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Estudo Dirigido - Antihistamínicos

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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
DISCIPLINA: QUÍMICA FARMACÊUTICA MEDICINAL I
PROFESSORA: MICHELE DEBIASI ALBERTON
ESTUDO DIRIGIDO – ANTIHISTAMÍNICOS
Em dupla, responder ao estudo dirigido e entregar uma versão manuscrita até o dia 06/12/2017 junto com a terceira avaliação. Este trabalho valerá 1,0 ponto na 3ª avaliação.
O trabalho deverá ser respondido com base no artigo: Criado, P.R. et al. Histamina, receptores de histamina e anti-histamínicos: novos conceitos. Anais brasileiros de dermatologia, volume 85, número 2, p. 195-210, 2010. Respostas que não são encontradas no artigo podem ser pesquisadas nos livros de química farmacêutica e farmacologia, descritos no plano de ensino da disciplina.
Descreva as principais características e localização dos receptores da histamina.
Todos estão acoplados à proteína G, são eles:
HR1 – presente em células neurais, músculo liso vascular e das vias aéreas, endotélio, hepatócitos, células epiteliais, neutrófilos, eosinófilos, dendrócitos, monócitos e Linfócitos T e B.
HR2 – está presente nos condrócitos e também nas mesmas células e tecidos do H1.
HR3 – Presente em neurônios histaminérgicos, eosinófilos, dendrócitos e monócitos, sendo que possui baixa expressão nos tecidos periféricos e inibir liberação e síntese de histamina.
HR4 – Possui alta expressão na medula óssea, em células hematopoiéticas periféricas, eosinófilos, neutrófilos, dendrócitos, LT, basófilos e mastócitos; e baixa expressão em tecidos periféricos, hepatócitos, baço, timo, pulmões, intestino e coração. Este receptor histamínico Estimula quimiotaxia de eosinófilos e mastócitos.
Descreva os processos farmacocinéticos dos anti-histamínicos H1: principais aspectos da absorção, metabolismo e excreção destes fármacos. Dê exemplos de dose, meia-vida, pico de concentração plasmática para dois representantes da primeira e dois da segunda geração.
A maioria dos anti-H1 apresenta boa absorção quando administrados via oral, sendo que sua lipossolubilidade facilita a passagem pelas membranas celulares. Porém, assim como outras drogas, os anti-histamínicos podem ter sua absorção afetada quando ingeridos concomitantemente a alguns alimentos.
A maioria dos anti-H1 são metabolizados no fígado pelas enzimas do sistema citocromo P450 (CYP). Logo, indutores de CYPs como benzodiazepínicos diminuem seu T1/2 (Tempo de Meia Vida) e inibidores como macrolídeos o aumentam. A glicoproteína P (gP) e os Polipeptídeos Transportadores de Ânions Orgânicos (OATP) também podem interferir nestes aspectos, pois participam na distribuição e na excreção das drogas e outras substâncias, porém de formas distintas.
Quase todos os anti-H1 são eliminados através dos rins, mas a excreção biliar também é possível.
Descreva como a glicoproteína P pode interferir nos processos de ação central e efeitos adversos dos anti-histamínicos H1.
A glicoproteína P (gP) consiste em um sistema natural de detoxificação que possui funções de secreção ou de barreira, pois ela atua como uma bomba de extração. Então temos como exemplo os anti-histamínicos de segunda geração, que chegam ao SNC pela circulação cerebral e são transferidos passivamente ao endotélio na barreira hematoliquórica (BHL). Porém, como estes são substratos da gP, mínimas quantidades se ligam aos receptores de histamina no cérebro. Já as drogas que não são substrato da gP, como os anti-H1 de primeira geração, se difundem passivamente através da BHL e não são retiradas do SNC, portanto podem se ligar profusamente aos receptores H1 do cérebro levando a efeitos adversos.
Cite um exemplo de interação fármacos x alimentos que pode ocorrer com os anti-histamínicos.
Como exemplo desta interação há a ingestão concomitante de anti-histamínicos e suco de grapefruit, pois este possui flavonoides e furanocumarínicos que são os possíveis responsáveis pelas ações de inibição da CYP3A4 (diminuindo o metabolismo dos anti-H1 e aumentando sua biodisponibilidade) e pela indução da gP (anti-H1 de 2ª geração são substratos desta glicoproteína, logo podem sofrer diminuição de sua biodisponibilidade).
Sobre os anti-histamínicos de primeira geração responda:
Qual seu principal efeito adverso e por quê?
Sedação. Pois podem se ligar mais facilmente aos receptores H1 cerebrais já que são lipofílicos e cruzam com mais facilidade a BHL e, além disso, não são substratos da glicoproteína P, fato que aumenta a sua biodisponibilidade.
Quais são as principais classes de acordo com a estrutura química?
Alquilaminas – Bromofeniramina, Clorfeniramina, Dexclorfeniramina, Feniramina, Dimetindeno, Tripolidina e Acrivastina.
Etanolaminas – Carbinoxamina, Clemastina, Dimenidrinato, Difenidramina, Doxilamina e Feniltoxamina.
Etilenodiaminas – Antazolina, Pirilamina e Tripelenamina.
Fenotiazinas – Prometazina, Mequitazina e Trimepazina.
Piperazinas – Buclizina, Ciclizina, Meclizina, Oxatomida, e Hidroxizina.
Pepiridinas – Azatadina, Cipro-heptadina e Cetotifeno.
Etilenodiaminas 
–
 Pirilamina
Etanolamina - Difenidramina
Alquilamina - AcrivastinaDesenhe um representante de cada uma das classes.
 	
