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140616 Apostila Higiene Ocupacional e Segurança do Trabalho.doc

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Professor:
	
	Aluno:
	
	Carga Horária: 
	20 Horas
	Período:
	
	Última revisão
	15.12.2014
	Versão:
	02
HIST – Higiene Industrial e Segurança do Trabalho
SUMÁRIO
1.	Introdução à HIST	6
1.1	Histórico	6
1.2	Definição	8
1.3	Classificação dos Agentes de Risco	9
1.3.1	Agente Físico	9
1.3.2	Agente Químico	9
1.3.3	Agente Biológico	9
1.3.4	Exercícios	9
2.	Segurança e Medicina no Trabalho	10
2.1	Organização e Manutenção dos Serviços em Segurança e Medicina do Trabalho	10
2.2	Organograma	11
2.3	Pessoal Especializado em Segurança do Trabalho	12
3.	Segurança e Medicina do Trabalho na Legislação Brasileira	13
3.1	Retrospectiva Brasileira	13
3.2	Lei 6.514 de 22/12/77	14
3.3	Portaria 3.214 de 08/06/78 – Normas Regulamentadoras	15
3.4	Legislação atual de Segurança e Medicina do Trabalho	16
3.5	Normas Regulamentadoras	16
3.5.1	NR 01 – Disposições Gerais	16
3.5.2	NR 02 – Inspeção Prévia	17
3.5.3	NR 03 – Embargo ou Interdição	18
3.5.4	NR 04 – Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho (SESMT)	18
3.5.5	NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)	20
3.5.6	NR 06 – Equipamento de Proteção Individual (EPI)	24
3.5.7	NR 07 – Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional (PCMSO)	26
3.5.8	NR 08 – Edificações	28
3.5.9	NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)	28
3.5.10	NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade	29
3.5.11	NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais	32
3.5.12	NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos	33
3.5.13	NR 13 - Caldeiras, vasos de pressão e tubulações	36
3.5.14	NR 14 – Fornos	37
3.5.15	NR 15 – Atividades e operações Insalubres	37
3.5.16	NR 16 – Atividades e Operações Perigosas	39
3.5.17	NR 17 – Ergonomia	41
3.5.18	NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção	42
3.5.19	NR 19 – Explosivos	42
3.5.20	NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis	42
3.5.21	NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto	42
3.5.22	NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração	42
3.5.23	NR 23 - Proteção Contra Incêndios	43
3.5.24	NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho	43
3.5.25	NR 25 - Resíduos Industriais	44
3.5.26	NR 26 - Sinalização de Segurança	44
3.5.27	NR 27 – Registro de Profissionais	44
3.5.28	NR 28 - Fiscalização e Penalidades	45
3.5.29	NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário	46
3.5.30	NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário	46
3.5.31	NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura	46
3.5.32	NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde	46
3.5.33	NR-33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados	46
3.5.34	NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval	48
3.5.35	NR 35 - Trabalho em Altura	48
3.5.36	NR-36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados	48
5.	Acidentes de Trabalho	48
5.1	Acidente do Trabalho	49
5.1.1	Conceito Prevencionista	49
5.1.2	Conceito Legal	49
5.2	Acidente	51
5.3	Causas dos Acidentes	51
5.3.1	Ato Inseguro	52
5.3.2	Condição Insegura	52
5.3.3	Fator Pessoal de Insegurança (Fator Pessoal)	52
5.4	Estatísticas de acidente do Trabalho	52
5.4.1	Taxa de Frequência	52
5.4.2	Taxa de Gravidade	52
5.5	CAT – Comunicação de Acidente do Trabalho	53
6.	Primeiros Socorros	53
6.1	Etapas Básicas de Primeiros Socorros	54
6.1.1	Avaliação do Local do Acidente	54
6.1.2	Proteção do Acidentado	54
6.1.3	Exame do acidentado Inconsciente	54
7.	Exercícios	55
8.	Gabarito	61
9.	Referência Bibliográfica	62
	
Introdução à HIST
Histórico
Higiene: Vem do nome próprio Hígia, filha de Esculápio, deus da Medicina greco-romana. Dedicava-se à medicina preventiva, para evitar que houvesse necessidade de atuação do seu pai no alívio ou na cura das dores.
Os principais acontecimentos em ordem cronológica na Higiene ocupacional estão no quadro 1, abaixo:
	Aprox. 400 AC
	Hipócrates na Grécia antiga foi o primeiro a observar doenças em pessoas que trabalhavam com sulfeto de mercúrio.
	Aprox. 100 AC
	O romano Plutarco observa que: “Não é justo expor inocentes aos venenos das minas”. Ele também documenta o uso de pele da bexiga como forma de Equipamento de Proteção Respiratória para controlar exposição ao pó nas minas.
	Aprox. 1540
	Paracelso na Áustria descreveu as doenças pulmonares nos mineiros
	1556
	Agricola (aprox. 1556) na Boêmia escreveu “De Re Metallica” que descreve as doenças associadas com os mineiros assim como o uso de ventilação e equipamento de proteção respiratória para controlar exposições aos gases e pós.
	1700
	Ramazzini, o pai da medicina industrial e Professor de Medicina em Pádua, escreveu “De Morbis Artificum Diatriba”, o primeiro estudo formal das doenças industriais. Foi ele que fez uma adição à lista de Hipócrates de perguntas aos pacientes ao pesquisar o histórico: “Qual sua ocupação”.
	1750 em diante
	A revolução industrial do final do século XVIII até o início do século XIX levou a um aumento da urbanização e industrialização. Isto por sua vez aumentou o número de trabalhadores expostos a níveis cada vez maiores de riscos para a saúde.
	1815
	Sir Humphrey Davy desenvolve a lâmpada de arco, que é uma lâmpada de segurança usada em minas. A lâmpada também é usada para detectar a presença de gases combustíveis em minas. Curiosamente, a lâmpada é posteriormente culpada por um aumento no número de acidentes, pois permite que os trabalhadores continuem a trabalhar em atmosferas mais perigosas.
	1833
	Primeiros (quatro) inspetores nomeados no Reino Unido.
	1840s
	Os romances de Charles Dickens e políticos em campanha, tais como Lord Shatesbury, aumentam a conscientização das pessoas sobre as condições ruins de trabalho.
	1855
	No Reino Unido, cirurgiões certificadores (que anteriormente certificavam a idade) foram instruídos a “certificar que pessoas jovens não estavam incapacitadas para o trabalho em decorrência de doença ou enfermidade do corpo e a investigar acidentes industriais". (Schilling).
	1858
	John Stenhouse introduz uma máscara impregnada com carvão para controlar a exposição a gases e vapores.
	1889
	Limites de exposição são estabelecidos para umidade e dióxido de carbono nas usinas de algodão no Reino Unido. Isto, por sua vez, levou ao desenvolvimento de Ventilação Local Exaustora em vez de ventilação geral. Também levou ao desenvolvimento de dispositivos de monitoração na forma de Tubos Indicadores para Dióxido de carbono.
	1898
	Thomas Legge foi nomeado como o primeiro Inspetor Médico de Fábricas. Ele realizou o primeiro trabalho na indústria sobre envenenamento por chumbo, que se tornou uma doença notificável em 1899.
	1890s
	Haldane realiza um trabalho sobre a toxicidade do monóxido de carbono ao expor ratos, camundongos e até mesmo a si próprio a diversas concentrações dentro de uma “câmara de exposição”. Ele utilizou estes resultados para desenvolver modelos de “dose vs tempo” para gravidade e desconforto dos efeitos sobre a saúde. Ele introduz o uso de pequenos animais e em particular canários como a primeira forma de monitorar para fornecer uma indicação dos níveis de gás tóxico.
	1910
	Alice Hamilton trabalha nos EUA como a primeira toxicologista industrial sendo a pioneira no campo de toxicologia e higiene ocupacional.
