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ManualTrabalhosAcademicos 2013 2

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MANUAL DE 
PRODUÇÃO ACADÊMICA 
 TIPOS, NORMAS, MÉTODOS E MODELOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Faculdades Metropolitanas Unidas 
 
Presidente da Mantenedora: 
 • Prof. Edevaldo Alves da Silva 
 
Reitora: 
• Drª. Labibi Elias Alves da Silva 
 
Vice-Reitor Executivo: 
• Prof. Arthur Sperandéo de Macedo 
 
Vice-Reitor Acadêmico: 
• Prof. Dr. Arthur Roquete de Macedo 
 
Pró-Reitores: 
• Pró–Reitor de Ensino de Graduação – Prof. Ângelo Palmisano 
• Pró-Reitor de Ensino de Pós-Graduação – Dr. Eduardo Elias Alves da Silva 
• Pró-Reitor de Pesquisa – Prof. Arthur Roquete de Macedo 
• Pró-Reitora de Extensão, Integração Comunitária e de Cursos Sequenciais – Dra. 
Ana Cláudia Fioravante Bonaparte 
 
Administrador do Centro de Planejamento e Administração: 
• Dr. Edson Elias Alves da Silva 
 
Secretário Geral: 
 • Prof. Celso Hamilton de Camargo 
 
Diretores de Núcleo: 
• Núcleo das Ciências Jurídicas e Sociais – Prof. Dr. Roberto Senise Lisboa 
• Núcleo das Ciências Sociais Aplicadas, Humanas e das Artes – Profa. Dra. 
Dumara Coutinho Tokunaga Sameshima 
• Núcleo das Ciências Biológicas e da Saúde – Prof. Marcus Vinícius Gava 
 
Diretoria Administrativa: 
• Diretor de Marketing & Comercial – Wilson Diniz 
• Diretor de Infraestrutura – Luis Roque Mollo 
• Diretora de Estratégia & TI – Mônica Violim 
 
Coordenação do Curso de Administração 
• Henry Kupty 
• Marcos Zambanini 
• Patrícia do Amaral Merofa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mello, Roberto Agostinho de; Kaneta, Catalina Naomi; Souza, 
Clodoaldo de. 
Manual de produção acadêmica: tipos, normas e métodos/Roberto 
Agostinho de Mello; Catalina Naomi Kaneta; Clodoaldo de Souza. 
São Paulo: FMU, 2013. 
130 p. 
 
 
1. Metodologia Científica. 2. Pesquisa – Metodologia. 
I. Título. 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 9 
1 TRABALHOS ACADÊMICOS ...................................................................... 10 
1.1 Resumo ................................................................................................. 10 
1.1.1 Resumo crítico - resenha ................................................................ 11 
1.1.2 Resumo indicativo ou descritivo ..................................................... 13 
1.1.3 Resumo informativo ........................................................................ 13 
1.2 Projeto de pesquisa ............................................................................... 16 
1.2.1 Título do trabalho ............................................................................ 17 
1.2.2 Tema .............................................................................................. 18 
1.2.3 Problema ........................................................................................ 19 
1.2.4 Hipóteses ........................................................................................ 19 
1.2.5 Objetivos ......................................................................................... 20 
1.2.6 Justificativa ..................................................................................... 21 
1.2.8 Metodologia .................................................................................... 23 
1.3 Artigo científico ...................................................................................... 29 
1.3.1 Estrutura do artigo científico ........................................................... 30 
1.4 Painel, pôster ou banner ....................................................................... 31 
1.5 Monografia ............................................................................................ 33 
1.5.1 Estilo redacional ............................................................................. 33 
1.5.2 Estrutura da monografia ................................................................. 34 
1.6 Relatório de estágio supervisionado ............................................. 35 
1.7 Plano de Negócios ........................................................................... 35 
2 PESQUISA CIENTÍFICA .............................................................................. 37 
2.1 Elementos básicos de uma pesquisa .................................................... 39 
2.2 Classificação quanto à natureza da pesquisa ....................................... 39 
2.2.1 Pesquisa científica pura ou básica ................................................. 39 
 
2.2.2 Pesquisa científica aplicada ou prática ........................................... 40 
2.3 Classificação quanto à abordagem do problema .................................. 40 
2.3.1 Pesquisa quantitativa ...................................................................... 40 
2.3.2 Pesquisa qualitativa ........................................................................ 41 
2.3.3 Comparativo das pesquisas quantitativa e qualitativa .................... 42 
2.4 Classificação quanto aos objetivos da pesquisa ................................... 44 
2.4.1 Pesquisa descritiva ......................................................................... 44 
2.4.2 Pesquisa explicativa ....................................................................... 44 
2.4.3 Pesquisa exploratória ..................................................................... 45 
2.5 Classificação quanto aos procedimentos da pesquisa .......................... 45 
2.5.1 Pesquisa bibliográfica ..................................................................... 45 
2.5.2 Pesquisa documental ..................................................................... 47 
2.5.3 Pesquisa experimental ................................................................... 48 
2.5.4 Levantamento ou survey ................................................................ 48 
2.5.5 Estudo de caso ............................................................................... 49 
2.5.6 Pesquisa ex-post-facto ou quase experimental .............................. 50 
2.5.7 Estudo de campo ............................................................................ 50 
2.5.8 Revisão sistemática ........................................................................ 51 
3 TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE COLETA DE DADOS ......................... 52 
3.1 Observação ........................................................................................... 52 
3.2 Entrevista .............................................................................................. 53 
3.3 Questionário .......................................................................................... 54 
3.3.1 Preâmbulo ...................................................................................... 55 
3.3.2 Formato das questões .................................................................... 55 
3.3.3 Características físicas do questionário ........................................... 57 
3.3.4 Forma de aplicação do questionário ............................................... 57 
3.4 Pesquisando material bibliográfico na internet ...................................... 59 
 
4 NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE TRABALHO ACADÊMICO ........... 61 
4.1 Formato geral ........................................................................................ 61 
4.1.1 Papel .............................................................................................. 61 
4.1.2 Margens .......................................................................................... 61 
4.1.3 Fonte ..............................................................................................62 
4.1.4 Espaçamento .................................................................................. 62 
4.1.5 Alinhamento .................................................................................... 63 
4.1.6 Paginação ....................................................................................... 64 
4.1.7 Títulos e indicativos de seção ......................................................... 64 
4.1.8 Siglas .............................................................................................. 65 
4.1.9 Ilustrações ...................................................................................... 66 
4.1.10 Equações e fórmulas .................................................................... 67 
4.1.11 Utilização de negrito, itálico e aspas ............................................. 67 
5 CITAÇÕES .................................................................................................. 68 
5.1 Regras gerais – citação de texto ........................................................... 68 
5.1.1 Citação direta .................................................................................. 69 
5.1.2 Citação indireta ............................................................................... 72 
5.1.3 Informação verbal ........................................................................... 73 
5.1.4 Citação de fonte de trabalho em elaboração .................................. 73 
5.1.5 Citação de fonte de documento da internet .................................... 74 
5.1.6 Localização ..................................................................................... 74 
5.2 Sistema de chamada ............................................................................. 74 
5.2.1 Sistema autor e data ....................................................................... 75 
5.2.2 Sistema numérico ........................................................................... 77 
5.2.3 Apresentação da autoria da citação ............................................... 77 
5.2.3.1 Texto com autor único ................................................................. 77 
5.2.3.2 Texto com dois ou três autores .................................................... 78 
 
5.2.3.3 Texto com quatro ou mais autores .............................................. 79 
5.2.3.4 Sobrenome composto .................................................................. 80 
5.2.3.5 Sobrenome com indicação de parentesco ................................... 81 
5.2.3.6 Dois ou mais autores com o mesmo sobrenome ......................... 81 
5.2.3.7 Documentos do mesmo autor publicados em um mesmo ano .... 82 
5.2.3.8 Citações indiretas de diversos documentos de mesma autoria ... 82 
5.2.3.9 Citações indiretas de diversos documentos de diversos autores 83 
5.3 Notas de rodapé .................................................................................... 83 
5.3.1 Expressões latinas .......................................................................... 84 
5.3.1.1 Apud ............................................................................................ 84 
5.3.1.2 Idem ............................................................................................. 85 
5.3.1.3 Ibidem .......................................................................................... 86 
5.3.1.4 Opus citatum ................................................................................ 86 
5.3.1.5 Passim ......................................................................................... 87 
5.3.1.6 Loco citato ................................................................................... 87 
5.3.1.7 Conforme ..................................................................................... 88 
5.3.1.8 Sequentia..................................................................................... 88 
5.3.2 Notas explicativas ........................................................................... 89 
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................. 90 
6.1 Elementos da referência ....................................................................... 90 
6.1.1 Elementos essenciais ..................................................................... 90 
6.1.2 Elementos complementares ........................................................... 91 
6.2 Definições ............................................................................................. 91 
6.3 Regras gerais ........................................................................................ 92 
6.3.1 Ordenação ...................................................................................... 92 
6.3.1.1 Autores repetidos ......................................................................... 93 
6.3.2 Espaçamento .................................................................................. 93 
 
