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OBRIGAÇÃO_AULA_3

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AULA 3
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	CONCEITO – SÃO AQUELAS CUJA PRESTAÇÃO CONSTITUI UM ATO DE ENTREGAR OU RESTITUIR UM OBJETO.
	REGULAMENTO – ARTIGO 233 A 246 DO CODIGO CIVIL
	MODALIDADES:
	A) DAR COISA CERTA;
	B) RESTITUIR;
	C) DAR COISA INCERTA.
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A obrigação de dar coisa certa corresponde à entrega de coisa determinada, perfeitamente caracterizada e individuada.
O credor, não pode ser obrigado a receber outra coisa diversa da determinada.
RESPONSABILIDADE PELA PERDA OU DETERIORAÇÃO DA COISA.
Antes da tradição a obrigação de cuidar é do devedor.
Depois da Tradição a obrigação de cuidar é do credor.
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1 – Até o momento da tradição, os riscos correm por conta do vendedor;
2 – Depois da tradição por conta do comprador;
3 – Quando a coisa é posta à disposição do comprador, por conta deste;
4 – Por conta do Comprador se ele estiver em mora com o recebimento da coisa;
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PERDA.
Sem culpa do devedor  Restituição do preço + correção monetária
Com culpa do Devedor  Restituição do preço + correção monetária + PERDAS E DANOS
DETERIORAÇÃO:
Sem culpa do devedor  restituição do valor ou abatimento proporcional no preço+ correção monetária.
Com culpa do devedor  Restituição + correção monetária + perdas e danos 
 Recebimento da coisa + abatimento do preço + perdas e danos.
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PERTECEM AO DEVEDOR AS BENFEITORIAS E OS FRUTOS PERCEBIDOS
PERTENCEM AO CREDOR OS FRUTOS PENDENTES.
Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.
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a) distinção da obrigação de dar coisa certa.
Decorre do fato de que na obrigação de restituir o devedor tem apenas a posse.
b) responsabilidade pela perda da coisa.
b1 – com culpa do devedor -responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos. 
b2 – sem culpa do devedor - sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda..
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sem culpa do devedor - recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; 
Com culpa do devedor - responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos – artigo 240/239
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C1 – com trabalho do devedor – INDENIZA DE ACORDO COM AS REGRAS REFERENTES A BENFEITORIAS.. 
C2 – sem trabalho do devedor QUEM FICA COM O ACRESCIMO É O CREDOR E NÃO INDENIZA O DEVEDOR.
Regras gerais:
Se a benfeitoria for necessária ela deve ser indenizada pelo credor independentemente da sua boa-fé, porém o devedor de boa-fé tem direito à retenção.
Se a benfeitoria for útil são indenizadas somente para o devedor de boa-fé que ainda terá o direito de retenção.
Se a benfeitoria for voluptuária não são indenizáveis , porém pode ser levantada se não gerar dano da coisa apenas se o devedor estiver de boa-fé.
O credor ao indenizar a benfeitoria tem direito de optar entre seu valor atual e seu custo.
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Art. 621. O devedor de obrigação de entrega de coisa certa, constante de título executivo extrajudicial, será citado para, dentro de 10 (dez) dias, satisfazer a obrigação ou, seguro o juízo (art. 737, II), apresentar embargos. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)
Parágrafo único. O juiz, ao despachar a inicial, poderá fixar multa por dia de atraso no cumprimento da obrigação, ficando o respectivo valor sujeito a alteração, caso se revele insuficiente ou exce
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Art. 622. O devedor poderá depositar a coisa, em vez de entregá-la, quando quiser opor embargos. (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
Art. 623. Depositada a coisa, o exeqüente não poderá levantá-la antes do julgamento dos embargos. (Redação dada pela Lei nº 8.953, de 13.12.1994)
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Art. 624. Se o executado entregar a coisa, lavrar-se-á o respectivo termo e dar-se-á por finda a execução, salvo se esta tiver de prosseguir para o pagamento de frutos ou ressarcimento de prejuízos. (Redação dada pela Lei nº 10.444, de 7.5.2002)
Art. 625. Não sendo a coisa entregue ou depositada, nem admitidos embargos suspensivos da execução, expedir-se-á, em favor do credor, mandado de imissão na posse ou de busca e apreensão, conforme se tratar de imóvel ou de móvel.(Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973)
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Art. 626. Alienada a coisa quando já litigiosa, expedir-se-á mandado contra o terceiro adquirente, que somente será ouvido depois de depositá-la.
Art. 627. O credor tem direito a receber, além de perdas e danos, o valor da coisa, quando esta não Ihe for entregue, se deteriorou, não for encontrada ou não for reclamada do poder de terceiro adquirente.
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OBJETO DETERMINÁVEL ATÉ O MOMENTO DA ESCOLHA; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor
ESCOLHA OU CONCENTRAÇÃO É O ATO QUE TRANSFORMA A OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA EM INCERTA;
REGRA DA ESCOLHA – CABERÁ AO DEVEDOR A ESCOLHA SE OUTRA COISA NÃO FICAR AJUSTADO ENTRE AS PARTES.
AS PARTES PODEM DETERMINAR A ESCOLHA SER FEITA PELO DEVEDOR, OU PELO CREDOR OU POR UM TERCEIRO
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ATÉ O MOMENTO DA ESCOLHA OCORRENDO A PERDA DO OBJETO A OBRIGAÇÃO NÃO SE RESOLVE DEVENDO SER ENTREGUE OUTRO OBJETO IGUAL, OU SEJA, O CASO FORTUITO E A FORÇA MAIOR NÃO EXTINGUEM A OBRIGAÇÃO.
FEITA A ESCOLHA AS REGRAS QUANTO A PERDA OU DETERIORAÇÃO DO BEM SÃO AS MESMAS DE DAR COISA CERTA.
OCORRENDO INEXECUÇÃO DA OBRIGAÇÃO DEVE INICIALMENTE SER FEITA A ESCOLHA PARA DEPOIS SER ORDENADA A ENTREGA DO OBJETO;
COISAS RARAS – SEGUEM AS REGRAS DE COISA CERTA.
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Art. 629. Quando a execução recair sobre coisas determinadas pelo gênero e quantidade, o devedor será citado para entregá-las individualizadas, se Ihe couber a escolha; mas se essa couber ao credor, este a indicará na petição inicial.
Art. 630. Qualquer das partes poderá, em 48 (quarenta e oito) horas, impugnar a escolha feita pela outra, e o juiz decidirá de plano, ou, se necessário, ouvindo perito de sua nomeação.
Art. 631. Aplicar-se-á à execução para entrega de coisa incerta o estatuído na seção anterior.
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O estudo da obrigação pecuniária enquadra-se dentro das modalidades de obrigação de dar, onde o objeto mediato da relação obrigacional é o dinheiro.
 
