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APS SUSTENTABILIDADE E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO PLANETA

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Rua Santa Terezinha, 160 – Centro – São José do Rio Pardo – SP
CEP: 13720-000 – Tel.: (19) 3681 – 2655
Francisco Carlos Boldrin Duarte RA / N1776D0
João Paulo de Oliveira Camargo RA / D494HA9
Matheus Affonso de Carvalho Ribeiro RA / D4572H3
Marcus Vinicius Ferreira de Brito RA/ D2503D4
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA: SEGUNDO SEMESTRE DE 2017
TEMA: “NORMAS VIGENTES SOBRE A SUSTENTABILIDADE E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO PLANETA, NO SETOR DE FABRICAÇÃO MECÂNICA, QUANTO AO DESCARTE DE MATERIAIS E REUTILIZAÇÃO DOS MESMOS.”
São José do Rio Pardo – SP
2017
São José do Rio Pardo – SP
2017		
Francisco Carlos Boldrin Duarte RA / N1776D0
João Paulo de Oliveira Camargo RA / D494HA9
Matheus Affonso de Carvalho Ribeiro RA / D4572H3
Marcus Vinicius Ferreira de Brito RA/ D2503D4
“SUSTENTABILIDADE E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DO PLANETA”
Trabalho apresentado à UNIP – Campus São José do Rio Pardo referente a Atividades Práticas Supervisionadas, como parte dos requisitos para avaliação semestral no Curso de Engenharia Básico.
RESUMO
Este trabalho buscou verificar todos os benefícios ao meio ambiente com todas as atividades praticadas pelas empresas e industrias nas normas de preservação ambiental e sustentabilidade, visando o bem estar da população com produtos de qualidade sem degradar o meio ambiente.
Foram também apresentados as formas corretas do descarte de materiais da indústria mecânica em legislação com os órgãos competentes a efetuar auditorias nas empresas verificando se estão sendo cumpridas todas as normas estabelecidas.
Com a sustentabilidade estando entre os assuntos mais falados no meio acadêmico e ganhando cada vez mais força, o trabalho trata de algumas responsabilidades sustentáveis nas indústrias do mundo com a população e meio ambiente.
abstract
This work sought to verify all the benefits to the environment with all the activities practiced by companies and industries in the norms of environmental preservation and sustainability, aiming the well being of the population with quality products without degrading the environment.
Also presented were the correct forms of disposal of materials of the mechanical industry in legislation with the competent bodies to carry out audits in the companies verifying if they are being fulfilled all the norms established.
With sustainability being among the most talked about subjects in the academic world and gaining more and more strength, the work deals with some sustainable responsibilities in the world's industries with the population and the environment. 
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Licenciamento Ambiental	15
Figura 2: Ecologicamente Correto	27
Figura 3: Ecologicamente Viável	28
Figura 4: Socialmente Justo	29
Figura 5: Culturalmente Diverso	30
Figura 6: Planeta Sustentável Para Todos	31
Figura 7: Líder Mundial em Descarte de Materiais	34
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Produção Mundial de Componentes Fundidos em Milhares de Toneladas (2012)	38
Gráfico 2: Projeção e Demanda	38
LISTA DE SIGLAS e abreviaturas
ABIFA		Associação Brasileira de Fundição
ABNT 		Associação Brasileira de Normas Técnicas
AIA		Avaliação de Impactos Ambientais
APAS		Áreas de Proteção Ambiental
BID		Banco Internacional de Desenvolvimento
BNDS		Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
CB-38		Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental
CETESB	Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CIESP	Centro das Indústrias do Estado de São Paulo
CNI		Confederação Nacional das Indústrias
CNEN		Comissão Nacional do Meio Ambiente
CODEMA	Conselho de Defesa do Meio Ambiente
CONAMA 	Conselho Nacional do Meio Ambiente
FIESP		Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
GANA 	Grupo de Apoio à Normalização Ambiental 
ISO 		International Organization for Standardization
NBR		Norma Brasileira Regulamentadora
MARN		Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
TCs		Comitês Técnicos
São José do Rio Pardo – SP
2017
INTRODUÇÃO
Neste presente trabalho foram realizadas pesquisas referentes a assuntos de sustentabilidade na indústria mecânica, visando aprofundar a este tema normas vigentes no brasil e no mundo onde existem órgãos que aprovam novas normas e leis que estabelecem a igualdade na produção industrial com base na preservação ambiental.
As indústrias mecânicas que possuem o foco de sustentabilidade tem como ações o respeito ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável da sociedade. Logo, para que uma empresa seja considerada sustentável ambientalmente e socialmente, ela deve adotar atitudes éticas, práticas que visem seu crescimento econômico sem agredir o meio ambiente e também colaborar para o desenvolvimento da sociedade. Descartando seus resíduos sólidos de forma correta em conformidade com as normas de descarte de matérias e sempre visando a reutilização dos mesmos como forma de economia em matéria prima sem perder a qualidade para o consumidor.
NORMAS VIGENTES no brasil
Atividade que estabelece, em relação a problemas existentes ou potenciais, prescrições destinadas à utilização comum e repetitiva com vistas à obtenção do grau ótimo de ordem em um dado contexto. Consiste, em particular, na elaboração, difusão e implementação das Normas.
A normalização é, assim, o processo de formulação e aplicação de regras para a solução ou prevenção de problemas, com a cooperação de todos os interessados, e, em particular, para a promoção da economia global. No estabelecimento dessas regras recorre-se à tecnologia como o instrumento para estabelecer, de forma objetiva e neutra, as condições que possibilitem que o produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem ou serviço atendam às finalidades a que se destinam, sem se esquecer dos aspectos de segurança.
Norma é o documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido, que fornece regras, diretrizes ou características mínimas para atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.
A norma é, por princípio, de uso voluntário, mas quase sempre é usada por representar o consenso sobre o estado da arte de determinado assunto, obtido entre especialistas das partes interessadas.
Normas Brasileiras para o descarte
No Brasil temos normas ambientais, normas estas conhecidas como NBR (Normas Brasileiras), que é um sistema adotado pela ABNT que é responsável por todas as normas técnicas realizadas no Brasil. 
Entre as mais diversas normas feitas por este órgão, está a NBR10004, responsável por resíduos sólidos. A NBR 10004 vem para regulamentar os diversos tipos de resíduos sólidos, classificando os em nível de periculosidade, toxidade, inerte e não inertes, deixando explicito o grau de comparação daquele resíduo para com os outros, facilitando assim o meio de descarte, criação de novas leis, e normas regulamentadoras, para o descarte correto dos materiais sólidos.
Caracterização do resíduo para reutilização
No estudo para efetuar a classificação dos resíduos, base a se nas especificações estabelecidas pela ABNT:
• NBR 10007 (2004) – Amostragem de resíduo sólido;
• NBR 10006 (2004) – Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos sólidos;
• NBR 10005 (2004) – Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos;
• NBR 10004 (2004) – Resíduos sólidos: classificação.