	1917
	Durante a primeira guerra mundial a urgência do trabalho em fábricas de munições levou a condições de trabalho ruins. É reconhecido que as condições de trabalho ruins têm um efeito significativo na produtividade assim como na saúde. O trabalho do “Comitê de Saúde dos Trabalhadores de Munições” estabeleceu as bases para muitas práticas subsequentes em ergonomia, psicologia, bem-estar e regimes de trabalhos em turnos.
	1920-30s
	A higiene industrial se desenvolve e crescenos EUA tanto no Serviço de Saúde Pública (PHS) quanto em grandes empresas particulares. Estes desenvolvimentos estabelecem as bases para a criação de novas organizações profissionais.
	1938/9
	A American Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH) e a American Industrial Hygiene Association (AIHA) foram formadas. As primeiras organizações profissionais independentes para higienistas industriais/ocupacionais. Os números de HI nos EUA crescem rapidamente durante a 2ª Guerra Mundial para auxiliar no esforço de guerra.
	1953
	A British Occupational Hygiene Society (BOHS) foi fundada. A Sociedade começa a publicar os Anais de Higiene Ocupacional em 1958.
	1960
	Sherwood e Greenhalgh documentam o desenvolvimento da primeira bomba de amostragem pessoal e cabeçote de amostragem; a primeira comparação entre amostragem pessoal e amostragem estatística e a primeira observação do possível efeito da amostragem pessoal no indivíduo amostrado.
	1970s
	A Lei de Segurança e Saúde Ocupacional nos EUA e a Lei de Segurança e Saúde no trabalho no Reino Unido estabelecem o caminho para a legislação com base em Avaliação de Risco/desempenho.
	1980
/90s
	A prática da higiene ocupacional cresce amplamente nos EUA, Reino Unido, Países Baixos e Austrália com a legislação nesses países introduzida especificamente para focar nos riscos químicos e físicos.
	2000s
	Sociedades de 25 países diferentes são membros da International Occupational Hygiene Association (IOHA). A industrialização em países tais como a China e Índia aumentam a necessidade de Higiene Ocupacional. Desenvolvimento de técnicas modelo para avaliar a exposição.
Quadro 1 - Histórico da Higiene Ocupacional. Fonte: Manual do Aluno – Princípios Básicos de Higiene Ocupacional
Definição
Higiene Ocupacional é definida pela ACGIH (American Conference of Governmental Industrial Hygienists) como sendo:
“A disciplina de antecipar, reconhecer, avaliar e controlar riscos para a saúde no ambiente de trabalho com o objetivo de proteger a saúde e bem estar do trabalhador e proteger a comunidade como um todo.”
Antecipação – envolve identificar riscos potenciais nos locais de trabalho.
Reconhecimento – envolve identificar os riscos potenciais que um agente (físico, químico, biológico – ou uma situação ergonômica adversa) representa para a saúde.
Avaliação – envolve verificar a extensão da exposição aos agentes de risco.
Controle – por procedimentos, engenharia ou outros meios.
Classificação dos Agentes de Risco
Os agentes de risco são classificados em agente físico, químico e biológico.
Agente Físico
Os agentes físicos são classificados como:
“Todas as formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores.”
Exemplos de agentes físicos:
Ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, infra-som e ultra-som.
Agente Químico
Os agentes químicos são classificados como:
“As substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.”
Agente Biológico
Os agentes biológicos são classificados como:
Os micro-organismos que podem causar dano à saúde do trabalhador.
Exemplo:
As bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros.
Exercícios
Julgue as proposições abaixo como CERTA OU ERRADA.
A Higiene Ocupacional é definida como a ciência de antecipar, avaliar, controlar e reconhecer os riscos para a saúde no ambiente de trabalho.
São exemplos de riscos biológicos os animais peçonhentos.
São exemplos de riscos físicos calor, gases, vibrações e pressões anormais.
Os agentes físicos são todas as formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores.
A antecipação deverá envolver a análise de projetos de novas instalações, métodos ou processos de trabalho, ou de modificação dos já existentes, visando a identificar os riscos potenciais e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eliminação.
Segurança e Medicina no Trabalho
Organização e Manutenção dos Serviços em Segurança e Medicina do Trabalho
Os serviços em SMT (Segurança e Medicina do Trabalho) vão desde a esfera Nacional até a esfera regional e entram na esfera privada por meio das fiscalizações (MTE) e do serviço especializado em engenharia e medicina do trabalho.
Os serviços em SMT são organizados a nível Nacional, que era representado pela SSST (Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho), hoje, representado pela SIT (Secretaria de Inspeção do Trabalho) e a nível regional que era representado pela DRT (Delegacia Regional do Trabalho), hoje, representado pela SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego) e lhes compete, conforme a NR 01 – Disposições Gerais, respectivamente:
“Coordenar, orientar, controlar e supervisionar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho em todo o território nacional, conhecer, em última instância, dos recursos voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e saúde no trabalho.” e
“Executar as atividades relacionadas com a segurança e medicina do trabalho, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção dos Acidentes do Trabalho - CANPAT, o Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT e ainda a fiscalização do cumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, adotar medidas necessárias à fiel observância dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho, locais de trabalho, máquinas e equipamentos, notificar as empresas, estipulando prazos, para eliminação e/ou neutralização de insalubridade, atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do trabalho nas localidades onde não houver Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho registrado no MTb.”
Organograma
Como tratado no tópico anterior, a SMT no Brasil atua em vários níveis para garantir a saúde do trabalhador. Ela está organizada, em relação aos seus órgãos, conforme a figura 1.
Figura 1 - Organograma. Fonte: Própria
Dentro dessa hierarquia, precisamos tratar ainda das atribuições da empresa. Essas têm como atribuições, conforme a NR 01 – Disposições Gerais:
“Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho, elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos; informar aos trabalhadores: 
I. os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho;
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
III. os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; e
IV. os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de trabalho.
Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho e determinar procedimentos que devem ser adotados em caso de acidente ou doença relacionada ao trabalho.”
Vale ressaltar que o não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho acarretará ao empregador a aplicação das penalidades previstas na legislação pertinente!
A organizaçãoem relação às normas é conforme a figura 2.
 Art 7º, Inciso XXII
Lei 6.514 - Cáp. V. do Título II da CLT
Portarias de MTE
Figura 2 – Hierarquia da Legislação Brasileira. Fonte: Própria
Pessoal Especializado em Segurança do Trabalho
A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os serviços de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o “divisor de águas” entre a fase do profissional espontâneo e o legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos de preparação dos profissionais da área.
Em 1974 foram iniciados os cursos para formação dos profissionais de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
Sendo depois revogada pela Lei 6.514 de 1977 (Lei que alterou o Cáp. V da CLT) e passou a ser descrita pela NR 4, após a publicação da Portaria 3214 em 1978.
Assim, hoje o SESMT – Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho é composto por 5 profissionais:
Técnico de Segurança do Trabalho;
Técnico de Enfermagem do Trabalho;
Engenheiro de Segurança do Trabalho;
Enfermeiro do Trabalho;
Médico do Trabalho.
Segurança e Medicina do Trabalho na Legislação Brasileira
Retrospectiva Brasileira
A primeira preocupação prevencionista no Brasil se teve no ano de 1891 com a lei de proteção ao trabalho dos menores.
Em 1919 foi criada a Primeira Lei brasileira sobre acidentes de trabalho, Lei n° 3724, de 15/01/19.
Pelo Decreto-lei n°5452, em 01 de maio de 1943 foi aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho CLT. Foi o principal instrumento jurídico que viria a ser prática efetiva da prevenção no Brasil.
Em 10 de novembro de 1944 o Decreto-lei n° 7036 promoveu a “reforma da Lei de acidentes de trabalho” (um desdobramento que constava do capítulo V do Título II da CLT). Este Decreto-lei, em seu artigo 82 criou as CIPA’s.
No ano de 1953 - Decreto-lei n° 34715 instituiu a SPAT (Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho) a ser realizada na 4° semana de novembro de cada ano. Também em 1953 a Portaria 155 regulamenta e organiza as CIPA’s e estabelece normas para seu funcionamento.
