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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/281523643 RELACIONAMENTO CONJUGAL. Quais comportamentos são importantes? Book · May 2009 CITATIONS 0 READS 97 1 author: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Processos de resiliência e vulnerabilidade em contexto educativo - Resilience and vulnerability processes in educational context View project O Trabalho do Professor, Indicadores de Burnout, Práticas Educativas e Comportamento dos Alunos: Correlação e Predição View project Alessandra Turini Bolsoni-Silva São Paulo State University 150 PUBLICATIONS 782 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Alessandra Turini Bolsoni-Silva on 06 September 2015. The user has requested enhancement of the downloaded file. All in-text references underlined in blue are added to the original document and are linked to publications on ResearchGate, letting you access and read them immediately. casais_final.indd 1 25/8/2009 13:33:36 RELACIONAMENTO CONJUGAL. Quais comportamentos são importantes? Alessandra Turini Bolsoni-Silva UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA "JÚLIO DE MESQUITA FILHO" Faculdade de Ciências - Campus de Bauru CPA - Centro de Psicologia Aplicada Alessandra Turini Bolsoni-Silva RELACIONAMENTO CONJUGAL Quais comportamentos são importantes? casais_final.indd 2casais_final.indd 2 25/8/2009 13:33:3825/8/2009 13:33:38 São Carlos/SP 2009 Ficha Catalográfica elaborada pela Seção de Tratamento da Informação da Biblioteca Prof. Achille Bassi- Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação – ICMC/USP. Bolsoni-Silva, Alessandra Turini B693 Relacionamento conjugal: quais comportamentos são importantes? / Alessandra Turini Bolsoni-Silva. São Carlos : Suprema, 2009. 48 p. ISBN 978-85-98156-43-9 1. Interação social – comportamento social. 2. Relações conjugais – dificuldades, expectativa, orientação. 3. Dinâmica de grupo – problemas conjugais. 4. Psicologia – Aplicada - problemas conjugais. I. Título. Impressão e Acabamento Capa Suprema Gráfica e Editora Ltda - EPP Miguel Vásquez INTRODUÇÃO Por melhor que sejam as interações sociais é inevitável o surgimento de dificuldades interpessoais. No caso do relacionamento conjugal não é diferente e parece que os conflitos no relacionamento conjugal podem surgir a partir de: (a) problemas na comunicação (Bodenmann & Shantinath, 2004; Silva & Vanderbergh, 2008); (b) dificuldades para resolver problemas, inclusive na negociação de tarefas domésticas (Byrne, Carr & Clark, 2004; Witkin e cols., 1983); (c) falta de afeto (Davis & Piercy, 2007) e de coesão conjugal (Norgren, Souza & Kaslow, 2004). Adicionalmente, problemas conjugais podem ter impacto em outros aspectos do relacionamento, sobretudo no que tange à saúde dos cônjuges (depressão, desordens alimentares, alcoolismo, desordens de ansiedade e psicopatologias) e à saúde familiar (práticas parentais pobres, ajustamento pobre da criança, aumento da probabilidade de conflitos pais-criança e conflitos entre irmãos). Desta forma, ao melhorar a interação conjugal pode haver mudanças em outras áreas, tais como redução de estresse e melhoria da satisfação conjugal. Com a preocupação de auxiliar o casal a discutir, em grupo, seus problemas e expectativas é que surgiu o trabalho de Orientação para Casais, vinculado a estágio supervisionado no Centro de Psicologia Aplicada da UNESP-Bauru, desde o ano de 2007. Pesquisas (Bolsoni-Silva & Marturano, prelo) atestam para comportamentos da interação conjugal que podem ser casais_final.indd 4casais_final.indd 4 25/8/2009 13:33:3825/8/2009 13:33:38 estimulados de forma a melhorar o afeto, a comunicação e reduzir dificuldades relatadas. Adicionalmente, há evidência (Bolsoni-Silva, 2009) de que esta intervenção é efetiva para ajudar casais que buscam por atendimento. O presente trabalho é desenvolvido a partir do referencial da Análise do Comportamento (Skinner, 1953/1993) na interface com o campo teórico- prático do Treinamento de Habilidades Sociais (THS) (Bolsoni-Silva, 2002; Del Prette & Del Prette, 1999). Esta cartilha é simultaneamente informativa e didática e é parte de um procedimento maior que envolve discussão de tarefas de casa e promoção de comportamentos (Bolsoni-Silva, 2009). Refere-se a um conjunto de temas trabalhados de maneira colaborativa (Webster-Stratton & Hebert, 1993), isto é, as discussões ocorrem a partir das dificuldades encontradas, pelos