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RESUMO ESTOMATOLOGIA NEVILLE

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FENDAS OROFACIAIS E FOSSETAS
· A fusão defeituosa do processo nasal mediano com o processo maxilar resulta na fenda labial (FL). Assim como, a falha na fusão das cristas palatinas resulta na fenda palatina (FP).
· A fenda facial lateral é causada pela falta de fusão dos processos maxilar e mandibular e representa 0,3% de todas as fendas faciais. Tal fenda pode ser unilateral ou bilateral, se entendendo da comissura labial até a orelha, resultando em macrostomia.
· A fenda facial oblíqua estende-se do lábio superior ao olho.
· A fenda mediana do lábio superior é uma anomalia raríssima que resulta da falha na fusão dos processos nasais medianos.
· Fenda palatina submucosa : superfície mucosa apresenta-se intacta, porém existe um defeito na musculatura subjacente do palato mole
· A FP mostra considerável variação em relação à gravidade. O defeito pode envolver os palatos duro e mole ou apenas o palato mole. A menor manifestação da FP é a úvula fendida ou úvula bífida.
· A anomalia de Pierre RobIN é uma condição bem-reconhecida caracterizada por FP, micrognatia mandibular e glossoptose (obstrução das vias aéreas causada pelo deslocamento posterior e inferior da língua)
· As fossetas da comissura labial são pequenas invaginações da mucosa que ocorrem no limite do vermelhão dos lábios, nos ângulos da boca.
· As fossetas labiais paramedianas são invaginações congênitas raras do lábio inferior
ANOMALIAS
· O lábio duplo é uma anomalia oral rara, caracterizada pelo crescimento exuberante de tecido na mucosa labial.
· A microglossia é uma alteração de desenvolvimento incomum, de etiologia desconhecida, caracterizada por uma língua anormalmente pequena. Em casos raros, a língua pode estar ausente (aglossia).
· A macroglossia é uma condição incomum caracterizada pelo aumento da língua. A macroglossia é um achado característico da síndrome de Beckwith-Wiedemann
· A anquiloglossia é uma anomalia de desenvolvimento da língua, caracterizada pelo freio lingual curto, resultando na limitação dos movimentos da língua
· A língua fissurada é uma condição relativamente comum caracterizada pela presença de várias fissuras ou sulcos na superfície dorsal da língua.
· A língua pilosa caracteriza-se por acúmulo acentuado de ceratina nas papilas filiformes do dorso lingual, resultando em uma aparência semelhante a pelos.
· Exostoses são protuberâncias ósseas localizadas que surgem da cortical óssea. Estes crescimentos benignos afetam frequentemente a maxila e a mandíbula. As exostoses orais mais conhecidas são o tórus palatino e o tórus mandibular
· O tórus palatino é uma exostose comum que ocorre na linha média do palato duro
· Síndrome de Eagle: O alongamento do processo estiloide ou a mineralização do complexo ligamentar estilo-hioideo.
· O defeito de Stafne clássico apresenta-se como uma lesão radiolúcida assintomática, abaixo do canal mandibular, na região posterior da mandíbula, entre os molares e o ângulo da mandíbula
· Síndrome de Crouzon: Proptose ocular e hipoplasia do terço médio de face.
· Síndrome de Apert: Hipoplasia do terço médio de face e proptose ocular. Crânio em forma de torre e sindactilia das mãos.
· Síndrome de Behçet: ulcerações aftosas em palato mole e orofaringe.
LESÕES FUNDAMENTAIS
· ENANTEMA: coloração avermelhada na mucosa bucal. Relacionada a infecções virais.
· Exantema: coloração vermelha na pele.
ANORMALIDADES DENTÁRIAS
· As anormalidades hereditárias primárias do esmalte que não estão relacionadas com outras alterações são designadas amelogênese imperfeita. A hipoplasia de esmalte ocorre em forma de fossetas, ranhuras, ou em grandes áreas com ausências de esmalte.
· Outro defeito do esmalte encontrado em dentes permanentes é o causado por doença inflamatória periapical dos dentes decíduos sobrejacentes. O dente alterado é chamado de dente de Turner. Os defeitos do esmalte variam de áreas focais de coloração branca, amarela ou marrom até extensa hipoplasia que pode atingir totalmente a coroa.
· Fluorose: a fluoretação da água de abastecimento é recomendada, sendo a proporção considerada ideal a estabelecida entre 0,7 e 1,2 ppm. Os dentes afetados são resistentes à cárie, e a superfície dentária alterada aparece como áreas com esmalte branco, opaco e sem brilho, que apresentam zonas de pigmentação amarela ou marrom-escura. Pode ocorrer fossetas profundas, irregulares e acastanhadas. Em razão de outros fatores resultarem em um quadro semelhante de dano clínico ao esmalte, um diagnóstico definitivo requer que os defeitos sejam bilaterais e simetricamente distribuídos, e deve ser encontrada evidência de consumo excessivo de flúor ou níveis elevados de flúor no esmalte ou outros tecidos.
· A sífilis congênita (Treponema pallidum) resulta em um quadro de hipoplasia de esmalte. Dentes anteriores modificados pela sífilis são chamados de incisivos de Hutchinson e apresentam coroas cuja forma se assemelha à ponta de uma chave de fenda, com maior diâmetro no terço médio da coroa e margem incisal constricta. Os dentes posteriores afetados são chamados molares em amora e apresentam a superfície oclusal constricta com uma desorganização da superfície anatômica que lembra a forma irregular da amora. Tríade de Hutchinson : dentes de hutchinson, ceratite intersticial, surdez. Sífilis primária: cancro (úlcera indolor de bordas elevadas e base clara). Sífiis secundária: placas mucosas (lesões necróticas acinzentadas destacáveis). Sífilis terciária: goma (nódulo endurecido), glossite luética).
· Desgaste dentário: Atrição é a perda da estrutura dentária causada pelo contato entre os dentes antagonistas durante a oclusão e a mastigação. Abrasão é a perda patológica da estrutura dentária ou restauração pela ação mecânica de um agente externo. Erosão é a perda da estrutura dentária causada por processo químico somado à interação bacteriana com o dente. Abfração se refere à perda de estrutura dentária devido a um estresse oclusal, que por flexão repetida provoca falha no esmalte e na dentina distante do ponto de pressão.