Foi criada em 30 de dezembro de 1960 a Portaria 319 que regulamenta o uso dos Equipamentos de Proteção Individual os EPI’s.
A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os serviços de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o “divisor de águas” entre a fase do profissional espontâneo e o legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos de preparação dos profissionais da área.
Em 1974 foram iniciados os cursos para formação dos profissionais de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
A Lei n° 6514 de 22 de dezembro de 1977 modificou o Capítulo V do Título II da CLT. Convém ressaltar que essa modificação deu nova cara a CIPA e estabeleceu a obrigatoriedade e a estabilidade entre outros avanços. 
Em 1978 foram criadas as Normas Regulamentadoras, aprovadas pela portaria 3214 do Ministério do Trabalho e Emprego, aproveitando e ampliando as portarias existentes e Atos Normativos, adotados até na construção da Hidrelétrica de Itaipu. Na ocasião foram criadas 28 NR. Essa portaria representou um dos principais impulsos dados à área de Segurança e Medicina do Trabalho nos últimos anos.
Em virtude da carência de profissionais para compor o SESMT, a resolução n° 262 de 1979 regulamenta a criação de cursos em caráter prioritário para esses profissionais.
A Portaria n° 33 de 1983 alterou a Norma Regulamentadora 5 introduzindo nela os riscos ambientais.
A lei n° 7410 de 27 de novembro de 1985, oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, até então os únicos profissionais prevencionistas não reconhecidos legalmente.
A lei n° 7498/86 regulamenta as profissões de Enfermeiro, de Técnico em Enfermagem e de Auxiliar de Enfermagem.
A Lei n° 9235 de 09 de abril de 1986 regulamentou a categoria de Técnico de Segurança do Trabalho, que na década de 50 eram chamados de “Inspetores de Segurança”.
Em 1987, através do parecer 632/87 do MEC, foi estabelecido o curso de formação de TST em vigor.
Lei 6.514 de 22/12/77
Foi a Lei que alterou o Capítulo V da CLT dando a redação atual e esta se encontra distribuída conforme os tópicos abaixo:
Seção I – Disposições Gerais;
Seção II – Da Inspeção Prévia e do Embargo ou Interdição
Seção III – Dos Órgãos de Segurança e de Medicina do Trabalho nas Empresas
Seção IV – Do Equipamento de Proteção Individual
Seção V – Das Medidas Preventivas de Medicina do Trabalho
Seção VI – Das Edificações
Seção VII – Da Iluminação
Seção VIII – Do Conforto Térmico
Seção IX – Das Instalações Elétricas
Seção X – Da Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
Seção XI – Das Máquinas e Equipamentos
Seção XII – Das Caldeiras, Fornos e Recipientes sob Pressão
Seção XIII – Das Atividades Insalubres ou Perigosas
Seção XIV – Da Prevenção da Fadiga
Seção XV – Das Outras Medidas Especiais de Proteção
Seção XVI – Das Penalidades
Portaria 3.214 de 08/06/78 – Normas Regulamentadoras
Um ano após a mudança do capítulo V da CLT, o MTE, por meio da Portaria 3.214, aprovou, as normas regulamentadoras de segurança e medicina do trabalho. Nesse primeiro momento foram aprovadas 28 NR’s, conforme abaixo:
NR 01 – Disposições Gerais
NR 02 – Inspeção Prévia
NR 03 – Embargo ou Interdição
NR 04 – Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho
NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
NR 06 – Equipamento de Proteção Individual
NR 07 – Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional
NR 08 – Edificações
NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
NR 13 – Caldeiras, vasos de pressão e tubulações
NR 14 – Fornos
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas
NR 17 – Ergonomia
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
NR 19 – Explosivos
NR 20 – Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis
NR 21 – Trabalhos a Céu Aberto
NR 22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
NR 23 – Proteção Contra Incêndios
NR 24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
NR 25 – Resíduos Industriais
NR 26 – Sinalização de Segurança
NR 27 – Registro de Profissionais (Revogada pela Portaria GM n.º 262, 29/05/2008)
NR 28 – Fiscalização e Penalidades
Legislação atual de Segurança e Medicina do Trabalho
Atualmente a legislação que trata sobre medicina e segurança do trabalho estão definidas em Legislação Previdenciária (Lei 8212 e 8213, Decreto 3048, Instruções Normativas do INSS, entre outras) e Legislação Trabalhista (CLT, Normas Regulamentadoras, Portarias do MTE, entre outras).
Em se tratando de normas regulamentadoras, essas estão atualmente no número 36, conforme abaixo (considerando a partir das 28 da seção 6):
NR 29 – Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
NR 30 – Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
NR 31 – Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados
NR 34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção e Reparação Naval
NR 35 – Trabalho em Altura
NR 36 – Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de Carnes e Derivados
Normas Regulamentadoras
Então, agora vamos tratar das principais partes de todas as normas.
NR 01 – Disposições Gerais
Trás definições que serão abordadas em outras normas, campo de aplicação das normas regulamentadoras, atribuições dos órgão de SMT, entre outros.
Campo de Aplicação:
As normas regulamentadoras só serão de observância obrigatória para as empresas que contratam em regime CELETISTA (contrato regido pela CLT), conforme o item 1.1:
“As Normas Regulamentadoras - NR,relativas à segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.”.
Definições:
Empregador, a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços. Equiparam-se ao empregador os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitem trabalhadores como empregados;
Empregado, a pessoa física que presta serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário;
Empresa, o estabelecimento ou o conjunto de estabelecimentos, canteiros de obra, frente de trabalho, locais de trabalho e outras, constituindo a organização de que se utiliza o empregador para atingir seus objetivos;
Estabelecimento, cada uma das unidades da empresa, funcionando em lugares diferentes, tais como: fábrica, refinaria, usina, escritório, loja, oficina, depósito, laboratório;
Setor de serviço, a menor unidade administrativa ou operacional compreendida no mesmo estabelecimento;
Canteiro de obra, a área do trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
Frente de trabalho, a área de trabalho móvel e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução à construção, demolição ou reparo de uma obra;
Local de trabalho, a área onde são executados os trabalhos.
Atribuições:
As atribuições da SIT, da SRTE e da Empresa já estão definidas nos itens 3.1, 3.1 e 3.2, respectivamente, da apostila. Faltando apenas tratar as do Empregado, que estão no parágrafo 1.8 da NR 01:
Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; 
Usar o EPI fornecido pelo empregador;
Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - NR;
Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR;
Vale frisar que é ato faltoso o empregado se recusar, de forma injustificada, a cumprir com as suas obrigações.
NR 02 – Inspeção Prévia
Diz que as empresas não podem iniciar suas atividades, em novo estabelecimento, sem antes terem solicitado uma inspeção prévia do MTE ao estabelecimento.
Caso o MTE faça a inspeção ele irá emitir o CAI – Certificado de Aprovação das Instalações e caso não seja possível para o órgão realizar a inspeção, a empresa deverá emitir uma DI – Declaração das Instalações e enviar para o MTE.
NR 03 – Embargo ou Interdição
A condição de embargo ou interdição acontecerá sempre que o auditor fiscal do trabalho identificar uma condição de risco grave e iminente para o trabalhador.[1: Risco Grave e Iminente é toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença relacionada ao trabalho com lesão grave à integridade física do trabalhador.]
A interdição implica na paralisação, total ou parcial, do estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento.
O embargo implica na paralisação, total ou parcial, da obra.
Durante a vigência do embargo ou da interdição só se poderá trabalhar nessa área as pessoas responsáveis pela eliminação da condição de risco grave e iminente, desde que adotadas as medidas de proteção adequadas para os trabalhadores envolvidos. E como é de responsabilidade do empregador implementar as normas de segurança e medicina do trabalho, caso haja uma interdição ou embargo, o trabalhador não poderá ser penalizado por redução salarial.
NR 04 – Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho (SESMT)
O SESMT tem a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho. A norma, dentre outras coisas, trata sobre as condições nas quais o SESMT deverá ser composto, quais profissionais o compõe e quais modalidades poderão ser usadas.
