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Patologia Oral – P1 DISTÚRBIOS DO DESENVOLVIMENTO BUCOMAXILOFACIAL Alterações do desenvolvimento, podendo manifestar durante os períodos de vida intra-uterina e/ou extra-uterina. CONCEITOS HISTOGENESE: Proliferação e diferenciação de tecidos. Uma interferência pode causar displasia: DISPLASIA: Atinge os tecidos (é uma alteração celular seja na formação ou constituição) ORGANOGÊNESE: Formação de órgãos. Uma interferência pode causar anomalias: ANOMALIAS: Atinge órgãos.. MATURAÇÃO: Amadurecimento dos tecidos. Uma interferência pode causar deformação: DEFORMAÇÃO: Atinge regiões anatômicas. TERATOGÊNICO É tudo que pode causar alteração no desenvolvimento do embrião, definido como qualquer substancia, organismo, agente físico ou estado de deficiência. Genético= Relativo a gene Hereditário= Herdado de pai e mãe Congênito= nasce com a pessoa Nem toda alteração genética é hereditária, mas a alteração hereditária é genética. Ex: Câncer. ETIOPATOGENIA DOS DEFEITOS CONGÊNITOS Defeito congênito= Distúrbio de origem genética e/ou ambiental que ocorre no período embrionário fetal envolvendo comprometimento estrutural, funcional ou ambos. Podem ser genéticos ou adquiridos. FATORES ADQUIRIDOS- MECÂNICOS Parede uterina alterada (hipertônica) Má posição fetal Quedas ou pancadas podem levar ao extravasamento do liquido amniótico podendo comprimir o feto FATORES ADQUIRIDOS- RADIOATIVOS Morte embrionária ou fetal Má formação congênita Retardo do crescimento Mutação do genoma Morte celular A partir de 3 a 8 semanas não se deve tomar radiação, pois é o período de formação do tubo neural, podendo trazer complicações ao embrião. FATORES ADQUIRIDOS- NUTRICIONAIS Hipovitaminose A Hipovitaminose D Hipocalcemia Metais essenciais FATORES ADQUIRIDOS- QUÍMICOS TALIDOMIDA ISOTRETINOÍNA ANTINEOPLÁSICOS ÁLCOOL CIGARRO TALIDOMIDA Evitar em gestante, pois este medicamento causa má formação, ausência de membros no feto, devido este medicamento ter forte atração por células de extremidades. *focomelia= má formação do desenvolvimento dos membros. ISOTRETINOÍNA Roacutan- pode passar para o leite materno Derivado da vitamina A Em qualquer quantidade ou mesmo em curto período, existe risco extremamente alto de nascimento de uma criança deformada (SNC, coração, grandes vasos sanguíneos, aborto espontâneo) Hidrocefalia(acumulo de liquido dentro do crânio), microcefalia (cérebro pequeno), anormalidades no ouvido externo, microftalmia, anormalidades cardiovasculares,alterações faciais, etc Ciclopia- é o desenvolvimento de apenas um olho Holoprosencefalia- Falta da divisão do lóbulo frontal do cérebro do embrião CIGARRO Aborto, prematuridade, fraqueza Nos homens: Provoca infertilidade (matam células espermáticas) e problemas de ereção ÁLCOOL Aborto espontâneo Retardo no crescimento IU Microcefalia Malformação da face (nariz curto) Lábio superior fino Mandibula pequena Pés tortos Malformações cardíacas Maior sensibilidade a infecções Maior taxa de mortalidade neonatal Retardo do desenvolvimento neuropsicomotor e intelectual distúrbios do comportamento (irritabilidade e hiperatividade durante a infância) FATORES ADQUIRIDOS- INFECCIOSOS TOXOPLASMOSE OUTROS RUBÉOLA CITOMEGALOVÍRUS HERPES VÍRUS TIPO 2 TOXOPLASMOSE Pode ser ingerida pela ingestão de água e alimentos contaminados (carnes cruas ou mal passadas, principalmente de porco e de carneiro, e vegetais que abriguem os cistos do Toxoplasma, por terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros ou material contaminado por elas mesmas). Transmissão: da mãe para o feto transfusão de sangue transplante de órgãos Não é transmitida de uma pessoa para outra. Abortos e malformações (hidrocefalia,neuropatias e oftalmopatias) OUTROS- SÍFILIS Bactéria: Treponema Pallidum Transmitida atravésdo ato sexual com alguém infectado Transfusão de sangue contaminado Mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto Pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. Na maioria dos casos, os sinais e sintomas estão presentes já nos primeiros meses de vida (pneumonia, feridas no corpo, cegueira, dentes deformados, problemas ósseos, surdez ou deficiência mental podendo ser fatal) HIPOPLASIA DE ESMALTE Conhecida como dentes de Hutchinson, incisivo cujo terço médio converge para a borda incisal e molares em amora devido a conformação anatômica oclusal. Essas bactérias tem acesso aos ameloblastos, que são formados o esmalte. HIV (VÍRUS DA IMUNODEFICIENCIA HUMANA) AIDS É transmitido pelo fluído contaminado por HIV em contato com alguma área do corpo vulnerável a invasões. Os fluídos que contém os vírus são as secreções vaginais, o sêmen e o líquido pré-seminal e o sangue. Sexo oral: Principalmente se houver lesões na cavidade oral como gengivites, aftas, feridas. Sexo anal: Maior risco de contaminação Para evitar a transmissão para o bebê faz-se o uso de medicamentos, monitoramento da carga viral, fazer cesariana (rompimento da bolsa e as contrações podem facilitar a troca de fluídos entre mãe e bebê) e não amamentar. SEQUELAS: Parto prematuro, restrição do crescimento fetal e aborto COQUETEL: Zidovudina (AZT) oral e durante o parto por via intravenosa. Em alguns casos medicamentos no segundo trimestre da gravidez (formação dos órgãos principais está completa). Após o nascimento, o bebê toma AZT durante 6 semanas RUBÉOLA É transmitida por via respiratória Manifestação: febre, manchas vermelhas, cefaleias, dor pelo corpo, dificuldade ao engolir... Geralmente cura-se sozinha, mesmo sem tratamento Em grávidas (síndrome da rubéola congênita SRC) abortos, malformações congênitas, como cardiopatias, catarata e surdez. CITOMEGALOVÍRUS Família Herpes Vírus Transmissão por via respiratória (tosse, espirros, fala, saliva), transfusão de sangue, via sexual, transmissão vertical e via leite materno. Febre, dor de garganta, aumento do fígado e do baço, presença de linfócitos atípicos Pode permanecer em latência nas células das glândulas salivares, dos linfonodos, macrófagos e linfócitos. SEQUELAS: Surdez, cegueira, retardo mental, convulsões e até mesmo óbito. Podendo desenvolve-los tardiamente HERPES TIPO II Vesículas agrupadas dolorosas aparecem no órgão genital masculino, vulva ou reto, sendo o quadro acompanhado de cefaleia, febre e linfadenopatia (perdura de 5 a 10 dias) HIV1- É o mais frequente causador de lesões orolabiais. E está presente em até 10% das lesões herpéticas genitais. HSV2- É responsável por até 90% das lesões genitais e pode estar presente em até 10 % das lesões orolabiais. Mães com manifestação de herpes genital no momento do parto, há um risco de infecção para o bebê. O bebê contaminado: vesículas e bolhas que se erosão e são recobertas por crostas, sendo na maioria dos casos causados pelo herpes simples tipo 2. Muitas vezes fatal. Durante a organogenese, frequentemente provoca prejuízos ao embrião: abortos espontâneos, defeitos congênitos e natimortos. Os defeitos congênitos graves são raros, destacando-se dentre outros: microcefalia, calcificações intracranianas e microftalmia. FATORES GENÉTICOS ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS Numéricas: aneuploidia(monossomia,trissomia). Número a mais ou de menos de cromossomos. poliploidia Pares de cromossomos a mais Estruturais: deleção translação inversão TRISSOMIA DO 21- SÍNDROME DE DOWN Alteração genética na quantidade de cromossomo Dedos curtos, língua profusa- macroglossais, pescoço curto e grosso, achatamento da região occipital, face arredondada... Apresentam defeitos cardíacos, retardo