Buscar

relatorio 12 anos de escravidão

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JOSÉ DE ITAPERUNA - UNIFSJ
Curso de Licenciatura em História
POLLIANA DA COSTA ALBERONE LEAL
RELATÓRIO DO FILME “12 ANOS DE ESCRAVIDÃO”
ITAPERUNA
2015
POLLIANA DA COSTA ALBERONE LEAL 
Relatório do filme “12 Anos De Escravidão”
Relatório apresentado em exigência a disciplina de História da África II, como critério de avaliação para obtenção da nota de trabalho da av2.
Orientador: Profº Me. Anizio Pirozzi
 
Itaperuna 
2015
“12 ANOS DE ESCRAVIDÃO”
12 Anos de Escravidão é um filme que conta a história do homem negro, nascido livre na Nova York do século 19, que é enganado e vendido como escravo para o Sul, que ainda não tinha abolido a escravidão, para as plantações de algodão, para a senzala. O livro é uma poema chocante sobre a escravidão, e a insensibilidade dos que eram contra usar as pessoas como mercadoria, sobre a crueldade de quem se via com o poder quase divino sobre vida e morte. O filme tem um ótimo elenco muito bom e toca todas as notas certas. Mas não tem fúria, não tem alma: é burocrático, é didático, é quase uma palestra sobre escravidão, e de fato isto não é atraente, não te cativa em terminar de assistir. O filme mostra com cenas fortes a questão de divinizar os possuidores de escravos. O fanatismo religioso se confunde com uma certa psicopatia, o que é desastroso somado ao desejo que ele nutre pela escrava Patsey (Lupita Nyong'o). Ele é apaixonado por ela, ele a odeia por ser apaixonado por ela, ele a castiga impiedosamente por não saber lidar com os próprios sentimentos. Na cena-assinatura de 12 Anos de Escravidão, a única em que de fato sentimos algum pulso, Epps destroça as costas nuas de Patsey com chicotadas profundas, enquanto os outros tocam a vida como se fosse um dia qualquer. E era. Até aí, Solomon já tem muitos problemas nos ombros. Ao ser vendido e rebatizado como Platt, ele sabe que não pode revelar ser um homem culto, que sabe ler e escrever, já que significaria morte certa. Aos poucos ele aprende a ser submisso, ganhando tempo para, de alguma forma, avisar a seus amigos do Norte sobre sua condição. É essa esperança que o mantém vivo. Seu esforço, porém, esbarra na direção de McQueen: meticuloso com a recriação da época e preocupado em mostrar a realidade da escravidão de forma correta, ele termina usando homens e mulheres em grilhões como mero objeto de cena
12 Anos de Escravidão fica no meio do caminho. É ousado na medida para receber elogios e predicados, ao mesmo tempo que é careta o suficiente para ser coroado em premiações de cinema; tem a coragem de abordar um tema complexo que há muito merece o registro, mas é conduzido como trabalho de sociologia. A passagem de tempo, impressa no nome do filme, no título do livro e em nosso subconsciente quando as luzes se apagam, fica nublada. Ser vendido como “o melhor filme sobre escravidão da história”, na prática, não quer dizer nada. Nas mãos de um diretor mais calejado, 12 Anos de Escravidão seria um filme grandioso. Com Steve McQueen, temos um exercício de resgate histórico que, em seis meses, terá ficado para trás. Com ou sem Oscar.

Continue navegando