participantes. casais_final.indd 5casais_final.indd 5 25/8/2009 13:33:3825/8/2009 13:33:38 SUMÁRIO Introdução ...................................................................................................................................................4 Comunicação: iniciar e manter conversação ..........................................................................................7 Fazer e responder perguntas ..................................................................................................................11 Direitos humanos e cidadania ................................................................................................................19 Comportamento assertivo (habilidoso), passivo (não-habilidoso passivo) e agressivo (não- habilidoso ativo) .......................................................................................................................................21 Dar e receber feedback positivo ...............................................................................................................22 Expressar e ouvir opiniões ......................................................................................................................25 Expressão de sentimentos negativos – dar e receber feedback negativo ...........................................29 Lidar com críticas (fazer e receber críticas), admitir erros e pedir desculpas .................................35 Conclusões ................................................................................................................................................39 Referências ................................................................................................................................................40 casais_final.indd 6casais_final.indd 6 25/8/2009 13:33:3825/8/2009 13:33:38 COMUNICAÇÃO: INICIAR E MANTER CONVERSAÇÃO O tema “iniciar e manter e conversação” parece estar relacionado a atividades fáceis de realizar, cotidianas. Contudo, em muitos momentos, sentimos dificuldades em conversar com as pessoas, muitas vezes isso acontece também com nossos parceiros ou parceiras. GARANTIR A EXISTÊNCIA DO DIÁLOGO PODE SER UMA TAREFA DIFÍCIL, QUE PODE ESTAR RELACIONADA A FATORES COMO: ��Momento em que ocorre a conversa; ��Estado de humor; ��Disponibilidade de tempo; ��Por exemplo: quando vocês estão cansados, atarefados, com algumas dificuldades para resolver, por vezes é difícil manter a calma com o parceiro ou parceira. ��Quando estamos conversando com nossos parceiros ou parceiras e precisamos parar a conversa para fazer outra coisa, é importante indicar e explicar a situação, dizendo por exemplo: Desculpe querido(a) mas eu preciso voltar a terminar o almoço, mais tarde a gente conversa, tá bom? Ou então; Só um minuto querido (a), mas estou curioso (a) para ver este programa na TV, podemos conversar daqui a pouco? LEMBRETE: Procure seu parceiro ou sua parceira depois para retomar a conversa, assim ele (a) perceberá que você cumpriu a promessa. casais_final.indd 7casais_final.indd 7 25/8/2009 13:33:3825/8/2009 13:33:38 Podíamospensar em algumas formas de iniciar conversações: casais_final.indd 8casais_final.indd 8 25/8/2009 13:33:3825/8/2009 13:33:38 ALGUMAS REGRAS BÁSICAS ��Ser direto e positivo, ou seja, não enrolar para dizer o que quer e ser agradável ao falar; ��Privilegiar uma dupla perspectiva onde as duas pessoas tenham chances de falar; ��Valer-se do humor; ��Usar frases curtas no início da conversa; ��Usar perguntas de final aberto: as perguntas abertas tendem a gerar maior quantidade de informação; as fechadas podem gerar respostas mais objetivas e precisas mas restringem-se à informação nelas indicada; ��Falar com seu parceiro ou sua parceira quando aparentemente ele (a) está amigável, ou seja, mais livre para uma conversação; ��Saber insistir, usando as estratégias que foram mencionadas acima, para que a conversa continue; ��Investir na curiosidade; ��Valer-se de objetivos alcançáveis e do próprio estilo, ou seja, aja do seu jeito e fale sobre coisas que a outra pessoa consiga conversar; ��Elogiar os esforços do (a) parceiro(a) em falar com você. Por exemplo, dizer: Foi bom conversar com você. casais_final.indd 9casais_final.indd 9 25/8/2009 13:33:3825/8/2009 13:33:38 Os componentes não verbais listados abaixo também são importantes para garantir uma boa comunicação: ��Valer-se da escuta ativa: demonstrar que está prestando atenção ao que a outra pessoa está