mental de leve a moderado e imunidade celular diminuída. Baixa incidência de cárie (erupção tardia) Alta susceptibilidade a doenças periodontais (dificuldade higienização e baixa imunidade). HEREDITÁRIO- ALBINISMOFalta de produção de melanina. Tirosinase- negativo: Não há produção de melanina Tirosinase- positivo: Há pequena produção de melanina Pele suscetível a queimaduras solares e câncer. ANOMALIAS MULTIFATORIAIS /FENDAS LÁBIO-PALATAIS São congênitas Decorrentes da não junção dos processos faciais embrionários A herança de um certo número de genes mutantes associados com fatores ambientais é necessário para que esse distúrbio se manifeste. Alteração da velocidade migratória das células da crista neural- encarregadas de comandar o fenômeno de fusão das proeminências faciais entre a 6º e a 9º semana de vida embrionária. Também se atribui a falta de migração do mesoderma entre processos faciais. As fissuras labiais resultam da falta de fusão dos processos frontonasal e maxilar que ocorre por volta da 6º semana. As fissuras palatinas são decorrentes da falta de fusão das placas palatinas do processo maxilar,fusão esta que ocorre por volta da 9° semana. DISTÚRBIOS LABIAIS-FOSSETAS LABIAIS Comuns nas comissuras labiais Podem ocorrer na região paramediana Pode estar associado a glândula Atrapalha só na estética, não é uma doença. GRÂNULOS DE FORDYCE Glândulas sebáceas na mucosa Pápulas (até 5mm) branco amarelada, não patológica (alterações de normalidade) Localizadas na mucosa jugal bilateral (linha alba) Acentua-se com a idade Podem obstruir LEUCOEDEMA É edema intracelular Causa desconhecida Predomínio em negros Na mucosa jugal bilateral Mancha difusa, quando destendida desaparece Não é patológico, mas sim alteração de normalidade Na sua lamina apresenta camada espinhosa com células vacuoladas com núcleo picnótico. LÁBIO DUPLO Anomalia de desenvolvimento, rara Crescimento exuberante do tecido da mucosa labial 2º e 3º mês durante a formação do lábio. HIPERTROFIA DA PAPILA PAROTÍDEA Geralmente bilateral Pápula ou nódulo macio e séssil na mucosa jugal em regiões equivalentes ao 1º molar superior. Alteração congênita “Papila parotídea com óstio do ducto parotídeo” TÓRO (TORUS) Protuberância óssea originidade da cortical óssea Nódulos duros sésseis recoberto por mucosa normal Pode ser hereditário ou adquirido Remoção cirúrgica- adaptação próteses, alimentação, incômodo diversos Torus palatino/ Torus mandibular TORUS MANDIBULAR Localizado na face interna da mandíbula, sobre a linha milo-hioide na região de pré molares TORUS PALATINO Localizado no terço médio posterior do palato duro DISTÚRBIOS DA LÍNGUA- AGLOSSIA Ausência da língua Raro MICROGLOSSIA Etiologia desconhecida Alteração do desenvolvimento incomum Língua anormalmente pequena Normalmente associado a síndromes Os casos relatados apresentam essa condição em associação com fendas palatinas, hipoplasia da mandíbula. MACROGLOSSIA Aumento do volume da língua Pode ser causada por malformações hereditárias ou congênitas – adquiridas. Indicado na maioria dos casos, quando há obstrução de via área, dificuldade da fala, disfagia. LÍNGUA FENDIDA Anomalia de desenvolvimento Falta de fusão das eminências linguais laterais LÍNGUA FISSURADA Anomalia de desenvolvimento hereditária ou adquirida Causa incerta Assintomática Adequada higienização Surgimento durante a vida adulta pode ser um sinal de anemia perniciosa. LÍNGUA GEOGRÁFICA- GLOSSITE MIGRATÓRIA BENIGNA Anomalia de desenvolvimento pacientes atópicos Acompanha a língua fissurada e em alguns casos o estresse Acredita-se que sua alteração seja no mesmo gene da língua fissurada, quando hereditário. Só é sintomática em processos inflamatórios e com substâncias ácidas Descamação das papilas filiformes Porção central