6.3.3 Alinhamento .................................................................................... 93 
6.3.4 Pontuação....................................................................................... 93 
6.3.5 Abreviaturas e expressões latinas nas referências ......................... 94 
6.4 Apresentação da referência .................................................................. 95 
6.4.1 Autor ............................................................................................... 96 
6.4.2 Título e subtítulo ............................................................................. 99 
6.4.3 Edição ........................................................................................... 100 
6.4.4 Local ............................................................................................. 100 
6.4.4.1 Cidades homônimas .................................................................. 101 
6.4.4.2 Local não informado .................................................................. 101 
6.4.5 Editora .......................................................................................... 101 
6.4.6 Data .............................................................................................. 102 
6.4.7 Descrição física ............................................................................ 102 
6.4.8 Parte de uma obra ........................................................................ 103 
6.4.9 Capítulo com autoria própria......................................................... 103 
6.4.10 Tese, dissertação e trabalho de conclusão de curso .................. 103 
6.4.10.1 Trabalho científico consultado na internet ............................... 104 
6.4.11 Leis, decretos e portarias ........................................................... 104 
6.4.11.1 Leis, decretos e portarias na internet ....................................... 105 
6.4.12 Verbete ....................................................................................... 105 
6.4.13 Texto bíblico ............................................................................... 106 
6.4.14 Relatório ..................................................................................... 106 
6.4.15 Evento ........................................................................................ 106 
6.4.15.1 Evento ou parte de evento na internet ..................................... 107 
6.4.16 Publicação periódica ................................................................... 107 
6.4.17 Artigo de uma publicação periódica ............................................ 108 
6.4.17.1 Artigo de periódico na internet ................................................. 108 
 
6.4.18 Artigo de jornal ............................................................................ 1086.4.18.1 Artigo de jornal na internet ....................................................... 108 
6.4.19 Documento de acesso exclusivo em formato eletrônico ............. 109 
6.5 Instrumentos de apoio ......................................................................... 109 
6.5.1 Mecanismo online para referências - MORE ................................ 110 
6.5.2 Mendeley ...................................................................................... 110 
7 TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ......... 111 
7.1 Projeto do TCC.................................................................................... 111 
7.1.1 Estrutura do projeto de pesquisa .................................................. 111 
7.2 Versão final do TCC ............................................................................ 112 
7.2.1 Estrutura do trabalho de conclusão .............................................. 113 
7.3 Abreviaturas de titulação ..................................................................... 115 
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 116 
APÊNDICE A – Modelo para elaboração de resumo textual ........................ 120 
APÊNDICE B – Modelo para elaboração de resumo informativo ................. 121 
APÊNDICE C – Modelo para elaboração de cronograma ............................ 122 
APÊNDICE D – Exemplo de artigo científico destinado à publicação .......... 123 
APÊNDICE E – Exemplo painel .................................................................... 129 
APÊNDICE F – Estrutura de trabalhos acadêmicos monográficos ............... 130 
APÊNDICE G – Capa e folha de rosto.......................................................... 131 
APÊNDICE H – Modelo para folha de aprovação ......................................... 133 
APÊNDICE I – Modelo para sumário ............................................................ 134 
 
 
 
9 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Ao ingressar na vida acadêmica o aluno vê-se diante de um sistema 
educacional muito diferente daquele que o acompanhou até então. Os professores, 
em grande parte, apresentam-se como mediadores, estimulando os alunos a saírem 
de suas confortáveis e passivas posições de ouvintes para uma situação de 
interação e participação dinâmica no plano e programa de aula. 
Diante desse novo cenário não são poucos os alunos que apresentam 
dificuldades para assimilar as informações que lhes são transmitidas por meio de 
leituras obrigatórias ou acompanhar o raciocínio imposto pelo sistema interativo das 
aulas. 
A esses fatos somam-se os trabalhos acadêmicos. Os estudantes, não 
instruídos ou estimulados a desenvolverem pesquisas durante o ensino médio, 
mostram-se como meros “copiadores” de textos e figuras que encontram em uma ou 
mais fontes bibliográficas, especialmente na Internet. Faltam-lhes noções básicas de 
metodologia de pesquisa. 
A elaboração de trabalhos, de diversos tipos, faz parte da formação 
acadêmica que visa desenvolver pessoas capazes de pensar e agir frente a 
problemas de ordem prática e científica. Isso requer o desenvolvimento de 
competências que englobam habilidade e capacidade de compreensão, formulação, 
criação e redação. 
Este manual tem como objetivo auxiliar os estudantes e os conduzir no 
processo de construção de trabalhos acadêmicos. Não se prende apenas nas 
formas de organização e apresentação destes trabalhos, mas discute conceitos e 
definições sobre pesquisa e aspectos relativos à metodologia da pesquisa; nele são 
apresentados elementos que propiciam maior desenvoltura na elaboração de 
trabalhos acadêmicos desde os requisitados no plano de ensino de uma disciplina 
até monografias e teses. 
 
 
 
10 
 
 
1 TRABALHOS ACADÊMICOS 
 
Os professores das diversas disciplinas, no transcorrer do curso, exigem a 
apresentação, de forma sistematizada e escrita, de resultados de pesquisas, 
relatórios e resenhas de livros. Solicitados desde o primeiro semestre, os diversos 
tipos de trabalhos, denominados acadêmicos, devem ser desenvolvidos e 
apresentados segundo alguns critérios metodológicos. 
O estudante universitário, ou acadêmico, está envolvido em um constante 
processo de pesquisa. Alguns atributos pessoais são desejáveis para a realização 
desse processo. 
Um pesquisador, de acordo com Gil (1999), precisa ter curiosidade, 
conhecimento do assunto, criatividade e integridade intelectual. Necessita, também, 
de perseverança, disciplina, humildade e ter uma atitude ensinável, isto é, estar 
disposto e acessível a novos conhecimentos. 
São vários os tipos de trabalhos acadêmicos e suas denominações, por isso, 
neste manual serão abordados os mais comuns. 
 
1.1 Resumo 
 
Uma proposta didática comum no meio acadêmico, o resumo pode ser 
entendido como o ato de transformar um texto em outro, ou seja, há um processo de 
retextualização que compreende uma série de operações textuais-discursivas na 
transformação de um texto em outro. De acordo com Marcuschi (2001, p. 46) a 
retextualização “envolve operações complexas que interferem tanto no código como 
no sentido”. 
Resumo é definido como uma “apresentação concisa dos pontos relevantes 
de um documento” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2003c, 
p. 1). É uma apresentação compacta e seletiva das ideias de uma obra ou texto, 
ressaltando as principais ideias de seu autor. Salomon (2008, p. 186-187) apresenta 
a seguinte definição: “Apresentação concisa e frequentemente seletiva do texto de 
um artigo, obra ou outro documento, pondo em relevo os elementos de maior 
interesse e importância [...]”. 
11 
 
 
Sua principal finalidade é simplificar a seleção de documento pelo o usuário. 
Um resumo bem elaborado poupa o tempo do leitor que eliminando a necessidade 
de acessar o original para tomar a decisão de lê-lo ou não. 
O resumo deve ser elaborado de acordo com a norma NBR 6028 da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que define as regras gerais para 
sua redação e apresentação. 
De acordo com a ABNT os resumos são classificados em três tipos: crítico, 
indicativo e informativo (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2003c, p. 1). 
 
1.1.1 Resumo crítico - resenha 
 
O resumo crítico é um tipo de redação técnica que avalia sinteticamente a 
importância de uma obra científica ou literária. Permite a expressão de comentários 
e opiniões, julgamentos de valor, comparações com outras obras da mesma área e 
avaliação de sua relevância (ANDRADE, 1997). Apresenta cerca de trinta por cento 
do texto original, preservando suas ideias fundamentais e possibilita a inserção de 
opiniões e comentários do resumidor. 
Alguns professores tendem, por costume, chamar de resenha o resumo crítico 
elaborado por estudantes como exercício didático. Afirma que a resenha é uma 
construção técnica mais elaborada, que avalia de forma sintética, mas profunda, a 
importância de uma obra. De acordo com a Associação Brasileira de Normas 
Técnicas (2003c, p.1) o resumo crítico “é um tipo de resumo redigido por 
especialistas com análise crítica de um documento. Também chamado de resenha. 
Quando analisa apenas uma determinada edição entre várias, denomina-se 
recensão”. Usualmente atribui-se o nome de resenha ao resumo crítico publicado em 
uma revista, jornal ou internet. 
A resenha crítica de uma obra ou texto é o tipo mais comumente pedido pelos 
docentes do ensino superior, no entanto existe também a resenha crítica de uma 
temática na qual o objetivo é apresentar um paralelo entre vários textos com uma 
mesma temática, construindo-se assim uma síntese e expondo uma opinião sobre a 
temática a partirda leitura dos textos. 
A elaboração de um resumo crítico é precedida por um processo acurado de 
leitura do texto, identificando o tema tratado, o problema abordado, a posição do 
12 
 