falando, tais como “ah-hah”, “ah, sim”, “acenando com a cabeça”, “sorrindo”, fazendo com que a pessoa continue falando. ��É sempre necessário olhar para o (a) parceiro (a) quando estiver falando com ele(a), mostrando-se interessado e agradável ��Vamos imaginar: se nossos (as) parceiros (as) se aproximassem e nós ficássemos olhando para cima, como ficaria a interação? ��A postura também é importante (mais próxima, mais distante), bem como o tom de voz . Sempre sorria. casais_final.indd 10casais_final.indd 10 25/8/2009 13:33:3825/8/2009 13:33:38 FAZER E RESPONDER PERGUNTAS FAZER PERGUNTAS casais_final.indd 11 25/8/2009 13:33:38 Como vocês acham que as pessoas fazem perguntas? Por que elas fazem? Que tipo de perguntas podem ser feitas? Com os exemplos apontar para o conteúdo que vocês prepararam, vocês encontram dificuldades? Qual a vantagem de aprender sobre fazer e responder perguntas? Forma das perguntas A forma das perguntas (entonação, volume da voz, expressão facial e gesticulação) pode lhes conferir diferentes funções, tais como: Pedido; Sugestão; Ordem; Intimidação. Pedido: Você poderia buscar as crianças na escola? Sugestão: Você poderia ter feito de uma maneira diferente... (entonação... pode parecer uma ordem..) Ordem: Busque as crianças na escola? (não cabe... precisa de diálogo) Intimidação: Se você não for à festa comigo eu vou sozinha. (Pedido: Se você não for à festa comigo, tudo bem de eu ir sozinha?) casais_final.indd 12casais_final.indd 12 25/8/2009 13:33:3925/8/2009 13:33:39 Conteúdo das perguntas OO ccoonntteeúúddoo ddaass ppeerrgguunnttaass ppooddee llhheess ccoonnffeerriirr ddiiffeerreenntteess ffuunnççõõeess,, ttaaiiss ccoommoo:: ����AAvvaalliiaattiivvaass ((bbuussccaamm vveerriiffiiccaarr oo ccoonnhheecciimmeennttoo oouu ccoommpprreeeennssããoo ddoo oouuvviinnttee));; EExx:: VVooccêê eenntteennddeeuu oo qquuee eeuu ddiissssee?? ����EEssttiimmuullaaddoorraass ddaa vveerrbbaalliizzaaççããoo oouu ddoo ppeennssaammeennttoo ccrrííttiiccoo ddoo oouuttrroo ((ppooddeemm ffuunncciioonnaarr ccoommoo uumm ttiippoo ddee aajjuuddaa vveerrbbaall mmíínniimmaa));; EExx:: OO qquuee vvooccêê aacchhaa ddiissssoo?? ����RReettóórriiccaass ((bbuussccaamm ddaarr eennccaammiinnhhaammeennttoo aaoo pprróópprriioo ddiissccuurrssoo ee mmaanntteerr aa aatteennççããoo ddoo oouuvviinnttee));; EExx:: EEuu eessttaavvaa ccoomm ttaall ddiiffiiccuullddaaddee.. SSaabbee oo qquuee eeuu ffiizz?? EEuu ffiizz iissssoo...... ((eessttiimmuullaarr aa ccuurriioossiiddaaddee ddoo oouuttrroo)) ����EEssccllaarreecceeddoorraass ((ddee aammpplliiaaççããoo oouu ccoommpplleemmeennttaaççããoo ddaa pprróópprriiaa vveerrbbaalliizzaaççããoo));; EExx:: VVooccêê mmee ddiissssee ttaall ee ttaall ccooiissaa.... éé iissssoo mmeessmmoo oouu eeuu eenntteennddii ddee ffoorrmmaa eerrrraaddaa?? ����CCoonnffrroonnttaaddoorraass ((bbuussccaamm aappoonnttaarr ccoonnttrraaddiiççõõeess eemm uummaa eexxppoossiiççããoo)).. EExx:: OOnntteemm vvooccêê mmee ddiissssee iissssoo ee iissssoo...... ppoorr qquuee hhoojjee vvooccêê eessttáá ddiizzeennddoo oouuttrraass ccooiissaass?? ((eessttaarr sseemmpprree aatteennttoo aaoo ccoommppoorrttaammeennttoo ddoo oouuttrroo ee aaoo pprróópprriioo ccoommppoorrttaammeennttoo)) casais_final.indd 13casais_final.indd 13 25/8/2009 13:33:3925/8/2009 13:33:39 A alternativa considerada mais competente dependerá dos objetivos, da leitura do contexto e das demandas presentes. Por exemplo: se eu quero iniciar e manter uma conversação agradável com meu parceiro (a) eu devo fazer perguntas estimuladoras. casais_final.indd 14casais_final.indd 14 25/8/2009 13:33:3925/8/2009 13:33:39 ��Considerar o tipo de resposta que se está esperando; ��Adequar a pergunta ao contexto (situação). ��Fazer uma pergunta de cada vez; (Ex: “Você foi à casa de um amigo? O que você fez lá? Como foi?”, pois desta forma acabaremos ouvindo apenas a resposta à última pergunta). ��Dar tempo para que o interlocutor tenha chance de responder. casais_final.indd 15casais_final.indd 15 25/8/2009 13:33:3925/8/2009 13:33:39 RESPONDER PERGUNTAS Tipos de respostas casais_final.indd 16casais_final.indd 16 25/8/2009 13:33:3925/8/2009 13:33:39 Dar exemplos de cada e perguntar sobre vantagens de fazer desta forma (apontar para consequências naturais, relacionar com a melhora no relacionamento questionar em que medida estas variáveis podem estar relacionadas). O tipo de respostas que a gente dá pode influenciar na maneira como o outro passa a perguntar... se ele