· Reabsorção interna: realizada por células localizadas na polpa dentária. Resulta em um alargamento radiolúcido da câmara pulpar ou do canal radicular.
· A reabsorção externa, ao contrário, apresenta-se caracteristicamente como uma perda de estrutura dentária com aspecto semelhante a ’’roída por traça’’, na qual a radiolucidez é bem menos definida e demonstra variações na densidade. Realizada por células localizadas no ligamento periodontal
ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO
NUMERO
· Hipodontia: falha na formação de dentes.Os dentes mais afetados são os terceiros molares,depois os segundos pré-molares e os incisivos laterais
· Hiperdontia: A região mais comum é a região dos incisivos superiores, seguida pelos molares superiores e os molares inferiores, pré-molares, caninos e incisivos laterais. Um dente supranumerário na região de incisivos superiores é chamado mesiodente. Dentes presentes ao nascimento em recém-nascidos têm sido chamados de dentes natais e aqueles que surgem dentro dos primeiros 30 dias têm sido chamados de dentes neonatais.
TAMANHO
· Microdontia: dentes menores que o comum. O incisivo lateral superior é mais afetado.
· Macrodontia: dentes são fisicamente maiores que o normal. Ocorre mais em incisivos ou caninos.
FORMA
· A geminação foi definida como uma tentativa de um único germe dentário dividir-se, com a resultante formação de um dente com coroa chanfrada e, geralmente,uma raiz e um canal radicular em comum. Contagem normal.
· A fusão foi considerada a união de dois germes dentários normalmente separados, com a resultante formação de um dente unido com confluência de dentina. Falta de um dente.
· Concrescência: união de dois dentes pelo cemento em comum sem confluência da dentina.
· A cúspide de Carabelli é uma cúspide acessória localizada na superfície palatina da cúspide mesiolingual de um molar superior.
· Cúspide em garra é uma cúspide adicional bem-delimitada localizada na superfície lingual de um dente anterior.
· O dente evaginado é uma elevação semelhantea uma cúspide de esmalte localizada no sulco central ou na crista lingual da cúspide vestibular de pré-molares ou de molares. Ocorre caracteristicamente em pré-molares sendo comumente bilateral e demonstrando marcada predominância pela arcada inferior.
· O dente invaginado é uma profunda invaginação da superfície da coroa ou da raiz que é limitada pelo esmalte. O tipo I mostra uma invaginação que é limitada à coroa. A invaginação tipo II estende-se abaixo da junção cemento-esmalte e termina em fundo cego que pode ou não ter comunicação com a polpa. O tipo III estende-se através da raiz e perfura a área apical ou lateral radicular, sem que haja qualquer comunicação imediata com a polpa.
· Esmalte ectópico refere à presença de esmalte em localizações incomuns, principalmente na raiz dentária. As mais conhecidas são as pérolas de esmalte que são mais encontrada nas raízes de molares superiores.
· A taurodontia é um aumento do corpo e da câmara pulpar de um dente multirradicular com deslocamento apical do soalho pulpar e da bifurcação das raízes.
· A hipercementose (hiperplasia cementária) é uma deposição excessiva de cemento não neoplásico ao longo do cemento radicular normal. Foi notada uma predominância na Mandíbula (molares inferiores).
· A dilaceração é a angulação anormal ou curvatura na raiz ou, menos frequentemente, na coroa do dente.
DESENVOLVIMENTO
· A amelogênese imperfeita compreende um grupo complexo de condições que demonstram alterações de desenvolvimento na estrutura do esmalte na ausência de uma alteração sistêmica.
· Em pacientes com amelogênese imperfeita hipoplásica, a alteração básica concentra-se na deposição inadequada da matriz de esmalte. As superfícies vestibulares dos dentes são afetadas mais acentuadamente, e as depressões podem ser alinhadas em filas ou colunas. Pode ocorrer pigmentação nas fossetas.
· Neste tipo de amelogênese, a matriz do esmalte é depositada apropriadamente, mas não ocorre significativa mineralização. Em ambos os casos de amelogênese imperfeita hipocalcificada, os dentes estão apropriadamente formados na erupção, porém o esmalte é muito mole e facilmente perdido. Na erupção, o esmalte é marrom-amarelado ou alaranjado, mas, com frequência, torna-se manchado de marrom a negro e exibe rápida deposição de cálculo
· Em uma pessoa com amelogênese imperfeita hipomaturada, a matriz do esmalte é apropriadamente depositada e começa a se mineralizar; entretanto, há um defeito na maturação da estrutura dos cristais de esmalte. Os dentes afetados têm forma normal, mas apresentam manchas opacas variando entre o branco, marrom e amarelo. O esmalte é mais macio do que o normal e tende a se soltar da dentina subjacente.
· A dentinogênese imperfeita é um distúrbio de desenvolvimento da dentina na ausência de qualquer desordem sistêmica. Os dentes apresentam uma pigmentação marromazulada, em geral com uma transparência distinta. O esmalte frequentemente é separado com facilidade da dentina defeituosa subjacente. Uma vez exposta, a dentina demonstra desgaste por atrição significativamente acelerada. Radiograficamente, os dentes apresentam coroas bulbosas, constrição cervical, raízes delgadas e obliteração precoce dos canais radiculares e das câmaras pulpares. A hipoplasia de esmalte óbvia clinicamente significativa é notada em alguns pacientes.
· A displasia dentinária tipo I (displasia dentinária radicular) tem sido referida como dentes sem raízes, porque a perda de organização da dentina radicular leva ao encurtamento do tamanho da raiz.
· A displasia dentinária tipo II (displasia dentinária coronária), ao contrário da displasia dentinária do tipo I, o tamanho da raiz é normal em ambas as dentições. Os dentes decíduos lembram aqueles da dentinogênese imperfeita. Clinicamente, os dentes apresentam uma transparência que varia entre o azul, âmbar e marrom. Radiograficamente, as alterações dentárias incluem coroas bulbosas, constrição cervical, raízes delgadas e obliteração precoce da polpa. Os dentes permanentes exibem coloração clínica normal; entretanto, radiograficamente, as câmaras pulpares mostram aumento significativo e extensão apical. Dilatações da câmara pulpar em forma de corola de cardo e numerosas calcificações pulpares.