Pe
pi
ridinas 
–
 
Cipro-heptadina 
Piperazinas 
– Buclizina
Fenotiazinas –
 
Prome
tazina
Sobre os anti-histamínicos de segunda geração responda:
Qual sua vantagem em relação aos medicamentos de primeira geração?
Eles apresentarem menores efeitos anticolinérgicos ou sedativos, mas isso não significa que são livres de efeitos adversos.
Quais são seus principais efeitos adversos?
O principal efeito adverso é o risco de graves arritmias cardíacas. Além disso, os anti-H1 de segunda geração facilmente sofrem interações, o que pode levar à intoxicação.
Piperidina – Fexofenadina
Piperidina – Loratadina
Piperazina – LevocetirizinaCite ao menos 3 representantes e desenhe sua estrutura.
Quais são as principais indicações terapêuticas dos anti-histamínicos H1?
Principalmente para reações alérgicas na pele causadas por alimentos, medicamentos, ou toxinas de insetos, também podem ser utilizados para dermatite atópica e alergias respiratórias como rinite (alérgica). Entretanto, é importante ressaltar que não é indicada para asma.
Quais são os fármacos mais seguros para uso em gestação e lactação?
Gestação:
1ª geração – Clorfeniramina, Tripelenamina, Dexclorfeniramina, Dimenidrinato e Cipro-heptadina. Devem ser evitados no terceiro trimestre devido ao risco de convulsões neonatais.
2ª geração – Loratadina e Cetirizina.
Lactação:
1ª geração – Devem ser evitados ao máximo, principalmente nos primeiros meses.
2ª geração – Devem ser evitados, sendo utilizados apenas em casos de grande necessidade.
Quais os melhores fármacos para serem usados em crianças e idosos?
Crianças:
1ª geração – Hidroxizina e Clorfeniramina para ≤ 2 anos de idade.
2ª geração – Desloratadina para ≥ 1 ano de idade na Europa e nos Estados Unidos e Fexofenadina e Levocetirizina para > 6 anos.
Idosos:
1ª geração – São contraindicados.
2ª geração – “Todos” podem ser utilizados, desde que sejam consideradas as outras drogas administradas ao paciente.
Qual a principal indicação clínica dos fármacos anti-H2?
Indicados para problemas gástricos, como hipersecreção.
Famotidina
Nizatidina
CimetidinaDesenhe ao menos 2 representantes e sua estrutura química.

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