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A IMPORTÂNCIA DAS COTAS TRABALHISTAS PARA TRANSEXUAIS NO BRASIL

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A IMPORTÂNCIA DAS COTAS TRABALHISTAS PARA TRANSEXUAIS NO BRASIL
Resumo:
INTRODUÇÃO 
As cotas são medidas de inclusão no intuito de trazer determinada classe o acesso à educação ou mercado de trabalho. Por meio delas que se consegue efetivar a equidade entre as pessoas. Recentemente, o STF declarou a constitucionalidade das cotas raciais em concursos públicos o que demonstra a necessidade dessa equidade. Ao reconhecer a constitucionalidade das cotas raciais, o STF assume que no Brasil existem preconceitos que impedem que determinados grupos cresçam e desenvolvam financeiramente e profissionalmente no mercado de trabalho. Analogicamente, abordamos a necessidade de extensão das cotas para os transexuais, que, no decorrer dos anos, também vem sofrendo exclusão devido ao preconceito enraizado na nossa sociedade, o que resulta na exclusão dessas pessoas de sistemas familiares e, também, na não aceitação no mercado de trabalho, dificultando a oportunidade dessas pessoas portadoras de desvio permanente de identidade sexual. 
PROBLEMA DE PESQUISA
O problema abordado resume-se na ausência de legislação ou de ações afirmativas adequadas que sejam capazes de oferecer uma inclusão social dos transexuais no mercado de trabalho. 
OBJETIVO 
Pretende-se demonstrar que são ‘’aceitáveis tratamentos diferenciados, desde que o elemento discriminador tenha uma finalidade específica, compatível com a Constituição Federal’’, conforme exposto pelo Ministro Alexandre de Morais. Dessa forma, a finalidade das cotas é promover a inclusão de determinada classe para que haja a igualdade constitucional. Por isso, o objetivo desta pesquisa é demonstrar a importância de uma implantação de cotas transexuais, a fim de garantir uma oportunidade para esse grupo de pessoas que sofrem preconceitos, exclusão, violência e abandono. Entende-se que cabe ao Estado garantir a estas pessoas oportunidade no mercado de trabalho. 
REFERENCIAIS TEÓRICO- METODOLÓGICOS 
Para o presente estudo, utiliza-se a pesquisa bibliográfica e o método dedutivo, partindo-se de uma perspectiva macro para uma concepção micro analítica acerca do tema ora estudado e, por fim, como procedimento técnico a análise temática, teórica e interpretativa, buscando sugestão para a solução da questão supracitada. A pesquisa foi realizada a partir da dificuldade do IBGE de mensurar a quantidade de transexuais no mercado de trabalho, dessa forma, ao fazer uma pesquisa ampla, nota-se que existe um número tão inferior, que um transexual no mercado de trabalho se torna notícia. Além disso, foram levados em consideração vários relatos pessoais do dia-a-dia de transexuais que, por diversas vezes, reafirmam a questão da dificuldade de serem aceitos para trabalharem em empresas o que resultava na sua ingressão ao mundo das drogas e prostituição, como também demonstrado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), que concluiu que a transfobia faz com que esse grupo “acabe tendo como única opção de sobrevivência a prostituição de rua”. 
RESULTADO 
A sugestão trazida pelo presente trabalho concerne na criação de normas legislativas que garantam a inclusão desse grupo de pessoas no mercado de trabalho, que ajudarão, de forma significativa, a alcançar a inclusão social. Tal inclusão pode se dar por meio de incentivos da participação dessas pessoas em concursos públicos, reservando uma cota das vagas oferecidas para essas pessoas. Da mesma forma, tal incentivo pode se dar por meio de campanhas para que as empresas privadas contratem pessoas transexuais, o que não ocorre atualmente devido ao preconceito social. Além disso, destaca-se a necessidade de uma escola inclusiva que possibilite a estas pessoas uma formação adequada para ingressão no mercado de trabalho.
Palavras-chave:
SexualidadeGêneroTransexuaisIsonomia trabalhista
REFERÊNCIAS:
BENTO, Berenice. A reinvenção do corpo: sexualidade e gênero na perspectiva transexual. 2ª Edição. Natal: EDUFRN, 2014, 330 p.
DINIZ, Maria Helena. O estado atual do biodireito. São Paulo: Saraiva, 2006. SÁ, Maria de Fátima Freire de; NAVES, Bruno Torquato de Oliveira. Manual de Biodireito. Belo Horizonte: Del Rey, 2011. STURZA, Janaína Machado; SCHORR, Janaína Soares. Transexualidade e os Direitos Humanos: Tutela Jurídica e o Direito à Identidade. Revista Jurídica Cesumar. Jan./Jun. 2015, v. 15, n. 1, p. 265/283.
STF- STF Inicia Julgamento Sobre Lei de Cotas no Serviço Público. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=343121

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