deixa de perguntar... A habilidade de responder perguntas depende do interlocutor: � ��Decodificar a forma (intimidação, ordem, sugestão..), conteúdo e função da pergunta; entender o que a pessoa quer com aquela pergunta.. o que ela quer saber e para quê. ��Identificar se a resposta está disponível ou não em seu próprio repertório; se você se sente bem ao responder, e se você não se sente, o que você poderia responder? Será que temos que falar sobre todos os assuntos com nossos parceiros (as). Não tem uma regra... é o relacionamento que vai dizer... casais_final.indd 17casais_final.indd 17 25/8/2009 13:33:4025/8/2009 13:33:40 O que você pode fazer quando for perguntado? A alternativa considerada mais competente dependerá dos objetivos, da leitura do contexto e das demandas presentes. casais_final.indd 18casais_final.indd 18 25/8/2009 13:33:4025/8/2009 13:33:40 É IMPORTANTE: - Definir se o objetivo é responder toda a pergunta, parte dela, não responder, etc. (P. ex.. se você quer responder toda a pergunta você pode dizer de forma aberta e clara... se você quer responder parte dela pode dizer, olha eu me sinto assim, mas que não me sinto à vontade para falar sobre isso..); - Adequar a resposta ao contexto (situação); (p. ex. na frente de amigos... seu parceiro faz uma pergunta.. vc vai responder de acordo com o possível da situação); - Considerar o tipo de pergunta que foi feita; (se foi umapergunta aberta, se a pessoa quer uma casais_final.indd 19casais_final.indd 19 25/8/2009 13:33:4025/8/2009 13:33:40 DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA Todos nós já ouvimos a palavra Direitos Humanos em alguma situação, por exemplo, no trabalho, conversando com alguém ou assistindo algum programa de televisão. Mas o que significa direitos humanos? Será que nós já paramos para pensar no significado deles? Será que sabemos quais são os diretos humanos básicos? Será que sabemos o quanto eles podem afetar nossas relações humanas, seja com nossos pais, amigos e relacionamentos amorosos? Os direitos humanos foram adotados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1948. A habilidade de defesa dos próprios direitos e os de outrem é facilitada pela compreensão de que muitos itens da Declaração dos Direitos Humanos podem ser traduzidos em direitos interpessoais, tais como todos têm direito à liberdade de pensamento, consciência e religião (Artigo 18º) ou todos têm direito à liberdade de expressão e de opinião (Artigo 19º). casais_final.indd 20casais_final.indd 20 25/8/2009 13:33:4025/8/2009 13:33:40 Entretanto existem alguns direitos que não aparecem na Declaração dos Direitos Humanos, mas que são decorrentes dela na medida em que assume que “todos são iguais em dignidade e direitos” (Artigo 1º). Vocês saberiam citar alguns direitos relacionados às relações interpessoais, ou seja, direitos que regulam nossas relações com pais, amigos, colegas de trabalho, e parceiro ou parceira? Entre esses direitos pode-se destacar: 1) O direito a ser tratado com respeito e dignidade; 2) O direito a recusar pedidos sem se sentir culpado ou egoísta; 3) O direito de mudar de opiniões; 4) O direito de pedir informações; 5) O direito de cometer erros por ignorância e buscar reparar as faltas cometidas; 6) O direito de ter suas próprias necessidades e vê-las consideradas tão importantes quanto a necessidades dos demais; 7) O direito de expressar suas opiniões; 8) O direito de ser ouvido e levado a sério; 9) O direito de estar só quando desejar; 10) O direito de fazer qualquer coisa, desde que não viole os direitos humanos de outras pessoas; 11) O direito de respeitar e defender a vida e a natureza; 12) O direito de defender aquele que teve o próprio direito violado; 13) O direito de pedir o que deseja (dando-se conta que a outra pessoa tem o direito a dizer que não). casais_final.indd 21casais_final.indd 21 25/8/2009 13:33:4025/8/2009 13:33:40 COMPORTAMENTO ASSERTIVO (Habilidoso), PASSIVO (Não-habilidoso passivo) E AGRESSIVO (Não-habilidoso ativo) Uma pessoa habilidosa é aquela que consegue dizer o que pensa em uma determinada situação sem magoar a outra pessoa. Essa habilidade é chamada de Assertividade. A assertividade envolve a afirmação dos próprios direitos e expressão de pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, honesta e apropriada que não viole o direito das outras pessoas. Assertividade é definida como o processo pelo qual o indivíduo expressa seus sentimentos e pensamentos para outra (as) pessoa (as) sem magoá-la (as), pois a expressão se dá em tom de voz adequado, sabendo falar e ouvir o outro e atingindo seus objetivos sem prejudicar relações futuras com a outra pessoa. O termo assertividade se opõe a passividade e agressividade. casais_final.indd 22casais_final.indd 22 25/8/2009 13:33:4025/8/2009 13:33:40 DAR E RECEBER FEEDBACK POSITIVO As habilidades de dar e receber feedback são fundamentais para a manutenção das nossas relações, seja no ambiente familiar, seja no trabalho, com os amigos e também na relação conjugal, pois permite que regulemos nosso comportamento de acordo com as demandas sociais, visando relações saudáveis e satisfatórias. O feedback é uma descrição verbal ou escrita sobre o desempenho de uma pessoa. É bastante comum as pessoas confundirem feedback positivo com elogio. Algumas pessoas tendem a substituir ou a associar o elogio ao feedback positivo, tornando suas referências mais objetivas e mais facilmente aceitas e valorizadas pelos demais, por exemplo, quando nós elogiamos nosso (a) companheiro (a) porque ajudou nas tarefas domésticas. casais_final.indd 23casais_final.indd 23 25/8/2009 13:33:4025/8/2009 13:33:40 Mas por um outro lado, nós também podemos dar feedback ao (à) nosso (a) companheiro (a), quando ele faz algo que consideramos inadequado, como por exemplo, ficar irritado (a) com uma pessoa e descontar essa irritação em outra pessoa (muitas vezes em nós mesmos), ou seja, vamos descrever para ele (a) o comportamento, lembrando que todo comportamento tem seus pontos positivos e que merecem ser ressaltados. O feedback positivo pode auxiliar no procedimento de ensino-aprendizagem, pois permite que a pessoa que está sendo ensinada perceba como se comporta e como esse comportamento afeta seu interlocutor, ou seja, a pessoa com a qual ela está interagindo. Nesses casos, é importante considerar que o feedback positivo tem grande influência na manutenção dos comportamentos adequados e auxilia no aperfeiçoamento dos aspectos que nós desejamos que melhorem. É importante também aprendermos a solicitar feedback para o nosso comportamento, como, por exemplo, perguntando para os (as) nossos (as) companheiros (as) o que eles acharam nosso desempenho em uma dada situação. Isto pode funcionar também como uma forma de fortalecer o vínculo e propiciar momentos em que você possa emitir sua opinião e sentir-se valorizado. casais_final.indd 24casais_final.indd 24 25/8/2009 13:33:4025/8/2009 13:33:40 AO DAR FEEDBACK É IMPORTANTE: - Ouvir e prestar atenção ao comportamento do outro; - Falar diretamente à pessoa à qual se dá o feedback, chamando-a pelo nome, mantendo contato visual e usando tom de voz calmo, porém audível; - Apresentá-lo o mais imediatamente possível à emissão do comportamento; - Descrever o desempenho observado ao invés de avaliá-lo; - Referir-se ao comportamento emitido no momento sem atribuí-lo como característica da pessoa (especificando bem que você está se referindo aquele fato); casais_final.indd 25casais_final.indd 25 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 EXPRESSAR E OUVIR OPINIÕES Quando fazemos menção a este tema, temos a impressão de ser algo fácil, que fazemos sem precisar pensar sobre. Contudo, vamos parar um pouco para pensar em algumas situações que já vivenciamos e que não conseguimos expressar nossa opinião, ou que verbalizamos algo e o nosso interlocutor não compreendeu! Vou falar isso de outra maneira... Não entendi nada do que você está dizendo!!! Como assim??? casais_final.indd 26casais_final.indd 26 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 Expressar opiniões é uma habilidade muito importante, pois, através dela construímos relações de confiança, honestas e saudáveis. Vocês imaginam porque? Porque quando demonstramos interesse pela opinião do outro, estamos demonstrando confiança, consideração, mesmo que não concordemos. Podemos até pedir mudanças de comportamento através da expressão de opinião. Ela envolve tanto concordar quanto discordar das idéias expressas por outras pessoas. Algumas situações são mais desafiadoras para o exercício dessa habilidade, como os contextos de grupo e de relação com pessoas de autoridade. Devido a isso, em alguns casos, mesmo quando a pessoa não tem dificuldade em discordar, pode decidir não expressar sua opinião. ��Podemos tanto decidir por não expressar as opiniões, como acatar ou não a opinião do outro. (Vantagens e desvantagens). ��Devemos esperar que o