A norma ABNT NBR-10004, diz, a classificação de resíduos sólidos se resume em saber de qual processo que lhes deu origem e das substâncias presentes na composição e avaliar com dados conhecidos sobre substâncias que causam impacto a saúde e ao meio ambiente.
Os parâmetros que estão em desacordo com o Limite Máximo (L.M.) estabelecido pela ABNT NBR-10004 (2004), em seu anexo G, referente aos padrões para o ensaio de solubilização, estão grifados na tabela 1.
A análise dos resultados deve indicar que o resíduo sólido deve ser classificado como classe II A - “não perigoso e não inerte”.
Tabela1: Limite Máximo Estabelecido pela ABNT NBR10004
Fonte: ABNT NBR10004
Há um processo de estudo e analises, comparando os resultados obtidos com parâmetros estabelecidos pelo documento “Procedimentos para Gerenciamentos de Areia de Fundição” - CETESB(2007). Os resultados encontrados devem ser menor que o limite estabelecido, visando sua reutilização e que não prejudique a saúde social, nem o meio ambiente.
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, do Estado de São Paulo, em Decisão de Diretoria n0 152/2007/C/E de 08 de agosto de 2007, publicou o documento intitulado “Procedimentos para Gerenciamento de Areia de Fundição” - CETESB (2007), no qual, estabelece os seguintes procedimentos para avaliação de propostas de reutilização do resíduo areia de fundição na fabricação de artefatos de cimento:
	O resíduo areia de fundição deverá ser classificado como classe II-A ou II-B, de acordo com a norma ABNT NBR 10004/2004.
	O resíduo areia de fundição deverá apresentar concentrações de poluentes no extrato lixiviado, obtido conforme a norma ABNT NBR 10005/2004, menores ou iguais às concentrações máximas constantes na Tabela: “Concentração Máxima de Poluentes no lixiviado”.
	O resíduo areia de fundição deverá apresentar concentrações de poluentes, no extrato lixiviado neutro, menores ou iguais às concentrações máximas constantes na Tabela: “Concentração Máxima de Poluentes no Lixiviado Neutro”. Sendo que, neste procedimento o resíduo areia de fundição deverá apresentar pH na faixa entre 5,0 e 10,0.
	O extrato solubilizado do resíduo areia de fundição não deve apresentar toxicidade frente ao teste de toxicidade aguda com a bactéria luminescente Vibrio fischeri. O teste deverá ser realizado de acordo com a norma técnica CETESB L5.227, em dose única máxima (81,9%), com 5 réplicas, e o resultado deverá ser expresso em porcentagem de inibição média e desvio padrão, após 15 minutos de inibição. As amostras que apresentarem a média da porcentagem de inibição superior a 20% serão consideradas como tóxicas.
Tabela 2: Análise do Extrato Lixiviado Neutro CETESB
Fonte: CETESB
ISO 14000 no Brasil
A série ISO 14000 é um conjunto de normas que buscam a boa prática de gerenciamento ambiental, gerenciamento este entendido como um processo gradual e contínuo de melhorias ambientais. Aceito internacionalmente, tem caráter voluntário, não havendo instrumentos legais que obriguem sua adoção pelas empresas.
A ISO 14000 pode ser adotada pela empresa como um todo, ou em uma de suas unidades, como vem ocorrendo em grandes corporações. A finalidade é prevenir - através de um Sistema de Gestão Ambiental - os eventuais danos ambientais provocados pelos processos produtivos e pelos produtos colocados no mercado de consumo.
Um dos estímulos para empresas buscarem esta certificação está na pressão internacional por produtos ecologicamente mais corretos. Como as questões ambientais transcendem as fronteiras geográficas e influenciam as relações de comércio internacional, as empresas interessadas em corresponder aos novos padrões globais de comércio foram as primeiras a reconhecer a existência de um consumidor mais consciente e da nova realidade de proteção ambiental. Para tanto, começaram se estruturar, visando reduzir as pressões ambientais negativas de seus produtos e processos. A série ISO 14000 é um dos instrumentos que responde a esta demanda.
Como uma empresa implanta a ISO 14000 no Brasil
Pode-se dizer que a série ISO 14.000 divide-se em dois grandes blocos. O primeiro, direcionado à organização empresarial. O segundo, voltado ao produto. No total são seis áreas, identificáveis pelos dois algarismos finais. Por exemplo, a certificação ISO 14001 refere-se ao Sistema de Gestão Ambiental. A ISO 14.040 indica as normas de Avaliação do Ciclo de Vida do Produto. Até o momento, só uma parte destas normas estão em vigor.
O processo de certificação começa pelo comprometimento da direção da empresa e pela contratação de uma empresa certificadora credenciada. A certificadora ajudará a empresa candidata à certificação na elaboração do diagnóstico ambiental de todos seus setores. A partir disso, define-se a política de meio ambiente da empresa, traçando-se seu plano de ação.
O pré-requisito para receber a certificação é estar em conformidade com a legislação ambiental do país. A partir disto, estabelecem-se metas e objetivos de melhorias ambientais graduais para todos os setores da empresa. Periodicamente, serão feitas avaliações qualitativas e quantitativas do desempenho ambiental, revisando-se a política ambiental, de modo a assegurar a melhoria contínua do desempenho da empresa nesta área.
As normas da ISO são definidas por TCs - Comitês Técnicos, que tratam de diferentes assuntos. O TC 1, primeiro Comitê Técnico, foi criado em 1947 para padronizar parafusos utilizados pela indústria automobilística, permitindo o intercâmbio deste produto. O TC 207 foi instituído em março de 1993 para definir as normas internacionais na temática ambiental.
Quem representa a ISO no Brasil
A representante da ISO no Brasil é a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
Em 1994 criou-se dentro da ABNT, o GANA - Grupo de Apoio à Normalização Ambiental, hoje transformado no CB-38 - Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental. Este grupo tem representantes dos diversos setores da economia brasileira, como CNI - Confederação Nacional das Indústrias, FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Associação Nacional de Exportação, Instituto Brasileiro de Siderurgia e BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O CB-38 avalia os documentos elaborados pelos grupos de trabalho, ou subcomitês da ISO, para apontar eventuais divergências entre as normas propostas e as leis brasileiras ou as convenções internacionais firmadas pelo país. Procura também evitar que normas estabelecidas pela série ISO 14.000 privilegiem práticas e tecnologias acessíveis apenas aos países do Primeiro Mundo. Ou seja, o CB-38 analisa se e como cada norma da ISO poderia prejudicar a competitividade brasileira no mercado internacional. As normas da ISO são aprovadas
Para atingir o status de Norma Internacional da ISO, os documentos elaborados pelos Grupos de Trabalho têm de passar por seis etapas, num processo que dura em média três anos:
Proposta de texto,
Rascunho do trabalho,
Elaboração de uma proposta de norma para cada assunto,
Votação nos subcomitês técnicos,
Transformação do texto em um rascunho de norma internacional,
Discussão e votação do comitê coordenador e comitê técnico.