 
autor em relação ao assunto e os argumentos utilizados pelo autor para defender 
seu ponto de vista. 
De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003c, p. 2) não 
há limite de palavras para os resumos críticos. Também não há uma estrutura rígida 
para o seu desenvolvimento, mas, em geral segue-se a seguinte linha: 
a) título da resenha: nome que apresente alguma relação com a obra (ou 
obras) e expresse o posicionamento do “resenhista” sobre o(s) 
conteúdo(s); 
b) cabeçalho: transcrição dos dados bibliográficos da obra (titulo, autor, 
cidade, editora, número de páginas); no caso de mais de um texto este 
procedimento deve ser feito para todos. 
c) informações sobre o autor da obra: informações sobre o autor(es) da(s) 
obra(s) (sua área de formação e especialização, ocupação profissional, 
outras obras publicadas, etc.); 
d) exposição compacta do conteúdo da obra: apresentação compacta do 
conteúdo da(s) obra(s) abordando seus pontos mais significativos, 
expondo por partes as principais ideias do texto. Devem ser suprimidos 
todos os recursos gráficos e citações, exceto em casos bem específicos e 
essenciais para corroborar uma ideia; 
e) comentário crítico: avaliação do resenhista sobre a(s) obra(s) 
apresentando sua crítica pessoal, ou seja, apreciação das ideias do autor 
frente a outras obras e autores, avaliação da qualidade do(s) texto(s), sua 
validade e profundidade. Em seu desenvolvimento devem ser ressaltados 
tanto os aspectos positivos quanto negativos da(s) obra(s). A análise deve 
focar o conteúdo da obra(s); e, 
f) informações sobre o autor da resenha: nome e qualificação. 
Por ser destinada à publicação, a resenha segue normas de estruturação 
determinadas pelo editor. Assim é a revista que determina onde e como escrever o 
nome do resenhista (se abaixo do título, no final, a quantos centímetros da margem, 
etc.), quantos parágrafos utilizar, o número mínimo e máximo de linhas, a utilização 
de tópicos e subtítulos, etc. Para trabalhos disciplinares esses parâmetros devem 
ser definidos pelos próprios professores, respeitando-se a estrutura geral de 
formatação de trabalhos científicos definida na norma ABNT NBR 14724. 
 
13 
 
 
1.1.2 Resumo indicativo ou descritivo 
 
O resumo indicativo ou descritivo apresenta “[...] apenas os pontos principais 
do documento, não apresentando dados qualitativos, quantitativos etc. De modo 
geral, não dispensa a consulta ao original” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS, 2003c, p. 1). 
É construído com frases curtas e em parágrafo único. Cada frase, geralmente, 
corresponde a um elemento fundamental do texto. É compacto, seu tamanho é de, 
no máximo, vinte linhas. 
Descreve apenas a natureza da obra e de seus objetivos e, por isso, não 
dispensa a leitura integral do texto original. É adequado à literatura de prospectos 
(catálogo de editoras, livrarias, etc.). 
Sua estrutura é formada por referência da obra em estudo, conteúdo do 
resumo e palavras-chave. 
 
1.1.3 Resumo informativo 
 
Corresponde à explicitação dos principais tópicos do texto ou do trabalho e 
indicação sucinta de seus conteúdos. “Informa ao leitor finalidades, metodologia, 
resultados e conclusões do documento, de tal forma que este possa, inclusive, 
dispensar a consulta ao original”. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS 
TÉCNICAS, 2003c, p. 1) 
O resumo pode se apresentar de várias formas, conforme o objetivo a que se 
destina. No sentido estrito, padrão, deve reproduzir as opiniões do autor do texto 
original, a ordem como essas são apresentadas e as articulações lógicas do texto, 
sem emitir comentários ou juízos de valor. Além disso, deve apresentar informações 
suficientes ao leitor para que este possa decidir sobre a conveniência da leitura do 
texto inteiro. 
Neste manual apresentam-se dois tipos de resumo: resumo textual, aquela 
que identifica as ideias centrais e secundaria de um texto e que corresponde à 
síntese do que foi lido; e o resumo destinado a trabalhos científicos (artigos, 
monografias, dissertações, etc.) e, nesse sentido, deve representar uma 
condensação do conteúdo do trabalho “mostrando uma relação entre as ideias do 
autor e seus pontos de discussão [...]” (MACEDO, 1994, p. 38). 
14 
 
 
Resumo textual: tem como função a apresentação concisa dos pontos 
relevantes de modo sucinto e sintético, seletivos à apenas as ideias do texto. 
Deve ser redigido em linguagem objetiva; evitar a repetição de frases inteiras 
do original; respeitar a ordem em que as ideias ou fatos são apresentados; não deve 
apresentar juízo valorativo ou crítico; e deve dispensar a consulta ao original. 
 Antes de resumir é necessário; ler o texto inteiro, sublinhar, destacar ou 
anotar o esquema de ideias ou fatos relevantes antes de prosseguir à construção 
textual. 
 Embora devam-se evitar copias do texto original, se necessárias as citações 
de até três linhas devem ser feitas, entre aspas, no corpo do texto, colocando-se 
entre parênteses o número da página da qual o texto foi extraído; citações acima de 
três linhas devem ser apresentadas fora do corpo do texto sem aspas em fonte 
menor (ABNT). 
 Recomenda-se que o resumo não exceda à trinta por cento do número total 
de linhas do texto resumido; sua apresentação deve conter exposição compacta do 
conteúdo da obra desenvolvido na terceira pessoa do singular e o verbo na voz ativa 
(o sujeito praticante da ação); referência bibliográfica (de acordo com as normas da 
ABNT) do texto original; e informações sobre o autor do resumo, nome e 
qualificação. 
 O texto deve ser escrito digitado e entregue em folha A4; ter espaçamento 1,5 
entre linhas e duplo entre os parágrafos; as margens superior e esquerda: 3 cm, 
inferior e direita: 2,0 cm; a fonte do texto deve ser Arial ou Times New Roman; o 
tamanho da fonte 12 (para citações fora do corpo do texto usar fonte tamanho 10, 
espaçamento simples); e o alinhamento deve ser justificado, com recuo no parágrafo 
inicial. 
 O Apêndice A apresenta um modelo de resumo textuais. 
Resumos de trabalhos científicos: De acordo com a Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (2003c) algumas recomendações devem ser observadas 
durante a sua elaboração: 
 o resumo deve ser composto de uma sequência coerente de frases 
concisas; não se deve elaborá-lo como uma enumeração de tópicos; 
 o texto deve ser desenvolvido, preferencialmente, na terceira pessoa do 
singular e com o verbo na voz ativa; 
15 
 
 
 deve ser escrito em parágrafo único e com o mesmo tipo de fonte (Arial 
ou Times New Roman) aplicado em todo o documento; 
 não utilizar citações e referências bibliográficas; 
 evitar o uso de frases negativas assim como símbolos e contrações que 
não sejam de uso corrente; 
 somente usar fórmulas, equações, diagramas, etc., que sejam 
absolutamente necessárias; quando seu emprego for imprescindível, 
defini-las na primeira vez que aparecerem; 
 evitar adjetivos, advérbios, neologismos, explicações desnecessárias e, 
também, a apresentação de dados irrelevantes ou redundantes; 
 não incluir opiniões ou observações avaliativas e não usar expressões 
similares a “Neste documento é discutido...”, “O documento conclui 
que...”, “aparentemente é...”, “O trabalho trata de...”, etc.; 
 a primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do 
documento; 
 os objetivos devem ser descritos objetivamente para apresentar na 
sequência, de forma igualmente concisa, os métodose técnicas de 
abordagem; 
 nos resultados, devem ser ressaltadas as descobertas, confirmações ou 
contradições, relações e efeitos novos verificados; 
 descrever as conclusões, isto é, as consequências dos resultados e o 
modo como eles se relacionam aos objetivos propostos no documento. 
As seguintes extensões são recomendadas para o resumo: 
a) para indicações breves: de cinquenta a cem palavras; 
b) para relatórios e artigos científicos: de cem a 250 palavras; 
c) para teses e dissertações: de 250 a quinhentas palavras. 
Quanto à formatação, deve ter alinhamento justificado em um único 
parágrafo, sem recuo, com frases completas e espaçamento entrelinhas de 1,5 
linhas. 
Logo abaixo do texto do resumo são indicadas palavras-chave (mínimo três e 
máximo cinco) representativas do conteúdo do documento, separadas entre si por 
ponto e finalizadas também por ponto. A expressão Palavras-chave deve ser iniciada 
em maiúsculo e as demais letras em minúsculo, seguida de dois pontos. As 
16 
 
 
palavras-chave devem figurar a uma entrelinha de 1,5 linhas do texto, rente à 
margem esquerda. Estas palavras deverão estar contempladas no referencial teórico 
do estudo e tem como propósito identificar rapidamente a temática do trabalho e 
facilitar a indexação. O Apêndice B apresenta um modelo de resumo para trabalhos 
científicos. 
 
1.2 Projeto de pesquisa 
 
É um documento que apresenta uma proposta de pesquisa. É a primeira 
etapa de um trabalho científico. Corresponde à previsão de todos os procedimentos 
necessários para construção de um trabalho científico. É um estudo preliminar da 
questão a ser investigada. 
 