outro peça nossa opiniãopara dizer o que pensamos? Já aconteceu algo assim com vocês? Como foi? Vantagens e desvantagens! casais_final.indd 27casais_final.indd 27 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 Podemos discordar de muitas coisas, desde valores e filosofia de vida até de coisas que são fatos. Em cada caso, a forma da discordância assume características específicas. Quando discordamos de alguns valores, crenças, visão de mundo etc., se não ficar bem claro do que é que se está falando, o que se está discutindo, podem ocorrer longas discussões que não levam a nada. Alguém já passou por uma situação assim? Como foi? É importante ressaltar que não há verdade absoluta. Por isso, não há problemas em mudar de opinião, isso não significa ferir nem a si mesmo, nem aos outros, pois as verdades são de fato relativas e construídas na nossa história, ou seja, algumas coisas são verdades para algumas pessoas e não são para outras. Alguém já passou por alguma situação em que teve que(ou quis) mudar de opinião? Como foi? Como se sentiu? casais_final.indd 28casais_final.indd 28 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 Para expressarmos discordância, é necessário ouvir a opinião do outro, prestando atenção ao conteúdo da fala do interlocutor, identificando quais são os pontos em que pensamos de forma diferente e o quanto esses pontos são diferentes, assim como identificar quais são os pontos em que pensamos de maneira semelhante e qual é o grau dessa semelhança. Isso aumenta a chance do outro aceitar nossas opiniões. Quando achamos que o nosso(a) companheiro (a) não deve fazer alguma coisa e mencionamos apenas NÃO, esta resposta poderá não era efetiva para ele (a), pois não estaríamos expressando nossa opinião, mas impondo nossa vontade. Além do NÃO, precisamos argumentar o porquê desta resposta. Alguém teria um exemplo desta situação? Como foi? Dificilmente falaríamos desta maneira... vamos buscar o acordo entre o casal? É necessário lidar com as divergências sem deixar de lado os princípios do direito à liberdade de expressão e do respeito às diferentes opiniões. Não se trata de convencer o outro ou desqualificá-lo, mas de apresentar as idéias sustentando-as, sempre que possível, com fatos, acontecimentos e referências, dando a ele a oportunidade de fazer o mesmo. casais_final.indd 29casais_final.indd 29 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 EXPRESSÃO DE SENTIMENTOS NEGATIVOS, DAR E RECEBER FEEDBACK NEGATIVO Na sessão 4 trabalhamos o tema Dar e Receber Feedback Positivo, e vimos como esta habilidade é importante para a manutenção das nossas relações, seja no ambiente familiar, seja no trabalho ou com os amigos, pois permite que regulemos nosso comportamento de acordo com as exigências sociais. Assim como o feedback positivo, o negativo é uma descrição verbal ou escrita sobre o desempenho de uma pessoa, porém haverá alteração no conteúdo da descrição. Imagine que seu (sua) parceiro (a) quebrou algo de muito valor financeiro ou pessoal. É provável que você sinta raiva, tristeza, entre outros sentimentos negativos. É natural termos estes sentimentos em relação ao marido, à esposa, aos amigos, familiares e outras pessoas. No entanto, a forma de expressá-los pode ocorrer de vários modos. Podemos brigar, ofender ou dizer, de uma forma assertiva, que não gostamos de algo. Ou seja, podemos expressar nossos sentimentos negativos, no entanto, devemos estar atentos à forma como fazemos isso. OO qquuee sseerriiaa oo ffeeeeddbbaacckk nneeggaattiivvoo?? EEmm qquuee mmoommeennttooss éé iimmppoorrttaannttee uussaarr eessssaa hhaabbiilliiddaaddee?? CCoommoo vvooccêêss ffaazzeemm iissssoo?? casais_final.indd 30casais_final.indd 30 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 Para expressarmos sentimentos negativos de maneira adequada, a primeira coisa a ser considerada é que não é da pessoa que se comportou de maneira inadequada que não gostamos, mas sim, do comportamento que ela emitiu, da maneira como ela agiu. Então, é preciso identificar qual é esse comportamento que nos desagradou. Devemos também identificar quais os sentimentos negativos que esse comportamento nos causou. Quando esses dois aspectos são identificados (o comportamento inadequado e os sentimentos negativos), aumentam as chances de que haja menos descontrole emocional e você expresse seus sentimentos através de conversas adequadas e não brigando, ofendendo ou até agredindo fisicamente. Para que