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COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL, COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA

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ARTIGO 1- COMUNICAÇÃO E CUIDADO
Nas relações interpessoais, a comunicação é a base fundamental, especialmente na área da saúde, em que lidamos com pessoas que necessitam especificamente dos nossos cuidados. Nesse processo de comunicação, é onde se estabelecem as relações de confiança necessárias para o paciente diminuir o medo, a ansiedade e permitir, que o mesmo, lute por sua melhora com dignidade.
¹ Vínculo- é muito importante que haja vinculo para que possamos obter uma relação de diálogo que estabeleça respeito e entendimento. Isso implica na disponibilidade, abertura, valorização do outro como interlocutor válido, sendo necessário ter humildade, escuta e solidariedade para com o próximo. Essa é a fase inicial de apresentação, onde se diminui a tensão e a ansiedade em decorrência da redução da distância entre enfermeira e paciente, portanto, ambos se sentem mais à vontade um com o outro. 
Sendo assim, se vê necessária a mudança de atitude por parte dos profissionais, para que possam identificar as necessidades do indivíduo, considerado na sua integralidade, singularidade e cidadania, possibilitando continuidade e sucesso dos cuidados à saúde.
² Comunicação- por meio dela, as relações se concretizam, e o cuidado se efetiva no cotidiano assistencial ao usuário, percebendo nas formas de expressão, verbal e não-verbal, as suas necessidades de saúde.
A comunicação verbal está representada pela linguagem escrita ou falada. A interação pode ocorrer utilizando técnicas de comunicação verbal que auxiliam na expressão, clarificação e validação da mensagem. 
Expressão: refere-se à transmissão específica da informação. 
Clarificação: é procurar entender o que está acontecendo naquele momento, 
ou seja, compreender uma ideia, um gesto ou um comportamento.
Validação: consiste em certificar-se de que a compreensão está correta e se entendemos o que foi dito.
Já a comunicação não-verbal, ocorre na interação por meio de gestos, posturas, expressões faciais, orientações de corpo, singularidades somáticas naturais ou artificiais, organização dos objetos no espaço e até pela relação de distância mantida entre os indivíduos. A classificação do não-verbal inclui: paralinguagem, cinésica, proxêmica, tacêsica. 
A paralinguagem pode ser representada pelo ritmo da voz, intensidade, entonação, grunhidos, ruídos vocais de hesitação, tosses provocadas por tensão, suspiro, etc. 
A cinésica é a linguagem do corpo, ou seja, os seus movimentos, desde os gestos manuais, movimento dos membros, meneios de cabeça, até as expressões mais sutis, como as faciais (que demonstram seu estado afetivo, por exemplo).
A proxêmica é o uso que o homem faz do espaço, como a distância mantida entre os participantes de uma interação. Assim, dois conceitos são importantes: espaço pessoal (representa o quanto nosso corpo aguenta a proximidade de alguém ) e territoriedade (área que o indivíduo determina como sua, defendendo-a de outras pessoas).
A tacêsica abrange tudo que envolve a comunicação tátil, pressão exercida, local onde se toca, duração do contato, velocidade de aproximação, intensidade e frequência do toque, sensação provocada, idade e sexo dos comunicadores.
Sendo assim, a comunicação verbal e não-verbal são elementos fundamentais no estabelecimento das relações interpessoais, consistindo em ferramentas que podem potencializar ou enfraquecer as ações no que se refere à humanização e à ética na assistência de enfermagem.
³ Comunicação terapêutica- Esta relação pode proporcionar o desenvolvimento do autocuidado no paciente, que passa a ter independência e adquirir responsabilidades na sua recuperação. Constituem elementos básicos da comunicação terapêutica: o pensamento terapêutico; a empatia; a escuta; a atenção as emoções do paciente; o respeito, o acompanhamento do paciente em suas reflexões; a ajuda ao paciente para aumentar sua dignidade; a autorreflexão; e a auto-observação. 
