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Direito Previdenciário Kelly Cuesta 08.30.2017

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
KELLY CUESTA – 30/08/2017 – aula 09
Lei nº 8.213/91 e Decreto 3048/99
	Seguridade Social: se divide na Assistência Social, Previdência Social e Saúde.
	Desses três benefícios do Estado por meio da seguridade social apenas um requer a contribuição que é a contrapartida, que é a previdência social. A assistência social e a saúde dispensam a contribuição.
Beneficiários: Obrigatórios e Facultativos
Obrigatórios: empregado; empregado doméstico, contribuinte especial; avulso; especial.
Segurado: ele é filiado, a partir do momento em que ele exerce atividade remunerada na condição de obrigatório, o facultativo o faz se ele requerer através da sua manifestação volitiva, manifestação da sua vontade, com exceção dos 3 casos que recebem remuneração mas enquadram-se como facultativos.
Inscrição: em que pese ser um procedimento administrativo formal, desenvolvendo pelo INSS por meio do CENIZ ele é muito importante para comprovar o caráter da filiação. Ainda que o empregador tenha falhado na arrecadação da contribuição o empregado não fica prejudicado e quem garante isso é o CENIZ
PERÍODO DE GRAÇA
	A contribuição é obrigatória. Se o indivíduo não é segurado facultativo, ele é compelido (é uma ação cogente do estado que me obriga a fazer as contribuições para a previdência social), não se tem a faculdade de exercer uma atividade remunerada e não contribuir para a previdência. A previdência possui várias formas dela ampliar essa base de arrecadação.
Se acontecer na vida do indivíduo alguma contingência, alguma vicissitude, algum fato que realmente tire essa capacidade remuneratória, retire a capacidade produtiva e assim não afira renda, automaticamente esse indivíduo não tem como contribuir.
Ciente dessa situação a legislação procurou assegurar aos seus beneficiários em especial ao segurado, em garantir ao seu segurado. Ciente disso, a legislação reconhece que qualquer contingência pode acontecer na vida de um ser humano reconhecendo ainda que existe a contraprestação o pagamento das contribuições, entende, na mesma medida que se a fonte secou automaticamente ele não tem como contribuir e em razão disso concede a ele um período de graça, que é reconhecido pela doutrina, isso não é legal, é a doutrina que define isso como período de graça, um período que ele vai deixar de contribuir para o sistema, mas ainda assim ele não vai perder a qualidade de segurado. 
	Ex: José é empregado urbano, trabalha na TIM, ele trabalha 2 anos, ele tem o contrato rompido, durante esses dois anos que ele trabalhou para a TIM ele contribui, só que ele foi desligado em 07/06/2017. O tempo que ele fica sem trabalhar, sem receber renda posterior a sua contribuição, a doutrina entende por ser o período de graça.
É o período que ele vai dispor dos benefícios da previdência sem pagar. Então José pode ficar um tempo sem contribuir para a previdência que ele não vai perder a qualidade de segurado. Ele pode ficar até 12 meses pós rompimento de contrato do trabalho dele sem contribuir para a previdência que ele mantém a condição de segurado.
Se durante esse período de 12 meses, vamos supor até dia 31/05/2018, nós vamos ver que não é taxativamente um ano, na verdade ganha-se 2 meses. Mas vamos supor que 31/05/2018 cessaria o esse período de um ano, se no oitavo mês de desemprego ele sofrer um acidente ele tem cobertura da previdência, se ele falecer a esposa dele tem direito a pensão por morte. É um período de graça mesmo, em que ele não contribui para o sistema, mas o sistema não vira as costas para esse segurado. 
Pensão por morte vai variar de acordo com a idade da companheira, se ela tiver acima de 44 anos é vitalícia, se ela for muito nova ela tem apenas um tempo de pensão.
O período de graça não significa dizer que a Previdência irá pagar algo para o segurado, mas sim que o segurado caso precise da Previdência Social no período de graça ele faz jus a algum benefício. 
Por exemplo, se durante esse período a mulher fica grávida ela pode receber esse benefício, ela está no período de graça, a previdência está alí para amparar.
