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Riscos a saúde relacionados a alimentos transgênicos

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1 INTRODUÇÃO
 Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Biotecnologia (ABRABI, 2003) alimentos transgênicos são obtidos a partir de variedades transgênicas ou que no seu processamento foram utilizados microrganismos geneticamente modificados.
Com o passar dos anos, o desenvolvimento de pesquisas na área de engenharia genética vem aumentando, diversos estudos científicos têm mostrado avanços importantes na manipulação de material genético de plantas, animais e seres humanos. Os alimentos transgênicos tem sido um tema estudado há mais de dez anos aqui no Brasil e em grandes universidades e laboratórios internacionais.
 A ONU projetou que a população mundial em 2050 será de 9,3 bilhões, com o acréscimo de 35% da atual. As indústrias terão que produzir 50% a mais de alimentos para alimentar toda a população mundial, tendo que preservar a biodiversidade, sem devastar ecossistemas (FAO/OMS, 2003). Os transgênicos visam no melhoramento de plantas e animais na busca pelo aumento da qualidade e quantidade de alimentos, e talvez constitua uma das soluções ao problema de suprimento alimentar. Porém, sempre existiram limitações, que foram superadas pela tecnologia do DNA recombinante.
 Essa nova tecnologia trouxe ganhos genéticos de substâncias para o melhoramento de plantas, que não seriam possíveis com técnicas tradicionais (HERRERA-ESTRELA, 2000). Por exemplo, algumas características importantes como a resistência a pestes, doenças, herbicidas e estresses ambientais, melhoramento de estocagem pós-colheita, aroma e cor dos alimentos, bem como aumento no valor nutricional (CONNER e JACOBS, 1999).
 Os riscos existentes associados a organismos geneticamente modificados (OGM) tem sido questionada há mais de vinte anos, muito antes de qualquer produto transgênico chegar ao comércio, gerando grandes debates que envolvem diferentes opiniões de governos, agricultores, comerciantes, associações de defesa dos animais, entre outros (CAVALLI, 2001). No decorrer deste trabalho iremos discutir um pouco mais sobre o assunto.
2 NECESSIDADE
 
2.1 OS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS VÃO ACABAR COM A FOME NO MUNDO?
 A ideia de que os transgênicos podem ajudar a combater a fome no mundo está baseada na falsa premissa de que faltam alimentos no mundo e de que os transgênicos são mais produtivos devido a causas sócio-econômicas. Outro fator é a padronização dos produtos para comercialização. As principais variedades transgênicas da grande agricultura são: soja, milho, algodão, canela, mandioca, tabaco, arroz, tomate e trigo são controladas atualmente por poucas empresas.
2.2 BENEFÍCIOS DOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
• Saúde: podem ser produzidos alimentos com melhores características nutricionais do que as das espécies naturais. 
• Economia: são conseguidas variedades de cultivos mais resistentes às adversidades (pragas, seca, geadas, etc.), garantindo a produção. 
• Conservação: ao obter cultivos mais resistentes, são reduzidas as intervenções na terra, evitando seu desgaste e o uso de agrotóxicos. 
• Preservação: por meio destas modificações genéticas, pode-se estender a vida útil do alimento.
2.3 O QUE AS PESQUISAS CIENTÍFICAS INDICAM?
 Pouca transparência marca estudos sobre riscos dos transgênicos, ameaças à saúde humana, meio ambiente e diversidade alimentar ainda são objetos de divergência entre cientistas, empresas, governos nacionais e organizações multilaterais.
2.3.1 PROBLEMAS RELACIONADOS AOS ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
 Aumento das alergias, aumento de resistência aos antibióticos, aumento das substâncias tóxicas nos alimentos, maior quantidade de resíduos de agrotóxicos, riscos ao meio ambiente.
No Brasil, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva já relataram o surgimento de doenças ligadas ao consumo de transgênicos, como alergias, câncer, depressão, esterilidade, malformação congênita, problemas neurológicos e mentais, aumento da resistência a antibióticos, entre outros.
2.3.2 OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE)
 Apesar da publicação de estudos que comprovariam os malefícios dos alimentos transgênicos, o Departamento de Segurança Sanitária dos Alimentos da OMS garante que jamais foi identificado nenhum caso de efeito nocivo sobre a saúde humana resultante do seu consumo.
2.4 IMPACTOS NO MEIO AMBIENTE E NA AGRICULTURA
 Trabalhos científicos demonstraram que o uso de transgênicos com genes de resistência aos agrotóxicos causa o desenvolvimento de maior resistência das pragas e das ervas daninhas combatidas, provocando o desequilíbrio dos ecossistemas.