O projeto não é um trabalho monográfico. É tão somente um plano de 
estudos, instrumento no qual o pesquisador esboça um experimento antes 
mesmo de por em experiência a pesquisa. No projeto é hora de planejar, de 
traçar o caminho mais eficiente até o objetivo que se pretende alcançar; 
mais ainda, de definir que objetivo é este. Assim, o projeto é o instrumento 
por meio do qual o pesquisador adquire clareza quanto ao que ele quer com 
sua pesquisa e ao curso que ela pode tomar. (KAHLMEYER-MERTENS et 
al, 2007, p. 31) 
 
O projeto não traz respostas, recomendações ou conclusões. Nele são 
apresentados o tema de pesquisa, a delimitação do tema, o problema, a justificativa 
para o seu desenvolvimento, as hipóteses ou questões norteadoras, o objetivo geral 
e os objetivos específicos, as limitações e os procedimentos metodológicos. Além 
desses elementos devem ser informados o cronograma, referencial teórico e 
bibliografia preliminar. 
Ao estruturá-lo verifique se o seu conteúdo responde de forma clara e objetiva 
as seguintes perguntas: 
Seu conteúdo deve oferecer respostas claras e objetivas às seguintes 
perguntas: 
 o que será estudado? 
 por que será pesquisado? 
 como será realizado? 
 para que será elaborado? 
17 
 
 
O estilo redacional deve ser regido com o verbo no tempo ativo (presente), na 
terceira do singular, exceto na apresentação dos procedimentos metodológicos que 
deve ser escrito com o verbo no futuro do presente. 
O projeto de pesquisa é um trabalho científico regido por normatização 
específica - a ABNT NBR 15287. A estrutura de apresentação deve conter os 
seguintes tópicos: 
 apresentação do tema e sua delimitação; 
 o problema de pesquisa; 
 hipóteses (prováveis respostas ao problema); 
 objetivos (correspondem às pretensões do pesquisador em relação ao 
tema); 
 justificativa (a relevância social, organizacional e científica do tema); 
 referencial teórico (apresentação de conceitos importantes para 
fundamentar o desenvolvimento da pesquisa); 
 metodologia (informação detalhada do delineamento da pesquisa, 
destacando o tipo de pesquisa, as técnicas adotadas e sua análise); 
 cronograma (apresentando as tarefas e período provável de execução); e, 
 referências (lista dos documentos pesquisados, apresentados de acordo 
com a norma ABNT NBR 6023). 
 
1.2.1 Título do trabalho 
 
Deve ser um nome que expresse seu conteúdo, que evidencie o tema do 
estudo. Preferencialmente devem ser utilizadas expressões claras. 
Evite nomes muito extensos; um bom título é conciso; não oferece muitos 
detalhes e procura atrair o interesse do leitor através da síntese de ideias. Títulos 
extensos podem confundir o leitor. 
Utilize subtítulo apenas quando realmente necessário, para tornar mais claro 
o conceito ou intuito do trabalho. 
Pode ser alterado no decorrer do desenvolvimento da pesquisa em função da 
evolução dos estudos. 
 
18 
 
 
1.2.2 Tema 
 
De acordo com Waslawick (2009) tema é uma área de conhecimento ou um 
aspecto de uma área de conhecimento que se deseja investigar e desenvolver; ou 
seja, é a parte de uma área de conhecimento que poderá merecer uma investigação 
mais detalhada. 
É a identificação de um campo de estudo integrante de uma grande área de 
conhecimento. É importante que o tema esteja vinculado a uma área de 
conhecimento com a qual o pesquisador ou estudante tenha alguma familiaridade ou 
interesse específico, e que, de alguma forma, esteja vinculada com a sua atividade 
acadêmica, com sua realidade social ou profissional. (BARRETO; HONORATO, 
1998, p. 62). 
O tema de pesquisa é, na verdade, uma área de interesse a ser abordada. É 
uma primeira delimitação, ainda ampla. São exemplos de tema: 
 qualidade de vida no trabalho; 
 assédio moral; 
 comportamento do consumidor; 
 responsabilidade socioambiental; 
 educação corporativa; 
 endomarketing; etc. 
Percebe-se, assim, que tema é o assunto, é aquilo que trata o trabalho que se 
pretende redigir. É o aspecto mais genérico de um assunto dentro de uma área de 
conhecimento. O tema deve mostrar qual o objeto da pesquisa. 
A definição do tema envolve a determinação do objeto de pesquisa e sua 
delimitação. Delimitar é indicar a abrangência do estudo, estabelecendo alguns 
limites ao tema. Assim, tema de pesquisa refere-se à matéria, ou, a definição do que 
será estudado enquanto a sua delimitação consiste em determinar qual a 
profundidade, abrangência ou limites do estudo. Ao ser delimitado, o tema deverá 
apresentar qual o enfoque (uma parte do todo - o tema), em que espaço (geográfico) 
e tempo (histórico) a pesquisa será realizada. A delimitação oferece resposta para 
perguntas do tipo: quando? onde? como? quem? por que? 
 
19 
 
 
1.2.3 Problema 
 
Antecedendo a elaboração do projeto o aluno deve desenvolver uma ideia 
clara do problema a ser resolvido ou da dúvida a ser elucidada. De acordo com 
Cooper e Schindler (2011) todas as pesquisas, independentemente do tipo, são 
baseadas na solução de problemas. 
O problema de pesquisa não está associado ao desconhecimento ou dúvida 
do pesquisador em relação a um assunto. “Problema é uma dificuldade, teórica ou 
prática, no conhecimento de alguma coisa de real importância, para a qual se deve 
encontrar uma solução” (MARCONI; LAKATOS, 2010, p.143); para Gil (2002, p. 49) 
“[...] problema é qualquer questão não resolvida e que é objeto de discussão, em 
qualquer domínio do conhecimento”. 
O problema de pesquisa é muito importante e, como tal, deve ser 
cuidadosamente formulado. Ele é o mapa que direciona as etapas seguintes do 
trabalho, além de revelar a importância do trabalho. Dessa forma o sucesso da 
pesquisa dependerá da formulação adequada do problema; um problema mal 
formulado acarretará em procedimentos metodológicos incorretos, obtenção de 
dados inadequados e conduzir o pesquisador a falsas conclusões. 
Além disso, de acordo com Dery (2000), os trabalhos acadêmicos devem 
produzir conhecimentosrelevantes e oferecer alguma forma de melhoria a 
determinados assuntos. 
Embora não exista uma regra definida para formulação do problema, na 
literatura especializada podem ser encontradas várias sugestões sobre o assunto. 
Gil (2002, p. 26) destaca algumas regras práticas para a sua formulação: “[...] (a) o 
problema deve ser formulado como pergunta; (b) o problema deve ser claro e 
preciso; (c) o problema deve ser empírico; (d) o problema deve ser suscetível de 
solução; e, (e) o problema deve ser delimitado em uma dimensão viável”. 
 
1.2.4 Hipóteses 
 
Hipóteses são respostas provisórias e possíveis ao problema da pesquisa. 
Direcionam os primeiros passos da investigação e a busca de outras informações. 
Devem apresentar especificidade, não incluir valores morais, conter sustentação 
20 
 
 
teórica, serem elaboradas de forma afirmativa e explicativa. Hipótese, pressuposto e 
evidência prévia não são sinônimos. 
 
É preciso não confundir hipótese com pressuposto, com evidência prévia. 
Hipótese é o que se pretende demonstrar e não o que já se tem 
demonstrado evidente, desde o ponto de partida. Muitas vezes, ocorre esta 
confusão, o se tomar como hipóteses proposições já evidentes no âmbito do 
referencial teórico ou da metodologia adotados. E, nestes casos, não há 
mais nada a demonstrar, e não se chegará a nenhuma conquista e o 
conhecimento não avança. (SEVERINO, 2002, p. 161) 
 
As hipóteses são elementos presentes em pesquisas quantitativas (em 
capítulo específico são explicados os tipos de pesquisa) e sua construção envolve a 
aplicação de uma técnica estatística apropriada. Nas hipóteses busca-se a 
probabilidade de haver uma relação – de associação, causalidade ou dependência – 
entre as variáveis estabelecidas. Elas são formuladas como afirmações que a 
pesquisa poderá confirmar ou refutar. 
Entretanto, nem todo tipo de pesquisa necessita da construção de 
hipóteses. Em uma pesquisa qualitativa, trabalha-se com questões norteadoras, 
deduzidas a partir do problema de pesquisa, que funcionam como um roteiro para a 
obtenção da resposta ao problema. Em um estudo de caso são utilizadas 
proposições que têm o mesmo objetivo das hipóteses, mas sem o rigor estatístico 
exigido por estas. 
 