· Odontodisplasia regional: Muitos dos dentes afetados não erupcionam. Os dentes que o fazem apresentam coroas irregulares pequenas, que vão de amarelas a marrons, muitas vezes com uma superfície irregular. Cáries e lesões inflamatórias periapicais associadas são bastante comuns. Radiograficamente, os dentes alterados demonstram esmalte muito fino e dentina ao redor de uma polpa alargada e radiolúcida, resultando em uma imagem pálida e delicada; daí o termo dente fantasma. Os sinais e sintomas são atraso ou falta de erupção, esfoliação precoce, formação de abscesso, dentes malformados e expansão gengival não inflamatória.
CISTOS ODONTOGÊNICOS
DESENVOLVIMENTO
· Cisto dentígero/folicular: Esse é o tipo mais comum de cisto odontogênico do desenvolvimento. Envolve a coroa de um dente impactado e se conecta ao dente pela junção amelocementária. Ocorre mais frequentemente em terceiros molares inferiores. Radiograficamente, o cisto dentígero mostra tipicamente uma área radiolúcida bem delimitada unilocular que está associada à coroa de um dente incluso. Tratamento enucleação.
· Cisto de erupção: aumento de volume de consistência mole, frequentemente translúcido, na mucosa gengival que recobre a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção. Tratamento: excisão cirúrgica, se necessário.
· Ceratocisto odontogênico ou primordial: surge a partir dos restos celulares da lâmina dental. Apresenta uma área radiolúcida, com margens escleróticas frequentemente bem definidas. Lesões grandes, particularmente no corpo posterior e no ramo da mandíbula, podem se apresentar multiloculadas. Pode envolver dentes não erupcionados. Tratamento é enucleação ou curetagem. Potencial de recidiva alto. Múltiplos ceratocistos odontogênicos podem estar presentes e tais pacientes devem ser avaliados em busca de outras manifestações da síndrome do carcinoma nevoide basocelular (Gorlin).
· Cisto gengival do recém nascido: são pequenos, superficiais e com conteúdo de ceratina, que são encontrados na mucosa alveolar de crianças. Se originam dos remanescentes da lâmina dental. Desaparecem espontaneamente.
· Cisto gengival do adulto: Clinicamente, os cistos aparecem como um nódulo indolor, em forma de cúpula, na vestibular da mucosa alveolar ou gengiva, entre canino e primeiro pré-molar inferior. Eles frequentemente são de cor azulada ou cinza-azulada. Em alguns casos, o cisto pode causar uma “reabsorção em taça” superficial do osso alveolar. Tratamento é excisão cirúrgica.
· Cisto periodontal lateral: Ocorre mais na região de prémolares, canino e incisivo lateral inferiores. Radiograficamente, o cisto aparece como uma área radiolúcida localizada lateralmente à raiz ou raízes de dentes com vitalidades. A enucleação conservadora é o tratamento de escolha.
INFLAMATÓRIOS
· Radicular ou periapical(sem vitalidade). Residual. Da bifurcação vestibular(molares inf.). Paradentário.
CISTOS NÃO ODONTOGÊNICOS
· Cisto nasolabial: apresenta-se como um aumento de volume do lábio superior lateral à linha média, resultando na elevação da asa do nariz. Radiograficamente tem formato de taça. O tratamento de eleição consiste na remoção cirúrgica total.
· Cisto do ducto nasopalatino: cisto não odontogênico mais comum da cavidade oral. Tumefação da região anterior do palato na linha média com drenagem e dor. A lesão em geral é redonda ou oval, com uma margem esclerótica. Alguns cistos podem ter um formato de pera invertida. São tratados por enucleação cirúrgica.
TUMORES DOS TECIDOS MOLES
· Fibroma: é o “tumor” mais comum da cavidade oral. Pode ser neoplasia ou hiperplasia reacional a trauma ou irritação. A lesão se apresenta como um nódulo de superfície lisa e coloração rosada, similar à coloração da mucosa. Em pacientes negros, pode demonstrar uma pigmentação cinza-acastanhada. Em alguns casos,a superfície pode se apresentar branca em decorrência da hiperceratose. A maioria são sésseis com aproximadamente 1,5 cm de diâmetro. É tratado pela excisão cirúrgica.
· Hiperplasia fibrosa inflamatória (epúlide fissurada): se desenvolve em associação com as bordas de uma prótese total ou parcial mal adaptada. Se apresenta como uma
única prega ou múltiplas pregas de tecido hiperplásico no vestíbulo alveolar. Remoção cirúrgica e ajuste da prótese.
· Hiperplasia papilar inflamatória: possíveis causas – prótese mal adaptada, má higiene da prótese, uso da prótese 24 horas por dia, cândida. A mucosa é eritematosa e possui superfície “pedregosa” ou papilar. Usualmente ocorre no palato duro abaixo da base de uma dentadura. Tratamento – remoção da prótese e terapia antifúngica.
· Granuloma piogênico: é um aumento de volume com superfície lisa ou lobulada, que usualmente é pedunculada. A superfície é caracteristicamente ulcerada e varia do rosa ao vermelho (vascularizados) ao roxo, podem exibir um crescimento rápido e tem predileção pela gengiva. Pode se desenvolver em mulheres grávidas (granuloma gravídico). Excisão cirúrgica.
· Fibroma ossificante periférico: ocorre exclusivamente na gengiva. Apresenta-se como uma massa nodular, séssil ou pedunculada, que usualmente se origina da papila interdental. A coloração varia do vermelho ao rosa, e a superfície é frequentemente ulcerada. Excisão cirúrgica.
· Lipoma: são aumentos de volume nodulares, de superfície lisa e consistência macia, que podem ser sésseis ou pedunculados. A mucosa jugal e o vestíbulo bucal são as localizações intraorais mais comuns. Excisão local.
· Fibrossarcoma: é um tumor maligno de fibroblastos. Se apresentam mais frequentemente como aumentos de volume de crescimento lento, que atingem tamanhos consideráveis antes de produzir dor. Eles podem ocorrer em qualquer local na região de cabeça e pescoço.
· Lipossarcoma: é uma neoplasia maligna de origem nos adipócitos. Se apresenta como um aumento de volume mal definido, de crescimento lento e consistência amolecida, que pode aparecer como coloração normal ou amarela. As localizações orais mais frequentes são a língua e a bochecha.