2.5 O DIREITO DE SABER E ESCOLHER
 Diversas pesquisas de opinião feitas no país atestam que os consumidores querem saber se o alimento é ou não transgênico; o Decreto de Rotulagem de Transgênicos (Decreto 4.680/03); por meio de testes de laboratório a regra é: usou transgênico, tem que informar todos os alimentos, sejam eles in natura ou processados. Mesmo os alimentos originários de animais alimentados com ração transgênica – como leite, ovos, carnes – têm que ter um rótulo para avisar o consumidor com o símbolo “T”.
3 DESAFIOS
3.1 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO
 O Greenpeace, uma organização global de proteção ao meio ambiente, elaborou um artigo a respeito do risco vinculado aos transgênicos. E alega que:
O princípio de precaução pode ser definido como uma regra geral que em situações onde existam ameaças sérias e irreversíveis à saúde e ao meio ambiente e requeiram uma ação para evitar tais ameaças, mesmo que ainda não exista prova definitiva de dano. Este princípio não permite que a ausência de certeza científica seja usada para atrasar uma ação preventiva (Greenpeace, 2017).
 Mas até que ponto pode-se considerar essa precaução com a certeza de que, no caso, a ciência seja exata? Sendo a ciência um conhecimento sistemático, analisado, definido, testado, reconhecido, mas que continua se construindo. Desde o final dos anos 80, a ciência moderna conhecida como engenharia genética estabelece vínculo à manipulação de material genético com diretrizes à saúde humana, animal e ambiental através de testes entrelaçados às leis de biossegurança e tornou-se polêmica principalmente em relação à produção alimentícia.
3.2 REGULAMENTAÇÃO
 Houve um acordo na Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) em 29 de janeiro de 2000 conhecido como Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança, que de forma resumida, atribui compromisso com a proteção na transferência, manipulação e uso seguro dos organismos geneticamente modificados, afim de conservar a diversidade biológica contra os riscos para a saúde humana, e enfocando especificamente os movimentos transfronteiriços.
 O fato é que, três meses após a liberação da comercialização de planta transgênica no Brasil, foi criado em março de 2005 o Decreto que regulamenta dispositivos da Lei nº 11.105 em que as atividades relacionadas aos OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) só poderão ser autorizadas e certificadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio):
Cuja finalidade é prestar apoio técnico consultivo e assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança relativa a OGM, bem como no estabelecimento de normas técnicas de segurança e pareceres técnicos referentes à proteção da saúde humana, dos organismos vivos e do meio ambiente, para atividades que envolvam a construção, experimentação, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, armazenamento, liberação e descarte de OGM e derivados. (CTNBio, 2017).
3.3 INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR
 De acordo com o Decreto nº 4.680 de 2003, alimentos que apresentarem mais de um por cento em sua composição devem apresentar no rótulo ou recipiente da embalagem a natureza transgênica do produto, além de conter a especificação da espécie doadora do gene localizado nos ingredientes; lembrando quenão serão considerados estes dados na safra de soja colhida em 2003. 
 Mas há uma repercussão negativa entre empresas que defendem os alimentos geneticamente modificados quanto ao símbolo “T” de transgênico sob um triângulo amarelo que possivelmente indica algum tipo de risco, de acordo com o Mapa de Risco formulado pela SST (Saúde e Segurança do Trabalho).
[...] Além de não garantir o direito à informação, a regra de rotulagem vigente no País acaba por negar ao consumidor [...] o direito à escolha. O símbolo claramente afasta o cidadão de uma avaliação independente, além de inibir qualquer fabricante a utilizar insumos transgênicos comprovadamente seguros – atestados por órgãos técnicos do poder público, especialmente a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).
[...] Desde a chegada dos transgênicos no País, a indústria da alimentação vem demonstrando ser totalmente favorável a informar seus consumidores sobre a eventual presença de insumos GM na lista de ingredientes de seus produtos, tão logo eles sejam adotados. Contudo, como o setor respeita a legislação vigente e não deseja estampar em seus produtos um símbolo que erroneamente remete a "perigo", dificilmente os transgênicos serão utilizados em grandes quantidades pelas empresas.
 Ou seja, a intenção dessa simbologia não oferece conforto para as empresas que comercializam os OGMs e tão pouco para os cidadãos que compram-os. Uma oportunidade de agregar esses produtos de maneira consciente, seria apresentar em debates públicos as suas características e expô-las a sociedade através de propagandas, revistas e debates sociais a respeito da transparência na rotulagem, afim de esclarecer se o significado que o símbolo transmite atende ao seu aspecto legítimo.
4 JUSTIFICATIVA
 Os Organismos Geneticamente Modificados estão presentes na agropecuária brasileira desde o fim do século passado, com a finalidade de fazer plantas mais resistentes a doenças e herbicidas. Os Transgênicos já aparecem em 85% da soja plantada no Brasil, o que faz ser o segundo maior semeador de transgênicos do mundo.
