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Segurança e Saúde do Trabalho ,

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3.4.2 Cálculo do adicional de insalubridade
De acordo com a NR 15 (BRASIL, 1978d), o profissional que trabalha em condições
insalubres, comprovadas por laudo técnico, elaborado por um médico do trabalho
ou engenheiro de segurança, deverá receber um valor adicional sobre o salário
mínimo da região, equivalente a:
15.2.1  40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
15.2.2  20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
15.2.3  (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo (BRASIL, 1978d, p. 1).
Por exemplo, uma enfermeira de uma clínica, da cidade de João Pessoa, na Paraíba,
por trabalhar com agentes biológicos, possui grau de insalubridade médio. Ela
recebe um salário de R$ 2,470,00, então receberá o valor adicional de 20% sobre o
salário mínimo da região, que é de R$ 937,00 (logo, o valor do adicional seria de R$
187,40). Porém se essa mesma enfermeira trabalhasse em São Paulo, capital, cujo
salario mínimo da região é de R$ 1.108,38, o valor do adicional seria de R$ 221,68.
Assim, o valor da insalubridade é padrão por região, conforme demonstraremos no
quadro a seguir.
Em caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o
grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, uma vez que não é permitido o
acúmulo deste adicional.
Quadro 4 - Exemplo do valor do adicional de insalubridade. Fonte: Elaborado pela autora, 2018.
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O artigo de Airton Cesar de Menezes (2012), médico e advogado catarinense, defende a possibilidade de o
trabalhador exposto a riscos poder receber tanto o adicional de insalubridade quanto de periculosidade,
já que as circunstâncias são completamente diferentes. Disponível
em:  <http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/U_Fato_Direito/article/view/1133/938
(http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/U_Fato_Direito/article/view/1133/938)>.
Eliminado ou neutralizado com medidas preventivas que conservem o ambiente de
trabalho dentro dos limites de tolerância e comprovada a inexistência do risco por
avaliação pericial por órgão competente, fica extinto o pagamento do adicional.
3.4.3 Periculosidade
Todo profissional que trabalha com atividades perigosas terá direito de receber o
adicional de periculosidade, conforme prevê a NR 16 (BRASIL, 1978f).
De acordo com Saraiva (apud BARSANO, 2012), as atividades perigosas estão
relacionadas aos riscos, ou seja, aos sinistros, que podem levar a vida do
trabalhador ou multilá-lo. No entanto, não levam em consideração o tempo de
Figura 4 - A profissão de bombeiro é considerada uma atividade perigosa. Fonte: TFoxFoto, Shutterstock,
2018.
http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/U_Fato_Direito/article/view/1133/938
http://www.portaldeperiodicos.unisul.br/index.php/U_Fato_Direito/article/view/1133/938

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