Dentre os elementos, destacam-se: a empatia, a escuta receptiva, o respeito e o acompanhamento do paciente em suas reflexões. 
Empatia – o enfermeiro demonstra na face e nas palavras que se importa com a situação e as preocupações trazidas pelo usuário e que está se esforçando para compreendê-lo. 
Escuta - Ao falar de sua experiência, o usuário, por meio da escuta de sua própria narrativa, pode entender como vê o seu problema de saúde, como essa situação influencia a sua vida e a de sua família, podendo se tornar capaz de indicar um processo de adaptação às mudanças frente a essa nova realidade. Para isso, o profissional tem de estimular o paciente a falar livremente, pois, se utilizar perguntas normativas para dirigir a conversa, poderá não ter uma história tão verdadeira quanto a que terá com narrativas livres
⁴ Respeito- consiste em tratar o paciente como gostaríamos de ser tratados, com todos os direitos de um ser humano dentro de uma sociedade.
É considerado falta de respeito minimizar o que o paciente diz, o que vive, como se expressa, fazê-lo sentir-se um incômodo, dar a entender que ele está exagerando, fazer comparações com outras culturas ou generalizações, trata-lo por apelidos, não olhar nos olhos, julga-lo e entre outros.
Sendo assim, o respeito se torna uma ferramenta de extrema importância na comunicação interpessoal em qualquer circunstância, sendo com sua equipe de trabalho ou com o paciente. 
⁵ Acompanhamento- o enfermeiro, em uma relação de ajuda, deve acompanhar e propiciar à pessoa de quem cuida, uma reflexão sobre a sua situação de saúde e as maneiras de melhor viver com ela. Isso não quer dizer que a sua função é tentar solucionar o problema pelo usuário e sim facilitar uma comunicação na qual ele, com seu apoio, possa refletir sobre a questão de maneira autônoma, sem que o enfermeiro lhe dê concelhos, opiniões, ou tente convencer a pessoa a ter determinadas atitudes.
No acompanhamento das reflexões do paciente, é de extrema importância acreditar no que ele fala, tendo em vista que, no desenvolvimento do diálogo o enfermeiro se inteire da situação, dos significados e de suas dificuldades; estabelecendo assim, uma relação autônoma e moral entre paciente e enfermeiro.
No contexto assistencial da atenção básica, a comunicação deve servir para veicular informações, valores e emoções. Afim de gerar e manter vínculos, no intuito de promover a saúde e a cidadania. 
Portando é importante que todos os elementos citados, sejam parte da rotina de cada um, pois isso percorre todo o processo de enfermagem desde as etapas de coleta de dados e diagnóstico, até às do planejamento, implementação e de avaliação.
ARTIGO 2– COMUNICAÇÃO TERAPEUTICA EM ENFERMAGEM: INSTRUMENTO ESSENCIAL DO CUIDADO
O relacionamento entre enfermeiro e paciente tem muita importância no sentido de cuidar. Pois, a interação entre ambos pode influenciar o comportamento das pessoas, que reagirão com base em suas crenças, valores, história de vida e cultura.
¹Humanização- com a humanização da enfermagem, o paciente deixou de ser visto apenas como uma doença ou como um leito e passou a ser visto como um todo e de forma individualizada. Com isso, os enfermeiros passaram a identificar as necessidades básicas de cada paciente para poder agir sobre elas, contando principalmente com o paciente, que se faz sujeito ativo nesse relacionamento. Mediante aos vínculos estabelecidos, o trabalho da enfermagem é otimizado e o paciente é o principal beneficiário, pois, com a comunicação estabelecida com o paciente, que se pode compreender seu modo de pensar, sentir e agir.
