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exposição e nem as questões biológicas contra o organismo. São consideradas atividades e operações perigosas as constantes nos anexos da NR 16 (BRASIL, 1978f): aquelas realizadas com explosivos, inflamáveis, radiações ionizantes ou substâncias radioativas, com motocicleta, energia elétrica e exposição a roubos, agressões físicas nas atividades de segurança pessoal ou patrimonial, conforme as regras estabelecidas nos anexos de I a VI, da NR 16: anexo I – Atividades e operações perigosas com explosivos; anexo II – Atividades e operações perigosas com inflamáveis; anexo III – Atividades e operações perigosas com exposição a roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial; anexo IV – Atividades e operações perigosas com energia elétrica; anexo V – Atividades perigosas em motocicleta; anexo VI – Atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas atividades/áreas de risco. Em todos os casos, o adicional é devido quando o trabalho em local perigoso é realizado de forma contínua ou intermitente. Portanto, o trabalho eventual em local perigoso não dá direito ao recebimento do adicional. 3.4.4 Cálculo do pagamento do adicional de periculosidade O adicional de periculosidade correspondente a 30% do salário, “sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação nos lucros da empresa” (BRASIL, 1978f, p. 2). Portanto, se um vigilante é contratado pelo salário de R$ 1.800,00 mais R$ 150,00 para ajuda de custos na alimentação. O valor do adicional de periculosidade é de 30% sobre os R$ 1.800,00, resultando no valor de R$ 540,00. Portanto, somando-se tudo, este vigilante teria como recebível o valor de R$ 2.490,00. Já outro vigilante de uma outra empresa recebe o salário de R$ 1.900,00, sem outros benefícios. O valor do adicional é de 30% sobre os R$ 1.900,00, o que resulta no valor de R$ 570,00. Portanto, este vigilante teria como recebível o valor de R$ 2.470,00. De acordo com a NR 16 (BRASIL, 1978f), se o empregado trabalhar com atividades insalubres, dando a ele o direito do adicional de insalubridade, este deverá optar por um dos dois adicionais, o que for mais vantajoso para o trabalhador, não podendo receber de forma acumulativa. A caracterização ou descaracterização da periculosidade é de responsabilidade do empregador, por meio de laudo técnico elaborado por médico do trabalho ou engenheiro de segurança. Descaracterizada a periculosidade, não é necessário realizar o pagamento do adicional. Ações de fiscalização podem ser realizadas para verificar o atendimento às normas de segurança, inclusive a questão da periculosidade. De acordo com Nunes (2014), o pagamento do adicional de insalubridade ou periculosidade poderá ser suspenso durante o período em quem uma obra estiver embargada ou interditada. Síntese Chegamos ao fim do capítulo. Aprofundamos nosso conhecimento em algumas questões importantes de segurança e saúde do trabalho. Ao longo de toda a nossa discussão foi possível entender a importância de um PPRA bem elaborado, pois o reconhecimento do ambiente de trabalho adequado definirá as medidas de segurança mais eficazes em relação aos riscos, determinará os EPCs e os EPIs necessários e decidirá se o ambiente é insalubre ou perigoso. Neste capítulo, você teve a oportunidade de: estudar sobre a seleção e a utilização dos EPIs e dos EPCs; conhecer o Laudo Técnico das Condições de Ambiente e Trabalho, utilizado no INSS, para fins de aposentadoria especial, relatando a condição do ambiente em que o requerente atuava; entender a importância do PPRA como ferramenta de controle e prevenção de riscos ambientais, suas fases de elaboração, os requisitos mínimos obrigatórios; aprender a conceituar insalubridade e periculosidade; identificar as atividades insalubres e periculosas; conhecer as regras para aplicação e o cálculo do adicional destes benefícios.
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