Licenciamento Ambiental no Brasil
Licenciamento ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental licencia a localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e atividades que utilizam recursos ambientais considerados efetivos ou potencialmente poluidores. Ao longo dos anos, como forma de abarcar todas as questões ambientais demandadas pela sociedade e refletidas na legislação ambiental, o processo de licenciamento das atividades industriais passou a considerar inúmeros aspectos, como foi ilustrado abaixo:
Figura 1: Licenciamento Ambiental
Fonte: 1 Google Imagens,2017
Além das normas relativas aos procedimentos administrativos, devem ser considerados também as normas correlatas a cada tema, assim, tem-se atualmente inúmeras normas legais e infralegais que condicionam o licenciamento ambiental de uma dada atividade. O conhecimento e atendimento das exigências estipuladas pelos procedimentos de licenciamento e fiscalização constituem o alicerce básico para atingir a conformidade ambiental de um empreendimento e a inserção do mesmo no mercado competitivo, criando condições para a melhoria de seu desempenho ambiental. 
Nesse sentido, com o objetivo de orientar seus associados, as diretorias de Meio Ambiente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP – e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo – CIESP – apresentam esta publicação como um importante guia comos principais procedimentos para o licenciamento ambiental das atividades industriais no Estado de São Paulo, considerando diferentes situações encontradas (implantação, operação e ampliação ou regularização). Como as leis e normas de prevenção e proteção ao meio ambiente e os órgãos do Governo estão em contínua evolução, é bom salientar que as informações constantes nesta publicação estão atualizadas até a data de sua edição.
Competência Para o Licenciamento Ambiental no Brasil
No que concerne à competência dos entes federativos quanto ao licenciamento ambiental, a Lei Complementar no 140 de 8 de dezembro de 2011 estabelece critérios diferenciados, como a dominialidade da área onde o empreendimento será instalado, a natureza da atividade e a abrangência do impacto, além de tipologias definidas em regulamentos dos conselhos estaduais de meio ambiente, considerando o porte, o potencial poluidor e a natureza do empreendimento ou atividade. Segundo a LC no 140/11, as diferentes esferas de governo, união, estados e municípios têm hoje as seguintes atribuições:
União
• Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades;
a) localizados ou desenvolvidos conjuntamente no Brasil e em país limítrofe;
b) localizados ou desenvolvidos no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva;
c) localizados ou desenvolvidos em terras indígenas;
d) localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pela União, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs);
e) localizados ou desenvolvidos em 2 (dois) ou mais Estados;
f) de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental nos termos de ato do Poder Executivo aqueles previstos no preparo e emprego das Forças Armadas, conforme disposto na Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999;
g) destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo em qualquer estágio ou que utilizem energia nuclear em qualquer de suas formas e aplicações, mediante parecer da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
h) que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir da proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento.
Estado
Promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos artigos 7o e 9o da Lei Federal no 140/11; • Promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos localizados ou desenvolvidos em unidades de conservação instituídas pelo Estado, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Município
Promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: 
Que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos conselhos estaduais de meio ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade;
 Localizados em unidades de conservação instituídas pelo Município, exceto em Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
Licenciamento ambiental em outros países
Países desenvolvidos do Hemisfério Norte (União Europeia, EUA, Canadá): o processo de avaliação ambiental é conduzido pelo órgão ou instituição setorial ou de jurisdição territorial que lidera o processo de aprovação de projetos de potencial de impacto significativo (definidos em listas, como no caso da União Européia, caso a caso, ou por outros critérios, como a localização – área afetada). As entidades de meio ambiente, de modo geral, atuam como assessores do processo, estabelecendo guias, critérios de avaliação, conduzindo a revisão dos documentos e emitindo pareceres. Para o controle ambiental das atividades de menor potencial de impacto, valem as normas de controle da poluição, muitas vezes incorporadas nas legislações provinciais e locais, e os processos tradicionais de autorização, pelas referidas autoridades, de uso do solo, construção e funcionamento. 
O caso da União Européia pode nos interessar por conta das negociações do MERCOSUL. Desde 1985, vige na União Européia, uma diretriz sobre avaliação de impacto ambiental (AIA) que obriga todos os países membros a adotar e incorporar em suas legislações, normas gerais de avaliação de impacto ambiental. O objetivo foi resolver o problema da competitividade: a economia de alguns países beneficiando-se de exigência ambientais menos restritivas que outros. O processo de discussão e aprovação dessa diretriz foi longo (começou em 1976, com a primeira proposta de diretriz publicada em 1980), devido às dificuldades de se conseguir um acordo que pudesse satisfazer a todos os países, como a Holanda, que começou a implementar formalmente seu sistema de AIA em 1985, depois de acumular experiência de nove anos de avaliação ambiental de projetos, a Inglaterra, que desde 1974 introduzira os princípios de avaliação ambiental de forma implícita em várias normas legais (leis de planejamento territorial e leis setoriais – petróleo, indústria) e outros, como Portugal, que até então não contemplava em sua legislação procedimentos de avaliação ambiental. 
A diretriz da União Européia estabelece: uma lista de atividades que se obrigam a uma avaliação extensiva de seus impactos e uma outra lista de atividades para as quais cada país pode estabelecer critérios de dimensão ou localização para definir quais os que se obrigam à AIA; os aspectos ambientais e sociais que se devem considerar nos estudos; os procedimentos básicos de AIA (alternativas, seleção de projetos, definição de conteúdo de estudos, revisão, mitigação, monitoramento) e os procedimentos de participação do público e instituições interessadas, desde o início do processo de AIA; os procedimentos em caso de projetos que afetam mais de um país; a exigência de que se considere a avaliação ambiental no planejamento da atividade; a exigência de se dar conhecimento da decisão tomada inclusive à Comissão Européia; os padrões ambientais mínimos a serem obedecidos; um prazo de três anos para que os países membros adotassem em suas legislações esses dispositivos. Vemos que a diretriz da União Européia não é menos exigente que as nossas normas de licenciamento.
Claro está que o grau de implementação dessas diretrizes e a eficiência dos processos de avaliação ambiental dos países membros da União Européia não são iguais. Mas todos se adaptaram à diretriz, inclusive os países que passaram a integrá-la depois de 1985 (Áustria Finlândia, Suécia). Aqueles que se estão em processo de integração, ou que nela pretendem ser aceitos tratam de reformar seus sistemas para atender às referidas diretrizes. É o caso da Polônia, que desde 2000 se esforça por reformar seu sistema de AIA, e da Turquia, que desenvolve programa de capacitação como parte de sua política de acesso à União Européia. 