avermelhada com margens elevadas branco ou branco-amarelada GLOSSITE ROMBOIDAL MEDIANA Placa avermelhada ou vermelho-esbranquiçada no dorso da língua, na localização mediana Etiologia é desconhecida. Acredita-se que possa haver relação com a má formação dos arcos branquiais. E fatores infecciosos (candida albicans) ANQUILOGLOSSIA Completa (desde a ponta da língua) ou incompleta (pouco abaixo da ponta da língua). Causa dificuldade de fonação Anomalia de desenvolvimento lingual caracterizada por freio lingual curto. Lingua Crenada ou serratoglossia Pressão excessiva da musculatura lingual na superfície dentária Não é alteração de desenvolvimento, não é doença Varicosidades linguais São veias anormalmente dilatadas e tortuosas Mais comum em idosos Áreas papilares ou lineares púrpura azuladas Localizadas em face ventral de língua, terço posterior e lateral da língua e assoalho bucal Geralmente o paciente acompanha de varizes nos membros inferiores Confuso com o diagnóstico de hemangioma LÍNGUA PILOSA Acúmulo acentuado de queratina (nas papilas filiformes do dorso da língua) ou diminuição no processo descamativo Causa incerta Maioria tabagista crônicos Pode estar associado a: higiene oral deficiente, histórico de radioterapia na região de cabeça e pescoço, debilitação geral. Causada por falta de atrito no dorso lingual- dietas liquidas por sondas Pode estar associado a xerostomia Podem ter diferentes colorações: branco, castanho, verde, negro, dependendo de fatores extrínsecos (cefé,tabaco,chá e outros alimentos) ou intrínsecos (organismos cromogênicos da cavidade oral) Os bordos linguais raramente estão envolvidos Na maioria dos casos é assintomático, e a busca por assistência odontológica se dá pela aparência pouca estética LINGUA SABURROSA Não é o mesmo que língua pilosa Acumulo de células epiteliais descamadas e bactérias no dorso da língua Provável halitose Orientação quanto à higiene TIREOIDE LINGUAL 3 A 4° vida intrauterina- a tireoide começa a se desenvolver pela proliferação epitelial no soalho do cordão faringiano 7° semana de VIU- botão tireoidiano migra inferiormente para o pescoço e finalmente, posiciona-se anteriormente a traqueia e a laringe Tecido tireioidiano ectópico- entre forame cego e epiglote (90%) Causa: disfagia, disfonia, dispneia Geralmente na superfície dorsal da linha média posteriormente Em geral em mulheres AMIGDALA LINGUAL Agregado linfoides localizados na borda lateral posterior da língua Pode inflamar aumentando de tamanho e tornando clinicamente perceptível Tratamento: Quando inflamada pode ser confundida com um carcinoma em estágio inicial, necessitando de acompanhamento ou biópsia DISTÚRBIOS DOS MAXILARES AGNATIA: Raro Ausencia de mandíbula e maxila MICROGNATIA: Ossos pequenos MACROGNATIA: Classe III SINDROME DE PIERRE ROBIN Anomalias do desenvolvimento dentário ODONTOGÊNESE 6 a 7 semanas de VIU, certas áreas do epitélio bucal começam a proliferar numa proporção mais rápida do que células das áreas adjacentes, formando uma faixa de epitélio. ANOMALIAS DENTÁRIAS- NÚMERO ANADONTIA Ausência total do desenvolvimento do dente É raro, ocorre na maioria das vezes com displasia ectodérmica hipoidrótica hereditária Próteses podem ser utilizadas. Prestar atenção se os principais dentes (incisivos e molares) se formam- observar ou examinar o paciente. HIPODONTIA Falta de desenvolvimento 1 a 5 dentes Mais comum Acomete mais a dentição permanente (3º molares) Pode acometer a dentição decídua, mas é menos comum (incisivo lateral) Normalmente associada a microdontia Predomínio em mulheres OLIGODONTIA: Falta do desenvolvimento de 6 dentes ou mais HIPERDONTIA Desenvolvimento de um número maior de dentes Os dentes adicionais são chamados de supranumerários Incomum: dentição decídua Mais comum na dentição permanente, maxila, anterior (inc. sup. > m. sup.