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Transição demográfica e epidemiológica DISCIPLINA: Enfermagem em Saúde Coletiva CONTEÚDO DA AULA: Bloco de Epidemiologia Geral - Transição demográfica e epidemiológica 1 Transição Latim – transitione Atos, efeitos ou modos de passar lentamente de um lugar, estado ou assunto para outro. Diferenciação Transição demográfica Efeitos que as mudanças dos níveis de fecundidade e mortalidade provocam sobre o ritmo de crescimento populacional e sobre a estrutura por idade e sexo. Transição epidemiológica Modificações, a longo prazo, dos padrões de morbidade, invalidez e morte que caracterizam uma população específica e que, em geral, ocorrem em conjunto com outras transformações demográficas, sociais e econômicas. Transição nutricional Transformações ocorridas no padrão nutricional das populações, em geral um trânsito da desnutrição para a obesidade. 3 Transição demográfica Transição demográfica Frank Notestein (1945) Teoria da Transição Demográfica Apresenta a teoria da transição demográfica uma descrição das tendências temporais a longo prazo na fertilidade e mortalidade das populações e um modelo que se propõe a explicar tais tendências. Sugere a existência de associação entre desenvolvimento e alterações demográficas, enunciando estádios de crescimento demográfico (que correspondem à passagem das sociedades não industriais para sociedades modernas, industriais e urbanas). Taxa de natalidade/fecundidade: Nº filhos NV de mães residentes determinada faixa etária --------------------------------------------- x 1000 Pop. total feminina residentes, desta mesma faixa etária Taxa de Mortalidade: Nº total de óbitos de residentes ----------------------------------------------------- X k (1000) População total de residentes Indicador – espaço/lugar e tempo Proporção – relação entre 2 freq. Mesma unidade Taxa = coeficiente – relação entre 2 valores numéricos q expressa a intensidade que um fenômeno varia 5 Frank Notestein Transição demográfica Estimativa do crescimento histórico da população mundial em diferentes períodos históricos e modos de produção (1 d.C. até 2050). Fonte: baseado Berquó; Nações Unidas (2004). Modelo europeu – países industrializados 7 Fases da transição demográfica Fase 1 – pré-industrial Natalidade e mortalidade com valores elevados Crescimento populacional pequeno ~ equilíbrio Função das guerras, epidemias, baixas condições sanitárias e má condição geral de vida Crescimento vegetativo: diferença entre óbitos e vivos + nasc.> mortes Eixo x tempo; eixo y taxa crescimento natural ou crescimento vegetativo é a diferença entre os nascimentos e mortes, ou seja, entre a taxa de natalidade e a taxa de mortalidade, geralmente ele é expresso em permilagem. O Crescimento natural pode ser: Positivo: Quando o número de nascimentos é maior que o de mortes. 8 Fases da transição demográfica Fase 2 – intermediária de divergência de coeficientes A partir Idade Moderna ~contemporânea – modo de produção capitalista, industrialização, urbanização 9 Fases da transição demográfica Fase 3 - intermediária de convergência de coeficientes Rápido envelhecimento populacional Crescimento vegetativo: diferença entre óbitos e vivos Neg. - mortes > nasc. 10 Fases da transição demográfica Fase 4 – Moderna ou Pós-Transição Retorno ao equilíbrio populacional Crítica – dinâmica pop. Movimentos migratórios??, nascim, mortes, • O papel da migração não é considerado • Estado marital não considerado • O equilíbrio entre mortalidade e natalidade não é necessariamente o estádio “natural” de convergência demográfica! 11 Transição demográfica http://brasilemsintese.ibge.gov.br/ Idoso >65 anos países de alta renda ... E países de baixa, e/ou média renda >60 anos Indicador – espaço/lugar e tempo Proporção – relação entre 2 freq. Mesma unidade Taxa = coeficiente – relação entre 2 valores numéricos q expressa a intensidade que um fenômeno varia 12 E no Brasil? Transição demográfica no Brasil 1940 – 1960 Redução significativa da mortalidade Fecundidade níveis elevados A partir de 1960 Redução gradativa da fecundidade Jovens Melhorias: saúde pública, previdência social, infraestrutura urbana, indústria farmacêutica... Transição da estrutura etária: Envelhecimento populacional (aumento da expectativa de vida) 1940-60 – ao