Argentina – Até hoje a Argentina não conta com legislação de âmbito nacional para a avaliação ambiental. Quase todas as províncias, porém, baixaram seus regulamentos. É o caso de Córdoba, Mendoza e Rio Negro. Neste último, a autoridade responsável é o Conselho de Defesa do Meio Ambiente (CODEMA). A lei que instituiu a AIA contém a lista de projetos que se devem submeter ao processo, os procedimentos de exigência de declaração ou estudos de impacto ambiental, dependendo do potencial de impacto do projeto, e a ampla publicidade dos documentos e estudos e a emissão de uma Resolução Ambiental ao final do processo. A implementação do sistema, porém, tem sido muito lenta, por conta da falta de recursos humanos e da debilidade política e institucional do CODEMA. No Programa de Reconversão Econômica da Província de Rio Negro, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), encontra-se um forte componente de reforço institucional do CODEMA.Bolívia – A legislação de 1995 (Lei geral de gestão ambiental) é bastante abrangente, contemplando toda a gama de instrumentos de política e gestão ambiental, embora a maioria não esteja ainda regulamentada. Em termos de avaliação de projetos, a Licencia Ambiental é obrigatória para as atividades modificadoras do meio ambiente, tomando a forma de Declaratória de Impacto Ambiental, para as atividades sujeitas a AIA (lista positiva e seleção de projetos), Certificado de Dispensa ou Declaratória de Adequação Ambiental; é outorgada tanto pelo ministério, como por suas delegações provinciais e, em alguns casos, pelas prefeituras municipais. As licenças têm validade de dez anos e a participação do público está garantida pelo acesso aos estudos e pelo requerimento de audiência pública, por parte de qualquer cidadão. Os prazos para a revisão de estudos é de 30 dias, insuficiente para garantir a participação e boa qualidade dos processos.
Chile – Em 1993, os procedimentos de avaliação ambiental de projetos começaram a ser implementados em bases voluntárias, por conta de instruções da presidência da república. Os regulamentos de 1996 formalizaram o processo, introduzindo a declaração de impacto ambiental e o estudo de impacto ambiental, documentos a serem apresentados à autoridade competente, dependendo do potencial de impacto dos projetos. Os regulamentam apresentam aspectos positivos, como a criação de uma “janela” única para simplificar o licenciamento e a aprovação dos projetos, e um detalhado critério de seleção daqueles que devem se submeter ao estudo de impacto ambiental, mas tem como desvantagem a tendência de que o processo de AIA comece em estágio avançado de planejamento da atividade, por conta dos detalhados projetos de engenharia que são exigidos pela autoridade setorial como requisito de aprovação. As normas estabelecem também os prazos para a tramitação das declarações (60 dias) e dos estudos de impacto ambiental (120 dias) junto ao Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) ou aos conselhos regionais, após os quais, caso o respectivo conselho não responda, o projeto é considerado como aprovado. O objetivo da fixação de prazos é não delongar as decisões, mas a eficiência do processo acaba por depender da boa capacitação do CONAMA. Outra inovação é a possibilidade de o empreendedor pagar uma garantia ou seguro ambiental, o que permite o início da atividade sob sua estrita responsabilidade, antes da aprovação final pelo CONAMA. Os críticos desse dispositivo legal é que tal permissão acaba por gerar “pressões” políticas e econômicas para a aprovação dos projetos.
Colômbia – Apesar da lei (Código Nacional de Recursos Naturais e Proteção do Meio Ambiente) ser de 1974, somente em 1985 começaram a viger os regulamentos de AIA, que compreendem uma lista positiva de projetos sujeitos a AIA, os requisitos básicos e termos de referência para os estudos de impacto de alguns tipos de projeto. A coordenação dos processos de avaliação ambiental fica a cargo do Ministério do Meio Ambiente (em caráter supletivo) e das Corporações Autônomas Regionais. A participação do público é pequena e, embora aconteça em certos casos, não se conhece regulamento sobre os respectivos procedimentos.	Equador – A lei que institui a AIA é recente e, pela última notícia que temos, os regulamentos ainda não foram aprovados, embora tenham sido desenvolvidos com o apoio financeiro de um programa de fortalecimento institucional do Ministério do Ambiente e da Habitação patrocinado pelo Banco Mundial. Alguns ministérios, por conta de regulamentos setoriais, têm praticado a avaliação ambiental de seus projetos, ainda com eficiência relativa, devido à falta de normas e mesmo de capacitação. É o caso do Ministério de Obras Públicas, que mantêm uma unidade de avaliação de impacto ambiental encarregada dos projetos rodoviários.
México – Originalmente a AIA foi instituída em 1882 pela Lei Federal de Proteção do Meio Ambiente. Somente em 1988 os regulamentos de AIA, incluídos numa nova lei, passaram a ser implementados em nível nacional. Em 2000, foram baixados novos regulamentos de AIA por influência do NAFTA, segundo os quais um Manifesto de Impacto Ambiental (MIA) é exigido em duas formas: regional (para os projetos de potencial significativo de impacto) e particular, para os demais. Há outra forma de MIA, o preventivo, que se aplica a atividades cujo controle já está normalizado ou que tenha sido de antemão autorizada numa certa área, como parte de um plano de desenvolvimento urbano. Os MIA seguem um formato previamente definido na norma por tipo de atividade. Avaliações pelas províncias e municípios são possíveis, mas ficam à discrição das respectivas autoridades. Hás prazo de 60 dias úteis (mais 60 dias, excepcionalmente) para que a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Habitação complete os procedimentos de revisão dos MIA e emita mas resolução. A participação do público fica a critério da secretaria, a partir de solicitação escrita, sendo mantida na Internet a lista e os detalhes dos projetos em análise. O promotor é intimado a publicar em jornal um resumo do MIA e anunciar pelo menos uma reunião pública para discutir o projeto e seus impactos, cujos resultados podem ou não ser considerados na resolução emitida pela secretaria. Não há mecanismos de controle externo do processo.
Nicarágua – Os regulamentos gerais de AIA foram baixados em novembro de 1994 (lista positiva de atividades sujeitas à AIA), sendo as normas complementares (conteúdo dos estudos, termos de referência por tipo de projeto, critérios de revisai de EIA etc.) e os procedimentos administrativos aprovados no ano seguinte. Os projetos de baixo potencial de impacto (fora da lista), não são avaliados formalmente. Os procedimentos são bastante simples, não havendo a emissão de licença e sim de um “dictámen” (parecer) que orienta o empreendedor de projetos de impacto significativo e a autoridade setorial quanto às medidas de controle e monitoramento que devem ser seguidas. A participação do público fica por conta do acesso aos estudos de impacto ambiental.
Peru – O Conselho Nacional de Meio Ambiente não tem participação direta na avaliação de projetos, que é entregue aos respectivos ministérios e entidades setoriais, pretendendo-se que o resultado da avaliação ambiental seja considerado na tomada de decisão. Para as atividades do setor de energia, por exemplo, o Ministério de Energia e Minas mantém um setor que se encarrega de avaliar os estudos de impacto ambiental das novas atividades (concessões), assim como os planos de adequação à legislação ambiental (PAMA) das atividades anteriores aos regulamentos de AIA. O resultado não tem sido favorável, havendo forte deficiência na revisão dos estudos apresentados (pouco orientados e de baixa qualidade) e carência de recursos para o acompanhamento de implantação dos projetos e também da implementação dos PAMA. Não há previsão de participação do público.
