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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA Profa. Ms. Cristiene Costa Carneiro TOMOGRAFIA = DO GREGO "TOMOS" = SECÇÃO + GRAFIA= ESCRITA "REGISTRO DE SECÇÕES (FATIAS) DO CORPO" TOMOGRAFIA TIPOS DE TOMOGRAFIA - TOMOGRAFIA DE RAIOS X - TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA POR EMISSÃO ÚNICA DE FÓTON (SPECT – SINGLE PHOTON EMISSION COMPUTERIZED TOMOGRAPHY) - TOMOGRAFIA DE EMISSÃO DE PÓSITRON (PET - PÓSITRON EMISSION TOMOGRAPHY) HISTÓRICO DA TC DE RAIOS X - 1895 RONTGEN – DESCOBERTA DOS RAIOS X - 1901 RONTGEN RECEBE O PRÊMIO NOBEL DE FÍSICA - 1917 RADON PUBLICA SEU ARTIGO SOBRE “A DETERMINAÇÃO DE FUNÇÕES A PARTIR DE SUAS INTEGRAIS AO LONGO DE CERTAS DIREÇÕES” - BASE MATEMÁTICA DA TOMOGRAFIA - 1961 OLDENDORF CONSTRUIU O PRIMEIRO PROTÓTIPO DE TOMOGRAFIA Dificuldades no início: “ Mesmo funcionando como você sugere, não podemos imaginar um mercado significativo para um aparelho tão caro, que não faria nada além de gerar seções transversais radiográficas da cabeça”. HISTÓRICO DA TC DE RAIOS X - 1963 CORMACK CONTRIBUIU PARA A PRIMEIRA IMPLEMENTAÇÃO MATEMÁTICA PARA A RECONSTRUÇÃO TOMOGRÁFICA NA ÁFRICA DO SUL - 1967, O PROCESSO TOMOGRÁFICO COMO UM TODO FOI APRESENTADO PELO ENGENHEIRO BRITÂNICO GODFREY HOUNSFIELD DESAFIO: OBTER-SE EXAMES CADA VEZ MAIS RÁPIDOS COM O MAIOR NÚMERO DE CORTES OU IMAGENS POSSÍVEL PRINCÍPIOS DA TC Utiliza um aparelho de RX que gira ao redor do objeto estudado, fazendo radiografias transversais. Em oposição ao feixe de RX emitido, há um detector de fótons que gira concomitantemente a ele. EVOLUÇÃO • Aparelhos : Primeira Geração: Feixe retilínio único Único detector Movimento de translação do Sistema tubo-detector Tempo de 4 a 6 minutos Tomografia apenas do crânio Segunda Geração: Feixe de RX em forma de leque Múltiplos detectores (+/- 30) Mov. Linear do sistema tubo-detectores com rotações maiores Tempo de 20 a 60s Terceira Geração Feixe de RX em forma de leque Múltiplos detectores (260 – 520) Movimento de rotação do sistema tubo-detectores (360º) Tempo de 1 a 2s. Quarta Geração: Largo feixe em forma de leque Rotação apenas do tubo Múltiplos detectores fixos dispostos em anel (até 2 mil) Tempo de 1 a 2s Quinta Geração (Espiral/Helicoidal): Rotação contínua. Movimento da mesa. Tempo rápido na aquisição. Uma fileira de detectores. Reconstrução instantânea. Aumento da cobertura anatômica. Sexta Geração (Multislice): Rotação contínua do tubo Tubo com duplo foco Duas ou mais fileiras de detectores Redução do tempo de escaneamento Subdividi-se em: 4-8-16-64 canais e outros TC AXIAL AXIAL Imagens em um plano transversal ao objeto a partir de um giro de 360 graus do feixe de raio X em torno de si (mesa estática). HELICOIDAL OU ESPIRAL Rotação contínua da ampola de raio X acoplada em movimento continuo e regular em torno do paciente em cima da mesa (aquisição volumétrica) cortes de 1,0 a 10,0 mm de espessura. TERMOS USADOS EM TC - Revolução: é o giro de 360º do conjunto tubo-detectores - Pitch: é definido na TC helicoidal como distância percorrida pela mesa durante um giro de 360o dividido pela espessura do corte Mesa deslocando 10 mm por segundo Espessura corte 10 mm Pitch 1:1 Pitch 2:1 Mesa deslocando 20 mm por segundo Espessura corte 10 mm TOMÓGRAFO Composto por um conjunto de sistemas : Sistema de emissão de raio X; Sistema de detectores de radiação; Sistema de reconstrução de imagem (CPU específica); Sistema de armazenamento e apresentação de imagens (Workstation); Mesa de exame; Sistema de documentação (impressora multi-formato ou laser comum ou seca). (Gantry) EQUIPAMENTOS DA TC Gantry- Sistema de recolhimentos de dados para serem processados e transformados em imagem. Composto pelo tubo de RX e os detectores. Mesa- Determina o posicionamento do paciente, seu movimento interfere no nível de corte e na sincronização do Gantry ESTAÇÃO DE AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO DE IMAGENS Workstation- Serve para planejamento, aquisição, exibição , processamento , documentação e armazenamento das imagens PRINCÍPIOS DA RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM A S I M A G E N S S Ã O E X I B I D A S E M U M M O N I T O R P A R A O B S E R V A Ç Ã O E G R A V A D A S E M F I L M E S P A R A I N T E R P R E T A Ç Ã O E A R M A Z E N A M E N T O . ELEMENTOS BÁSICOS DA FORMAÇÃO DA IMAGEM Pixel – É a menor unidade da Imagem, representado por um ponto (quadrado). O conjunto de pixels está distribuído em colunas e linhas que formam a Matriz. Voxel – É o pixel com volume e profundidade, é uma imagem tridimensional, representada pela espessura do corte. PRODUÇÃO DE IMAGENS São formadas por múltiplos pontos (pixels) em diferentes tons de cinzas (escala de Hounsfield) RADIODENSIDADE COMO FUNÇÃO DE COMPOSIÇÃO chumbo Sulfato De bário osso músculo sangue fígado água lipidios gordura ar radiopaco radiotransparente TERMOS TOMOGRÁFICOS Exame Estrutura Cor Nomenclatura Tomografia Ar – Gordura e Água Preta ou Cinza escuro Hipodensa Osso - Calcificações Branca Hiperdensa Mesma densidade do tecido normal (cinza Claro)* Isodensa Após o uso do meio de Contraste Pouca opacificação pelo meio de contraste (cinza Claro)* Hipocaptante Após o uso do meio de Contraste Houve opacificação pelo do meio e contraste (branco) Hipercaptante Após o uso do meio de Contraste Sem contraste Espontaneamente Densa PLANOS DE CORTES Formação das Imagens: Axial: paralelos ao plano horizontal; Sagital: paralelos ao plano sagital mediano; Coronal: paralelos a sutura coronal PROTOCOLOS - Na maioria dos serviços radiológicos, protocolos de TC são redigidos e seguidos, detalhando a técnica mais adequada para examinar várias regiões do corpo. Documentação Dose de RX Janelas (osso/fígado/pulmão Cerebro,etc) Contraste necessário (Oral/ev/retal) Ângulo da mesa Extensão do estudo (Primeiro ao último corte) Espessura/Incremento PROTOCOLO LIMITAÇÃO DA TC Mulheres grávidas. Pessoas muito obesas de acordo com a capacidade do aparelho. Pessoas alérgicas ao contraste (só se submete a fase sem contraste). MEIOS DE CONTRASTE Existem dois tipos de meios de contraste no mercado: Iônico: Possui alta osmolaridade, com maior número de reações adversas e baixo custo. Não iônico: Baixa osmolaridade, menor número de reações adversas e alto custo. Obs: A dose administrada de contraste é de 2ml/Kg REAÇÕES ADVERSAS DO MEIO DE CONTRASTE. As reações são muito raras mas podem acontecer. São divididas em: Leves: Náuseas, urticárias e vômitos. Moderadas: Tontura, fraqueza, vômito, urticária, edema facial e de glote e crise de broncoespasmo. Graves: Choque hipotensivo, edema pulmonar, convulsões e parada cardiovascular. COMO DIMINUIR O RISCO DE REAÇÕES? O profissional de saúde deve questionar o paciente sobreseu histórico médico, com perguntas do tipo: Esta tomando medicação? Já fez uso do meio de contraste para RX? Tem alergia a algum medicamento? Tem diabetes? Doença renal? Ou hepática? Está grávida ou amamentando? (mulher) CONTRASTE NA TC Via oral (v.o) Endovenosa (e.v) Via retal (v.r) Contraste endovenoso – administrado para o realce das estruturas vasculares e para aumentar o contraste entre as estruturas. DELAY Na TC existe o Delay, que é o tempo de espera para que o contraste chegue na região a ser estudada: Exemplos: Fase Arterial: 20 a 40 seg. Fase venosa: 60 a 120 seg. Fase de Equilíbrio: 120 a 360 seg. Fase Tardia: após 360 seg. PROCEDIMENTOS ESPECIAIS 3 D MIP (angio) MPR (2 D) Todas as aquisições devem ter espessura finas e incremento de 50 a 70 % da espessura (quanto mais informação, mais fidedigna será a reconstrução multiplanar) VANTAGENS Boa qualidade de imagem Possibilidade de usar contraste Flexibilidade e facilidade de operação Tempo reduzido DESVANTAGENS Custos Utilização de radiação ionizante