Profissionais que compõe o SESMT
O SESMT é composto por:
Técnico de Segurança do Trabalho;
Aux./Técnico de Enfermagem do Trabalho;
Engenheiro de Segurança do Trabalho;
Enfermeiro do Trabalho;
Médico do Trabalho.
Para se atuar no SESMT é necessário que o profissional tenha formação adequada conforme citado acima.
Por exemplo, para os cargos de nível médio, o profissional deverá ter curso específico da área e para os cargos de nível superior o profissional deverá ter especialização na área.
É válido informar que ao profissional do SESMT, é vedado, durante o seu horário de trabalho, desempenhar outras funções.
Constituição do SESMT
Para se verificar a necessidade ou não de se constituir SESMT o empregador deve possuir duas informações:
Grau de Risco; e[2: O grau de risco (GR) da atividade desenvolvida pode ser 1, 2, 3 ou 4 e na medida em que o grau de risco se eleva, maior é o risco da atividade para a integridade física e a saúde do trabalhador.]
Número de empregados.
Quando o empregador possuir essas duas informações, deverá consultar o Quadro II da NR 04 e verificar como deverá ser constituído o seu SESMT (vide Quadro 2).
Quadro 2 – Dimensionamento do SESMT Fonte: Norma Regulamentadora 04 – Serviço Especializado em Engenharia e Medicina do Trabalho
Exemplo:
Uma empresa possui 2500 funcionários e está enquadrada no grau de risco 4 deverá constituir SESMT conforme o Quadro 3.
	Técnico de Segurança do Trabalho
	8
	Engenheiro de Segurança do Trabalho
	2
	Aux. de Enfermagem do Trabalho
	2
	Enfermeiro do Trabalho
	0
	Médico do Trabalho
	2
Quadro 3 – Exemplo de dimensionamento do SESMT Fonte: Própria
Tipos de SESMT
Os SESMT podem existir em várias modalidades, visto que em alguns casos, a regra, que é o SESMT ser constituído sabendo-se o GR e o número de funcionários e então se utilizando do Quadro II da NR 04, pode ser quebrada. Vamos às modalidades de SESMT:
Individual ou por Estabelecimento – Regra.
Centralizado:
Canteiro de obras com até 1 empregados.
Empresas com mais de 1 estabelecimento, em que os estabelecimentos, isoladamente, não se enquadrem no Quadro II.
Comum – As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro II da NR 04, organizados pelo sindicato ou associação da categoria econômica correspondente ou pelas próprias empresas interessadas.
Sazonal – empresas que operam em regime sazonal dimensionarão seu SESMT tomando como base a média aritmética do ano civil anterior.
Serviço Único – empresas de grau de risco 1, que devem constituir SESMT e que já possuam outros serviços de medicina e engenharia.
Vale frisar que o profissional do SESMT, por si só, não possui nenhum tipo de estabilidade empregatícia.
NR 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
A CIPA tem por objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
Constituição e Dimensionamento
Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento:
“as empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.”.
Ou seja, todos os órgãos que contratem em regime de trabalho CELETISTA.
Vale lembrar!!! As normas regulamentadoras são aplicáveis somente para as empresas que contratam em Regime Celetista!
O dimensionamento é feito considerando-se dois fatores:
CNAE; e[3: Classificação Nacional das Atividades Econômicas]
Número de funcionários.
Então, o empregador em posse dessas informações, consulta o Quadro I da NR 05, para determinar a quantidade de membros que a CIPA deverá possuir (vide Quadro 4).[4: A CIPA é paritária, ou seja, a quantidade de membros que representa o empregado é igual à quantidadede membros que representam o empregador. A norma traz somente a quantidade de membros que representarão o empregado.]
Quadro 4 – Dimensionamento da CIPA Fonte: Norma Regulamentadora 05 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
Exemplo:
Uma empresa cujo CNAE está no grupo C-1a e que possui 1500 funcionários deverá constituir CIPA conforme o Quadro 5.
	Empregado
	Empregador
	Titular
	Suplente
	Titular
	Suplente
	9
	8
	9
	8
Quadro 5 – Exemplo de dimensionamento da CIPA Fonte: Própria
Estabilidade na CIPA
A estabilidade dos cipistas é um item bem discutido dentro das empresas e sempre gera dúvidas, vamos saná-las agora!!!
Esse item é tratado na CLT (Art. 165 e parágrafo único) e NR 05 (5.8), vejamos o que cada dispositivo nos diz.
“Art. 165. Os titulares da representação dos empregados nas ClPA’s não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo-se como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econômico ou financeiro.”;
“Parágrafo único – Ocorrendo a despedida, caberá ao empregador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob pena de ser condenado a reintegrar o empregado.”; e
“5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.”.
Agora que já sabemos o que a legislação fala sobre o assunto, vamos trazer para a nossa realidade...
Pergunto: o membro da CIPA pode ser demitido?
Respondo: SIM!!! Desde que essa despedida seja JUSTIFICADA (traduzindo quando a lei diz “despedida arbitrária”) por motivo DISCIPLINAR, TÉCNICO, ECONÔMICO OU FINANCEIRO.
Exemplo:
Nós temos o conceito de que um membro da CIPA nunca poderá ser demito e caso seja, terá que ser reintegrado ou então a empresa terá que pagar os salários que o empregado ainda receberia por conta da estabilidade.
Pensemos....
Eu tenho uma empresa, e nela está constituído CIPA, não estou mais contente com os resultados que a empresa está dando e decido fechá-la. Isso é um motivo econômico ou financeiro, portanto posso sim demitir os membros da CIPA. Agora, caso o trabalhador faça uma reclamação à Justiça do Trabalho, eu só preciso comprovar que o motivo da despedida foi que a empresa fechou!
Entenderam??? Muito simples!!!
Percebam que a lei não fala nada sobre os membros que representarão o empregado! Esses não possuem estabilidade! E podem participar da CIPA por quantos mandatos o empregador quiser.
Prazos da estabilidade
O §3 do art. 164 da CLT diz que o mandato do membro eleito da CIPA terá duração de 1 ano, permitida uma reeleição e o item 5.40, d), diz que têm garantia de emprego para todos os inscritos até a eleição.
Colocando essas informações em uma linha do tempo, temos a figura 3.
Estabilidade dos cipistas eleitos – titulares e suplentes
Tempo
Data da Inscrição
Dia da Eleição
Data da Posse
Fim do Mandato
Um ano após o mandato
Estabilidade transitória para todos os candidatos
365 dias
365 dias
	
Figura 3 – Linha do tempo dos prazos de estabilidade Fonte: Própria
Informações Importantes
Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados interessados.
Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes, serão por eles designados.
Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
“Art. 469 - Ao empregador é vedado transferir o empregado, sem a sua anuência, para localidade diversa da que resultar do contrato, não se considerando transferência a que não acarretar necessariamente a mudança do seu domicílio.
§ 1º - Não estão compreendidos na proibição deste artigo: os empregados que exerçam cargo de confiança e aqueles cujos contratos tenham como condição, implícita ou explícita, a transferência, quando esta decorra de real necessidade de serviço.
§ 2º - É licita a transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado.
§ 3º - Em caso de necessidade de serviço o empregador poderá transferir o empregado para localidade diversa da que resultar do contrato, não obstante as restrições do artigo anterior, mas, nesse caso, ficará obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dos salários que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situação.”.
O empregador deverá garantir que seus indicados tenham a representação necessária para a discussão e encaminhamento das soluções de questões de segurança e saúde no trabalho analisadas na CIPA.[5: Quer dizer que o empregador não deve colocar pessoas que não tenham o nível hierárquico adequado para tratar dos assuntos relacionados à CIPA.]
Os membros da CIPA, eleitos e designados serão, empossados no primeiro dia útil após o término do mandato anterior.
A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.
O membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de quatro reuniões ordinárias sem justificativa.
NR 06 – Equipamento de Proteção Individual (EPI)
O que é EPI?