Para o Paraguai e o Uruguai, não há informação recente. Ambos passaram leis sobre avaliação de impacto ambiental, com listas positivas de projetos sujeitos a AIA e conteúdo básico dos estudos de impacto ambiental, sem vínculo com licenciamento ambiental, embora no Uruguai as atividades citadas na lei devam recolher a opinião do Ministério da Habitação Ordenamento Territorial e Meio Ambiente, havendo crescente interesse em se melhorara a regulamentação da lei. Em ambos os países, a lei preveja a realização de audiência pública nos casos em que o ministério julgue que o projeto implica em sérias consequências de caráter ambiental ou cultural (Uruguai) e a participação pública também no monitoramento dos impactos (Paraguai).
Venezuela: O sistema de avaliação ambiental da Venezuela é bastante complexo, prevendo duas licenças, por força de duas leis distintas: Autorização para Ocupação do Território, pela Lei de Ordenamento do Território e Autorização para Afetação de Recursos Naturais Renováveis, pela Lei Orgânica de Meio Ambiente, esta correspondente a uma licença ambiental.Ambas autorizações se processam paralelamente, sob a condução do Ministério do Ambiente e dos Recursos Naturais (MARN). A regulamentação complementar compreende uma série de normas relativas ao controle da poluição, à conservação da natureza e aos procedimentos técnicos e administrativos de emissão da autorização para a afetação do território. O sistema é complexo, prevendo distintos documentos e estudos a serem apresentados pelos proponentes de projeto. No caso dos projetos de maior impacto ambiental, enumerado na lei, existem instruções para que se formulem termos de referência específicos a serem discutidos e aprovados pelo MARN (sede ou delegacias estaduais) e, após a revisão dos estudos, a validade da autorização depende da implementação de um plano de supervisão ambiental, com relatórios periódicos de autocontrole elaborados por consultor independente. A participação pública depende de decisão do MARN, que pode ordenar ou não um processo de consulta pública dos estudos de impacto ambiental. Neste caso, as observações e os comentários são registrados por escrito, podendo ser total ou parcialmente considerados na decisão. Há também a obrigatoriedade de publicação dos pedidos de autorização e do começo da elaboração dos estudos.
Em que pesem os avanços observados nos últimos anos, todos os sistemas em implementação nesses países têm demonstrado pouca eficiência e pouca eficácia em termos de prevenção de danos ambientais. As deficiências ainda são muitas: a falta de regulamentação apropriada (padrões de qualidade ambiental, critérios de avaliação e de revisão dos estudos); baixa qualidade dos estudos de impacto ambiental (um estudo do BID, em 2001, revisou 200 estudos de impacto ambiental, concluindo que 41% eram deficientes tecnicamente, 54% estavam incompletos e apenas 6%, adequados), principalmente nas atividades de previsão dos impactos e no trato das incertezas; debilidade das entidades de meio ambiente, que sofrem dos mesmos problemas de falta de pessoal (em quantidade e qualidade técnica), principalmente para o acompanhamento da implementação dos projetos e da fiscalização; baixa qualidade de termos de referência (genéricos) e deficiência nas revisões dos estudos; demora desnecessária na tomada de decisão (ou, às vezes, decisões apressadas e por isso mal fundamentadas); a ineficiência dos procedimentos de comunicação social e participação do público, incapazes de informar e motivar o envolvimento dos interessados. De minha experiência, na maioria dos países acima citados os sistemas de AIA têm desempenho igual ou inferior ao brasileiro.
O resultado é a perda de credibilidade dos sistemas de licenciamento e avaliação de impacto ambiental e a falha de os proponentes de projeto considerarem a avaliação ambiental como um instrumento efetivo de planejamento, redução de custo e gestão ambiental de seus empreendimentos.
Em outro plano, nota-se que o licenciamento ambiental e as demais formas de avaliação ambiental de projetos, necessita ser complementado por outros instrumentos de política e gestão ambiental. Principalmente a avaliação ambiental estratégica, que pode antecipar e resolver os conflitos ligados às questões de uso racional dos recursos ambientais, facilitar a informação e a condução dos processos de licenciamento, além de aumentar a objetividade e reduzir os custos dos estudos de impacto ambiental.
Lições da boa Prática – Não parece haver um modelo perfeito de licenciamento ou avaliação ambiental de projetos. As melhores experiências e os sistemas de avaliação de impacto ambiental considerados os mais eficientes e eficazes ainda buscam se aperfeiçoar. Algumas questões têm sido consideradas como essenciais para “a boa prática” de avaliação de projetos.
Uma delas é a vontade política, por parte dos governos, de, de fato, integrar a avaliação ambiental em suas políticas, planos e programas, de modo que o processo de licenciamento ambiental não seja contaminado por discussões e conflitos que deveriam ter sido contemplados e resolvidos em esferas superiores da hierarquia de planejamento.
Outra é a boa coordenação entre as instituições envolvidas com a avaliação e a aprovação do projeto. É sabido que uma atividade, para que seja executada, depende de uma série de licenças e autorizações. Os tempos de análise e os requisitos de aprovação podem ser racionalizados com benefícios para o planejamento da atividade e a proteção do meio ambiente.
Com relação à qualidade técnica dos estudos (relatórios ambientais preliminares e estudos detalhados de impacto ambiental), a boa prática indica: termos de referência focados nas questões de interesse dos grupos sociais afetados, que devem participar de sua formulação, e pertinentes para a tomada de decisão; elaboração de estudos objetivos e bem coordenados, de forma a se obter a interdisciplinaridade, dedicados a previsão quantitativa e cientificamente fundamentada dos impactos ambientais, inclusive os cumulativos; critérios de revisão objetivos e painéis de revisão independentes; medidas de mitigação dos impactos negativos e planos de monitoramento de eficiência comprovada;
Processos transparentes e meios eficazes de informação e participação social desde o início e em todas as suas fases, e não apenas o acesso a documentos técnicos; participação em duas vias (diálogo entre o empreendedor e o público); mediação de conflitos antes da tomada de decisão. Finalmente, não se pode esquecer que o licenciamento e a AIA, além de prevenir a degradação do meio ambiente e contribuir para a sustentabilidade, são um processo de aprendizagem, que traz benefícios importantes além de subsidiar a decisão, tais como: aumentar a consciência dos participantes sobre as questões ambientais; melhorar a qualidade dos projetos e o desempenho profissional; e promover a melhor gestão ambiental dos empreendimentos. Desejando que este seminário seja bem sucedido, lembro que está na hora de os profissionais de meio ambiente juntarem esforços para revitalizar o sistema de licenciamento ambiental, colaborando para a solução dos problemas políticos e institucionais que têm prejudicado sua implementação. Destaco para a nossa reflexão apenas dois deles, já que dos aspectos técnicos e processuais do licenciamento alguns já trataram aqui com aptidão: o conflito de competência para licenciar, a ser resolvido pelo esclarecimento das atribuições das entidades de meio ambiente dos três níveis de governo, respeitando-se porém os princípios de coordenação e descentralização das decisões; e o ainda reduzido compromisso, por parte dos empreendedores, notadamente dos órgãos públicos setoriais e empresas estatais, de integrar a avaliação ambiental a todo o ciclo de planejamento de seus projetos. Precisamos motivá-los.