· Sarcoma de Kaposi: manchas ou nódulos avermelhados(ricamente vascularizados, sangram com facilidade) em qualquer área da boca.
TUMORES DE EPITÉLIO ODONTOGÊNICO CLASSIFICAÇÃO ANTIGA(do ultimo livro do neville 2016)
· Ameloblastoma: podem surgir dos restos da lâmina dentária e são benignos. Ocorre mais entre 20 e 40 anos de idade e na região posterior de mandibula. Padrões histológicos: folicular e plexiforme.
1. Sólido convencional ou multicístico: A apresentação clínica usual é de uma tumefação
indolor ou expansão dos ossos gnáticos. Se não for tratada, então a lesão pode crescer lentamente até atingir proporções grandes. Lesão radiolúcida multilocular com aspecto de “bolhas de sabão” (quando as loculações radiolúcidas são grandes) ou como “em favos de mel” (quando as loculações são pequenas). A expansão vestibular e lingual das corticais geralmente está presente. A reabsorção das raízes dos dentes adjacentes ao tumor é comum. Em muitos casos, um dente não erupcionado, mais frequentemente um terceiro molar inferior, está associado ao defeito radiolúcido. O tratamento varia desde uma simples enucleação seguida por curetagem (recidiva) até a ressecção em bloco (+ INDICADO).
2. Unicístico: essa lesão aparece tipicamente como uma imagem radiolúcida circunscrita que envolve a coroa de um terceiro molar inferior não erupcionado.
3. Ameloblastoma periférico (extra-ósseo): lesão indolor, não ulcerada, séssil ou pedunculada, que acomete a mucosa gengival ou alveolar. As características clínicas não são específicas e a maioria das lesões é considerada clinicamente como um fibroma ou um granuloma piogênico.
· Tumor odontogenico escamoso, epitelial calcificante e adenomatoide
Tumores epiteliais: ameloblastoma e tudo que tem tumor odontogenico 
TUMORES ODONTOGÊNICOS MISTOS (Epitelial + Ectomesenquimal)
· Odontoma: Radiograficamente, o odontoma composto aparece como uma coleção de estruturas semelhantes a dentes de variados tamanhos e formas, cercados por uma delgada zona radiolúcida. O odontoma complexo aparece como um aumento de volume calcificado com a radiodensidade da estrutura dentária, que também está cercada por uma delgada margem radiolúcida. Ocorrem mais frequentemente na maxila. Tratamento – excisão local simples.
· Tumor dentinogenico de células fantasmas
· Fibroma ameloblástico, fibro odontoma ameloblástico, tumores de odontoameloblastoma.
TUMORES DE ECTOMESÊNQUIMA ODONTOGÊNICO
· Mixoma: radiograficamente se apresenta como uma lesão radiolúcida uni ou multilocular, que pode deslocar ou causar a reabsorção dos dentes na região do tumor. As margens da lesão radiolúcida são frequentemente irregulares ou festonadas. O defeito radiolúcido pode conter trabéculas delgadas insignificantes de osso residual, que frequentemente se arranjam em ângulos retos umas com as outras (raquete de tênis,degrau, teia de aranha, bolhas de sabao). Aumento de volume mandibular.Lesão gelatinosa. Tratamento: curetagem.
· Cementoblastoma: Radiograficamente, o tumor aparece como um aumento de volume radiopaco que está fundido a um ou mais dentes e é circundado por um fino halo radiolúcido.Causa dor. Tratamento – extração ou endo com apicectomia.
· Fibroma odontogênico
Tumores odontogenicos mais frequentes: 1 – odontoma, 2 – ameloblastoma
Carcinoma- epitelial/sarcoma – mesenquimal
IMPORTANTE: SABER OS TUMORES QUE ESTÃO EXPLICADOS E A CLASSIFICAÇÃO. 
INFECÇÕES BACTERIANAS
· Sífilis (Treponema pallidum): as principais vias de transmissão são o contato sexual e da mãe para o feto. A sífilis primária é caracterizada pelo cancro, lesão oral que apresenta-se como uma úlcera de base clara e indolor com bordas elevadas. A sífilis secundária apresenta placas mucosas (lesões necróticas brancas ou acinzentadas, indolores e destacáveis). A sífilis terciária apresenta a goma, uma lesão endurecida, nodular ou ulcerada, que pode causar extensa destruição tecidual e glossite luética (atrofia e perda das pailas dorsais). Na sífilis congênita temos a Tríade de Hutchinson: Dente de Hutchinson (molares em amora, incivos ‘chave de fenda’), ceratite ocular intersticial, surdez.
INFECÇÕES FÚNGICAS
· Candidíase (Candida albicans): infecção fúngica oral mais comum em humanos.
1. A candidíase pseudomembranosa é caracterizada pela presença de placas brancas aderentes na mucosa oral, que lembram queijo cottage ou leite coalhado e podem ser removidas pela raspagem, podendo causar sensação de queimação ou um gosto desagradável.
 Candidíase eritematosa: 
2. Candidíase atrófica aguda ou “boca ferida/dolorosa por antibióticos” ocorre tipicamente após o uso de um antibiótico de amplo espectro. Tem-se sensação de queimação acompanhada pela perda difusa das papilas filiformes da superfície dorsal da língua, resultando em aparência vermelha e “careca” da língua.
3. Atrofia papilar central/glossite romboidal mediana: zona eritematosa bem-demarcada na linha média da região posterior do dorso da língua. Quando essa lesão é encontrada em outra região da boca, chama-se candidíase multifocal crônica.
4. Queilite angular: comissuras labiais com eritema, fissuras e descamação
5. Queilocandidíase: Lesões esfoliativas do vermelhão do lábio e pele perioral, devido à candidíase superficial.
INFECÇÕES VIRAIS
· Herpesvírus
1. Gengivoestomatite herpética primária aguda: na mucosa afetada desenvolvem-se diversas vesiculas puntiformes, que rapidamente se rompem e formam inúmeras lesões pequenas, avermelhadas. A gengiva apresenta-se aumentada, dolorosa, eritematosa e até com erosões.