Bem, conforme a NR 06 (6.1) é “todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.”.
Existe também o ECPI. Isso mesmo!!! ECPI e não EPC!!! Eles são coisas distintas... Bem, o ECPI é “todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.” e o EPC é todo dispositivo ou equipamento que protege dois ou mais trabalhadores ao mesmo tempo contra os riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.[6: ECPI – Equipamento Conjugado de Proteção Individual][7: EPC – Equipamento de Proteção Individual]
Necessidade do EPI
As empresas são obrigadas a fornecer o EPI, sempre de forma gratuita, quando:
As medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças profissionais e do trabalho;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
Para atender a situações de emergência
Recomendação do tipo do EPI
O EPI, adequado ao risco existente em determinada atividade, deve ser recomendado pelo SESMT, ouvida a CIPA e trabalhadores usuários, ao empregador, mas no caso de a empresa estar desobrigada de manter SESMT, o empregador deverá selecionar o EPI adequado ao risco, mediante orientação de profissional tecnicamente habilitado, ouvida a CIPA ou, na falta desta, o designado e trabalhadores usuários.
Responsabilidades
A NR 06 traz as responsabilidades da SIT, da SRTE, do empregador, do empregado e do fabricante quanto ao EPI, para nosso estudo é importante sabermos as responsabilidades do empregador e do empregado.
Empregador
Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
Exigir seu uso;
Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.Empregado
Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,
Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
É importante frisar que para ser equipamento de proteção individual, esse deve possuir um CA, então é de suma importância que, caso o trabalhador queira comprar um EPI, antes de começar a usá-lo na empresa procure o SESMT para poder ser estudado e validado.[8: CA é o certificado de aprovação emitido pelo MTE, garantindo que o equipamento atende às suas finalidades de proteger o trabalhador.]
NR 07 – Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional (PCMSO)
O PCMSO tem por objetivo a promoção e a preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
Ele deve considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação entre sua saúde e o trabalho e ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores e também deverá ser planejado e implantado com base nos riscos à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NR.
Responsabilidades
A NR 07 define responsabilidades para o empregador e para o médico coordenador, para nosso estudo é importante sabermos a responsabilidade do empregador e o item mais importante está em negrito.
Empregador
Garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO, bem como zelar pela sua eficácia;
Custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos relacionados ao PCMSO;
Indicar, dentre os médicos dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT, da empresa, um coordenador responsável pela execução do PCMSO;
No caso de a empresa estar desobrigada de manter médico do trabalho, de acordo com a NR 4, deverá o empregador indicar médico do trabalho, empregado ou não da empresa, para coordenar o PCMSO; e
Inexistindo médico do trabalho na localidade, o empregador poderá contratar médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO.
Desenvolvimento do PCMSO
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
Admissional;
Periódico;
De retorno ao trabalho;
De mudança de função;
Demissional.
Os exames médicos devem compreender:
Avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental;
Exames complementares, realizados de acordo com os termos específicos da NR 07 e seus anexos.
Descrição dos Exames Médicos
Admissional
Deverá ser realizado antes que o trabalhador inicie suas atividades.
Periódico
De acordo com o prazo mínimo abaixo:
Para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os exames deverão ser repetidos:
A cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho;
De acordo com a periodicidade especificada no Anexo n.º 6 da NR 15, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas;
Para os demais trabalhadores:
Anual, quando menores de 18 (dezoito) anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade;
A cada dois anos, para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos de idade.
De retorno ao trabalho
Deverá ser realizado obrigatoriamente no primeiro dia da volta ao trabalho de trabalhador ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou acidente, de natureza ocupacional ou não, ou parto.
De mudança de Função[9: Toda e qualquer alteração de atividade, posto de trabalho ou de setor que implique a exposição do trabalhador a risco diferente daquele a que estava exposto antes da mudança.]
Deverá ser realizado antes da data da mudança. 
Demissional
Deverá ser realizada até a data da homologação, desde que o último exame médico ocupacional tenha sido realizado há mais de:
135 (centro e trinta e cinco) dias para as empresas de grau de risco 1 e 2, segundo o Quadro I da NR-4;
90 (noventa) dias para as empresas de grau de risco 3 e 4, segundo o Quadro I da NR-4.
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)
Para cada exame médico realizado o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional - ASO, em 2 (duas) vias. Sendo que a primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho e a segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo na primeira via.
Dos Primeiros Socorros
Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim.
NR 08 – Edificações
Campo de Aplicação
A NR 08 é aplicada em edificações que em tese, já são – ou serão – utilizadas pelos trabalhadores para o exercício de uma atividade profissional, com o propósito de assegurar a esses trabalhadores medidas mínimas de segurança e conforto.
NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)
Campo de Aplicação
É obrigação de todos empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, a elaboração do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
Objetivo
É a preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.
Hierarquia das medidas de proteção
Ao contrário do que pensamos, e do que as empresas normalmente fazem, o EPI não deve ser a primeira medida de proteção contra riscos.
Na NR 09, em seus itens 9.3.5.2; 9.3.5.4 “a” e “b” e 9.3.5.5, é definido uma hierarquia de proteção, veja a figura 4.Hierarquia das Medidas de Proteção do Trabalhador
1ª – Proteção Coletiva:
Item 9.3.5.2
2ª – Medidas administrativas:
Item 9.3.5.4 “a”
3ª – Proteção Individual:
Item 9.3.5.4 “b” e 9.3.5.5
Figura 4 – Hierarquia das medidas de proteção do trabalhador Fonte: Própria
Responsabilidades
Dentro do PPRA os empregadores e os empregados têm responsabilidades, vejamos quais são.
Empregador
Estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade permanente da empresa ou instituição.
Empregado
Colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
Seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
Informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento, possam implicar riscos à saúde dos trabalhadores.
Direito à Informação
Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar propostas e receber informações e orientações a fim de assegurar a proteção aos riscos ambientais identificados na execução do PPRA e também os empregadores deverão informar os trabalhadores de maneira apropriada e suficiente sobre os riscos ambientais que possam originar-se nos locais de trabalho e sobre os meios disponíveis para prevenir ou limitar tais riscos e para proteger-se dos mesmos.
NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Campo de Aplicação
Aplica-se às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e,na ausência ou omissão destas, as normas internacionais cabíveis.
Objetivo
Estabelecer os requisitos e condições mínimas objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade.
Formação Profissional
A norma define a formação e os limites de competência dos trabalhadores que atuam nas instalações elétricas. Eles podem ser qualificados, habilitados ou capacitados, e comprovado uma dessas formações, poderão ser autorizados.
Qualificados
É considerado profissional qualificado o que tenha concluído curso na área de elétrica em instituições oficiais reconhecidas pelo MEC, ou seja, para ser qualificado, basta apenas ter o curso técnico.
Habilitados
É considerado profissional legalmente habilitado o trabalhador previamente qualificado e com registro no competente conselho de classe.
Capacitado[10: A capacitação só terá validade para a empresa que o capacitou e nas condições estabelecidas pelo profissional habilitado e autorizado responsável pela capacitação.]
É considerado trabalhador capacitado aquele que atenda às seguintes condições, simultaneamente:
Receba capacitação sob orientação e responsabilidade de profissional habilitado e autorizado; e
Trabalhe sob a responsabilidade de profissional habilitado e autorizado.
Autorizado
São considerados autorizados os trabalhadores qualificados ou capacitados e os profissionais habilitados, com anuência formal da empresa. Sendo que a empresa deve estabelecer sistema de identificação que permita a qualquer tempo conhecer a abrangência da autorização de cada trabalhador.
Os trabalhadores autorizados a trabalhar em instalações elétricas devem ter essa condição consignada no sistema de registro de empregado da empresa.
Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o estabelecido no Anexo II desta NR.
Medidas de Controle do Risco
Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.[11: Exemplo: choque elétrico, arco elétrico, campo eletromagnético.][12: Exemplo: queda de altura, ergonômico, biológico.]
