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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA E FARMACOLOGIA
CURSO: BACHARELADO EM FARMÁCIA
DISCIPLINA: FARMACODINÂMICA
PROFESSORA: MARIA DO SOCORRO CORDEIRO FERREIRA
HIPNOANALGÉSICOS EM Mus musculus
Bárbara Rebeca Alves Pereira
TERESINA – PI
MARÇO, 2018
INTRODUÇÃO
Os hipnoanalgésicos são fármacos que deprimem o Sistema Nervoso Central eliminando ou reduzindo a sensação de dor, sem causar a perda de consciência. Eles agem complexando-se com múltiplos receptores estereoespecíficos, em muitos locais do SNC, no sistema nervoso periférico e no sistema nervoso entérico. A morfina foi descoberta pelo farmacêutico alemão Sertürner em 1803 e a definição de sua estrutura foi realizada por Robinson. Os principais agentes utilizados na terapia da dor são os opiáceos (derivados do ópio) e os opióides derivados sintéticos com ação semelhante à morfina. (FERREIRA, 2005).
O presente experimento tem por objetivo demonstrar a ação analgésica e os efeitos da administração de doses diferentes de morfina, um hipnoanalgésico, em Mus musculus, por via subcutânea.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para o procedimento utilizaram-se 6 camundongos da espécie Mus musculus divididos em 3 grupos de 2 animais. Administraram-se 3 doses diferentes de morfina, DIMORF (A, B, e C), por via subcutânea nos respectivos grupos de camundongos, sendo o primeiro apenas a dose A, o segundo a dose B e o terceiro apenas a dose C. Os parâmetros analisados foram: o comportamento e marcha ( normal, moderado e excitado), a frequência respiratória (bpm) e a resposta a estímulos dolorosos produzido pelo pinçamento na raiz da calda do animal. Avaliando antes e após 20 minutos da aplicação de 0,3ml da solução de morfina em cada um dos grupos. 
RESULTADOS
TABELA 1.0: REGISTRO DA INFLUÊNCIA DA MORFINA EM DIFERENTES PREPARAÇÕES NO COMPORTAMENTO, NA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA E NA RESPOSTA AO PINÇAMENTO DA RAIZ DA CAUDA EM Mus musculus, ANTES E 20 MINUTOS APÓS A INJEÇÃO SUBCUTÂNEA DAS SOLUÇÕES A, B E C DE MORFINA, ADMINISTRADAS NOS TRÊS GRUPOS, RESPECTIVAMENTE.
	 Parâmetros
Grupos
	Comportamento/Marcha
	Média das frequências respiratórias
(bpm)
	Resposta ao estímulo
	
	Antes
	Depois
	Antes
	Depois
	Antes
	Depois
	A
	N
	N
	126,2
	106
	+++
	+
	B
	N
	N
	131,4
	100
	+++
	+
	C
	E
	N
	134,2
	123,5
	+++
	++
LEGENDA: (N) NORMAL; (M) MODERADO; (E) EXCITADO; (+++) RESPOSTA RÁPIDA; (++) RESPOSTA MODERADA (+) RESPOSTA FRACA; (-) AUSÊNCIA DE RESPOSTA; (bpm) BATIMENTOS POR MINUTO. 
FONTE: LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA DA UFPI. ALUNOS DE FARMÁCIA, 2018.1.
TABELA 2.0: REGISTRO DAS PORCENTAGENS DE ANIMAIS AFETADOS APÓS INJEÇÃO SUBCUTÂNEA DAS SOLUÇÕES A, B E C, NOS RESPECTIVOS GRUPOS, LEVANDO EM CONTA OS PARÂMETROS COMO: COMPORTAMENTO E RESPOSTA AO PINÇAMENTO DA RAIZ DA CAUDA.
	PARÂMETROS
GRUPOS
	COMPORTAMENTO
(%)
	RESPOSTA À DOR
(%)
	A
B
C
	50 N com marcha normal
50 M com marcha lenta
62,5 N com marcha normal
37,5 E com marcha rápida
87,5 N com marcha normal
12,5 E com marcha rápida
	87,5 presente
12,5 ausente
75 presente
25 ausente
100 presente
LEGENDA: (%) PERCENTUAL; (M) MODERADO; (N) NORMAL; (E) EXCITADO. 
FONTE: LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA DA UFPI. ALUNOS DE FARMÁCIA, 2018.1.
DISCUSSÃO
	A percepção da dor está associada a reações comportamentais e emocionais. A aplicação de estímulos nocivos no homem resulta no aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca, na dilatação pupilar e nas alterações nos parâmetros respiratórios. (CUNHA, 2002).