 Porém ainda não se tem dados confirmados do uso a longo prazo dos OGMs, o que causa preocupação e receio em alguns pesquisadores e ativistas, que acreditam que os alimentos geneticamente modificados por causar danos a saúde humana e ao meio ambiente.
 Além disso, existe uma lei que exige que produtos que contenham mais de 1% de material transgênico na composição identifiquem com um “T” preto sobre um triângulo amarelo na embalagem. Entretanto, não é especificado que tipo de junção houve na modificação genética. 
 O uso desta nova tecnologia é um avanço na agricultura moderna trazendo consigo preocupações previstas ao presente e para o futuro, não deixando de ser um avanço e de oferecer vantagens para os produtores e semeadores.
5 ABRANGÊNCIA
 Em muitos países, inclusive no brasil, existe o debate sobre a rotulagem dos alimentos geneticamente modificados ou OGM. Apoiadores que é um direito das pessoas saberem o que estão consumindo. Mas porque precisamos saber se um alimento é geneticamente modificado? 
 Ele é perigoso e por isso precisamos desses aviso na embalagem ? Mais importante do que saber se o alimento é o ou não OGM, é saber o que significa ele ser um OGM ou transgênico. Já explicamos como são feitos os OGM, sejam plantas ou animais. Mas existe certa insegurança.
 Na população em consumir esses alimentos, mesmo eles sendo produzidos e comercializados no país a décadas e representam mais de 88% de toda produção , no caso a soja , e 60% no caso do milho. Essas inseguranças se deve a falta de informação. Quando não entendemos alguma coisa nós a rejeitamos , é mais seguro rejeitar algo que não conhecemos do que nos arriscamos.
6 CONCLUSÃO
 Há estudos que apontam que alguns alimentos transgênicos causam alergias, mas não foram reconhecidas pelas estatais que liberaram sua comercialização. Os estudos sobre os riscos dos transgênicos podem ameaçar a saúde humana ou o meio ambiente que ainda são objetos de estudo.
 Apesar desse assunto estar em avaliação existem alguns tipos de malefícios, entre eles, alguns argumentos como “ignorar os agrossistemas sustentáveis e os possíveis efeitos”, perdas de biodiversididade e erosão genética etc. Enquanto outro, benéficos: sementes com qualidade nutritiva aumentada, aumento e melhoria na produtividade pela maior resistência a doenças e pragas, redução de custos. Então pode-se concluir que ainda não existe algo concreto se os transgênicos fazem bem o mal, mas a ciência está cada vez mais moderna e futuramente teremos uma posição mais consolidada.
REFERÊNCIA
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2006000100005
 http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Transgenicos/ http://revistas.ufpr.br/alimentos/article/view/1160
ABRABI. Associação Brasileira das Empresas de Biotecnologia. Alimentos transgênicos. Disponível em: http://www.abrabi.org.br/alimentos.htm. Acesso em 6 out. 2003.
FAO/OMS. Report of a joint FAO/WHO Expert Consultation on foods derived from biotechnology: safety aspects of genetically modified food of plant origin. Genebra, 2000. Disponível em: . Acesso em: 28 jul. 2003.
HERRERA-ESTRELLA, L.R. Genetically modified crops and developing countries. Plant Physiology, v. 124, p. 923-925, Nov. 2000.
CONNER, A.J.; JACOBS, J.M.E. Genetic engineering of crops as potential source of genetic hazard in the human diet. Mutation Research, New Zealand, v. 443, p. 223-234, 1999.
CAVALLI, S.B. Segurança alimentar: a abordagem dos alimentos transgênicos. Rev. Nutr., Campinas, v. 14, p. 41-46, 2001.
http://www.idec.org.br/uploads/publicacoes/publicacoes/cartilha-transgenico.pdf http://www.greenpeace.org/brasil/pt/O-que-fazemos/Transgenicos/ http://www.amaranthus.esalq.usp.br/Transgenico.htm http://www.amaranthus.esalq.usp.br/Transgenico2.htm http://www.nutricash.com.br/noticias.aspx?id=60 
http://www.idec.org.br/consultas/dicas-e-direitos/saiba-o-que-sao-os-alimentos-transgenicos-e-quais-os-seus-riscos
http://www.scielo.br/pdf/rn/v14s0/8762.pdf 
http://www.infoescola.com/genetica/alimentos-transgenicos/ http://www.unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2016/041_alimentos_transgenicos.pdf
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http://reporterbrasil.org.br/2013/11/embrapa-ja-tem-alimentos-transgenicos-liberados/ https://www.youtube.com/watch?v=bR4ceYOu81o
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