Medidas de Proteção Coletiva
Em todos os serviços executados em instalações elétricas devem ser previstas e adotadas, prioritariamente, medidas de proteção coletiva aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores.
As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.
Na impossibilidade de implementação do estabelecido no parágrafo anterior, devem ser utilizadas outras medidas de proteção coletiva, tais como: isolação das partes vivas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistema de seccionamento automático de alimentação, bloqueio do religamento automático.
O aterramento das instalações elétricas deve ser executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.
Medidas de Proteção Individual
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em atendimento ao disposto na NR 6.
As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências eletromagnéticas.
É vedado o uso de adornos pessoais nos trabalhos com instalações elétricas ou em suas proximidades.
Trabalhos envolvendo Alta Tensão[13: Tensão superior a 1000 volts em corrente alternada ou 1500 volts em corrente contínua, entre fases ou entre fase e terra.]
Os serviços em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Elétrico de Potência - SEP, não podem ser realizados individualmente.
Responsabilidades
Empregador
Cabe à empresa, na ocorrência de acidentes de trabalho envolvendo instalações e serviços em eletricidade, propor e adotar medidas preventivas e corretivas.
Empregado
Cabe ao empregado:
Zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho;
Responsabilizar-se junto com a empresa pelo cumprimento das disposições legais e regulamentares, inclusive quanto aos procedimentos internos de segurança e saúde; e
Comunicar, de imediato, ao responsável pela execução do serviço as situações que considerar de risco para sua segurança e saúde e a de outras pessoas.
É importante frisar que a norma trata também sobre o direito de recusa! Os trabalhadores podem exercê-lo sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis.[14: Instrumento que assegura ao trabalhador a interrupção de uma atividade de trabalho por considerar que ela envolve grave e iminente risco para sua segurança e saúde ou de outras pessoas.]
NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais
A norma trata sobre como realizar atividades de transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais com segurança.
Transporte Manual
É toda atividade realizada de maneira contínua ou descontínua, essencial ao transporte manual de sacos, na qual o peso da carga é suportado, integralmente, por um só trabalhador, compreendendo também o levantamento e sua deposição.
A distância máxima permitida para transporte manual de cargas é de 60 metros.
NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
A norma define referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a qualquer título em todas as atividades econômicas.
Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem:
Ser mantidos limpos e livres de objetos, ferramentas e quaisquer materiais que ofereçam riscos de acidentes;
Ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras substâncias e materiais que os tornem escorregadios; e
Ser nivelados e resistentes às cargas a que estão sujeitos.
Dispositivos de partida, acionamento e parada
Os dispositivos de partida, acionamento e parada das máquinas devem ser projetados, selecionados e instalados de modo que:
Não se localizem em suas zonas perigosas;
Possam ser acionados ou desligados em caso de emergência por outra pessoa que não seja o operador;
Impeçam acionamento ou desligamento involuntário pelo operador ou por qualquer outra forma acidental;
Não acarretem riscos adicionais; e
Não possam ser burlados.
Os comandos de partida ou acionamento das máquinas devem possuir dispositivos que impeçam seu funcionamento automático ao serem energizadas.
Quando forem utilizados dispositivos de acionamento do tipo comando bimanual, visando a manter as mãos do operador fora da zona de perigo, esses devem atender aos seguintes requisitos mínimos do comando:
Possuir atuação síncrona, ou seja, um sinal de saída deve ser gerado somente quando os dois dispositivos de atuação do comando -botões- forem atuados com um retardo detempo menor ou igual a 0,5 s (meio segundo);
Estar sob monitoramento automático por interface de segurança;
Ter relação entre os sinais de entrada e saída, de modo que os sinais de entrada aplicados a cada um dos dois dispositivos de atuação do comando devem juntos se iniciar e manter o sinal de saída do dispositivo de comando bimanual somente durante a aplicação dos dois sinais;
O sinal de saída deve terminar quando houver desacionamento de qualquer dos dispositivos de atuação de comando;
Possuir dispositivos de comando que exijam uma atuação intencional a fim de minimizar a probabilidade de comando acidental;
Possuir distanciamento e barreiras entre os dispositivos de atuação de comando para dificultar a burla do efeito de proteção do dispositivo de comando bimanual; e
Tornar possível o reinício do sinal de saída somente após a desativação dos dois dispositivos de atuação do comando.
Os dispositivos de comando bimanual devem ser posicionados a uma distância segura da zona de perigo, levando em consideração:
A forma, a disposição e o tempo de resposta do dispositivo de comando bimanual;
O tempo máximo necessário para a paralisação da máquina ou para a remoção do perigo, após o término do sinal de saída do dispositivo de comando bimanual; e
A utilização projetada para a máquina.
Os comandos bimanuais móveis instalados em pedestais devem:
Manter-se estáveis em sua posição de trabalho; e
Possuir altura compatível com o posto de trabalho para ficar ao alcance do operador em sua posição de trabalho.
Sistemas de Segurança
As zonas de perigo das máquinas e equipamentos devem possuir sistemas de segurança, caracterizados por proteções fixas, proteções móveis e dispositivos de segurança interligados, que garantam proteção à saúde e à integridade física dos trabalhadores.
Para fins de aplicação desta Norma, considera-se proteção o elemento especificamente utilizado para prover segurança por meio de barreira física, podendo ser:
Proteção fixa, que deve ser mantida em sua posição de maneira permanente ou por meio de elementos de fixação que só permitam sua remoção ou abertura com o uso de ferramentas; 
Proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e deve se associar a dispositivos de intertravamento.
Para fins de aplicação desta Norma, consideram-se dispositivos de segurança os componentes que, por si só ou interligados ou associados a proteções, reduzam os riscos de acidentes e de outros agravos à saúde, sendo classificados em:
Comandos elétricos ou interfaces de segurança: dispositivos responsáveis por realizar o monitoramento, que verificam a interligação, posição e funcionamento de outros dispositivos do sistema e impedem a ocorrência de falha que provoque a perda da função de segurança, como relés de segurança, controladores configuráveis de segurança e controlador lógico programável - CLP de segurança;
Dispositivos de intertravamento: chaves de segurança eletromecânicas, com ação e ruptura positiva, magnéticas e eletrônicas codificadas, optoeletrônicas, sensores indutivos de segurança e outros dispositivos de segurança que possuem a finalidade de impedir o funcionamento de elementos da máquina sob condições específicas;
Sensores de segurança: dispositivos detectores de presença mecânicos e não mecânicos, que atuam quando uma pessoa ou parte do seu corpo adentra a zona de perigo de uma máquina ou equipamento, enviando um sinal para interromper ou impedir o início de funções perigosas, como cortinas de luz, detectores de presença optoeletrônicos, laser de múltiplos feixes, barreiras óticas, monitores de área, ou scanners, batentes, tapetes e sensores de posição;
Válvulas e blocos de segurança ou sistemas pneumáticos e hidráulicos de mesma eficácia;
Dispositivos mecânicos, como: dispositivos de retenção, limitadores, separadores, empurradores, inibidores, defletores e retráteis; e
Dispositivos de validação: dispositivos suplementares de comando operados manualmente, que, quando aplicados de modo permanente, habilitam o dispositivo de acionamento, como chaves seletoras bloqueáveis e dispositivos bloqueáveis.
A proteção deve ser móvel quando o acesso a uma zona de perigo for requerido uma ou mais vezes por turno de trabalho, observando-se que:
A proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento quando sua abertura não possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco; e
A proteção deve ser associada a um dispositivo de intertravamento com bloqueio quando sua abertura possibilitar o acesso à zona de perigo antes da eliminação do risco.
Dispositivos de parada de emergência
As máquinas devem ser equipadas com um ou mais dispositivos de parada de emergência, por meio dos quais possam ser evitadas situações de perigo latentes e existentes.
NR 13 - Caldeiras, vasos de pressão e tubulações
Esta Norma Regulamentadora estabelece requisitos mínimos para gestão da integridade estrutural de caldeiras a vapor, vasos de pressão e suas tubulações de interligação nos aspectos relacionados à instalação, inspeção, operação e manutenção, visando à segurança e à saúde dos trabalhadores.