haja uma expressão de sentimentos negativos de forma adequada, é preciso saber, também, quais mudanças gostaríamos que acontecessem no comportamento da outra pessoa e quais seriam as possíveis conseqüências positivas e negativas dessas mudanças. Depois de considerados os aspectos citados acima, devemos seguir os quatro passos abaixo: casais_final.indd 31casais_final.indd 31 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 � PASSO 1: Descrever objetivamente o comportamento que nos desagradou, dizendo o que a pessoas fez ou disse, o momento e lugar em que isso aconteceu e a freqüência com que esse comportamento tem ocorrido. Alguns começos de frases típicos desse passo são: “Quando você...”, “Quando eu...”. Exemplo: “Quando você não fala comigo...” Nós devemos dizer que determinados comportamentos não nos agradam, mas precisamos tomar cuidado para não dizermos, indiretamente, que não gostamos da pessoa e sim de determinada atitude dela. Ao invés de dizer, por exemplo: “Quando você não fala comigo fica claro o quanto você é egoísta”, devemos dizer, por exemplo, “Fulano, o que você fez foi ruim, pois assim dá a impressão que você não se preocupa comigo...”. Isso pode contribuir para não corrermos o risco de atacar o outro, além de criarmos uma forma de falar tranqüila, controlando nossas emoções. casais_final.indd 32casais_final.indd 32 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 � PASSO 2: Expressar de forma positiva os sentimentos ou pensamentos que o comportamento inadequado do outro gerou em você. Para isso, podemos começar as frases dizendo, “Me sinto...”, “Penso...”, entre outras. Por exemplo: “Me sinto mal...”, “Fico triste porque...”, ao invés de “Não gosto...”, “Não me sinto bem...”, etc. � PASSO 3: Especificar, de forma concreta, o que quer que a outra pessoa mude em seu comportamento. Peça, a cada vez, a realização de um ou dois comportamentos. Pergunte se a pessoa está de acordo e especifique, se necessário, qual comportamento ele está disposto a mudar para chegar em um acordo. Alguns começos de frases típicos para este passo são: “Preferiria...”, “Queria...”, “Eu gostaria...”. Por exemplo: “Eu gostaria que a gente chegasse a um acordo, de forma que tanto eu como você ficássemos bem. Se você quer sair com seus (suas) amigos (as) sozinho (a), tudo bem, mas eu gostaria que você, antes de sair, me ligasse e me comunicasse, pois assim eu ficaria mais tranqüilo (a). Como é para você fazer isso?” casais_final.indd 33casais_final.indd 33 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 � PASSO 4: Dizer as consequências positivas que ocorrerão caso realmente se mude de comportamento. Por exemplo: “...desta forma nós ficamos bem, porque eu não fico preocupado (a), não fico ligando para você, assim não fico nervoso (a) e vejo que você reconhece minha posição, e por outro lado, você também fica contente porque pode sair com seus (suas) amigos (as)”. No caso de ser necessário (e apenas nesse caso), diga a ele (a) quais consequências negativas ocorrerão se ele (a) não mudar. casais_final.indd 34casais_final.indd 34 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 Exemplo da aplicação de todos os passos: (pediralguma situação) Lembre-se da importância de acrescentar o feedback negativo a sua expressão de sentimentos negativos, pois isso ajuda a outra pessoa a compreender porque o comportamento dele (a) não foi adequado. Quando você me diz que eu fico muito tempo com a minha família, com meus amigos... Me sinto mal, fico triste porque eu também gosto da companhia deles. Eu gostaria que a gente chegasse a um acordo, de forma que tanto eu como você ficássemos bem. Se você acha que está demais as minhas saídas, tudo bem, mas eu gostaria que você me ouvisse atentamente antes de tomar uma decisão. Desta forma nós ficamos bem, porque eu não fico chateado por não poder de lhe explicar a situação e vejo que você reconhece minha posição, e por outro lado você também fica bem, pois poderá me explicar que está sentindo a minha falta. Então juntos podemos achar uma alternativa para a situação. Passo 1 – Descrever o comportamento que o desagrada Passo 2 – Expressar os sentimentos negativos) Passo 3 – Especificar o que você gostaria que mudasse Passo 4 – Consequências da mudança do comportamento casais_final.indd 35casais_final.indd 35 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 LIDAR COM CRÍTICAS (FAZER E RECEBER CRÍTICAS), ADMITIR PRÓPRIOS ERROS E PEDIR DESCULPAS Fazer críticas