Sustentabilidade
A sustentabilidade envolve atender às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações também satisfazerem suas necessidades. Sustentabilidade entende-se pela conservação dos recursos naturais e de todo ecossistema.
Nos dias atuais, muito se fala sobre sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável. Porém, esse termo foi utilizado pela primeira vez em 1987, por Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e que atuou como presidente de uma comissão da Organização das Nações Unidas, onde em uma publicação mencionou o futuro comum do planeta.
Durante a maior parte de sua existência, o homem viu-se como um dominador da natureza e julgava que ela estava acessível apenas para o seu bem-estar e desenvolvimento econômico. Esse modo de pensar gerou uma sociedade de consumo, que é exatamente o contrário do desenvolvimento sustentável, pois as indústrias e fábricas buscam retirar o máximo de recursos do planeta para concentrar capital e atender o consumismo excessivo da população, acarretando muito desperdício. O roteiro praticado pela economia até o momento foi extrair, produzir, vender, utilizar e descartar, sem se atentar com a natureza e com as futuras gerações, como se os recursos naturais não possuíssem limite.
Opadrão de desenvolvimento da nossa sociedade definido até o instante causou impactos rigorosos, como a poluição ambiental e desigualdade social. Demonstrou que o ser humano não pode utilizar o que e quanto quiser sem se atentar com as consequências.
Somente na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, bem como chamada Cúpula da Terra, Rio 92 ou Eco 92, realizada em 1992 no Rio de Janeiro, um dos episódios mais marcantes, que contou com a presença de Chefes de Estado de 178 países. Reconheceu-se nesse congresso que se faz fundamental um desenvolvimento balanceado, onde apareçam tecnologias que hostilizem os impactos ambientais causados ao longo do tempo pela exploração desenfreada, que os recursos naturais tornem suficientes para manter as próximas gerações e que o esforço pela sustentabilidade deve estar ligada ao desenvolvimento social e econômico das nações.
Os que buscam aplicar as ideias da sustentabilidade levam em conta a harmonia entre a natureza e a sociedade em qualquer empreendimento humano, tendo como base ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente diverso. No Brasil, empresas que estimulam a sustentabilidade, recebem certificado e estímulos fiscais.
Ecologicamente correto
Um produto para ser considerado ecologicamente correto deve ter suas matérias-primas naturais renováveis, adquiridas de modo sustentável ou por biotecnologia não transgênica, bem como a reciclagem de matérias-primas sintéticas por métodos tecnológicos limpos, possuir baixo consumo energética para a sua fabricação, com menor carga residual sobre o meio ambiente e possibilidade máxima de recuperação ou reciclagem.
Figura 2: Ecologicamente Correto
Fonte: 2 Google Imagens,2017
Economicamente viável
A sustentabilidade não pretende paralisar o desenvolvimento, mas sim maneiras de pensar em meios que proporcionem o crescimento sem agredir o meio ambiente. Essa evolução, aumentam as chances de acordos que podem ser aproveitadas por pessoas e empresas.	
Um dos exemplos de desenvolvimento sustentável é a reciclagem. Porém se o gasto com a reciclagem de determinado material for maior que o de extrair o recurso bruto da natureza, esse processo não será economicamente viável e tenderá a não continuar. A sustentabilidade, por outro lado, está relacionada com a ideia de continuidade. Por isso, pesquisas devem ser realizadas para desenvolver meios que tornem economicamente viável a reciclagem de um determinado material.
Exemplo de economicamente viável atualmente foi a utilização de lâmpadas fluorescentes ao invés de incandescentes, o que proporcionou uma economia de 80% na conta de energia.
Figura 3 Ecologicamente Viável
Fonte: Google Imagens,2017.
Socialmente justo
Reconhecer que cada ação afeta o todo, pois a vida é interação e tudo está relacionado. Abrange a ética, justiça social, educação de qualidade, trabalho decente para todos e solidariedade. 
Um modelo que representa o socialmente justo é a utilização de transporte coletivo como um meio sustentável de diminuir a quantidade de carros, em consequência a poluição gerada para o meio ambiente. Porém deve ser de qualidade e acessíveis e confortáveis para o uso de todos, inclusivamente de idosos e pessoas com deficiências. Desse modo, as ideias e tecnologias que têm a sustentabilidade como foco devem levar em conta também classes e grupos menos favorecidos.
Figura 4: Socialmente Justo
Fonte: 3 Google Imagens,2017.
Culturalmente diverso
Reconhecer a heterogeneidade, proporcionar vínculo de respeito com todos e conceber proveitos para todos. Os pensamentos sustentáveis promovem a igualdade, não a desigualdade e preconceitos visto hoje. 
Figura 5: Culturalmente Diverso
Fonte: Google Imagens,2017.
Ações relacionadas a sustentabilidade
	Existem ações que beneficiam a sustentabilidade, são elas:
	Exploração dos recursos vegetais de florestas e matas de forma controlada, garantindo o replantio sempre que necessário.
	Preservação total de áreas verdes não destinadas a exploração econômica.
	Ações que visem o incentivo à produção e consumo de alimentos orgânicos, pois estes não agridem a natureza além de serem benéficos à saúde dos seres humanos;
	Exploração dos recursos minerais (petróleo, carvão, minérios) de forma controlada, racionalizada e com planejamento.
	Uso de fontes de energia limpas e renováveis (eólica, geotérmica e hidráulica) para diminuir o consumo de combustíveis fósseis. Esta ação, além de preservar as reservas de recursos minerais, visa diminuir a poluição do ar.
	Criação de atitudes pessoais e empresarias voltadas para a reciclagem de resíduos sólidos. Esta ação além de gerar renda e diminuir a quantidade de lixo no solo, possibilita a diminuição da retirada de recursos minerais do solo.
	Desenvolvimento da gestão sustentável nas empresas para diminuir o desperdício de matéria-prima e desenvolvimento de produtos com baixo consumo de energia.
	Atitudes voltadas para o consumo controlado de água, evitando ao máximo o desperdício. Adoção de medidas que visem a não poluição dos recursos hídricos, assim como a despoluição daqueles que se encontram poluídos ou contaminados.
Figura 6: Planeta Sustentável Para Todos.
Fonte: Google Imagens,2017.
Principais Benefícios
As práticas de atos de sustentabilidade asseguram a médio e longo prazo requisitos para a prosperidade das variadas formas de vida, até mesmo a humana. Atesta os meios naturais para as próximas concepções, proporcionando a preservação dos recursos naturais e qualidade de vida.