Vamos nos lembrar da NR 03 – Embargo ou Interdição na qual diz que será embargada a obra ou interditado o estabelecimento, setor de serviço, máquina ou equipamento sempre que for constatada uma condição de risco grave e iminente, porém a norma não diz exatamente qual situação é considerada de risco grave e iminente. Já na NR 13, as situações de risco grave e iminente são explícitas. É considerado condição de risco grave e iminente:
Operação de equipamentos abrangidos por esta NR sem dispositivos de segurança ajustados com pressão de abertura igual ou inferior a pressão máxima de trabalho admissível - PMTA, instalado diretamente no vaso ou no sistema que o inclui, considerados os requisitos do código de projeto relativos a aberturas escalonadas e tolerâncias de calibração;
Atraso na inspeção de segurança periódica de caldeiras;
Bloqueio inadvertido de dispositivos de segurança de caldeiras e vasos de pressão, ou seu bloqueio intencional sem a devida justificativa técnica baseada em códigos, normas ou procedimentos formais de operação do equipamento;
Ausência de dispositivo operacional de controle do nível de água de caldeira;
Operação de equipamento enquadrado nesta NR com deterioração atestada por meio de recomendação de sua retirada de operação constante de parecer conclusivo em relatório de inspeção de segurança, de acordo com seu respectivo código de projeto ou de adequação ao uso;
Operação de caldeira por trabalhador que não atenda aos requisitos estabelecidos no Anexo I desta NR, ou que não esteja sob supervisão, acompanhamento ou assistência específica de operador qualificado.
NR 14 – Fornos
Essa norma trata sobre as medidas de segurança que devem ser observadas para a instalação e operação de fornos em geral.
NR 15 – Atividades e operações Insalubres
Essa norma trata sobre as condições nas quais as atividades ou operações são consideradas como insalubres.
O ambiente pode ser considerado insalubre de 3 formas:
Limite de Tolerância foi ultrapassado;
Atividade ou operação constante dos anexos 6, 13 ou 14; ou
Através de laudo no ambiente de trabalho conforme os anexos 7, 8, 9 e 10.
São consideradas insalubres as atividades que são desenvolvidas acima do limite de tolerância nos anexos 1, 2, 3, 5, 11 e 12.[15: É a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.]
Anexo 1 – Ruído contínuo ou intermitente
Anexo 2 – Ruído de Impacto
Anexo 3 – Calor
Anexo 5 – Radiações Ionizantes
Anexo 11 – Agentes Químicos (por LT e inspeção no local de trabalho)
Anexo 12 – Poeiras Minerais
Atividade ou operação constante dos anexos 6, 13 ou 14:
Anexo 6 – Trabalho sob condições hiperbáricas
Anexo 13 – Agentes químicos
Anexo 14 –Agentes biológicos
Através de laudo no ambiente de trabalho conforme os anexos 7, 8, 9 e 10:
Anexo 7 – Radiações não-ionizantes
Anexo 8 – Vibrações
Anexo 9 – Frio
Anexo 10 – Umidade
O trabalho realizado em condição insalubre, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a:
40% - para insalubridade de grau máximo;
20% - para insalubridade de grau médio; ou
10% - para insalubridade de grau mínimo.
No caso de o trabalhador estar exposto a mais de um agente de insalubridade, ele receberá os dois percentuais?
Não! Quando acontecer de o trabalhador estar exposto a mais de um agente de insalubridade, deverá ser considerado apenas o maior percentual e é vedada a percepção cumulativa!
Professor, entendi! Mas olha só essa da minha empresa. Ela vem pagando insalubridade para os trabalhadores desde quando começou a operar e disse que está fazendo um estudo para retirar o pagamento! Isso pode? O fato de a empresa já estar pagando há tempos esse valor, já não é caracterizado “DIREITO ADQUIRIDO”?
Vamos responder por partes...
Primeiramente, a empresa pode sim deixar de pagar o adicional de insalubridade, desde que:
Adote medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância; ou
Utilize de equipamento de proteção individual.
Agora, sobre o Direito Adquirido. O pagamento de insalubridade não se caracteriza como Direito Adquirido, pois a condição insalubre se trata de uma situação transitória por natureza. Teoricamente, a empresa paga insalubridade até conseguir tornar o ambiente mais saudável para seus trabalhadores!
Graus de Insalubridade
Vejamos algumas atividades insalubres e seus respectivos percentuais, conforme o quadro 6:
	Anexo
	Atividades ou operações que exponham o trabalhador
	Percentual
	1
	Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos limites de tolerância fixados no Quadro constante do Anexo 1 e no item 6 do mesmo Anexo.
	20%
	2
	Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos itens 2 e 3 do Anexo 2.
	20%
	3
	Exposição ao calor com valores de IBUTG, superiores aos limites de tolerância fixados nos Quadros 1 e 2.
	20%
	4
	(Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990)
	
	5
	Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de tolerância fixados neste Anexo.
	40%
	6
	Ar comprimido.
	40%
	7
	Radiações não-ionizantes consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
	20%
	8
	Vibrações consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
	20%
	9
	Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
	20%
	10
	Umidade considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
	20%
	11
	Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados no Quadro 1.
	10%, 20% e 40%
	12
	Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de tolerância fixados neste Anexo.
	40%
	13
	Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho.
	10%, 20% e 40%
	14
	Agentes biológicos.
	20% e 40%
Quadro 6: Grau de Insalubridade Fonte: NR 15 – Atividades e operações insalubres
Muito importante!!!
Para a legislação brasileira só poderá ser considerado como atividade insalubre se esta conste da NR 15.
Por exemplo, estou exposto a um agente químico, e esse não está descrito na NR 15, a empresa não é obrigada e me pagar insalubridade! Contudo, a empresa não está isenta de ser condenada a pagar indenização.
NR 16 – Atividades e Operações Perigosas
Essa norma trata sobre as atividades e operações que são consideradas como perigosas.
São consideradas perigosas as atividades constantes dos anexos da NR 16:
Anexo 1 – Atividades e operações perigosas com Explosivos
Anexo 2 – Atividades e operações perigosas com Inflamáveis
Anexo 3 – Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial
Anexo 4 – Atividades e operações perigosas com Energia Elétrica
Anexo 5 – Atividades perigosas em Motocicleta
Anexo (*) – Atividades e operações perigosas com Radiações Ionizantes ou substâncias radioativas
Assim como na NR 15, a atividade só será considerada perigosa se constar da NR 16.
O exercício de trabalho em condições de periculosidade assegura ao trabalhador a percepção de adicional de 30% (trinta por cento), incidente sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa.
Ou seja, a periculosidade será paga sobre o salário-base! Diferentemente da insalubridade, que é paga sobre o salário-mínimo!
Agora fiquei com dúvida professor!
Entendi que na insalubridade eu não posso acumular os percentuais, só tenho direito ao de maior valor, mas e agora com periculosidade? Se eu trabalho em um ambiente insalubre e minha atividade é perigosa (consta da NR 16) eu tenho direito aos dois percentuais?
Caro aluno, é claro que não! Se assim o fosse algumas operações seriam muito onerosas para a empresa! Nesse caso o trabalhador poderá optar pelo adicional de insalubridade.
Hum... Ainda não entendi!
Vamos a um exemplo:
O Ricardo é eletricista, por isso tem direito ao adicional de 30% de periculosidade e trabalha em um ambiente com contato a agentes biológicos (esgoto – 40% de insalubridade).
Considerando que o salário-base do Ricardo seja R$ 2500,00 e o salário-mínimo R$ 724,00. Qual adicional o ele deve escolher?
Adicional de insalubridade:
Adicional de Insalubridade = Salário-mínimo X Percentual
Adicional de Insalubridade = 724 X 0,4 => Adicional de Insalubridade = R$ 289,60.
Adicional de periculosidade:
Adicional de Periculosidade = Salário-base X 30%
Adicional de Periculosidade = 2500 X 0,3 => Adicional de Periculosidade = R$ 750,00.
