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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Química Departamento de Físico Química Laboratório de Físico Química Experimental Experimento: Investigação da cinética da oxidação do iodeto de potássio pelo persulfato Rio de Janeiro 2014 Introdução teórica A cinética de uma reação é o estudo das velocidades de reações e também dos fatores que influenciam as mesmas. A reação estudada no experimento foi a seguinte: 2 KI + K2S2O8 I2 + 2 K2SO4 Essa reação é de segunda ordem e pode ser escrita como: -d[S2O82-]/dt = k [I-][S2O82-] Onde k é a constante de velocidade da reação. Na presença de grande excesso de iodeto, a reação se torna de primeira ordem e pode-se dizer que K = k [I-], aparentemente constante. Logo, -d[S2O82-]/dt = K [S2O82-] [S2O82-] = [S2O82-]0 onde “0” indica a concentração inicial. Para que seja possível ver a formação de iodo, adicionou-se uma solução de goma de amido ao sistema, e uma solução de tiossulfato de sódio. A seguinte reação ocorre: I2 + 2 Na2S2O3 2 NaI + Na2S4O6 Esta reação é muito rápida e logo que o iodo é formado pela reação do persulfato com o iodeto ele é consumido pelo tiossulfato em solução. Quando o tiossulfato estiver esgotado o iodo que continua a ser formado não volta a se tornar iodeto e o sistema ganha coloração azul devido a sua associação à goma de amido. Objetivo Determinar a constante de velocidade da reação de oxidação do iodeto pelo persulfato. Metodologia Inicialmente foram preparadas duas séries de cinco erlenmeyers cada. A composição de cada erlenmeyer de cada série é representada na tabela 1. ERLENMEYERS A ERLENMEYERS B No KI (mL) Na2S2O3 (mL) Amido (mL) No K2S2O8 (mL) H2O (mL) 1 10 1 2 1 10 9 2 10 2 2 2 10 8 3 10 3 2 3 10 7 4 10 4 2 4 10 6 5 10 5 2 5 10 5 Tabela 1: Composição de cada erlenmeyer utilizado no experimento. Foram utilizadas soluções de KI 0,5mol/L, K2S2O8 0,02mol/L e Na2S2O3 0,01mol/L. A seguir, os frascos A1 e B1 foram misturados, e de imediato o cronômetro foi acionado. Agitou-se ocasionalmente a solução, anotando o tempo t1 em que uma coloração escura é notada. O mesmo procedimento foi adotado para os outros 4 pares de amostras. Resultados Os tempos obtidos estão representados na tabela 2. ERLENMEYER TEMPO DA REAÇÃO (SEGUNDOS) 1 154 2 347 3 532 4 781 5 1023 Tabela 2: tempos de reação para cada par A tabela 3 apresenta alguns dados calculados necessários para a construção do gráfico. Erlenmeyer Na2S2O3 N1(mol) K2S2O8 N2(mol) Sobra de K2S2O8 N = N2 –(N1/2) [K2S2O8] no tempo [B] = N/0,032 Ln [B] 1 1x10-5 2x10-4 1,95x10-4 6,09x10-3 -5,1 2 2x10-5 2x10-4 1,9x10-4 5,94x10-3 -5,13 3 3x10-5 2x10-4 1,85x10-4 5,78x10-3 -5,15 4 4x10-5 2x10-4 1,8x10-4 5,62x10-3 -5,18 5 5x10-5 2x10-4 1,75x10-4 5,47x10-3 -5,21 Tabela 3 De acordo com a equação da reta obtida, a constante de velocidade k é 1,0x10-4. Conclusões A reta apresentou uma linearidade ótima, comprovando que a reação é de primeira ordem. Também observamos a veracidade da equação de velocidade v = k.(c-x)n, ou seja, a velocidade de reação é diretamente proporcional à concentração da substância reagente. Possíveis incertezas na medida podem ocorrer, pois a determinação do tempo da reação é feita através do olho humano. Bibliografia CASTELLAN, Gilbert. Fundamentos de Físico-Química. 1a edição Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 1986. ATKINS, Peter, Julio de Paula. Físico-Química I. 9ª edição LTC, Rio de Janeiro, 2014
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