> m. inf.) Maioria unilateral Supranumerários múltiplos de pacientes não sindrômicos acometem mais na mandíbula (pm>molares> anteriores) A maioria dos supranumerários ocorrem nos ossos gnáticos. Tem sido relatado a ocorrência na gengiva, tuberosidade maxilar, palato mole, seio maxilares, cavidade nasal. A erupção de dentes é variável, depende de espaços disponíveis Normalmente está relacionado a macrodontia em homensCLASSIFICAÇÃO DOS SUPRANUMERÁRIOS- QUANTO A REGIÃO MESIODENTE: Supranumerários na região de incisivo superior (conoides são os mais comuns) DISTODENTE OU DISTOMOLAR: 4º molar acessório PARAMOLAR: Supranumerário situado lingual ou vestibularmente a um molar ( paralelo) CLASSIFICAÇÃO DOS SUPRANUMERÁRIOS- QUANTO AO TIPO SUPLEMENTAR: Tamanho e formas normais RUDIMENTAR: Forma anormal e tamanho menor Conoides: Pequenos e cônicos TUBERCULADOS: Anterior, em forma de barril com mais de uma cúspide (raros) MOLARIFORMES: Semelhantes a pré molares ou a molares NÃO CONFUNDIR SUPRANUMERÁRIO COM: TRANSPOSIÇÃO DENTÁRIA: Dentes normais podem irromper em uma posição inapropriada (dois dentes permanentes trocam de posição no arco) DENTES NATAIS Dente presente ao nascimento em recém nascidos DENTES NEONATAIS Surgem nos primeiros 30 dias de vida do bebê A maioria são incisivos inferiores, seguido por incisivos superiores e molares Apesar de alguns autores afirmarem que estes sejam pré-decíduos supranumerários, a maioria é de dentes decíduos erupcionados prematuramente e não supranumerários. DOENÇA DE RIGA- FEDE Ulcerações traumáticas dos tecidos moles como resultado do traumatismo crônico da mucosa pelos dentes decíduos anteriores, muitas vezes associados a amamentação. ANOMALIAS DENTÁRIAS- TAMANHO MICRODONTIA Dentes excepcionalmente pequenos É associada com hipodontia, com maior frequência nas mulheres É isolada ,em uma dentição normal é incomum O incisivo lateral é mais afetado seguido pelo 3° molar A raiz normalmente tem comprimento normal Microdontia relativa: falsa FUSÃO É a união dos germes dentários em desenvolvimento, resultando em um dente estruturalmente grande. ( 2 coroas, 2 raízes, dentes diferentes) Causa desconhecida Pode envolver toda extensão do dente ou somente a raiz (aumento e dentina compartilhado) CONCRESCÊNCIA É uma forma de fusão, onde dentes complementares desenvolvidos estão unidos pelo cemento Acredita-se estar relacionado a apinhamento severo e trauma Pode ser que o dente não se erupcione CÚSPIDES ACESSÓRIAS- CÚSPIDE DE CARABELLI (TUBERCÚLO DE CARABELLI OU ANÔMALO) Cúspide acessória na superfície palatina da cúspide mesiolingual de molares superiores Pode estar presente na dentição decídua ou permanente Quando presente é mais pronunciada no 1° molar pequeno tubérculo tubérculo moderado tubérculo grande, similar a uma cúspide CÚSPIDES ACESSÓRIAS- Cúspide Evaginado (Tuberculo central ou pérola oclusal) Elevação semelhante a cúspide de esmalte localizada no sulco central ou na crista lingual da cúspide vestibular de PM e M. É comum PM, bilateral, arco inferior Raro na dentição decídua A polpa pode estar presente na maioria dos casos Causam interferência oclusal e alguns problemas clínicos (patologias pulpares) CÚSPIDES ACESSÓRIAS- Cúspide em Garra Localizada na superfície lingual de dentes anteriores Acomete mais a dentição permanente Presente em sua maioria em Incisivo< sup> Incisivo Central Dificilmente pode apresentar extensões pulpares Presente na maioria de pacientes sindrômicos TIPOS- CLASSIFICAÇÃO Restrito a coroa Estende-se abaixo da Junção Cemento esmalte e pode ou não ter comunicação com a polpa Estende-se através da raiz e pode perfurar a área apical ou lateral radicular. ESMALTE ECTÓPICO- PÉROLAS DO ESMALTE (enamiloma) Típico de molares Presença de esmalte em locais incomuns (principalmente em raiz- superfície radicular ou próximo da junção amelocementária) Estruturas hemisféricas constituídas por esmalte, podendo haver dentina e polpa Acredita-se que surja a partir de restos epiteliais de Hertwig ( Restos de Malassez), que diferenciam-se em ameloblastos. ESMALTE ECTÓPICO- EXTENSÕES CERVICAIS DE ESMALTE Localizadas na superfície vestibular das raízes sobrepondo a bifurcação Presentes com maior frequência nos m. inf. TAURODONTIA TAURO= TOURO DONT= DENTE É o aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente multirradicular com deslocamento apical do soalho pulpar e bifurcação das raizes Dentes com formatos retangulares e câmara pulpar aumentando no sentido ápico- oclusal com bifurcação próxima ao ápice. NORMAL -> HIPOTAURODONTIA LEVE -> MESOTAURODONTIA MODERADA -> HIPERTAURODONTIA SEVERA HIPERCEMENTOSE- HIPERPLASIA CEMENTÁRIA Deposição excessiva de cemento não neoplásico ao longo do cemento radicular normal Havendo um espessamento de raiz ou formando uma raiz rômbica Predominio em adultos demonstrando sinais de aumento devido a fatores cumulativo. Quando em jovens sugere-se uma influencia hereditária FATORES LOCAIS: Trauma oclusal anormal Influencia adjacente (pulpar,periodontal,apical) Dente não antagonista (impactado, incluso, sem antagonista) Reparo de raízes vitais fraturadas FATORES SISTÊMICOS: Doença óssea de Paget Dificuldades em extrações, por vezes é preciso seccionar o dente para auxiliar na remoção É difícil medir a quantidade de cemento, já que a dentina e o cemento são semelhantes radiograficamente (radiopacos) Pode ser encontrado isoladamente ou ser múltiplos DILACERAÇÃO É a angulação anormal ou curvatura na raiz ou, menos frequente na coroa do dente Não se tem ao certo a causa, mas acredita-se que também possa surgir após traumas que causam o deslocamento da porção calcificada do germe dentário RAÍZES SUPRANUMERÁRIAS Aumento do numero de raízes dos dentes, comparando com aquele descrito na anatomia dentária clássica Em qualquer dente, tanto da dentição decídua ou permanente. ANOMALIAS DENTÁRIAS- ESTRUTURA DENTE DE TURNER Defeito do esmalte encontrado em dentes permanentes é o causado por doença inflamatória periapical dos dentes decíduos sobrejacentes Traumas aos dentes decíduos pode causar alteração importante na dentição subjacente e a formação de dente de Turner Os defeitos do esmalte variam de áreas focais de coloração branca, amarela ou marrom até extensa hipoplasia que pode atingir a coroa. AMELOGENESE IMPERFEITA São desordens da formação do esmalte que afetam ambas as dentições Os genes que codificam as proteínas do esmalte (amelogenina, enamelina...)encontram-se alterados O desenvolvimento do esmalte divide-se em 3 etapas: ELABORAÇÃO DA MATRIZ ORGANICA MINERALIZAÇÃO DA MATRIZ MATURAÇÃO DO ESMALTE Os dentes irrompem com quantidade insuficiente de esmalte, porém a dureza é normal. Apresentando variações de depressões e ranhuras até a completa ausência de esmalte (aplasia) Dente com contornos anormais e falta do ponto de contato interproximal. AMELOGENESE IMPERFEITA HIPOCALCIFICADA A quantidade de esmalte é normal, mas não ocorre significativa mineralização, desta forma o dente se torna mole e quebradiço e por isso está sujeito constantemente a fraturas e desgastados. AMELOGENESE IMPERFEITA HIPOMATURADA O esmalte é devidamente depositado, ocorre a mineralização, mas ocorre falha para que o esmalte sofra maturação da estrutura de cristais de esmalte. Normalmente os dentes afetados apresentam forma normal e possuem pequenas manchas que seguem as linhas de deposição do esmalte opacas que variam de branco/marrom ou amarelo Esmalte mais macio que o normal e tende a se soltar na dentina