2. Herpes labial: Os sinais e sintomas prodromicos ( dor, ardencia, prurido, formigamento, calor localizado, eritema do epitélio envolvido) aparecem de 6 a 24 horas antes do desenvolvimento das lesoes. Desenvolvem-se multiplas pápulas pequenas e eritematosas, que formam grupamentos de vesiculas preenchidas por liquido. As vesículasse rompem e formam crostas dentro de 2 dias. A cicatrização usualmente ocorre entre 7 e 10 dias.
· Mononucleosa infecciosa/Doença do beijo (Epstein-Barr): Mais de 80% dos adultos jovens afetados apresentam aumento de volume amigdaliano orofaringeo, algumas vezes com exsudato difuso na superfície e abscessos amigdalianos secundários. Petéquias no palato duro ou mole são observadas em cerca de 25% dos pacientes. A GUN também é comum. Tratamento – corticosteroides (se necessário).
· Leucoplasia pilosa (Epstein-Barr)
PATOLOGIA DAS GLÂNDULAS SALIVARES
· Ductos das glândulas salivares
1. Stensen: parótida (serosa/fluida)
2. Wharton: submandibular (mista)
3. Rivinus/Bartholin): sublingual (mucosa)
· Mucocele: resultante da ruptura de um ducto de glândula salivar e o extravasamento da mucina para dentro dos tecidos moles adjacentes. Se apresentam como aumentos de volume mucosos em forma de cúpula, que podem ter seus tamanhos variando de 1 a 2 mm a alguns centímetros. A lesão é flutuante ou firme à palpação. O lábio inferior é o sítio mais comum de envolvimento para a mucocele.
· Rânula: originam-se da glândula sublingual ou submandibular. Se apresenta como um aumento de volume flutuante, de formato abaulado e coloração azulada ou normal no soalho de boca. Localiza-se lateralmente à linha média e eleva a língua. O tratamento consiste na remoção da glândula sublingual e/ou marsupialização.
· Cisto do ducto salivar: Os cistos das glândulas salivares maiores são mais comuns dentro da glândula parótida, apresentando-se como aumento de volume de crescimento lento e assintomático. Os cistos intraorais podem ocorrer em qualquer localização onde haja glândula salivar menor, porém ocorrem com maior frequência no soalho de boca, na mucosa jugal e nos lábios. Estas lesões geralmente se assemelham às mucoceles e são caracterizadas por aumentos de volume flutuantes e de consistência amolecida, que podem apresentar coloração azulada. Tratamento: excisão cirúrgica ou remoção da glândula.
· Sialolitíase: Os sialólitos são estruturas calcificadas que se desenvolvem dentro do sistema ductal salivar na glândula submandibular ou parótida. A sialolitíase das glândulas salivares maiores com muita frequência causa episódios de dor ou aumento de volume na glândula afetada. Ocorre com maior frequência no ducto de Wharton (submandibular). Ao exame radiográfico (oclusal), a sialolitíase tipicamente se apresenta como uma massa radiopaca. Tratamento: massagem na glândula, esforço para expelir a pedra, medicamentos, remoção cirúrgica.
· Síndrome de Sjögren: Xerostomia, ceratoconjuntivite sicca.
· Adenoma pleomórfico (tumor misto benigno): representa a maioria dos tumores de parótida, depois da glândula submandibular e por último de glândula salivar menor. Se apresenta como um aumento de volume firme, indolor e de crescimento lento. A maioria dos adenomas pleomórficos da glândula parótida ocorrem no lobo superficial e se apresentam como um aumento de volume sobre o ramo da mandíbula à frente da orelha. O palato é a localização mais comum dos tumores mistos de glândula salivar, seguida pelo lábio superior e pela mucosa jugal. Potencial de transformação maligna.
· Carcinoma mucoepidermoide: é mais comum na glândula parótida e usualmente se apresenta como um aumento de volume assintomático. As glândulas salivares menores constituem a segunda localização preferencial, especialmente no palato, com aumentos de volume assintomáticos, que algumas vezes são flutuantes e têm coloração azulada ou vermelha. Tratamento: parotidectomia, remoção total da glândula, excisão cirúrgica.
· Sialoadenite: inflamação das glândulas salivares
· Neoplasia benigna e maligna mais comum: adenoma pleomorfico e carcinoma mucoepidermoide
PATOLOGIA EPITELIAL
· Carcinoma de células escamosas/Carcinoma epidermoide/espinocelular: A causa é multifatorial. Os fatores extrínsecos incluem agentes externos tais como tabaco com fumaça, álcool, sífilis e (somente para cânceres do vermelhão do lábio) luz solar. Os fatores intrínsecos incluem estados sistêmicos ou generalizados. O carcinoma de células escamosas oral tem uma apresentação clínica variada, incluindo as seguintes: Exofitica (formação de aumento de volume; vegetante, papilar, verruciforme); Endofítica (invasiva, escavada, ulcerada); Leucoplásica (mancha branca); Eritroplásica (mancha vermelha); Eritroleucoplásica (combinação de áreas vermelha e branca) . A destruição do osso subjacente, quando presente, pode ser dolorosa ou completamente indolor e aparecerá nas radiografias como uma radiolucidez “em roído de traça” com margens mal definidas ou bordas irregulares.
1. Carcinoma do vermelhão do lábio: é uma ulceração endurecida, indolor, crostosa e exsudativa que apresenta geralmente menos de 1 cm no seu maior diâmetro quando descoberta. Tipicamente encontrado em pessoas de pele clara ou com uma exposição prolongada à radiação UV.
2. Estadiamento: indicadores do prognóstico
 1. T – Tamanho do tumor primário, em centímetros
 2. N – Envolvimento de linfonodos locais
 3. M – Metástases a distância
TX Nenhuma informação disponível sobre o tumor primário
T0 Nenhuma evidência de tumor primário
Tis Somente carcinoma in situ no sítio primário
T1 Tumor de 2 cm ou menor em seu maior diâmetro
T2 Tumor maior que 2 cm, porém não maior do que 4 cm em seu maior diâmetro
T3 Tumor maior que 4 cm em seu maior diâmetro
T4a tumor invade cortical óssea
T4b inoperável
NX Linfonodos não puderam ou não foram avaliados
N0 Nenhuma metástase para linfonodos regionais
N1 Metástase em um único linfonodo ipsilateral, menor ou igual a 3 cm em seu
maior diâmetro
N2 Metástase em um único linfonodo ipsilateral, maior do que 3 cm porém menor
do que 6 cm em seu maior diâmetro
N3 Metástase em um linfonodo maior do que 6 cm em seu maior diâmetro
MX Metástase a distância não foi avaliada
M0 Sem evidência de metástase a distância
M1 Metástase a distância presente
3. Localização: Lingua, soalho, lábio inferior, palato, gengiva
4. Radioterapia: Mucosite, disgeusia, carie por radiação, xerostomia, osteorradionecrose
5. Leucoplasia verrucosa proliferativa: vários sítios da boca. lesão pre-cancerosa de maior potencial de transformacao maligna. 