de maneira adequada é uma habilidade bastante difícil de ser exercitada e é diferente do desabafo, da ofensa e da acusação. Trata-se de uma habilidade que requer alguns cuidados, tais como: a) dirigir-se diretamente à pessoa, excluindo aquelas não diretamente envolvidas com a situação; b) referir-se ao comportamento e não à pessoa em si (O que você fez – assim, assim – é reprovável..., ao invés de Você é uma pessoa reprovável e má!); c) controlar a emoção excessiva, evitando o tom de desabafo; d) adequar-se à situação e às condições do receptor (ser feita em particular e com o cuidado de não provocar excessivo desconforto). casais_final.indd 36casais_final.indd 36 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 UUmmaa eessttrraattééggiiaa aaddeeqquuaaddaa ppaarraa ffaazzeerr ccrrííttiiccaass tteemm ssiiddoo ddeennoommiinnaaddaa ddee ““ttééccnniiccaa ddoo ssaanndduuíícchhee”” qquuee ccoonnssiissttee,, rreessuummiiddaammeennttee,, eemm iinniicciiaarr aa ccrrííttiiccaa aappoonnttaannddoo aallgguummaa ccooiissaa ppoossiittiivvaa ddoo ccoommppoorrttaammeennttoo oouu ddoo pprroodduuttoo ddoo ccoommppoorrttaammeennttoo ddoo oouuttrroo ppaarraa,, eemm sseegguuiiddaa,, rreeffeerriirr--ssee aa aallggoo nneeggaattiivvoo ee eenncceerrrraarr ccoomm nnoovvaa rreeffeerrêênncciiaa ppoossiittiivvaa.. PPoorr eexxeemmpplloo:: ““EEssssaa ccoommiiddaa qquuee vvooccêê ffeezz eessttáá mmuuiittoo bbooaa.. TTaallvveezz ssee vvooccêê ccoollooccaassssee uumm ppoouuccoo mmeennooss ddee ssaall ddaa pprróóxxiimmaa vveezz eellaa ffiiccaassssee aaiinnddaa mmeellhhoorr.. MMaass eessttáá bbooaa!!”” EEssssaa ttééccnniiccaa rreedduuzz oo eexxcceessssoo ddee ddeeffeennssiivviiddaaddee qquuee ssee ccaarraacctteerriizzaa ppeellaa nneeggaaççããoo ((NNããoo ffuuii eeuu!!)),, pprroojjeeççããoo ((VVooccêê ttaammbbéémm aaggiiuu aassssiimm......)),, iirroonniiaa oouu aaggrreessssiivviiddaaddee ((VVooccêê éé uumm ssaannttiinnhhoo,, nnéé......)),, aappeellaarr ppaarraa sseennttiimmeennttooss ddee lleeaallddaaddee ((NNããoo eessppeerraavvaa iissssoo ddee ssuuaa ppaarrttee!!)),, mmaanniiffeessttaarr aauuttooppiieeddaaddee ((EEuu ssoouu aassssiimm mmeessmmoo;; TTeennhhoo vveerrggoonnhhaa ddee mmiimm)) eettcc.. casais_final.indd 37casais_final.indd 37 25/8/2009 13:33:4125/8/2009 13:33:41 A resposta a uma crítica pode ocorrer no sentido de aceitá-la, rejeitá-la ou, simplesmente, ignorá-la. Se a crítica atende a todos os critérios acima, ela deve ser aceita como uma tentativa de ajuda por parte da outra pessoa. Se ela não for verdadeira, ela deve ser rejeitada, esclarecendo-se o interlocutor. Se ela for verdadeira, mas não for adequada quanto à forma, ocasião ou objetivo, pode-se aceitar seu conteúdo, esclarecendo o interlocutor quanto à sua inadequação nos demais aspectos. casais_final.indd 38casais_final.indd 38 25/8/2009 13:33:4225/8/2009 13:33:42 Admitir erros ou falhas não é uma tarefa emocionalmente simples. Desculpar-se pode ser considerada uma habilidade de enfrentamento. Pedir desculpas significa admitir equívocos, desfazer mal-entendidos, diminuir ressentimentos e demonstrar a intenção de acabar com as divergências no relacionamento. Essa habilidade se define apenas pelo ato de desculpar-se: Peço-lhe desculpas pelo que fiz; Espero que você me desculpe pelo que disse. Ela não inclui justificativas do tipo: Eu falei dessa forma porque você também havia... e, menos ainda, promessa de compensação ou de mudança. Melhor que prometer é demonstrar a sinceridade dos propósitos através das ações. Algumas vezes pode não ser prudente responder às críticas recebidas, por exemplo, quando o interlocutor está emocionalmente perturbado e/ou há alta probabilidade de reação agressiva. Pode-se também ignorar uma crítica injusta quando quem a fez, por algum motivo (idade avançada ou doença, por exemplo) não tem compreensão sobre a situação. casais_final.indd 39casais_final.indd 39 25/8/2009 13:33:4225/8/2009 13:33:42 CONCLUSÕES As informações contidas nesta cartilha podem ser utilizadas no relacionamento conjugal, mas podem ser expandidas para outros contextos também. A aprendizagem de novos conceitos e comportamentos não é tarefa fácil, mas é possível, portanto não desista e ajuste o que for necessário para resolver os problemas que encontrar no seu dia-a-dia. casais_final.indd 40casais_final.indd 40 25/8/2009 13:33:4225/8/2009 13:33:42 REFERÊNCIAS Bodenmann, G.; & Shantinath, S. D. (2004). 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