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aula de história 4

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DISCIPLINA: História do Brasil 
Módulo: O processo de independência do Brasil 
 
 
 
 
 
Nome do Professor : Sílvia Cristina da Silva 
Nome da Disciplina: História do Brasil – Faculdade Campos 
Elíseos (FCE) – São Paulo – 2017. 
Guia de Estudos – Módulo 04 
Faculdade Campos Elíseos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
ANTECEDENTES ECONÔMICOS E ADMINISTRATIVOS MILITARES DAS 
REFORMAS POMBALINAS 
 
3 AS REFORMAS POMBALINAS NOS CAMPOS ECONÔMICO E 
ADMINISTRATIVO-MILITAR 
 
4 SEPARAÇÃO DE INTERESSES ENTRE A METRÓPOLE E A COLÔNIA 
BRASILEIRA 
 
5 DECOMPOSIÇÃO DO VICE-REINADO E ORIGEM DA REPÚBLICA DO BRASIL 
 
CONSIRAÇÕES FINAIS 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO 04 – O processo de independência do Brasil 
 
Conversa Inicial 
 
 
 
 
Este quarto módulo é voltado para o estudo do processo de independência do Brasil. 
Nosso objetivo é que você descubra como se deu esse processo e que através desses 
novos conhecimentos adquiridos, você não só cresça ainda mais academicamente, 
bem como profissionalmente. 
Desse modo, percorreremos a respeito do estudo dos antecedentes 
econômicos e administrativos militares das reformas pombalinas, além de estudarmos 
a questão das reformas pombalinas nos campos econômico e administrativo-militar. 
Por outro lado, estudaremos a questão da separação de interesses entre a metrópole 
e a colônia brasileira, bem como a decomposição do vice-reinado e origem da 
república do brasil 
Diante do proposto, dediquemo-nos com entusiasmo aos estudos! 
 
Sucesso! 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O território do Brasil havia sido colonizado por Portugal. Esta colônia havia 
crescido a partir da exploração do pau Brasil, uma árvore de madeira dura utilizada 
para a construção e para a obtenção de produtos para colorir, do açúcar e da extração 
de ouro. Essas atividades foram realizadas com trabalho escravo. A Coroa portuguesa 
havia organizado o território em capitanias hereditárias que mantinham uma grande 
autonomia em relação ao poder central. ASSUNÇÃO (2005) 
Apesar das tentativas da coroa de confiscar ou comprar capitanias, os 
empresários privados eram fundamentais na colonização do Brasil. Bandeiras 
organizadas, exércitos privados que, às vezes, podiam reunir até 3.000 homens. 
Esses exércitos de bandeirantes empreenderam expedições em busca de metais 
preciosos ou para a recuperação de escravos escapados. A cobrança de impostos 
também estava nas mãos de particulares. Assim, os proprietários rurais tinham 
amplos poderes militares e executivos. ASSUNÇÃO (2005) 
Desse modo, a partir deste estudo abordaremos cada um desses 
acontecimentos históricos. 
 
 
2 ANTECEDENTES ECONÔMICOS E ADMINISTRATIVOS 
MILITARES DAS REFORMAS POMBALINAS 
 
 O elemento econômico mais decisivo, em nossa opinião, nesta primeira etapa 
do processo de trânsito do Brasil, de uma colônia portuguesa a uma república 
independente, é o fator ouro, pois demarca a diferença de interesses entre grupos 
 
americanos e peninsulares. No final do século XVII, com a descoberta das minas de 
ouro no Rio de Janeiro, mas principalmente em Minas Gerais, começa a produção 
extrativa e maciça deste valor metálico e começa a chamada bonança de ouro, que 
substituirá em importância ao peso que a produção de açúcar teve, antes dessa 
descoberta. GUIMARÃES (1994) 
Este novo valor econômico chegou a articular perfeitamente um século de 
hegemonia britânica sobre o ouro brasileiro: devemos lembrar aqui que, após o 
Tratado de Methuen (1703), os comerciantes britânicos foram privilegiados com o 
lucro extraído deste mineral metálico, pelo menos de forma constante durante o 
período de 1700-1750. As empresas britânicas gozaram de hegemonia sobre a Coroa 
portuguesa no uso do ouro, em troca, os portugueses exportaram seus vinhos para a 
Inglaterra, enquanto que entre ambos conseguiram dar estabilidade e continuidade ao 
tráfico de escravos. Por outro lado, a menor produção agrícola obtida no Brasil, 
desprezada pela Inglaterra, foi comercializada por Portugal na Europa continental. 
WIKIPEDIA (2017). 
No entanto, essa era de ouro da produção de metal entraria em crise no 
decurso do século XVIII: entraria em declínio lento após 1740 e um declínio declarado 
a partir de 1770 (um curso similar, mas tarde e menor, continuaria a produção de 
diamantes no Brasil). Durante este curso econômico, houve uma modificação do 
centro do Brasil. Se na época anterior do “boom” do açúcar, a sede do vice-rei se 
baseava em São Salvador, na Bahia (o antigo núcleo central do nordeste: 
Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará e Bahia), então no período do 
“boom” aurífero, isso aconteceria para o Rio de Janeiro (1763), deixando o Brasil 
posicionado com dois grandes cortes ao serviço da Coroa Portuguesa, sendo de maior 
importância o novo tribunal. GUIMARÃES (1994) 
 