PACIENTE COM HIV: Candidíase pseudomembranosa, leucoplasia pilosa, sarcoma de kaposi, linfoma não-hodkin (nódulo eritematoso, gengiva), eritema gengival linear
PACIENTE COM HPV: Verruga vulgar, papiloma escamoso, condiloma acuminado (lábio, palato mole, freio lingual), doença epitelial de reck.
Lesão potencialmente malignas: leucoplasia verrucosa proliferativa, palato nicotínico em tabagistas invertidos, eritroplasia
PATOLOGIA ÓSSEA
· Cisto ósseo simples: restritos à mandíbula, embora existam relatos da lesão na maxila. São ocasionalmente encontrados cistos ósseos simples bilaterais da mandíbula. Aproximadamente 20% dos pacientes têm aumento de volume indolor da área afetada. Podem ser relatadas dor e parestesia em alguns casos. Embora qualquer área da mandíbula possa estar envolvida, os cistos ósseos simples são mais comuns nas áreas de molares e pré-molares. Radiograficamente, a lesão aparece como um defeito radiolúcido bem delimitado. Em algumas áreas, as margens do defeito são precisamente definidas e, em outras, as margens são mal definidas. Tratamento – injeções de esteroides na lesão, curetagem cirúrgica cuidadosa, exploração cirúrgica simples.
· Displasia fibrosa: é uma condição semelhante a um tumor que é caracterizada pela substituição do osso normal por uma proliferação excessiva de tecido conjuntivo fibroso celularizado entremeado por trabéculas ósseas irregulares. Um aumento de volume indolor da área afetada é a característica mais comum. O crescimento é geralmente lento e ocasionalmente pode ser bem rápido. A maxila está envolvida mais frequentemente que a mandíbula. Os dentes envolvidos na lesão geralmente permanecem firmes, mas podem ser deslocados pela massa óssea. A característica radiográfica principal é uma leve opacificação tipo “vidro despolido” . Radiograficamente,as lesões não são bem delimitadas. Nos estágios iniciais, a lesão pode ser marcadamente radiolúcida ou mosqueada. Tratamento cirúrgico. O envolvimento de dois ou mais ossos é denominado displasia fibrosa poliostótica, uma condição relativamente incomum. O número de ossos envolvidos varia de uns poucos a 75% de todo o esqueleto. Quando visto com pigmentação café au lait (café com leite), o processo é denominado síndrome de Jaffe-Linchtenstein. A displasia fibrosa poliostótica também pode estar combinada com pigmentação café au lait e múltiplas endocrinopatias, tais como precocidade sexual, adenoma pituitário ou hipertireoidismo. Este padrão é conhecido como síndrome de McCune-Albright.
· Displasia cemento-óssea/Óssea: pode ocorrer em qualquer área dos ossos gnáticos, mas a mandíbula posterior é o sítio predominante, sendo tipicamente assintomática. Radiograficamente, a lesão varia de completamente radiolúcida à densamente radiopaca com fino halo radiolúcido na periferia. Entretanto, mais comumente há um misto de padrão radiolúcido e radiopaco. A lesão tende a ser bem definida, mas as margens são levemente irregulares. As lesões ocorrem em áreas dentadas e edêntulas, sendo notados muitos exemplos em sítios de extração. A displasia cemento-óssea periapical envolve predominantemente a região periapical da mandíbula anterior. Podem ocorrer lesões solitárias, mas múltiplos focos estão presentes mais frequentemente. As lesões iniciais aparecem como áreas radiolúcidas circunscritas envolvendo a área periapical de um dente. Os dentes associados com as lesões são quase sempre invariavelmente vitais e quase nunca têm restaurações. A displasia cemento-óssea florida aparece com envolvimento multifocal não limitado à região anterior da mandíbula. As lesões mostram uma tendência acentuada para envolvimento bilateral, quase frequentemente simétrico, e não é raro encontrar lesões extensas em todos os quatro quadrantes posteriores. Inicialmente, as lesões são predominantemente radiolúcidas, mas com o tempo se tornam mistas e então predominantemente radiopacas, com apenas um fino halo radiolúcido na periferia.
· Osteoma: podem surgir na superfície do osso como um aumento de volume séssil ou polipoide. Lesões nos seios paranasais também são possíveis e realmente são mais comuns que as lesões gnáticas. Radiograficamente, os osteomas aparecem como massas escleróticas circunscritas. Síndrome de Gardner: osteomas múltiplos, cistos epidermoides, pólipos intestinais, odontomas, dentes supranumerários e impactados, carcinoma de tireoide.
· Osteossarcoma: é o tipo de lesão maligna mais comum que tem origem nos ossos. A maxila e a mandíbula são envolvidas com frequência aproximadamente igual. Os sintomas mais comuns são aumento de volume e dor. Também pode ser notada perda dos dentes, parestesia e obstrução nasal. Os achados radiográficos variam de esclerose densa a um misto de lesões radiolúcidas e escleróticas até um processo inteiramente radiolúcido. Os limites periféricos da lesão são geralmente indistintos e mal definidos, tornando difícil determinar radiograficamente a extensão do tumor. Ocasionalmente, há reabsorção das raízes dos dentes envolvidos pelo tumor. A aparência “clássica” em raio de sol causada pela produção de osso osteofítico na superfície da lesão é notada em aproximadamente 25% dos osteossarcomas. Tratamento – quimioterapia e excisão cirúrgica.
