teoria de Dirac) A hipótese do neutrino p n e n p e Interação fraca Década de 30 - Pauli propõe a existência do neutrino Década de 40 – Fermi leva a sério a proposta de Pauli e cria uma teoria para a interação fraca Década de 50 (Frederick Reines e Clyde Cowan) – os neutrinos são detectados pela primeira vez! Detetor de neutrinos no Japão http://eltamiz.com/2007/07/05/el-detector-de- neutrinossuperkamiokande/ A hipótese (e descoberta) do méson (pi) ou pion Qual a origem da força nuclear? Yukawa previu o méson na década de 30. César Lattes descobriu o méson pi (ou pion) na década de 40. Visão clássica do eletromagnetismo Campo E de um dipolo elétrico em repouso Campo B de um imã em repouso Visão quântica do eletromagnetismo Interação se da através da troca de fótons Teoria de Yukawa Interação se da através da troca de mésons ,p n ,p n ,p n ,p n 0, , tempo Deteção dos mésons Partículas Elementares Até o início do século XX as partículas elementares conhecidas eram o elétron (e-, carga negativa) o próton (p, carga positiva) e o fóton (, carga nula e sem massa de repouso). Em 1932 as partículas elementares ganharam mais dois elementos: o nêutron (n) e o pósitron (e+ ). O nêutron foi descoberto por Chadwick e o pósitron( anti-elétron) foi descoberto por Anderson. Partículas Elementares No final da década de 40 já eram conhecidas 14 partículas: p, n, e- ,(neutrino), (muon), suas respectivas anti-partículas, o fóton e os mésons-Pi ou píons (+ ,0 ,- ) . O píon foi descoberto por Cesar Lattes em 1948. Traços estranhos aparecem nas fotografias dos raios cósmicos em 1947 e em 1952 com a entrada em operação do acelerador Cosmotron (BNL-EUA) outras partículas estranhas surgiram: Partículas Elementares A pesquisa na área de física de partículas inicia-se a partir do estudo das reações nucleares (Rutherford). No entanto, o uso de reações nucleares apresenta várias limitações: dificuldade em controlar as reações, as energias envolvidas são baixas, etc. Um incremento importante vai ocorrer com o uso dos raios cósmicos, que podem gerar reações de energias altíssimas, no entanto, as limitações para o controle das reações ainda é um enorme fator limitante para o seu uso. Aceleradores serão o grande avanço na área e vamos tratá- los em maiores detalhes no final desta apresentação. Primeira classificação das partículas elementares Bárions: partículas que interagem por interação forte e possuem spin semi-inteiro (férmions), ex: p, n, híperons, ... . Mésons: partículas que interagem por interação forte e têm spin inteiro (bósons), ex: píons, kaons, etc. Léptons: partículas que não interagem por interação forte e possuem spin semi-inteiro, ex: elétron, neutrino e o muon. Definição importante: HÁDRONS = bárions + mésons Número de contagens ângulo de espalhamento Em meados da década de 70 – espalhamento de elétrons (~10 vezes mais energia) sobre um alvo de prótons Átomo tem substrutura Proton tem substrutura Classificação das partículas elementares A partir do desenvolvimento dos aceleradores de partículas várias partículas foram sendo descobertas o que motivou o modelo de Gell-Mann e Ne’eman (eightfoldway) em 1961. No modelo de Gell-Mann Ne’eman os méson e bárions são classificados em famílias (super-multipletos) onde seus membros são interligados através de certas propriedades e, então, temos uma analogia com a tabela periódica de Mendeleev. A tabela periódica atômica => átomos devem ser formados por constituintes fundamentais O modelo de Gell-Mann – Ne’eman =>bárions e mésons também poderiam ser formados por constituintes fundamentais Modelo de Quarks A partir dos super-multipletos do modelo de Gell-Mann e Nee’man e do número assustador de partículas elementares que foram sendo produzidas nos aceleradores ficou claro que muitas das partículas que se acreditava ser “elementares” deveriam ter uma subestrutura. Isto passou a ser procurada pelos físicos nos anos 60. Os experimentos que mediam a distribuição da carga elétrica do nucleon também mostravam que eles deveriam ter uma subestrutura. Portanto, foi proposto a existência dos quarks (Gell-Mann e Zweig , 1963) com as propriedades dadas na tabela seguinte: Propriedades dos quarksOs quarks são encontrados em seis sabores diferentes. Esse número é necessário para que os hádrons (compostos por quarks) sejam explicados corretamente. Quarks são férmions de spin ½ e carga elétrica fracionária em unidades da carga do elétron (e) Próton, nêutron e o píon no modelo de quarks Propriedade do confinamento da força forte Os quarks nunca são encontrados sozinhos, isto é, sempre se apresentam em grupos formando os bárions . A isto corresponde a denominada propriedade de confinamento da interação forte. Supõe-se que a interação aumente com a distância e quanto mais tentarmos separar dois quarks em um certo momento existirá energia suficiente para criar mais um par de partículas (quark-antiquark). Note que apenas a força forte dentre as quatro forças da natureza tem a propriedade de aumentar com a distância. Isto explica o fato de ela ter que ser de curto alcance. Léptons Os léptons são partículas elementares que não interagem através da força forte e têm spin ½ (férmions). São conhecidos seis léptons e seis anti-léptons: e- (elétron) , e _(neutrino do elétron) (muon) , (neutrino do muon) (tau) , (neutrino do tau) Número leptônico do elétron, muon, tau e respectivos neutrinos é igual a L=1. O número leptônico das respectivas antipartículas é L=-1. Todas as outras partículas têm L=0. A família de léptons é dividida em gerações: (e- , e- ) (, ) (, ) Propriedades dos Léptons Interações fundamentais Um dos grandes objetivos da física moderna é criar uma teoria que trate de modo unificado todas as forças da natureza ( teoria da grande unificação). Acredita-se que as forças da natureza são quatro: força forte ou nuclear, força eletromagnética, força fraca e a força gravitacional. Na visão moderna de interação a força entre as partículas surge da troca de certas partículas que são chamadas de bósons de calibre e que são os responsáveis pelas propriedades da interação entre as partículas elementares. Interações fundamentais A interação é dada pela troca de partículas mediadoras que não são observadas e por isso são chamadas de virtuais. A cada tipo de interação corresponde certos mediadores. Por exemplo, para a força eletromagnética a partícula mediadora é o fóton. A teoria eletro-fraca explica de modo unificado as interações fraca e eletromagnética. Para o caso da força forte, os bósons de calibre são os gluons. A força gravitacional ainda não possui uma teoria quântica com comprovação experimental. Interações fundamentais Modelo Padrão das Partículas Elementares Ingredientes básicos (36 partículas elementares): 6 quarks, 6 léptons e as respectivas anti-partículas 12 bósons de calibre: fóton, 8 gluons, Z0, W+, W- Essas são as partículas elementares (tijolos) que formam toda a matéria encontrada no universo. O modelo padrão consiste em descrever as interações da matéria através da teoria eletro-fraca (trata de maneira unificada as forças eletromagnética e fraca ) e da QCD. Todos os experimentos realizados no Sec. XX têm resultados consistentes com o Modelo Padrão. Acelerador CERN (Genebra) LHC = large hadron collider Acelerador CERN Túnel do acelerador Diagrama de um acelerador http://home.web.cern.ch/about http://www.sprace.org.br/aventuradasparticulas/ http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol6/Num1/charme.pdf
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