contrário pensa, n houve aumento idosos Red. Fecundidade – primeiro regiões mais ricas 14 Brasil (2015): 6,08 [óbitos/1000) 15 Fase 2 – aceleração demográfica 16 FASE 3 17 Brasil (2015): 1,7 nascidos vivos por 1000 mulheres <2,1 sugestiva de insuficiência para reposição populacional Transição demográfica no Brasil... O envelhecimento populacional 1960 2010 3 milhões 21 milhões 700% 54,2 anos 75,5 anos Próxima países alta renda EUA 78,9 Canadá 81,9 Reino Und 81,0 20 QUAL IMPACTO DISSO??? Pop idoso – cuidados em saúde, previdência, economia investimentos em saúde, mais QV, autonomia p viver mais tempo Pop – melhores condições ambiente físico, mobilidade Fecundidade – gravidez de risco, pois cada vez mais tardia 21 Transição epidemiológica transição epidemiológica Caracterizada por mudança gradual no perfil da morbimortalidade Morbidade – doenças Mortalidade - óbito 23 Teoria da transição epidemiológica 1969 – Frederiksen (t. demográfica) analisou mudanças padrões de morbimortalidade 1971 – Teoria de Abdel Omran Era da pestilência e da fome (até o fim da Idade Média) Predomínio Da desnutrição Dos problemas relacionados à saúde reprodutiva Das doenças infecciosas e parasitárias Doenças infecciosas e parasitárias Doenças crônico-degenerativas Alta mortalidade Infecc: Dengue, Aids, malária, Febre amarela, Hepatite, Sífilis congênita Crônicas: DCV, HAS, DM, Neoplasias – plano de ações para enfrentamento DCNT Brasil Omran – 3 gr estágios Era 1 – 30-40 nv; expec 30 anos 24 transição epidemiológica Era do declínio das pandemias (até início da Rev. Industrial) Redução progressiva das grandes epidemias e pandemias Doenças infecciosas e parasitárias continuam como principais causas de morte Melhora nas condições de vida (expectativa de vida 40 a 50 anos) Crescimento populacional (taxa de natalidade alta) e urbanização Falta de saneamento básico, habitações inadequadas, condições de trabalho insalubres Fome Problemas de Saúde Pública Epidemia geralmente infecciosa, ataca simultaneamente grande número de indivíduos em uma determinada localidade. atinge grandes proporções – pandemia Esp vida 40 a 50a 25 transição epidemiológica Era das doenças degenerativas e provocadas pelo homem Redução ou estabilização da mortalidade Queda relativa das doenças infecciosas e parasitárias (TB e diarréia) Aumento das doenças crônicas (doenças cardiovasculares e neoplasias) e dos agravos por causas externas Melhora gradual nas condições sociais da população Ampliação da cobertura e avanço nos serviços de saúde, em conhecimento científico e tecnológico (revolução científica, antibióticos e vacinas) Queda da fecundidade + Aumento da expectativa de vida ao nascer (>50 anos) >> envelhecimento T. Demográfica interligada T. Epidemiológica Críticas: generalização, mais Europa – n trata dif. Países – não linear 26 transição epidemiológica 1970 Olshansky e Ault; Rogers e Hackenberg Quarta Era: Revolução cardiovascular Aumento da expectativa de vida com os avanços no tratamento DCV > redução taxa de mortalidade por doenças crônico-degenerativas > aumento da expectativa de vida 1989 Frenk e cols. Modelo Tardio Polarizado – coexistência de distintos padrões de morbimortalidade E no Brasil? Dif.. Chile, costa rica, cuba 28 Transição epidemiológica Superposição de etapas As etapas não se sucedem, mas se superpõem Contratransição Ressurgimento/persistência de doenças como malária, cólera, febre amarela, dengue, TB Grande importância na morbidade, e sem grande interferência na mortalidade O que mais?? Febre amarela recentemente... 29 Transição epidemiológica Transição prolongada Situação de morbimortalidade mista: grande incidência de infecções comuns, sem encerrar por completo as doença crônicas Polarização epidemiológica Persistência das desigualdades sociais, com heterogeneidade nas etapas dos diferentes grupos sociais Padrões de morbidade diferentes em diferentes regiões Ex.. TB Imp conhecer território 31 Mortalidade proporcional?? Óbitos causas esp/total óbito mesmo ano X 100 Melhor representa mudanças epidemiológicas (séc XX – XXI) Desafios? – Heterogeneidade regiões; dif. Cobertura de saúde; violência, idosos perspectiva positiva novos desafios nos campos da assistência, da pesquisa, e da administração dos recursos 32
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