· Osteomielite: é um processo inflamatório agudo ou crônico nos espaços medulares ou nas superfícies corticais do osso que se estende além do sítio inicial de envolvimento. Pacientes com osteomielite aguda apresentam Febre, leucocitose, linfadenopatia, sensibilidade significativa e tumefação dos tecidos moles da área afetada podem estar
presentes. As radiografias podem não revelar alterações ou podem demonstrar imagens radiolúcidas maldefinidas. Um fragmento de osso necrótico que se separa do osso
vitalizado é denominado sequestro ósseo. Tratamento - antibioticoterapia. Se a osteomielite aguda não for tratada rapidamente, ocorre a evolução para a osteomielite crônica, ou o processo pode surgir primariamente sem a ocorrência de um
episódio agudo prévio. Podem estar presentes tumefação, dor, formação de fístula, drenagem purulenta, formação de sequestro ósseo, perda de dentes ou fratura patológica. As radiografias revelam imagens radiolúcidas maldefinidas, disformes e irregulares, que em geral contêm sequestros ósseos radiopacos centrais. Tratamento cirúrgico.
Termos terminados em –oma são benignos, exceto carcinoma, sarcoma.
Termos com –aden = glândula.
Dis – má , plasia – formação.
SEMIOLOGIA
• Semiotécnica: técnica de pesquisar os sinais e sintomas e se resolve na arte de explorar
• Propedêutica clínica: absorve os dados colhidos pela Semiotécnica, os quais, após analisados e criticados no seu valor intrínseco, servem para especificar o diagnóstico e presumir o prognóstico e tratamento
• Semiogênese: estuda os mecanismos formadores dos sinais e sintomas em seus mínimos detalhes (etiofisiopatogenia).
· Prognóstico: relacionado ao tratamento. Para determina-lo é necessário verificar dano anatômico e funcional, efetividade dos recursos terapêuticos disponíveis, condições orgânicas, colaborações e condições emocionais do paciente
DOENÇAS DA POLPA E DO PERIÁPICE
Pulpite reversível: dor súbita, leve a moderada, de curta duração. Maior resposta a estímulos frios, doces ou ácidos. Dor provocada que regride rapidamente após a remoção do estímulo. Ausência de mobilidade e de sensibilidade a percussão.
Pulpite irreversível: dor aguda, acentuada e contínua após a remoção do estímulo. Dor espontânea, contínua e exarcebada ao deitar. Pode ser pulsátil em estágio avançado, tendo alívio com o gelado. Ausência de mobilidade e de sensibilidade a percussão. Pulpites
graves com formação de abscesso e necrose podem ser assintomáticas, enquanto uma pulpite moderada pode causar uma dor lancinante.
Pulpite crônica hiperplásica (pólipo pulpar): ocorre em crianças e adultos jovens que apresentam grande exposição da polpa, nas quais muitas vezes toda a dentina do teto
da câmara pulpar está ausente. Os dentes mais envolvidos são os molares decíduos ou permanentes. Assintomatico, exceto sob pressão mastigatória.
Granuloma periapical: O dente associado responde negativamente ao teste de vitalidade ou revela um resultado positivo retardado. Em geral, a dor provocada durante a oclusão ou percussão está presente. A maioria é assintomática, mas pode desencadear dor ou sensibilidade se ocorrer uma exacerbação aguda. As áreas radiolúcidas podem ser lesões pequenas ou imagens radiolúcidas excedendo 2,0 cm de diâmetro (podendo ser cisto dependendo do histopatológico). A lesão pode ser bem-circunscrita ou maldefinida e pode ou não apresentar um halo radiopaco circundante. A reabsorção radicular pode ocorrer. Podem se transformar em cisto ou abcesso. Nos estágios iniciais de infecção, há a predominância de
Neutrófilos e as prostaglandinas, as quais ativam os osteoclastos. Com o tempo, as células inflamatórias crônicas começam a dominar a resposta do hospedeiro. Mediadores liberados
por linfócitos reduzem atividades osteoclásticas futuras.
Cisto periapical: são caracterizados por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroso revestida por epitélio com um lúmen contendo líquido e restos celulares e se origina dos restos epiteliais de Malassez. Sintomático (exacerbação inflamatória aguda) ou assintomático. Tumefação, sensibilidade, mobilidade, deslocamento dos dentes adjacentes e reabsorção da raiz podem ocorrer. O tamanho radiográfico da lesão não pode ser utilizado para o diagnóstico definitivo. A cirurgia periapical é indicada para lesões que excedem 2,0 cm – marsupialização, descompressão, fenestração.
Abcesso periapical: Os abscessos periapicais se tornam sintomáticos à medida que o material purulento se acumula no interior do alvéolo. Com a progressão, a dor se torna mais intensa, frequentemente com sensibilidade extrema à percussão, extrusão do dente e tumefação dos tecidos. O dente afetadonão responde aos testes pulpares. Podem estar presentes cefaleia, mal-estar, febre e calafrios. Radiograficamente pode apresentar um espessamento do ligamento periodontal apical, uma imagem radiolúcida maldefinida. A secreção purulenta,
através dos espaços medulares, pode se afastar da área apical, resultando em osteomielite ou pode perfurar a cortical e se difundir através dos tecidos moles sobrejacentes (como celulite). Na abertura intraoral do trato da fístula, encontra-se, muitas vezes, uma massa de tecido de granulação inflamado subagudo, conhecido como parúlide (furúnculo gengival). Se um caminho de drenagem crônico for estabelecido, o abscesso periapical se torna assintomático e se o local da drenagem se torna bloqueado, os sinais e sintomas do abscesso em geral se tornam evidentes. O tratamento consiste na drenagem e na eliminação do foco de infecção, o tratamento com AINEs geralmente é apropriado no pré-operatório, no pós-operatório imediato. Em geral, o uso de antibióticos não é necessário em um paciente saudável que
apresente um abscesso periapical bem-localizado e de fácil drenagem. A cobertura com antibióticos deve ser reservada aos pacientes sistemicamente comprometidos e aos pacientes com celulite significativa ou evidências clínicas de disseminação (p. ex., febre, linfadenopatia, mal-estar).