Esta modalidade de obrigação não é tratada diretamente pelo código dentro do capitulo da obrigação de dar, sendo regulamentada no capitulo do pagamento a partir do artigo 315 do CC.
A obrigação pecuniária pode ser conceituada como modalidade de obrigação onde o objeto mediato que deve ser entregue pelo devedor corresponde a uma quantia de dinheiro.
 
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O nosso ordenamento jurídico, desde o Decreto 23.501/1933, ao tratar das obrigações pecuniárias veda, expressamente, a chamada clausula de ouro, qual seja, a estipulação de obrigação pecuniária em outra moeda que não a nacional. Denominada de nominalismo, a obrigatoriedade da obrigação pecuniária ser em moeda corrente nacional possui como exceção as hipóteses dos contratos internacionais, na forma do permitido pelo Decreto-Lei 857/69.
 
Assim determina o artigo 315 e 318 determina a obrigatoriedade das prestações pecuniárias serem fixadas em nossa moeda nacional.
 
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Divida de valor é aquela estipulada em número de unidades de valor que, no momento do pagamento será convertida para uma quantia em dinheiro.
 
Divida de dinheiro, por sua vez, é aquela já estipulada em valor certo e imutável.
A distinção entre estas duas modalidades de dividas perdeu sua importância maior quando da permissão da correção monetária (lei 6899/81) e principalmente com uma maior estabilidade econômica alcançada pelo nosso país.

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