	Os opióides durante anos, foi o principal recurso no tratamento da dor, exercendo seus efeitos associados à afinidade pelos receptores µ no SNC mimetizando substâncias de ocorrência natural, chamados peptídeos opióides endógenos ou endorfinas. Suas funções incluem a inibição as respostas aos estímulos dolorosos; modulação das funções gastrintestinais, endócrinas e autônomas. No experimento utilizou-se a morfina que possui efeitos de analgesia, euforia, sedação e depressão respiratória. (KATZUNG, 2005).
	Dentre o grupo dos hipnoanalgésicos, a morfina é o fármaco padrão, seu emprego é indicado em qualquer situação na qual se deseja obter alívio da dor: seja no período pré-anestésico ou no transoperatório. Este agente distribui-se pelos diferentes tecidos, em particular, atinge o sistema nervoso central, fígado, rins, pulmões e músculos. (CUNHA, 2002).
	Segundo mesmo autor, no sistema respiratório, causa depressão em virtude de sua ação direta sobre o centro respiratório, podendo ocorrer também à produção de respiração regular e periódica. A depressão respiratória máxima ocorre com aproximadamente sete minutos após a administração intravenosa de morfina, e cerca de pelo menos 30 minutos após administração intramuscular ou 90 minutos após a administração subcutânea. De acordo com a TABELA 1.0 a depressão respiratória ocorreu em todos os grupos, mas com maior intensidade nos grupos A e B nas quais foram administradas as doses A e B, respectivamente, mas o grupo B aparentemente recebeu uma dose de concentração maior do que do grupo A visto que a sua depressão respiratória foi maior.
	Segundo KATZUNG (2005), a dor é transmitida a partir de nociceptores localizados na pele e vísceras que podem ser ativados por estímulos mecânicos, térmicos e químicos, cuja responsividade pode ser modulada por meio da ação de prostaglandinas, cininas, catecolaminas, íons H+, K+ e substância P. A interpretação do estímulo doloroso é individual e a partir dessa percepção da dor pelo SNC, são obtidas as respostas motoras, autonômicas e comportamentais diante do estímulo doloroso. De acordo com a TABELA 2.0, em algumas cobaias do grupo B houve ausência de resposta ao estímulo doloroso. No grupo A, como se pode ver nas TABELAS 1.0 e 2.0, metade das cobaias tiveram comportamento normal e outra metade comportamento moderado com marcha lenta, sendo que apenas uma cobaia não apresentou resposta ao estimulo de dor. Já no grupo C, todos os animais responderam aos estímulos de dor (TABELAS 1.0 e 2.0). 
	Em doses analgésicas padrões, a morfina altera os padrões normais de sono. Diferentemente dos seres humanos, algumas espécies podem apresentar excitação, mais do que sedação, ao receberem opióides, como o ocorrido em cobaias dos grupos B e C. Esses efeitos paradoxais são pelo menos em parte, dose-dependentes. (KATZUNG, 2005). O enrijecimento da cauda foi um fenômeno observado em todos os grupos, porém mais acentuado nos grupos B e A. Trata-se da reação de Straub da cauda, fenômeno improvável, apreciado pelos farmacologistas, que consiste numa elevação e rigidez da cauda dos ratos ou camundongos, que receberam fármacos opiáceos e é causada pelos espasmos de um músculo na base da cauda. Devido aos outros fatores citados anteriormente, as concentrações das soluções de morfina provavelmente seguem esta ordem: B > A > C (TABELA 1.0).
CONCLUSÃO
	De acordo com esse experimento pode-se concluir que a morfina possui atividade analgésica potente e duradoura. Mas é importante observar que o aumento da dose ou da sua concentração induz aumento na analgesia e consequente aparecimento de efeitos colaterais de como aumento depressão respiratória, observada em todos os animais em experimentação.
REFERENCIAS
BRUNTON, L. L.; LAZO, J. S.; PARKER, K. L. Goodman & Gilman: As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 11ª ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill Interamericana, 2006.
CUNHA, J. M. C. C. P.; CORTOPASSI, S. R. G.; MACHADO, A. Analgesia transoperatória induzida pela morfina ou Meperidina em gatos submetidos à osteossíntese. Ciência Rural, Santa Maria, v.32, n.1, p.67-72, 2002.
FERREIRA, D. T.; FACCIONE, M. Opiáceos, Opióides de ação analgésica e antagonistas. Semina: Ciências Exatas e Tecnológicas, Londrina, v. 26, n. 2, p. 125-136, jul./dez.2005.
KATZUNG, B. G. Farmacologia Básica & Clínica. 9ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

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