Se o indivíduo morre nesse período de graça os dependentes terão direito ao benefício de pensão por morte 
Art. 13 do Decreto 3048 e art. 15 da 8.213/91
Art. 13. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
        § 1º  O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
        § 2º  O prazo do inciso II ou do § 1º será acrescido de doze meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego.
        § 3º  Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a previdência social.
        § 4º  Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 1º ao segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social.
        § 5º  A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial
        § 6º  Aplica-se o disposto no § 5º à aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício
Nem sempre será 12 meses, vai depender do segurado, se for o facultativo ele dispõe apenas de 6 meses.
Caput do art. 13 do decreto 3048, em que pese a previdência colocar como obrigatória a contribuição independente da contribuição mantem-se a qualidade de segurado.
Primeiro caso: inciso I – “sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício”. Em que o indivíduo está no gozo de algum benefício e deixou de exercer atividade remunerada, nesse caso, não tem limite como é no caso do empregado. Esse caso é aquele que já está no gozo de algum benefício, ele não tem prazo determinado.
Segundo caso: inciso II – “até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade ou após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração”, aqui nesse caso existem dois sujeitos, tem aquele que saiu de um benefício de incapacidade, pode ser um auxílio doença, auxílio acidente ou após a cessação das contribuições. Tem uma súmula do TNU que equipara ao o inciso II desse artigo o contribuinte individual. Por uma extensão de interpretação em razão dessa súmula o contribuinte individual se comprovar que deixou de exercer atividade remunerada se enquadra no inciso II e por goza do mesmo período de graça do empregado.
Terceiro caso: inciso III – “até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória”, ou seja, geralmente aquele caso que a pessoa está com hanseníase, qualquer doença infectocontagiosa, porque tinha a segregação? Porque tinha que apartar a pessoa do meio social, então, se tinha ela tinha que ficar segregada, apartada ela não podia exercer atividade remunerada.
Quarto caso: IV - até doze meses após o livramento, o segurado detido ou recluso;
Quinto caso: V - até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; e
Sexto caso: VI - até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
Então, é possível perceber que não é um período de 12 meses para todos os segurados, tem uma variação.
	I – No gozo do benefício cessação
	12 meses
	II – Benefício por incapacidade 
	12 meses
	III – Doente segregado
	12 meses
	IV – Recluso, ex detento
	12 meses
	VI – Facultativo
	06 meses
	V – Forças armadas
	03 meses
Art. 15. Lei 8.213 Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições:
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pelaPrevidência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º O prazo do inciso II será prorrogado para até 24 (vinte e quatro) meses se o segurado já tiver pago mais de 120 (cento e vinte) contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado.
Se o indivíduo é demitido a lei já assegura a ele um ano ou doze meses do período de graça, mas suponha-se que que ele é um contribuinte muito antigo e ele já alcançou 120 salários de contribuição. 
O que é salário de contribuição? É a contribuição que é paga a previdência social. Todo mês paga-se esse salário.
Esse indivíduo já alcançou 120 contribuições, não importa se é ininterrupto, se é intercalado. Se esse indivíduo prova que tem 120 contribuições além dos 12 meses que ele tem direito ele ganha mais 12 meses, passando a dispor de 24 meses do período de graça.
§ 2º Os prazos do inciso II ou do § 1º serão acrescidos de 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
	É possível ganhar mais 12 meses se comprovar que está desempregado pela CTPS. É possível ter 120 contribuições e estar desempregado, ou seja, o indivíduo vai dispor de mais 12 meses, alcançando 36 meses de período de graça. Aqui é só o EMPREGADO. Não entra o avulso, o contribuinte individual, o especial.
SÚMULA 27 - DJ DATA:22/06/2005 - A ausência de registro (da carteira de trabalho) em órgão do Ministério do Trabalho não impede a comprovação (para o alcance de mais 12 meses nos termos do art. 15) do desemprego por outros meios admitidos em Direito.