Celulite: disseminação de um processo inflamatório agudo através dos planos fasciais dos tecidos moles. A angina de Ludwig é uma celulite agressiva que se dissemina rapidamente e que acomete os espaços sublingual, submandibular e submentoniano. O envolvimento do espaço sublingual resulta em elevação, aumento da região posterior e protrusão da língua (língua lenhosa). A disseminação para o espaço submandibular causa o aumento e a sensibilidade do pescoço acima do nível do osso hioide (pescoço de touro). Podem ser observados febre, calafrios, leucocitose e uma velocidade de sedimentação elevada. A trombose do seio cavernoso apresenta-se como um aumento edemaciado periorbitário, com envolvimento das pálpebras e da conjuntiva. Protrusão e a fixação do globo ocular são muitas vezes evidentes, somados à rigidez e tumefação da região frontal adjacente e do nariz. Podem ocorrer dilatação pupilar, lacrimejamento, fotofobia e perda da visão. Podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, sudorese, taquicardia, náuseas e vômitos. Tratamento da angina de Ludwig:
1. Manutenção das vias aéreas
2. Incisão e drenagem
3. Antibioticoterapia (Penicilinas altas doses)
4. Eliminação do foco infeccioso original
Para a trombose do seio cavernoso é a drenagem cirúrgica combinada a altas doses de antibióticos.
Osteíte condensante: Áreas localizadas de esclerose (aumento da densidade, endurecimento) óssea associadas a ápices de dentes com pulpite ou necrose pulpar. A alteração clássica consiste em uma zona localizada e geralmente uniforme de radiopacidade aumentada adjacente ao ápice de um dente que exibe um aumento do espaço do ligamento periodontal
ou uma lesão inflamatória apical. O tratamento consiste em resolução do foco da infecção odontogênica.
DOENÇAS PERIODONTAIS
Gengivite: inflamação limitada aos tecidos moles. A maioria dos casos de gengivite ocorre devido à falta de higiene bucal adequada (placa e cálculo) e a frequência é alta em todas as faixas etárias, sendo mais grave em adultos que em crianças. Além do período da puberdade, mulheres exibem maior suscetibilidade para gengivite durante a gravidez e diante do uso de anticoncepcionais, porque a progesterona aumenta a permeabilidade vascular da gengiva, deixando a área mais sensível a agentes irritantes. Tabagismo, antibióticos, corticosteroides e AINEs têm sido correlacionados com a diminuição da resposta gengival à placa. Os primeiros
sinais de gengivite incluem a perda do aspecto pontilhado da gengiva, sangramento à sondagem leve e coloração vermelha. Quando a inflamação crônica causa um aumento significante devido ao edema ou fibrose, o processo é denominado gengivite crônica hiperplásica.
GUN: Fatores relacionados ao aumento da frequência: estresse, imunossupressão (aids,mononucleose), tabagismo, deficiência nutricional, má higiene, sono inadequado, doenças recentes.Observa-se papilas interdentais altamente inflamadas, edematosas e hemorrágicas com áreas deprimidas de necrose crateriforme, que são cobertas por uma pseudomembrana cinzenta. Odor fétido, dor intensa, hemorragia espontânea e acúmulo de tecido necrosado, além de linfadenopatia, febre e mal-estar. Tratamento: clorexidina, água morna com sal ou peróxido de hidrogênio diluído, antibióticos (metronidazol e penicilina) na
presença de febre ou linfadenopatia.
Hiperplasia gengival associada a medicamentos: Como pacientes jovens fazem uso de fenitoína mais frequentemente, a hiperplasia gengival induzida por este medicamento
é um problema especialmente em pacientes com menos de 25 anos. Casos associados ao uso de bloqueadores dos canais de cálcio ocorrem em adultos de meiaidade ou idosos. A ciclosporina é usada em uma faixa etária ampla e isso se relaciona com as idades das hiperplasias reportadas. Após 1 a 3 meses de uso do medicamento, os aumentos originam-se nas papilas interdentais e se espalham pela superfície dos dentes.
Periodontite: inflamação dos tecidos
gengivais em associação a alguma perda de inserção do
ligamento periodontal e do suporte ósseo. Microorganismos: Actinobacillus actinomycetemcomitans, Tannerella forsythensis, Porphyromonas gingivalis, Prevotella
intermedia, Campylobacter rectus, Treponema denticola e Fusobacterium. Bolsas periodontais com mais de 3 a 4 mm de profundidade indicam a destruição do ligamento periodontal e reabsorção do osso alveolar adjacente; entretanto, a perda de inserção clínica é a melhor medida da destruição periodontal acumulada e representa o padrão ouro diagnóstico. A PUN apresenta similaridades com a GUN (ver anteriormente), porém também demonstra perda de inserção clínica e do osso alveolar.
Periodontite agressiva: ocorre em pessoas saudáveis; não deve haver associação de uma doença sistêmica. Está relacionada com uma ou mais deficiências na resposta imune, mais do que com o acúmulo inapropriado de placa e cálculo. A periodontite agressiva localizada começa tipicamente por volta dos 11 a 13 anos e ocorre perda de inserção rápida localizada nos primeiros molares e incisivos, com o envolvimento de não mais que dois
dentes além dos primeiros molares e incisivos. Actinobacillus actinomycetemcomitans é o patógeno predominante.
Periodontite agressiva generalizada: Em geral diagnosticada em pacientes com menos de
30 anos, destruição intensa secundária ocasional da inserção periodontal e do osso alveolar
perda generalizada de inserção que deve afetar pelo menos três dentes além dos primeiros molares e incisivos.
DIABETES
As manifestações orais são em geral limitadas aos pacientes com diabetes tipo I. Os problemas
incluem a doença periodontal, que ocorre mais e progride mais rapidamente. A cicatrização após a cirurgia pode ser demorada e a probabilidade de infecção aumenta. O aumento difuso, indolor e bilateral das glândulas parótidas, denominado sialodenose diabética. Esses Pacientes parecem ser mais suscetíveis à candidíase oral, glossite migratória benigna e xerostomia.
OUTROS
Síndrome de Behçet: ulcerações aftosas no palato mole e a orofaringe.
Síndrome de Frey: rubor facial e sudorese ao longo do nervo auriculotemporal a qualquer estimulo gustatório . Lesão do nervo após abscesso na parótida, trauma, cirurgia mandibular, paratidectomia.
Eritema multiforme: condição autoimune mucocutânea bolhosa e ulcerativa. Eritema multiforme maior: síndrome de Steven Johnson.

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