DESCARTE DOS MATERIAIS
Separar o que é útil do inútil, mantendo somente o necessário e na quantidade adequada
Descarte de materiais no Brasil
O cuidado com o descarte de matérias mecânicos atualmente está sendo de grande importância em todos os ramos profissionais. 
Para os profissionais formados em engenharia mecânica, ou estudantes que pretendem seguir este ramo profissional, deverá aprofundar-se cada vez mais na abordagem da conscientização e sustentabilidade ambiental, pois devido ao aquecimento global, a poluição e outros fatores, vem surgindo novas normas ambientais quanto ao descarte, reutilização, e manejo de materiais exigindo desse profissional um estudo constante para a fabricação, aperfeiçoamento, para com seus futuros projetos, para que agridam cada vez menos o meio – ambiente.
No Brasil tanto engenheiros como outros profissionais estão adotando as normas ambientais brasileiras, como o exemplo do setor automobilístico, aeronáutico, naval entre outros. No setor automobilístico além das fabricas temos o exemplo das oficinas mecânicas, que estão em constante investimento para com meio-alternativos para o descarte dos matérias como o óleo usado no carros, gás, pneus e até mesmo nas peças que sofreram algum dano e tiveram de ser trocadas, invés de somente descartarem como lixo comum, um dos vários exemplos desses meio-alternativos, são os decantadores de óleo que são responsáveis pela separação da água e do óleo do automóvel, maquinas que reciclam o gás liberado pelo ar-condicionado, pois a emissão do mesmo agride o meio-ambiente por ser um gás contaminado, as lavadoras de peças também ajudam no descarte diminuindo o solvente contido nas peças mecânicas, mas infelizmente ainda não são todas as oficinas que abordam esse tipo de uso do lixo para elas, simplesmente jogando ou realocando esses meios como lixo comum. 
Além do setor automobilístico também temos o setor aeronáutico que também estão se adaptando as essas normas, por gerarem muito lixo sólido, liquido e gasoso, com a constante troca de peças por terem um prazo de uso nessas aeronaves, tanto de pequeno, como médio e grande porte.
O setor aeronáutico é um dos mais desafiadores atualmente por ter um grande descarte, pois além do descarte comum como o de peças e matérias mecânicos as aeronaves assim como os carros e os navios, também possuem fluidos ou “lixo-molhado” que são contaminantes aos meios-fluviais do meio –ambiente,como óleos lubrificantes e hidráulicos, combustíveis entre outros. Além disso algumas aeronaves também contém materiais altamente nocivos à saúde como o chumbo, e o mercúrio, exigindo do profissional responsável pelo reparo e descarte desses materiais um cuidado extremo para com o manuseio, armazenamento e descarte desses matérias, como os da empresa responsável por eliminarem esse material.
No Brasil a demanda e a criação de empresas responsáveis para o descarte e reciclagem desses materiais tem aumentado cada vez mais, por ser um negócio altamente lucrativo, mas que requer um alto investimento, pois dependendo do material a empresa tem uma margem lucrativa relativamente grande, até mesmo por materiais que são descartados por fábricas, oficinas, mas não considerados como sucatas pelas empresas responsáveis por cuidarem desses materiais. Muitos dos materiais descartados que não podem ser mais usados para o destino que foi fabricado, como painéis, poltronas de aeronaves, são na maioria das vezes reutilizados, como decoração, ou até mesmo para uso doméstico como poltronas de escritórios, enfeites, entre outros meios, além das empresas responsáveis por cuidarem desses lixo, pagarem na maioria das vezes por esse material considerado sucata, um desses exemplos é o óleo automotivo, que rendem ao proprietário da oficina R$100,00, R$150,00 o galão com esse óleo.
Para os engenheiros mecânicos, quanto para as outras engenharias, esse é um dos diversos desafios da profissão , pois todo projeto já realizado, ou que ainda está tomando forma, em algum momento irá necessitar de melhorias ou reparos criando a necessidade da substituição de algum material sólido, liquido, ou até mesmo gasoso para que o projeto tenha um desempenho, e um rendimento melhor e mais sustentável para com o meio-ambiente , buscando sempre a projeção de como aquele projeto irá interferir no meio-ambiente. Projetos como carros elétricos que tem a mesma função que os carros movidos a combustíveis fósseis, poluem menos e não trazem malefícios ao meio-ambiente, placas fotovoltaicas que substituem a energia hidrelétrica pela energia solar, sendo um dos projetos mais inovadores, por usar somente a energia solar e diminuir a quantidade de dependentes da energia hidrelétrica, pois atualmente o Brasil vem passando uma crise hídrica, como também a construção dessas usinas que geram esse tipo de energia agridem ao meio-ambiente, tendo de desmatar, e realocam o fluxo fluvial represando a água para a geração da energia, entre outros projetos que agridam cada vez menos nossa atmosfera terrestre, e que ao precisarem ser substituídos, possam ter um descarte, ou até mesmo a reciclagem para a reutilização de alguma peça em algum outro projeto, diminuindo assim a quantidade de materiais que devem ser destruídos por não terem utilização alguma.
Países líderes em descarte e reciclagem de materiais
A Alemanha atualmente é a líder em descarte de matérias, e em segundo lugar o Japão, por serem países altamente desenvolvidos, e terem uma economia melhor, tem investido frequentemente em projetos que visam o descarte e a reciclagem desses materiais. De acordo com o site senado.leg.br a Alemanha, pretende realizar a recuperação completa desses materiais descartados até o final desta década, já o Japão por ser um país pequeno e com uma das maiores populações mundiais, se viu no desafio de reduzir com total eficácia do lixo produzido criando leis, e implantando meios educacionais até mesmo em escolas, para a conscientização da população, quanto ao descarte desses materiais.
Figura 7: Líder Mundial em Descarte de Materiais.
Fonte: Google Imagens,2017.
REUTILIZAÇÃO DOS RESIDUOS SÓLIDOS
Para que resíduos possam ser reutilizados, a fabricação de produtos deve ter características tais que permitam uma reutilização dos mesmos sem perda significativa de sua qualidade inicial. A Reutilização de resíduos sólidos tem a finalidade de prolongar a vida útil de um produto no mercado. Produtos dessa categoria devem possuir uma indicação de quantos ciclos de produção podem atravessar sem afetar suas características principais.
Areias de Fundição
Na Fabricação Mecânica são vários os setores que para produzir algum produto final utilizam matéria prima e insumos. No setor de fabricação de peças, mais preciso nas fundições onde se se utiliza vários tipos de processo de moldes, um deles é o chamado de processo por moldagem com “Areia Verde”, é um dos processos mais baratos em questão financeira, pois nesse processo não tem um critério muito rigoroso na questão da areia utilizada, utiliza-se sílica, argila e água como aglomerante, para o molde ficar com características plásticas e mecânicas e atender os requisitos para se um bom molde e consequentemente obter um bom componente fundido. Logo Após o processo da fundição, espera um tempo de cura para que as peças moldadas esfriarem. Logo após isso os moldes são destruídos, para se chegar a peça fundida. 