1.2.5 Objetivos 
 
Relacionam-se com a visão global do tema e com os procedimentos práticos. 
Os objetivos definem a intenção da pesquisa; indicam o que se pretende 
conhecer ou provar, apontam o alvo a ser alcançado. São responsáveis pela 
orientação do embasamento teórico e dos procedimentos metodológicos da 
pesquisa. 
Os objetivos são formulados alinhados à justificativa e ao problema proposto. 
Seus enunciados devem iniciar com um verbo no infinitivo indicando uma ação 
passível de mensuração. Devem ser iniciados, sempre, com um verbo no infinitivo, 
indicando a ação e, além disso, redigido na forma gramatical direta. 
21 
 
 
Uma ação é materializada através de um verbo, o que torna importante sua 
adequada escolha, utilizando aquele que exprime de maneira exata a ação 
pretendida pelo pesquisador (BARRETO; HONORATO, 1998). Assim, os verbos 
utilizados na formulação de um objetivo devem ser claros, não podem ser ambíguos. 
Kahlmeyer-Mertens et al. (2007, p. 45) associam alguns verbos a determinados tipos 
de pesquisa: 
a) exploratória: investigar, pesquisar, apontar, identificar, levantar, grifar, 
sublinhar, verificar, grifar, avaliar e comparar; 
b) descritiva: descrever, delimitar, determinar, definir e traçar; 
c) explicativa: elucidar, explicar e esclarecer. 
Esses autores complementam destacando que devem ser evitados os verbos 
achar, gostar, desejar, conscientizar, acreditar e opinar por ausência de objetividade. 
Podem ser divididos em objetivo geral e objetivos específicos. 
a) objetivo geral: é formulado a partir do problema. Esclarece e direciona o 
foco da pesquisa. Indica o resultado pretendido. Deve ser escrito de forma 
mais objetiva e clara possível. Há apenas um objetivo geral que traduz o 
fim único da pesquisa; 
b) objetivos específicos: são desdobramentos do objetivo geral. Definem 
os diferentes pontos a serem abordados para concretizar o objetivo geral. 
Para cada hipótese, pressuposto ou questão norteadora deve-se 
estabelecer ao menos um objetivo específico. 
 
1.2.6 Justificativa 
 
A justificativa é uma importante parte do trabalho. É uma exposição sucinta, 
porém completa, dos motivos de ordem teórica e prática que apontam para a 
importância do estudo. É o local em que se apresentam os argumentos que 
demonstram sua importância. É o momento de mostrar os motivos pelos quais o 
assunto foi escolhido; quais são suas colaborações nos campos científico e social; e, 
quais suas contribuições, de ordem teórica ou prática, para as organizações. 
Em outras palavras, a justificativa evidencia de que modo os resultados da 
pesquisa poderão contribuir para solucionar ou melhorar a compreensão do 
problema formulado. 
22 
 
 
De acordo com Silva e Menezes (2001, p.31), para elaborar a justificativa o 
pesquisador deve perguntar-se: O tema é relevante? Por quê? Quais pontos 
positivos podem ser percebidos? Quais vantagens ou benefícios são apresentados? 
Para um projeto de pesquisa, além de destacar as contribuições teóricas ou 
práticas que o trabalho poderá trazer a justificativa também deve demonstrar a 
viabilidade financeira, material (equipamentos e informações) e temporal de o projeto 
ser executado. 
A justificativa deve ser elaborada em texto único, sem tópicos. 
 
1.2.7 Referencial teórico 
 
O referencial teórico, também denominado de revisão de literatura ou de 
fundamentação teórica, é a apresentação sistematizada do conhecimento 
acumulado envolvendo o tema delimitado para o projeto. 
Esta parte do trabalho deve apresentar um texto bem articulado e focado, 
expondo objetivamente os principais conceitos e ideias discutidas por outros autores 
que exploraram o tema. Devem ser citadas as contribuições dos principais autores 
que escreveram sobre este tema. O propósito é apresentar os resultados de outros 
estudos, relatando suas descobertas e aspectos pouco explorados ou questões que 
ficaram sem respostas. 
É importante observar que sua elaboração não representa uma simples 
aglutinação de partes de outros trabalhos, juntando citações dos documentos 
consultados, mas uma articulação de ideias aderentes ao problema formulado; 
devem estar relacionadas aos objetivos e hipóteses do trabalho. Deve, ainda, 
oferecer elementos básicos para apoiar a análise e interpretação dos dados 
coletados na pesquisa, auxiliando a elaboração da conclusão e relatório final. 
Para Luna (1998) o processo de revisão da literatura pode ser realizado com 
os seguintes propósitos: 
a) determinação do estado da arte: o pesquisador procura evidenciar, por 
meio da literatura apresentada, o seu nível de conhecimento sobre o 
tema. Indicam-se os aspectos não explorados ou explorados 
superficialmente, e onde se encontram os principais entraves teóricos ou 
metodológicos; 
23 
 
 
b) revisão teórica: corresponde à explicação de um problema de pesquisa 
por meio de sua inserção em um quadro de referência teórica. Utiliza-se 
quando o problema em estudo é gerado por uma teoria particular ou 
quando é gerado ou explicado por várias teorias; 
c) revisão empírica: explicação de como o problema vem sendo 
pesquisado do ponto de vista metodológico. Procura respostas ao 
seguinte questionamento: quais os procedimentos normalmente 
empregados no estudo desse problema? Que fatores vêm afetando os 
resultados? Que propostas têm sido feitas para explicá-los ou controlá-
los? Que procedimentos vêm sendoempregados para analisar os 
resultados? Há relatos de manutenção e generalização dos resultados 
obtidos? Do que elas dependem? e; 
d) revisão histórica: apresentação da evolução de um conceito, tema, 
abordagem ou outros aspectos fazendo a inserção dessa evolução dentro 
de um quadro teórico de referência que explique os fatores determinantes 
e as implicações das mudanças. 
A elaboração da fundamentação teórica envolve um tipo de pesquisa 
exploratória - a metodologia de pesquisa bibliográfica. A Pesquisa Bibliográfica é 
baseada na análise da literatura já publicada em forma de livros, artigos de revistas 
especializadas, publicações científicas, jornais e literatura disponibilizada na Internet. 
Os tipos de pesquisa são apresentados no capítulo 2. 
Todo o material consultado e utilizado na redação do trabalho, tanto na forma 
direta (sentença) como na indireta (ideia ou conceito), deve ser acompanhado da 
citação de seus autores, conforme a norma ABNT NBR 10520. O conteúdo desta 
norma é apresentado no capítulo 5. 
Para pesquisas que são puramente teóricas, ou seja, aquelas em que todos 
os dados foram colhidos de material escrito (documentos e publicações científicas), 
a revisão da literatura passa a ser o próprio resultado de sua pesquisa. Neste 
sentido, ela deve estar bastante fundamentada. 
 
1.2.8 Metodologia 
 
Apresentação do conjunto de técnicas e processos empregados na 
verificação das questões de pesquisa ou hipóteses. Descreve o modo como os 
24 
 
 
objetivos do projeto serão alcançados, indicando tanto os tipos de pesquisa quanto 
as técnicas de coleta e análise de dados. 
Os procedimentos metodológicos respondem às questões: como? Com quê? 
Onde? 
Nesta parte são descritos os métodos de abordagem (relacionados à 
concepção teórica usada pelo pesquisador) e métodos de procedimento (que 
mostram o procedimento que será utilizado na análise dos dados) da pesquisa. 
Devem ser claramente identificados o tipo de pesquisa e os instrumentos a serem 
utilizados para testar suas hipóteses e coletar, analisar e processar seus dados. 
Os métodos e técnicas selecionados devem permitir que os objetivos 
inicialmente propostos sejam alcançados atendendo aos critérios de menor custo, 
maior rapidez, maior eficácia e mais confiabilidade de informação (BARRETO; 
HONORATO, 1998). Os métodos de pesquisa são apresentados no capítulo 2. 
A redação desta parte deve seguir uma sequência lógica que facilite ao leitor 
a sua compreensão. O nível de detalhe deve possibilitar que outro pesquisador 
possa repetir todos os procedimentos, de forma independente. 
É importante observar que para o projeto de pesquisa esta parte do trabalho 
deverá ser redigida com os verbos no tempo futuro (indicando algo a ser realizado). 
Para auxiliar o aluno pesquisador apresentam-se, na sequência, alguns 
passos que poderão ser úteis na elaboração de seu projeto. 
 
1.2.8.1 Identificação do campo de pesquisa 
 
De acordo com o propósito da pesquisa, o aluno pesquisador deverá prever 
no projeto quais os procedimentos que tomará para diagnosticar seu campo de 
pesquisa. 
 
1.2.8.2 Identificação do universo ou população 
 
Um importante passo na elaboração do projeto de pesquisa – e para sua 
execução – é a determinação do universo em que ela será aplicada e qual a amostra 
selecionada. Isso é necessário em função de as pesquisas sociais contemplarem um 
universo de elementos muito grande, o que inviabiliza estudá-lo em sua totalidade. 
25 
 
 
Entende-se por universo ou população alvo “[...] o conjunto de seres 
animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em 
comum”. (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 223). 
Deve-se selecionar o mais preciso possível o universo da pesquisa definindo: 
a) quem observar; b) local; c) circunstâncias nas quais a população será observada. 
 