²Relacionamento- Cada paciente e família possuem a chave para o cuidado de enfermagem efetivo, pois, quando a confiança é estabelecida, informações são proporcionadas e a pessoa se torna parte ativa na maximização de sua capacidade de funcionamento, pois a enfermeira cria estratégias para atingir a saúde ideal e abre a porta à satisfação do paciente e à eficiência do cuidado à saúde. Esse relacionamento, no entanto, não deve ser uma atitude mecânica, como frequentementeocorre. O paciente não deve ser visto apenas como um objeto de trabalho para a equipe de enfermagem, pois, assim, somente algumas necessidades dele serão satisfeitas. O relacionamento terapêutico depende do comportamento e atitudes de cada profissional, assim, o enfermeiro deve ter conhecimentos fundamentais sobre as bases teóricas da comunicação e adquirir habilidades de relacionamento interpessoal para agir positivamente na assistência ao paciente.
³Comunicação no cuidado- A comunicação é um processo que pode ser utilizado como instrumento de ajuda terapêutica.
Para que isso possa fluir bem, o enfermeiro deve saber escutar, falar quando necessário, dar abertura para realização de perguntas, ser honesto, mostrar respeito, dispensar tempo suficiente para a conversa e mostrar interesse, entre outras habilidades.
Esse tipo de comunicação facilita a identificação dos problemas por parte do enfermeiro e permite melhor assistência ao paciente. 
Sendo assim, a comunicação no cuidado tem como finalidade identificar e atender as necessidades de saúde do paciente e contribuir para melhorar a prática de enfermagem, ao criar oportunidades de aprendizagem e despertar nos pacientes sentimentos de confiança, permitindo que eles se sintam satisfeitos e seguros. Portanto, o cuidado é considerado um ato profissional do enfermeiro e se expressa no relacionamento interpessoal; é por meio dessa interação que o plano e a comunicação terapêutica são efetivados.
⁴Enfermagem Psicodinâmica- A enfermagem psicodinâmica envolve reconhecer, esclarecer e estabelecer uma compreensão sobre o que acontece quando o enfermeiro se relaciona de forma útil com o paciente. As etapas da enfermagem psicodinâmica desenvolvem-se com base em dois pressupostos: a atitude adotada pela enfermeira interfere diretamente no que o paciente vai aprender durante o cuidado, ao longo de sua experiência, como doente; o auxílio ao desenvolvimento da personalidade e ao amadurecimento é uma função da enfermagem, que exige o uso de princípios e métodos facilitadores e orientadores da solução dos problemas ou dificuldades interpessoais cotidianas. É necessário ressaltar que o processo vai muito além das técnicas de enfermagem, e poderão ser usadas ou não para resolver o problema do paciente.
⁵ Visita de Enfermagem - pouco tempo é dispensado para a visita dos pacientes, ou seja, para a identificação dos problemas e avaliação dos resultados, que algumas vezes nem acontece. O estado do paciente é dinâmico e se não houver maior proximidade do enfermeiro, a continuidade e qualidade do seu trabalho ficarão prejudicadas 
É na da visita de enfermagem que o enfermeiro estabelece a comunicação com o paciente, possibilitando o esclarecimento de dúvidas quanto à evolução e prognóstico, aos procedimentos a serem realizados, normas e rotinas da instituição ou unidade de internação e estrutura física hospitalar, desempenhando um importante papel na redução dos quadros de tensão e ansiedade que repercutem no quadro clínico do paciente.
Concluímos que, o enfermeiro tem um papel de extrema importância no âmbito hospitalar e precisa reconhecer, cuidar, respeitar, ouvir, acompanhar e manter uma relação terapêutica e determinante com o paciente para que, o mesmo, possa ter uma melhora relativamente ou completamente favorável em seu quadro clinico de saúde.
REFERÊNCIAS: Artigos- Comunicação terapêutica em Enfermagem: instrumento essencial do cuidado; A comunicação terapêutica na relação enfermeiro-usuário da atenção básica: um instrumento para a promoção da saúde e cidadania.