subjacente. Outras causas para hipoplasia e para hipocalcificação de esmalte: defeitos nutricionais, sífilis congênita, trauma ao nascimento e fluorose. FLUOROSE Ingestão de níveis altos de flúor durante o período de formação das coroas dentarias pode resultar em hipoplasia, hipocalcificação e até hipomaturação Dependem do tempo de exposição, frequência e concentração de flúor A fluorose: Leve a moderada clinicamente apresenta manchas no esmalte que variam entre brancas e marrons Severa marcas irregulares e manchas no esmalte Alterações no esmalte induzida pelo flúor tornam os dentes resistentes a cárie, porém esteticamente é desfavorável. Resistente a cárie,devido a cristaisde fluoropatia DENTINOGENESE IMPERFEITA É um distúrbio de desenvolvimento da dentina- mutação no gene da scalofosfoproteina da dentina (alteração mesodérmica) Classificada em: Osteogenese imperfeita com dentes opalescentes Dentinogenese imperfeita Displasia dentinária TIPO 1 Displasia dentinária TIPO 2 Osteogenese imperfeita com dentes opalescentes e Dentinogenese imperfeita Afeta todos dentes de ambas dentições Dentes decíduos são afetados mais gravemente >Inc permanentes> 1°M, 2°M,3°M permanentes Pigmentação dos dentes marrom-azulada Frequentemente o esmalte pode ser separado facilmente da dentina defeituosa A polpa é geralmente obliterada por excesso de produção de dentina, porém alguns dentes podem apresentar polpa com tamanho normal ou aumentado (dentes em conchas) Apesar do esmalte ser estruturalmente e quimicamente normal, ele se fratura facilmente,resultado em fratura, perda e desgaste da dentina. Radiograficamente: aspecto característico é de dentes com coroa bulbosas (radiopacidade alterada), com presença de construção cervical bem acentuada, raízes curtas e delgadas, com camaras pulpares obliteradas e canais radiculares pequenos e atresiados. Dentes em conchas= espessura normal de esmalte/ dentina fina/ polpas aumentadas (dentina fina pode envolver todo dente ou estar restrita a raiz) esta anormalidade é rara e tem sido encontrada mais em dente decíduo. DISPLASIA DENTINÁRIA TIPO 2 Displasia dentinária coronária Tamanho da raiz é normal em ambas as dentições Dentes permanentes com coloração normal,radiograficamente apresentam camaras pulpares em forma de chama. Cálculo são formados no interior da câmara pulpar aumentada Radiograficamente: Coroas bulbosas, construção cervical Podendo apresentar raízes delgadas e obliteração precoce da polpa Coloração varia entre azul, marrom e âmbar Cuidados preventivos são importantes Lesões periapicais, tem tratamento definido de acordo com comprimento da raiz Acompanhamento do paciente e orientação quanto a higiene oral ODONTODISPLASIA REGIONAL Dentes fantasmas Anomalia localizada, que envolve tecidos duros derivados tanto de componentes epiteliais (esmalte) e mesenquimais (dentina e cemento) das estruturas formadoras do dente Acredita que aconteça em função da alteração do suprimento vascular Não hereditário Incomum, acomete ambas as dentições Apresentam coroas irregulares e pequenas, com coloração que varia de amarelo-marrom com superfícies irregulares (por variação da espessura de esmalte) Muitos dentes não erupcionam Necrose pulpar, cárie e lesões inflamatórias periapicais associadas são comuns Radiograficamente: esmalte fino e dentina ao redor de uma polpa alargada radiolucida, com pouca mineralização tanto de esmalte quanto dentina, dando aspecto pálido e delicado = dentes fantasmas Analisar o nível de alteração para realizar um planejamento adequado Geralmente o tratamento indicado é extração A área edentula pode ser restaurada por meio de reabilitação protética convencional ou implante osteo-integrados Dentes impactados devem ser mantidos
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