1.2.8.3 Definição da amostra 
 
Amostra é parte do universo, selecionada de acordo com regra própria. Gil 
(1999) conceitua amostra como um subconjunto do universo ou da população, por 
meio do qual se estabelecem ou se estimam suas características. 
De acordo com Cooper e Schindler (2011) a validade da amostra depende de 
duas considerações: acurácia e precisão. A acurácia refere-se ao grau em que os 
vieses ficam de fora da amostra, evitando valores que possam comprometer sua 
qualidade; enquanto que a precisão admite previamente os erros e falhas da 
amostragem, definindo assim o chamado erro padrão de estimativa. 
Esses autores descrevem dois tipos de amostras: a amostra probabilística, 
que é baseada na seleção aleatória, obedece as leis da estatística que assegura 
que todos os elementos da população tenham uma chance de seleção conhecida e 
diferente de zero; e, não-probabilística, que depende do critério do pesquisador, e no 
seu julgamento para a produção de uma amostra fiel à população, pode ser 
acidental (composta por acaso, com indivíduos que vão aparecendo) ou intencional 
(escolha, por julgamento, de casos que representem a população). 
 
1.2.8.4 Cálculo da amostra 
 
Alguns aspectos devem ser considerados para que uma amostra represente 
com fidedignidade as características do universo: a extensão do universo, os 
recursos existentes, o nível de confiança estabelecido, o erro máximo permitido e a 
percentagem com a qual o fenômeno se verifica. 
Para Gil (2002) alguns princípios influenciam e ajudam a definir o tamanho da 
amostra: 
 quanto maior a dispersão ou as variáveis da população, maior deve ser a 
amostra; 
26 
 
 
 quando maior a precisão desejada, maior a amostra; 
 quanto menor a amplitude de intervalo, maior a amostra; 
 quanto maior o nível de confiança na estimativa, maior a amostra; 
 quanto maior o número de subgrupos de interesse na população maior a 
amostra; e, 
 se o tamanho da amostra for maior do que 5% da população, ele poderá 
ser reduzido sem que isso implique em perda de precisão. 
Richardson (2007) descreve que em relação ao tamanho, a amostra deve ter 
um número mínimo de elementos que são determinados estatisticamente. Esse 
autor destaca que o tamanho da amostra depende dos fatores: 
 da amplitude da população, cujo universo pode ser finito (até cem mil 
elementos) ou infinito; e, 
 do nível de confiança estabelecido. 
Nas ciências sociais se aceitam trabalhos com nível de confiança de 95% 
(dois desvios padrões) ou mais. Nível de confiança “é o erro que o pesquisador está 
disposto a aceitar no estudo. [...] o pesquisador normalmente irá escolher um nível 
de confiança de 95% (5% de chance de erro) ou de 99% (1% de chance de erro)”. 
(REA; PARKER, 2002, p. 123). 
Para ilustrar o cálculo do tamanho de uma amostra considere a situação em 
que uma empresa com mil colaboradores deseja reduzir o nível de absenteísmo de 
seu quadro. Algumas pesquisas preliminares indicaram que cerca de 10% dos 
colaboradores faltam ao trabalho, mas não determinaram por quais motivos. O 
pesquisador decide buscar as razões mais comuns para as ausências e, para tal, 
estimou o nível de confiança de 95% e um erro máximo de 3%. Dessa forma, 
identifica-se que: 
n = tamanho da amostra que se deseja conhecer; 
σ² = nível de confiança escolhido, em número de desvios-padrão (2); 
p = porcentagem com a qual o fenômeno se verifica (10) 
q = porcentagem complementar (90) 
N = tamanho da população (1000) 
e² = erro máximo permitido (3) 
A fórmula utilizada para o cálculo é a seguinte: 
 
 
n = 
σ
2
*p*q*N 
e
2
*(N-1) + σ
2
*p*q 
 
n = 
2
2
*10*90*1000 
3
2
*(1000-1) + 2
2
*10*90 
27 
 
 
Substituindo-se os números na fórmula: 
 
n== = 285,92 = 286 
 
Nesse exemplo o pesquisador deveria coletar os dados com 286 
colaboradores para possibilitar a determinação de quais seriam as principais causas 
do absenteísmo entre o corpo de trabalhadores da empresa. 
Entretanto, se não existisse informações suficientes que permitissem 
identificar a frequência com que o fenômeno se verifica (valor de “p”), adotar-se-ia o 
valor de 50% para “p” e “q”. Nesse caso a amostra seria de: 
 
n= = = 526,57 = 527 
 
Assim, o desconhecimento da frequência exigiria a realização da pesquisa 
com 527 trabalhadores, se o pesquisador desejar manter um erro de 3%. 
 
1.2.8.5 Ferramenta de apoio para cálculo da amostra 
 
Na internet é possível encontrar aplicativos que determinam o tamanho da 
amostra. 
Uma calculadora interessante pode ser encontrada no endereço eletrônico 
http://www.publicacoesdeturismo.com.br/calculoamostral/. 
 
1.2.9 Cronograma 
 
Todo projeto de pesquisa está condicionado a um prazo para sua realização. 
O cronograma é a explicitação da previsão do tempo necessário para a realização 
do trabalho de acordo com as atividades a serem cumpridas. É um plano de 
execução com detalhamento do tempo que se pretende empregar para a execução 
para cada uma das atividades de pesquisa descritas no projeto. 
As atividades e respectivos períodos necessários para realização devem ser 
definidos a partir das características e dos critérios de pesquisa determinados pelo 
pesquisador. 
 4*10*90*1000 
9*999 + 4*10*90 
 3600000 
 12591 
 4*50*50*1000 
9*999 + 4*50*50 
 10000000 
 18991 
28 
 
 
Deve ser construído com seriedade e realismo, pois é um importante 
instrumento de gestão da evolução do projeto. O tempo pode ser expresso em dias, 
semanas ou meses. 
O Apêndice C apresenta um modelo de cronograma. 
 
1.2.10 Referências 
 
Todas as obras citadas no desenvolvimento do trabalho, apresentadas em 
uma lista alfabeticamente ordenada, constituem as referências bibliográficas ou 
simplesmente referências. Nessa relação são identificadas todas as fontes citadas 
em qualquer parte do trabalho, isto é, no corpo do texto, nas ilustrações, nas tabelas 
ou nas notas de rodapé. 
Ressalte-se que referências e bibliografia não possuem o mesmo significado. 
Referências são as obras efetivamente citadas no trabalho enquanto a Bibliografia é 
mais ampla, incluindo obras sobre o tema que não foram mencionadas no trabalho. 
Sua elaboração segue algumas recomendações específicas. O título não 
pode ser numerado, deve ser escrito em letras maiúsculas e centralizadamente. As 
obras, ou entradas, devem ser digitadas usando espaço entrelinhas simples e com 
uma linha em branco entre cada entrada. As obras, independentemente da mídia em 
que estão registradas, devem ser colocadas em ordem alfabética e, em ordem 
crescente de data, para referenciar dois ou mais artigos de um mesmo autor. 
A confecção das referências bibliográficas, assim como a bibliografia, segue 
as determinações contidas na norma ABNT NBR 6023, cujas recomendações são 
apresentadas no capítulo 6. 
 
1.2.11 Falhas comuns na elaboração de um projeto de pesquisa 
 
Quer por negligência, despreparo ou descuido há uma série de falhas que, 
com alguma frequência, são percebidas na elaboração dos projetos de pesquisa. 
Esta relação tem por objetivo alertar o aluno acerca desses equívocos a fim de 
possibilitar a sua prevenção: 
 Objetivo amplo e geral. Os objetivos devem ser específicos, realistas e 
exequíveis. Levantar dados apenas conceituais é inadequado; 
29 
 
 
 O projeto de pesquisa não é uma descrição de práticas ou coletânea de 
informações. O projeto deve apresentar relevância científica e conter um 
problema a ser investigado, sem isso não há pesquisa; 
 Projeto com múltiplos problemas ou objetos de investigação. O projeto 
deve conter apenas um objeto de investigação; 
 Revisão de literatura incompatível ou inadequada ao tema e aos objetivos 
da pesquisa; 
 Descrição inadequada da metodologia ou dos procedimentos de 
pesquisa. É importante consultar livros de metodologia científica para 
determinar os procedimentos metodológicos apropriados para a 
realização do trabalho. 
 