Nesse processo cerca de quase toda areia usada nos moldes é reaproveitada. Mas devido às altas temperaturas do processo, após várias utilizações as areias adquirem altas concentrações de metais pesados, como o chumbo, tornando-se inviável sua utilização no processo, pois afetaria de maneira significativa qualidade das peças fundidas, dessa maneira a areia quando atinge um estado físico onde não pode mais ser utilizada no processo ela é descartada em aterros sanitários próprios para receber esse tipo de resíduo. Os Aterros são construídos para receber esse tipo de material dependendo do tipo de resíduo e grau de contaminação. Na maioria dos casos, esses aterros são construídos para receber a demanda de indústrias durantes 20 a 30 anos. Esses aterros serão constantemente acompanhados e o solo ao redor dos aterros serão analisados para averiguar se o meio ambiente está sendo contaminado. Esses Aterros ainda não são uma solução definitiva, pois cada vez mais são construídos novos para atender a demanda das Fundições, que aumentam cada vez mais sua produção, assim, gerando mais desses resíduos sólidos.
Mas várias pesquisas estão sendo realizadas, buscando solucionar esse problema, uma delas está no estudo da viabilidade do reaproveitamento da areia da fundição, para uso na fabricação de tijolos para a construção civil e peças decorativas. Pesquisas estão sendo feitas para avaliar a qualidade e se os resíduos ficam estáveis nas matrizes fabricadas com Cimento, no estudo as matrizes são aprimoradas pelo emprego de sílica ativa e ou um aditivo superplastificante. Duas disposições foram usadas na fabricação de tijolos maciços e na produção de peças decorativas. Todos os resultados obtidos confirmaram a viabilidade para a utilização dos tijolos para o uso na construção de casas ou em qualquer projeto de alvenaria e para a produção de peças decorativas. Confirmando excelente custo-benefício ao meio ambiente, pois esses resíduos ganharam uma nova finalidade ao invés de serem descartados no meio ambiente, além de gerar emprego e renda.
Fonte Geradora do Resíduo Sólido
Um estudo foi realizado em uma empresa, o resíduo sólido é proveniente da desmoldagem da areia de fundição aglomeradas com argila, empregadas pela indústria, para obtenção de peças metálicas utilizadas no processo de fabricação de seus produtos. Seu setor de fundição atinge uma produção aproximada de 2500 toneladas de peças metálicas de ferro cinzento por mês, para isso, descarta-se cerca de 500 toneladas de resíduos sólidos provenientes do desmonte dos moldes de areia. A empresa está localizada na cidade de São Carlos, Estado de São Paulo, e deposita os resíduos sólidos gerados em um aterro industrial adequado para essa finalidade, a um custo aproximado de R$ 200,00 por tonelada.
A areia-base utilizada na composição das areias de fundição é do tipo siliciosa, encontrada em jazidas da região. A argila utilizada como aglomerante é a bentonita (argila) sódica ativada.
Utilizada como aditivo, emprega-se na composição das areias de fundição, o carvão mineralem pó, participando da mistura em pequenas proporções. Com o vazamento do metal líquido nos moldes, a areia de fundição passa por um processo de queima a uma temperatura próxima de 1400 0C. Nessa temperatura a areia-base não se funde, mantendo a estrutura granular cristalizada, porém grande parte da argila perde suas características aglomerantes, transformando-se em material pulverulento inerte, ou aderindo aos grãos de areia. A solidificação do metal envolve formação de gases, que são liberados passando através do molde, carregando consigo partículas do metal utilizado, os quais se solidificam dentro do molde e farão parte constituinte das areias de fundição de descarte.
As areias de fundição usadas são reaproveitadas, através de um processo de recuperação e regeneração. As areias de fundição descartadas, ou seja, as que realmente se transformam em resíduo, são provenientes de pedaços dos moldes que se desagregam durante o percurso nas esteiras rolantes e caem no chão, assim como do esvaziamento parcial do silo, destinado ao armazenamento das areias usadas que é efetuado quando se encontra excessivamente cheio.
Números e Projeções 
O Brasil é responsável pela produção de três milhões de toneladas por ano de componentes fundidos.
O Brasil está em 7° Lugar como produtor mundial (base 2014), as condições naturais e geológicas do nosso país demonstram que possuímos um grande potencial para tornamos um dos maiores produtores mundiais em fundição.
Gráfico 1: Produção Mundial de Componentes Fundidos em Milhares de Toneladas (2012)
Fonte: Associação Brasileira De Indústrias De Fundição (ABIFA)
Olhando esses números, podemos observar como o Brasil está crescendo em relação a outros países. Só no ano de 2007 foram extraídos cerca de 2,5 milhões de toneladas de areias para atender a demanda de Siderúrgicas e Metalúrgicas. 
 A partir de dados encontrados da produção atual foram feitas projeções até o ano de 2020 seguindo, a linha de crescimento do setor. 
Gráfico: 2 Projeção e Demanda
Fonte: Associação Brasileira De Indústrias De Fundição (ABIFA)
Todos esses dados mostram que a tendência é do Brasil aumentar sua produção a cada ano.
 Para se tomar como exemplo a Metalúrgica Grove que fabrica bombas e válvulas, consome em apenas um mês, a quantidade de 15 toneladas de areia em sua produção.
DISSERTAÇÃO
Sustentabilidade pode ser definida como a capacidade do ser humano interagir com o mundo preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais das gerações futuras.
O meio ambiente envolve todas as coisas vivas e não-vivas ocorrendo na Terra, ou em alguma região dela, que afetam os ecossistemas e a vida dos humanos. É o conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.
A reciclagem é o termo geralmente utilizado para designar o reaproveitamento de materiais beneficiados como matéria-prima para um novo produto. Muitos materiais podem ser reciclados e os exemplos mais comuns são o papel, o vidro, o metal e o plástico. As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de fontes naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração.
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	         DESCARTE DE MATERIAIS AERONÁUTICOS. Disponível em: <http:// http://mecanicosdeplantao.com.br/site/descarte-de-materiais-aeronauticos/>. Acesso em: 16 nov. 2017.
	         COMO alguns países tratam seus resíduos. Disponível em: <https://www12.senado.leg.br/emdiscussao/edicoes/residuos-solidos/mundo-rumo-a-4-bilhoes-de-toneladas-por-ano/como-alguns-paises-tratam-seus-residuos>. Acesso em: 16 nov. 2017.
	         COMO funciona a placa solar?. Disponível em: <https://mundoestranho.abril.com.br/tecnologia/como-funciona-a-placa-solar/>. Acesso em: 16 nov. 2017.
	         NBR12809 de 04/2013. [S.l.: s.n.], 2013. 14 p. Disponível em: <https://www.target.com.br/produtos/normas-tecnicas/39398/nbr12809-residuos-de-servicos-de-saude-gerenciamento-de-residuos-de-servicos-de-saudeintraestabelecimento>.Acesso em: 17 nov. 2017.

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