	Por conta dessa súmula o indivíduo pode requerer e comprovar filiação por meio do CENIZ, até prova testemunhal
	Essa súmula 27 na verdade ainda não é súmula, é um julgado, ainda não tem um súmula para ser linkada a isso, apenas uma decisão da TNU de uns autos do processo número 0500946-652014804
	Então a partir dessa decisão tem se aplicado por analogia, por extensão os benefícios do parágrafo 2º do art. 15 da Lei n º 8.213/91 para os contribuintes individuais em que pese não ser empregado e por isso não ser desempregado, se ele chegar ao INSS e comprovar que ele não está desenvolvendo nenhuma atividade remunerada ele consegue a prorrogação de prazo também. Isso não está na lei. 
	O contribuinte individual por força do entendimento do julgado da TNU começou-se a deferir aos contribuintes individuais a extensão de mais 12 meses do §2º do art. 15 da lei 8.213, desde que ele prove ao INSS que ele não está trabalhando como autônomo ou não está auferindo renda e também não está empregado.
§ 3º Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a Previdência Social.
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
Facultativo: passados 06 meses, se por ventura o facultativo não voltar a contribuir acabou o período de graça, nos termos da lei (não na prática) ele perde o período de graça de segurado. A lei diz que é seguido, mas não é automaticamente, ela acontece no 16º dia do segundo mês subsequente. O § 4º do art. 15 da lei 8.213/91 diz que é automaticamente ao término do período de graça, só que na prática na verdade é o 16 dia útil do segundo mês subsequente.
Ex: segurada facultativa, do lar, ela tem um período de graça de 06 meses. Passados os 06 meses se ela não voltar a contribuir perderá a qualidade de segurada. Se fizermos a leitura nua da lei, seria imediatamente, mas não é. Suponha-se que ela teria dia 30/04/2017, teoricamente, se ela não voltou a contribuir no dia seguinte, ou seja, 01/05/2017 ela perderia a qualidade de segurada, mas na prática não é assim, ela tem até 16/06/2017 para contribuir, 16º dia do segundo mês subsequente.
Assinale a opção correta com base na Lei n.º 8.213/1991, que dispõe sobre os planos de benefícios da previdência social.
Parte superior do formulário
 a) O cidadão que estiver em gozo de benefício manterá a qualidade de segurado pelo período equivalente ao seu tempo de contribuição.
 b) O acidente sofrido pelo segurado que esteja fora do local e do horário de trabalho não se caracteriza como acidente de trabalho quando esse segurado estiver em viagem de estudo financiada pela empresa.
 c) A concessão da pensão por morte e o auxílio reclusão são assegurados após o cumprimento do período de carência estabelecido por lei.
 d) O Conselho Nacional de Previdência Social é composto por igual número de representantes dos trabalhadores em atividade e representantes do governo federal.
 e) A previdência social abrange o regime geral de previdência social e o regime facultativo complementar de previdência social
Roberto, empregado na empresa Silva & Silva Ltda. há mais de um ano e oito meses, da qual recebe salário mensal equivalente a um salário mínimo, deverá afastar-se do trabalho por quatro meses em função de um problema cardíaco atestado em perícia do INSS.
Nessa situação hipotética, durante o período de quatro meses de afastamento, Roberto fará jus ao recebimento de auxílio-acidenteParte superior do formulário
Certo Errado
Assinale a alternativa correta.
Em relação ao auxílio-doença no Regime Geral de Previdência Social: 
Parte superior do formulário
 a) O benefício será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido em lei, ficar incapacitado para sua atividade laboral por, no mínimo, 30 (trinta) dias.
 b) Quando requerido por segurado afastado da atividade laboral por mais de 30 (trinta) dias, será devido a contar do 31º dia de afastamento do trabalho. 
 c) Quando decorrente de acidente de trabalho, consistirá em uma renda mensal correspondente a 100% do salário de benefício. 
 d) Será devido ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença, independentemente de a incapacidade decorrer de agravamento da lesão, desde que recolhidas as contribuições vencidas no prazo de 60 (sessenta) dias. 
 e) O segurado em gozo desse benefício, insusceptível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, mantendo a percepção do auxílio-doença até que seja considerado habilitado para o desempenho de nova atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, for aposentado por invalidez. 
1. e 
2. errado
3. eParte inferior do formulário
Parte inferior do formulário
Parte inferior do formulário

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