1.3 Artigo científico 
 
Os artigos científicos são trabalhos acadêmicos de reduzidas dimensões, 
porém completos, e que apresentam resultados de investigações científicas, 
comunicam ideias e informações sobre um tema único e bem delimitado. Por ser 
completo, possibilita sua repetição por outra pessoa. “Apresentam o resultado de 
estudos ou pesquisas e distinguem-se dos diferentes tipos de trabalhos científicos 
pela sua reduzida dimensão e conteúdo”. (MARCONI; LAKATOS, 2007, p. 261) 
Destaque-se a sua diferença em relação a um artigo simples, que aparece em 
jornal, revista ou internet, analisando ou criticando um fato ou assunto determinado. 
Neste caso, é apenas um texto opinativo escrito por um colunista, jornalista ou 
analista especializado em uma área do conhecimento humano. Um artigo científico 
pode ser definido como “parte de uma publicação com autoria declarada, que 
apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas 
áreas do conhecimento” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 
2003a, p. 2). Corroborando com esse conceito, Marconi e Lakatos (op. cit.) afirmam 
que esse tipo de trabalho não se constitui em matéria de um livro, mas é parte de 
revistas ou periódicos especializados. 
Sheibel e Vaisz (2005) apontam algumas finalidades dos artigos científicos 
entre as quais se destaca a comunicação de resultados de pesquisas, ideias e 
debates de uma maneira clara, concisa e fidedigna, refletindo a análise de um 
determinado assunto em certo período de tempo. 
30 
 
 
Essas autoras destacam que sua principal característica é “a publicação em 
periódicos ou revistas científicas especializadas para levar o conhecimento dos 
resultados de uma pesquisa bibliográfica, documental ou de campo, proporcionando 
ao leitor a compreensão de determinadas questões”. (SHEIBEL; VAISZ, 2005, p. 59) 
Por essa característica várias instituições de ensino superior o utilizam como 
exigência final de cursos de graduação ou pós-graduação, figurando nesses casos 
como trabalho de conclusão de curso (TCC) ou monografia. 
Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (2003a, p. 3) o artigo 
pode ser: 
a) Original ou divulgação: parte de publicação que apresenta temas ou 
abordagens originais e podem ser: relatos de caso, comunicação ou notas 
prévias; ou, 
b) Revisão: os artigos de revisão analisam e discutem trabalhos já 
publicados, revisões bibliográficas entre outros. 
 
1.3.1 Estrutura do artigo científico 
 
O artigo científico tem a mesma estrutura orgânica exigida para trabalhos 
científicos, isto é, apresenta elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos 
pós-textuais. 
Há algumas diferenças sutis em função de sua destinação. Artigos destinados 
à publicação devem seguir, além das especificações das normas ABNT, as 
recomendações ditadas pela revista especializada, coordenação do congresso ou 
seminário. Neste caso são submetidos a comissões e conselhos editoriais dos 
periódicos, que avaliam sua qualidade, relevância e adequação à revista. 
O Apêndice C apresenta um modelo de artigo para publicação em periódicos 
especializados. 
Artigos elaborados como TCC devem possuir, no máximo, trinta páginas e 
seguem a mesma formatação aplicada às monografias. Estas especificações são 
apresentadas no capítulo 1.5.2 e ilustradas no Apêndice E.31 
 
 
1.4 Painel, pôster ou banner 
 
O painel é uma forma de exposição de trabalho ou pesquisa científica. É um 
material afixado em locais específicos, normalmente de elevado fluxo de pessoas, 
com o autor posicionando-se ao seu lado, à disposição para fornecer eventuais 
esclarecimentos que forem solicitados pelos observadores. 
O painel pode conter os mesmos elementos de um artigo, porém com volume 
reduzido de informações escritas. As letras devem ser visíveis, a linguagem clara e 
objetiva. Se necessário, e possível, ilustrar com tabelas, gráficos ou figuras. 
Deve ser elaborado obedecendo à seguinte estrutura: 
• título do trabalho completo em português; 
• autor (precedido da respectiva titulação, quando aplicável); 
• orientador (titulação e nome); 
• resumo em português, que deve ressaltar o objetivo, o método, os 
resultados e as conclusões do documento, conforme ABNT NBR 6028; 
• as palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da 
expressão Palavras-chave, separadas entre si por ponto e um espaço em 
branco, e finalizada também por ponto. Deve ser evitado o uso de 
palavras genéricas, ambíguas ou combinações longas, dê preferência a 
palavras ou termos específicos; 
• após o resumo e as palavras-chave, apresenta-se a introdução. Nesta 
seção devem constar a delimitação do assunto tratado, os objetivos da 
pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema explorado; 
• em seguida desenvolve-se a parte principal do artigo, que contém a 
exposição ordenada e pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em 
seções e subseções, conforme a ABNT NBR 6024, que variam em função 
da abordagem do tema e do método. Nesta parte deve constar o 
referencial teórico do estudo, a metodologia utilizada para a execução da 
pesquisa e a análise dos resultados obtidos; 
• na finalização apresenta-se a conclusão ou considerações finais 
correspondentes aos objetivos e hipóteses do estudo; e, 
• O painel deve ser fechado com as referências bibliográficas (elemento 
obrigatório, elaborado conforme a ABNT NBR 6023). 
32 
 
 
O pôster deve ser confeccionado em polietileno, lona ou outros materiais 
resistentes (deve-se evitar o uso de papel com gramatura igual ou inferior a cem 
gramas). 
Normalmente a entidade organizadora do evento publica recomendações 
para as dimensões e formatação do pôster. Para os trabalhos promovidos pelo 
Departamento de Ciências Exatas e Gerenciais da FMU, as recomendações são: 
 O tamanho padrão do pôster é 0,90 cm de largura e 1,20 cm de 
comprimento, com bastões para acabamento nas extremidades superior e 
inferior. Atentar para que o pôster tenha cordão para ser pendurado nos 
locais de exposição; 
 O logotipo da instituição deve estar posicionado na parte superior direita 
do pôster (o logotipo da FMU deve seguir as recomendações 
apresentadas no “Manual de identidade visual: normas e padrões de 
utilização”); 
 Utilizar apenas um único tipo de fonte - ARIAL; 
 Título e subtítulo: escrito em letras maiúsculas e em negrito; o tamanho da 
fonte deve permitir sua leitura a três metros de distância, sugere-se fonte 
de tamanho 54 a 70; 
 Autores: posicionado logo abaixo do título, informados do seguinte modo 
– SOBRENOME, Nome autor 1; SOBENOME, Nome autor 2; ... Utilize 
fonte de tamanho 40 a 52; 
 Orientador: posicionado abaixo dos autores, estruturado da seguinte 
forma – Orientador: Titulação. Nome Sobrenome. Use fonte de tamanho 
36 a 48; 
 Resumo: escrito em português. Deve possibilitar sua leitura a um metro 
de distância. Sugere-se o uso de fonte de tamanho 20 a 30; 
 Palavras-chave: indicar de três a cinco palavras. Cada palavra é iniciada 
por letra maiúscula, encerrada por ponto e separada com um espaço em 
branco da próxima palavra; 
 Estruture a parte textual em duas colunas com iguais dimensões. Utilize 
fonte de tamanho 24 a 30; 
33 
 
 
 As citações devem seguir as determinações da norma ABNT NBR 10520. 
Podem ser referenciadas por fonte de tamanho ligeiramente menor. 
Sugere-se 16 a 24; 
 Encerre o painel com apresentação da bibliografia escrita em 
conformidade com a norma ABNT NBR 6023. Utilize fonte do mesmo 
tamanho aplicado na parte textual. 
A fixação do pôster será feita pelo apresentador, em local indicado pela 
instituição ou orientador, trinta minutos antes do programado para início da sessão 
ou evento. A sua retirada é de responsabilidade do autor ao final da exposição. 
O Apêndice D apresenta a ilustração de um painel. 
 
1.5 Monografia 
 
É uma discussão, explicação expositiva ou explicação argumentativa, sobre 
um tema único e bem delimitado (mónos = um só e graphein = escrever). 
São monográficos os trabalhos realizados para obtenção do grau de bacharel, 
especialista, mestre (neste caso, a monografia é denominada dissertação) e doutor 
(dá-se o nome de tese este trabalho monográfico), o que explica a semelhança entre 
suas estruturas. A diferenciação entre esses trabalhos está relacionada aos níveis 
de profundidade e originalidade, bem como a exigência de defesa pública para 
alguns deles. Sua estrutura e apresentação seguem as especificações da norma 
ABNT NBR 14724. 
A monografia desenvolvida como requisito parcial para a conclusão de um 
curso de graduação ou pós-graduação lato sensu é normalmente referenciada como 
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Seu desenvolvimento deve ser 
supervisionado por um professor ou orientador. Raramente é um estudo original. 
O aluno deve se preocupar com a adequada exploração de todos os 
elementos do trabalho, escreva o essencial para a compreensão de seu trabalho 
adotando o cuidado de não ser prolixo ou sucinto demais na elaboração do texto. 
 
1.5.1 Estilo redacional 
 
A monografia deve ser escrita em uma linguagem clara e objetiva. O texto 
deve ser desenvolvido em uma sequencia lógica, que simplifique e estimule a sua 
34 
 
 
leitura. Dê preferência a palavras simples, não utilize palavras rebuscadas ou pouco 
usuais, construa frases curtas e diretas. 
A impessoalidade é uma marca dos textos científicos. Assim, os verbos 
devem ser aplicados na terceira pessoa do singular, evitando-se o uso da terceira 
pessoa do plural, assim como da primeira pessoa do singular ou plural (eu ou nós). 
 
