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Materiais Obturadores e Obturação do canal

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Resumos de Endodontia
Materiais Obturadores e Obturação do Canal
					O que é a OBTURAÇÃO?
				 
É o preenchimento da porção modelada do conduto, com materiais inertes ou antissépticos promovendo um selamento tridimensional, passível de estimular o processo de reparo pelo organismo, ou não interferir no processo de reparo.					
						Qual o intuito da obturação?
Vedamento do canal
Evitar espaços vazios para a proliferação bacteriana
Selamento apical, lateral e coronário
							Características dos materiais obturadores
No processo de obturação utilizamos dois tipos de materiais. Um desses é sólido (cones de guta-percha) e o outro na forma plástica (cimento endodôntico).
*INFORMAÇÂO: cimento é tudo aquilo que toma presa; pasta, por exemplo, não toma presa.
Quanto aos cones de guta-percha, existem dois tipos:
Principais (calibrosos);
Acessórios (finos) é usado quando o cone principal não é capaz de vedar os espaços por completo.
Conicidades dos cones:
Cone M = 0,6 mm
Cone MX = 0,5 mm
Cone FM = 0,4 mm
Propriedade dos Cones
Desvantagens
																		Finalidades do Cimento
Ocupar todos os espaços
Ser agente de união entre o cone e a dentina
Lubrificar as paredes, facilitando a inserção do cone
Ph próximo ao neutro ou alcalino
Radiopaco
Fácil remoção
Não manchar o dente
Passível de esterilização
									
Segundo Ingle (1956), a grande causa dos insucessos endodônticos estava relacionados com a incorreta obturação dos canais.
Cimento de Grosmam – são cimentos que obedecem às propriedades descritas por esse autor. Tais como:
# É verdade que todo dente tratado endodonticamente muda de cor? Se sim, porque isto ocorre?O tratamento muda a cor da raiz, da coroa não. Pois a raiz agora abriga um material que causa, sim, algum tipo de manchamento; além disso, a raiz não possui mais suprimento sanguíneo, está “seca” e “quebradiça”.
	Se a coroa escurece o erro é do dentista, que não limpou corretamente e deixou restos de cone e cimento dentro da coroa, com o tempo isso irá causar escurecimento coronário. Outro fator que causa o escurecimento da coroa é sangue; durante o acesso de um dente com pulpite irreversível, por exemplo, dever-se-ia remover os “cornos pulpares”, se essa etapa é negligenciada, ficará sangue abrigado nessa região, com o tempo esse irá oxidar e o dente apresentará na coroa uma coloração alaranjada.
	
*INFORMAÇÔES ADICIONAIS
Quando o cimento extravasa pelo forame, o organismo está apto a resolver. Portanto, o cimento, por ser biocompatível, será reabsorvido; embora isso possa demandar tempo.
No entanto, se o cone extravasar no periodonto, isto será considerado um erro de calibração, o organismo também vai reparar, porém de forma diferente. O cone é um material sólido, e o organismo por sua vez não vai conseguir reabsorver; então, o mesmo irá englobar o cone e reconhece-lo como um corpo estranho.
PORTANTO, CIMENTO PODE ESTRAVASAR, CONE NÃO!
MTA – cimento usado em perfurações, já é comercializado em embalagem estéril. O Endofil também é asséptico, mas ao abrir o pote com a entrada de oxigênio ele perde essa característica.
A lentulo é usada para a inserção da MIC.
Com o conduto instrumentado, seco e cone calibrado, manipula-se o cimento.
Manipulação do cimento – aglutinar pó e líquido até ficar bem espesso (formar um fio mais grosso).
Inserção do cone + Cimento no conduto – Melar a ponta do cone no cimento e levar no canal com movimentos de vai-e-vem. Repita a operação até que haja cimento suficiente.
			Condições para Obturar um Dente
INFORMAÇÔES ADICIONAIS
# A obturação deve ficar distante pelo menos 1mm do forame;
# Quando a obturação está 1mm aquém do forame, permite-se que o organismo invagine formação de tecidos nesse espaço restante. A princípio, tecido de cicatrização, depois algo semelhante a osso ou cemento. Ou seja, dá-se condições para que o organismo promova um selamento biológico.
# Para saber aonde cortar o cone preciso saber qual foi a LM, pois esta dirá o tamanho do forame. 
Ex: LM= 40 Calibração do cone= 45
REGRA DE CALIBRAÇÂO DO CONE
Quando LM for de 1° série deve- se:
- Cortar o cone um tamanho maior que a LM ou LAF
- O cone vai ter que entrar 1mm aquém do CT
Ex: LM= 25 		Cone= 30 		CT= 20mm		Cone= 19mm
Quando a LM for de 2° série deve-se:
- Cortar o cone dois tamanhos maiores que a LM ou LAF
- O cone deve entrar 2mm aquém do CT
Ex: LM= 45		Cone= 55		CT= 20mm		Cone= 18mm
Quando a LM for de 3° série deve-se:
- Cortar o cone três tamanhos maiores que a LM ou LAF
- O cone vai entrar 3mm aquém do CT
Ex: LM= 90		Cone= 120		CT= 20mm		Cone= 17mm
# Para calibrar o cone no tamanho correto, marco com a pinça medindo na régua.
# Mas quando o cone não desce, o que pode ser? E o que deve ser feito, qual ordem deve se seguir?
Quando o problema for:
Raspa de dentina – Devemos reinstrumentar o conduto para desobstruir o canal, com movimentos de alargamento (1/4 ou ½ de volta e tração). A causa geralmente é a não irrigação.
Calibração errada do cone – Devemos pegar a LM e ver o tamanho do forame para saber onde cortar o cone e em quantos milímetros. A causa é não calibrar o cone, isto é, simplesmente tirá-lo da caixa e pôr no conduto.
Degrau ou cone não desce – Devemos 1° provar a LM, 2° refaça o escalonamento até o comprimento das gates, 3° repassar as gates e 4° pegar um cone de menor calibre.
Formatação do conduto – Devemos provar cones mais calibrosos ou utilizar cones acessórios.
Instrumento fraturado – Devemos instrumentar e obturar até o local da fratura ou se possível, tentar remover com auxílio do ultrassom.
					Aplicação do EDTA
Serão três trocas de 20 segundos agitando com a LM. Se estiver usando CHX irrigação com soro fisiológico, se estiver utilizando o NaOCl irriga com este.
Andrêza S A Holanda		Quixadá – Ce (2018)

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