O trabalhador deve saber fazer esse cálculo, visto que pela legislação é ele quem escolhe! Então ele deve fazer o cálculo e verificar qual é mais vantajoso para si. Pelo nosso exemplo o mais vantajoso é o adicional de periculosidade.
Fique ligado!!!
Na prática só será vantagem optar pelo adicional de insalubridade quando esse for de 40% e o meu salário for o salário-mínimo!
NR 17 – Ergonomia
Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente.
Requisitos mínimos de conforto nos assentos
Altura ajustável à estatura do trabalhador e à natureza da função exercida;
Características de pouca ou nenhuma conformação na base do assento;
Borda frontal arredondada;
Encosto com forma levemente adaptada ao corpo para proteção da região lombar.
Condições ambientais de trabalho
As condições ambientais de trabalho devem estar adequadas às características psicofisiológicas dos trabalhadores e à natureza do trabalho a ser executado.
Nos locais de trabalho onde são executadas atividades que exijam solicitação intelectual e atenção constantes, tais como: salas de controle, laboratórios, escritórios, salas de desenvolvimento ou análise de projetos, dentre outros, são recomendadas as seguintes condições de conforto:
Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registrada no INMETRO;
Índice de temperatura efetiva entre 20ºC (vinte) e 23ºC (vinte e três graus centígrados);
Velocidade do ar não superior a 0,75m/s;
Umidade relativa do ar não inferior a 40 (quarenta) por cento.
Nas atividades de processamento eletrônico de dados, deve-se, salvo o disposto em convenções e acordos coletivos de trabalho, observar o seguinte:
O empregador não deve promover qualquer sistema de avaliação dos trabalhadores envolvidos nas atividadesde digitação, baseado no número individual de toques sobre o teclado, inclusive o automatizado, para efeito de remuneração e vantagens de qualquer espécie;
O número máximo de toques reais exigidos pelo empregador não deve ser superior a 8.000 por hora trabalhada, sendo considerado toque real, para efeito desta NR, cada movimento de pressão sobre o teclado;
O tempo efetivo de trabalho de entrada de dados não deve exceder o limite máximo de 5 (cinco) horas, sendo que, no período de tempo restante da jornada, o trabalhador poderá exercer outras atividades, observado o disposto no art. 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, desde que não exijam movimentos repetitivos, nem esforço visual;
Nas atividades de entrada de dados deve haver, no mínimo, uma pausa de 10 minutos para cada 50 minutos trabalhados, não deduzidos da jornada normal de trabalho;
Quando do retorno ao trabalho, após qualquer tipo de afastamento igual ou superior a 15 (quinze) dias, a exigência de produção em relação ao número de toques deverá ser iniciado em níveis inferiores do máximo estabelecido na alínea "b" e ser ampliada progressivamente.
NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Essa Norma Regulamentadora estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção.
NR 19 – Explosivos
Essa norma trata sobre a segurança e saúde dos trabalhadores que laboram com explosivos.
NR 20 - Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis
Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.
NR 21 - Trabalhos a Céu Aberto
Essa norma aborda requisitos mínimos para a realização de trabalhos a céu aberto, visando garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores.
NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
Esta Norma Regulamentadora tem por objetivo disciplinar os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desenvolvimento da atividade mineira com a busca permanente da segurança e saúde dos trabalhadores.
NR 23 - Proteção Contra Incêndios
Todos os empregadores devem adotar medidas de prevenção de incêndios, em conformidade com a legislação estadual e as normas técnicas aplicáveis.
O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
Utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
Procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
Dispositivos de alarme existentes.
Os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número suficiente e dispostas de modo que aqueles que se encontrem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança, em caso de emergência.
As aberturas, saídas e vias de passagem devem ser claramente assinaladas por meio de placas ou sinais luminosos, indicando a direção da saída.
Nenhuma saída de emergência deverá ser fechada à chave ou presa durante a jornada de trabalho.
As saídas de emergência podem ser equipadas com dispositivos de travamento que permitam fácil abertura do interior do estabelecimento.
NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho
Essa norma aborda sobre as condições sanitárias e de conforto mínimos que os locais de trabalho devem oferecer aos seus trabalhadores.
As instalações sanitárias deverão ser separadas por sexo.
Os locais onde se encontrarem instalações sanitárias deverão ser submetidos a processo permanente de higienização, de sorte que sejam mantidos limpos e desprovidos de quaisquer odores, durante toda a jornada de trabalho.
Será exigido 1 um chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade, e nos casos em que estejam expostos a calor intenso.
Os lavatórios poderão ser formados por calhas revestidas com materiais impermeáveis e laváveis, possuindo torneiras de metal, tipo comum, espaçadas de 0,60m, devendo haver disposição de 1 (uma) torneira para cada grupo de 20 (vinte) trabalhadores.
Será exigido, no conjunto de instalações sanitárias, um lavatório para cada 10 (dez) trabalhadores nas atividades ou operações insalubres, ou nos trabalhos com exposição a substâncias tóxicas, irritantes, infectantes, alergizantes, poeiras ou substâncias que provoquem sujidade.
Serão previstos 60 litros diários de água por trabalhador para o consumo nas instalações sanitárias.
Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de 300 (trezentos) operários, é obrigatória a existência de refeitório, não sendo permitido aos trabalhadores tomarem suas refeições em outro local do estabelecimento.
O refeitório a que se refere o parágrafo anterior obedecerá aos seguintes requisitos:
Área de 1,00m² (um metro quadrado) por usuário, abrigando, de cada vez, 1/3 (um terço) do total de empregados por turno de trabalho, sendo este turno o que tem maior número de empregados;
A circulação principal deverá ter a largura mínima de 75 cm, e a circulação entre bancos e banco/parede deverá ter a largura mínima de 55 cm.
NR 25 - Resíduos Industriais
Essa norma trata sobre os requisitos mínimos que as empresas deverão tomar para garantir que os rejeitos por ela gerados estão tendo o destino correto.
Entende-se como resíduos industriais aqueles provenientes dos processos industriais, na forma sólida, líquida ou gasosa ou combinação dessas, e que por suas características físicas, químicas ou microbiológicas não se assemelham aos resíduos domésticos, como cinzas, lodos, óleos, materiais alcalinos ou ácidos, escórias, poeiras, borras, substâncias lixiviadas e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como demais efluentes líquidos e emissões gasosas contaminantes atmosféricos.
NR 26 - Sinalização de Segurança
Essa norma trata sobre as sinalizações que devem ser aplicadas nas empresas para garantir a saúde e a segurança dos trabalhadores.
Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes.
A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes.
O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador.
NR 27 – Registro de Profissionais
Revogada pela Portaria GM nº 262, de 29/05/2008 - DOU DE 30/05/2008
NR 28 - Fiscalização e Penalidades
Essa norma trata sobre como as empresas serão fiscalizadas e caso seja identificado alguma irregularidade, como serão penalizadas.
Ela encontra-se fundamentada no art. 201 e parágrafo único da CLT.
Art. 201 – As infrações ao disposto neste Capítulo relativas à medicina do trabalho serão punidas com multa de 30 (trinta) a 300 (trezentas) vezes o valor-de-referência previsto no art. 2º, parágrafo único, da Lei nº 6.205, de 29 de abril de 1975, e as concernentes à segurança do trabalho com multa de 50 (cinquenta) a 500 (quinhentas) vezes o mesmo valor.
Parágrafo único – Em caso de reincidência, embaraço ou resistência à fiscalização, emprego de artifício ou simulação com o objetivo de fraudar a lei, a multa será aplicada em seu valor máximo.
É claro que a norma é bem mais específica que a CLT então vejamos outros pontos tratados na norma.
O agente da inspeção do trabalho, com base em critérios técnicos, poderá notificar os empregadores concedendo prazos para a correção das irregularidades encontradas.
O prazo para cumprimento dos itens notificados deverá ser limitado a, no máximo, 60 (sessenta) dias, sendo que a autoridade regional competente, diante de solicitação

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