1.5.2 Estrutura da monografia 
 
De acordo com a norma ABNT NBR 14724, a estrutura dos trabalhos 
acadêmicos compreende a disposição de elementos ilustrada no Quadro 1 e no 
Apêndice E. 
Quadro 1 – Estrutura dos trabalhos acadêmicos 
Parte externa 
 Capa 
 Lombada 
Parte interna 
 Elementos pré-textuais 
Folha de rosto 
Errata 
Folha de aprovação 
Dedicatória 
Agradecimentos 
Epígrafe 
Resumo na língua vernácula 
Resumo em língua estrangeira 
Lista de ilustrações 
Lista de tabelas 
Lista de abreviaturas e siglas 
Lista de símbolos 
Sumário 
 Elementos textuais 
Introdução 
Desenvolvimento 
Conclusão 
 Elementos pós-textuais 
Referências 
Glossário 
Apêndice 
Anexo 
Índice 
Fonte: adaptado de Associação Brasileira de Normas Técnicas (2011a, p. 5) 
 
O autor tem liberdade para determinar a nomenclatura dos títulos dos 
elementos textuais. 
Não há uma dimensão previamente determinada para este tipo de trabalho 
acadêmico; mas, em geral, apresenta cerca de sessenta páginas. 
35 
 
 
1.6 Relatório de estágio supervisionado 
 
O Relatório de Estágio Supervisionado Acadêmico é um documento de 
comunicação técnico-científica que obedece às instruções constantes na norma 
ABNT NBR 14724. 
É o documento cujo objetivo é apresentar o local onde foi realizado o estágio 
e seu períodode duração. Contém um relato das experiências vivenciadas pelo 
estagiário, ações desenvolvidas, resultados alcançados, análise comparativa da 
teoria com a prática, sugestões de melhoria e outras informações exigidas pelo 
curso. 
Sua formatação é similar à utilizada em monografias (TCC, dissertação de 
mestrado e tese de doutorado); compreende: elementos pré-textuais (capa, folha de 
rosto, resumo, listas e sumário), textuais (introdução, objetivos; apresentação da 
empresa; referencial teórico; procedimentos metodológicos; apresentação e 
discussão dos resultados; conclusões e recomendações) e pós-textuais (referências 
bibliográficas; apêndices e anexos). Sua estrutura é similar ao modelo ilustrado no 
Apêndice E. 
 
1.7 Plano de Negócios 
 
 Ainda não tendo a sua validade reconhecida enquanto trabalho científico, a 
construção de um Plano de Negócios tem sido apresentada nos últimos anos como 
alternativa para trabalhos de conclusão de curso (TCC), substituindo as pesquisas 
científicas em vários cursos de graduação e pós-graduação tanto no Brasil como 
forma do país. 
 O Plano de Negócios consiste em desafiar o aluno a montar sua própria 
empresa ou propor um projeto que agregará valor à alguma empresa já existente. 
 Por meio deste documento de gerenciamento, é possível planejar e decidir 
sobre o futuro de uma empresa, tendo como apoio o seu passado, sua conjuntura 
atual em relação ao mercado, aos clientes e à concorrência, sendo possível também 
identificar os riscos e sugerir planos para minimizá-los e até mesmo evitá-los. O 
Plano de Negócios permite que o empreendedor identifique os pontos fortes e fracos 
de seu empreendimento em relação à concorrência e o ambiente de negócio em que 
atua; conhecer seu mercado e definir estratégias de marketing para produtos e 
36 
 
 
serviços; analisar o desempenho financeiro, avaliar investimentos, retorno sobre o 
capital investido. 
Embora não tenha o reconhecimento de material científico, o plano de 
negócios possibilita o empreendedor a organizar as suas ideias sobre a 
exequibilidade do seu negócio. Ele elimina o “achismo” e a organização instintiva. 
Não existe uma norma sobre o conteúdo de um Plano de Negócios, em geral 
itens como descrição do negocio; visão, missão e valores; análise de mercado, 
consumidores, concorrência; ambiente interno e externo; planos de marketing; 
definição do organograma institucional; filosofia corporativa; ações estratégicas; 
diagnóstico institucional (pontos fortes e fracos); modelos de gestão; investimentos 
internos e externos; projeções mercadológicas; questões judiciais; são apresentadas 
no documento juntos com os respectivos referenciais teóricos para que o plano 
possa servir tanto como um guia a ser seguido pelo empreendedor como também 
pode ser um instrumento utilizado para obtenção de financiamento. 
A estrutura do Plano de negócios é similar à utilizada em monografias (TCC, 
dissertação de mestrado e tese de doutorado); compreende: elementos pré-textuais 
(capa, folha de rosto, resumo, listas e sumário), textuais e pós-textuais (referências 
bibliográficas; apêndices e anexos), com a diferença que na parte textual são 
apresentadas todos os itens de planejamento, análises e projeções. Sua estrutura 
assim como no relatório de estágio, é similar ao modelo ilustrado no Apêndice E. 
 
 
37 
 
 
2 PESQUISA CIENTÍFICA 
 
Um importante capítulo dos trabalhos acadêmicos é a descrição dos 
procedimentos adotados no desenvolvimento do trabalho. Destaque-se que ao 
apresentá-los o aluno utilizará verbos no tempo futuro na elaboração do projeto de 
pesquisa – indicando ações que serão desenvolvidas – e no tempo passado para o 
trabalho final – expondo o que foi feito para sua conclusão, ações já realizadas. 
A pesquisa científica é caracterizada pela adoção sistematizada de métodos 
que têm por objetivo descobrir, compreender e explicar fatos componentes de 
determinada realidade ou que nela estão inseridos. 
Pesquisar é a ação de reunir informações necessárias para encontrar 
resposta para uma pergunta e assim chegar à solução de um problema. Assim, o 
processo de pesquisa envolve as ações sistemáticas de decidir o que deve ser feito, 
coletar informações relativas ao problema, descartar informações não importantes 
ou irrelevantes, analisar as informações relevantes e procurar uma conclusão, 
resposta ou solução para o problema. 
Ghaury e Gronhaug (2005) afirmam que a adequada abordagem de um 
problema de pesquisa envolve ter a clara definição dos seguintes aspectos: 
 qual é o problema; e, 
 como se deve proceder para resolver o problema. 
No tocante à resolução de um problema, a adoção de métodos é uma das 
principais características dos trabalhos científicos. “Trata-se da adoção de 
procedimentos padronizados e muito bem descritos, a fim de que outras pessoas 
possam chegar a resultados semelhantes se seguirem os seus passos” (ALMEIDA, 
2011, p. 30). 
O método oferece várias vantagens ao aluno (pesquisador) ao dispor um 
conjunto de atividades racionais e sistemáticas que indicam os passos da pesquisa, 
possibilitando a identificação de erros e informações que auxiliam os processos 
decisórios. 
Saliente-se que técnicas e métodos não significam a mesma coisa, embora 
tenham forte relação. 
 
O método é um plano de ação, formado por conjunto de etapas 
ordenadamente dispostas, destinadas a realizar e antecipar uma atividade 
na busca de uma realidade, enquanto a técnica está ligada ao modo de 
38 
 
 
realizar a atividade de forma mais hábil, mais perfeita. O primeiro está 
relacionado à estratégia e o segundo à tática. [...], o método refere-se ao 
atendimento de um objetivo, enquanto a técnica operacionaliza o método. 
(FACHIN, 2001, p. 29) 
 
A adequada caracterização do trabalho envolve alguns importantes 
componentes. Neste capítulo são apresentados os principais elementos que serão 
utilizados na explicitação dos métodos e técnicas empregadas na pesquisa. 
As pesquisas podem ser classificadas de várias as formas. Neste manual 
apresenta-se a forma clássica, destacada por Gil (1999); Marconi e Lakatos (2007) e 
Almeida (2011), relacionadas no Quadro 2. 
 
Quadro 2 – Classificação e tipos de pesquisa 
TIPO DE 
PESQUISA 
DESCRIÇÃO SUCINTA 
a) Quanto à natureza 
Pura ou Básica O objetivo é desvendar conceitos, discussões polêmicas e teóricas. 
Aplicada ou Prática 
O pesquisador é movido pela necessidade de conhecer para a aplicação 
imediata de seus resultados, apresenta fins práticos. 
b) Quanto à abordagem do problema 
Quantitativa 
Considera que tudo pode ser quantificável; assim, procura traduzir em 
números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los. 
Qualitativa Visa aprofundar a compreensão de um determinado fenômeno social. 
c) Quanto aos objetivos da pesquisa 
Descritiva Visa descrever as características ou componentes de fato ou fenômeno. 
Explicativa 
Busca esclarecer os fatores que contribuem para o fato ou fenômeno; têm 
como preocupação central identificar seus fatores determinantes. 
Exploratória Visa aumentar a experiência em torno de um determinado problema. 
d) Quanto aos procedimentos da pesquisa 
Bibliográfica 
Estudo sistematizado desenvolvido com base em material disponível em 
livros, revistas, jornais, internet. 
Documental 
Realizada em documentos de órgãos públicos e privados, compreende 
regulamentos, circulares, ofícios, memorandos, balancetes, etc. 
Experimental 
Manipula uma ou mais variáveis independentes (causas) controladas, a 
fim de se observar e interpretar as realizações e as modificações 
provocadas no objeto de estudo (efeito). 
Levantamento ou 
Survey 
Coleta

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