 
 
 
O elemento econômico mais decisivo, em nossa opinião, 
nesta primeira etapa do processo de trânsito do Brasil, de 
uma colônia portuguesa a uma república independente, é o 
fator ouro, pois demarca a diferença de interesses entre 
grupos americanos e peninsulares. 
 
 
 É importante notar aqui que tanto os campos da produção de açúcar como os 
novos campos de extração de ouro alimentaram o comércio de escravos de 
importação durante o século XVIII: foram trazidos da Guiné e principalmente durante 
a segunda metade deste século, de Angola (primeira metade do século: 800,000 
aprox., e segunda metade: 900 mil escravos mais). Assim, a escravidão representou 
o regime por excelência da colônia portuguesa, a instituição econômica básica. 
GUIMARÃES (1994) 
 Desse modo, a piora dos conflitos europeus, como a Guerra dos Sete Anos, 
em que a Inglaterra estava envolvida, promoveu a consolidação do poder britânico 
sobre Portugal (neutro, mas protegido por interesses britânicos). No entanto, pouco a 
pouco, começou a ter uma dualidade no interesse de Portugal em relação ao seu 
protetor: embora, por um lado, buscassem a proteção nos braços dos britânicos, por 
outro lado, uma inevitável separação entre seus interesses e os dos insulares. 
GUIMARÃES (1994) 
 
 3 AS REFORMAS POMBALINAS NOS CAMPOS 
ECONÔMICO E ADMINISTRATIVO-MILITAR 
 
 De acordo com McFARLANE (2006) a partir desta crescente separação de 
interesses entre Portugal e Inglaterra, as reformas encorajadas pelo novo Marquês de 
Pombal vieram atacar diretamente a fábrica britânica, para poder favorecer os próprios 
interesses da Coroa, para os quais foi decidida a criação de empresas privilegiadas 
destinado à nacionalização do controle sobre a colônia (por meio da facilitação de 
créditos aos cultivadores, sob a forma de contratos que durarão 20 anos). 
Dois núcleos de empresas instaladas no Brasil: o primeiro núcleo representado 
por empresas do Pará e Maranhão: a empresa do Maranhão é dedicada mais ou 
menos sucesso para a produção de algodão, atingindo praças e portos comerciais de 
 
Rouen (nordeste da França), Marselha (sul da França), Hamburgo (Alemanha), 
Roterdão (Países Baixos), Génova (Itália) e Londres (Inglaterra). A empresa do Pará, 
participou com menos sucesso do que a produção de arroz e cacau. McFARLANE 
(2006) 
Vale destacar que o outro núcleo é o das empresas de Pernambuco e Paraíba: 
ambas as zonas de exploração estavam estagnadas, já que eram as antigas terras da 
produção de açúcar, e esta produção, como Galeano aponta, deixou a terra bastante 
danificada para si própria cultivo de açúcar e outras espécies (lembre-se de que a 
região nordeste do Brasil era a áreamais rica e o declínio dessa riqueza era devido 
ao declive da terra). Nessa área, as empresas não conseguiram uma aquisição que 
reverteria a influência britânica na área. McFARLANE (2006) 
Por isso, essas empresas privilegiadas estavam envolvidas principalmente no 
negócio de importar escravos (devido ao processo severo de produção de açúcar, 
muitos escravos morreram nos campos do que nas minas, incluindo, o que exigia a 
transferência constante de novos escravos), e também o negócio de exportação de 
açúcar (mais minoria). Esta empresa obterá os maiores lucros da oferta de bens para 
os produtores e o tráfego com a África, além de promover a promoção da produção, 
através de atividades de crédito. McFARLANE (2006) 
 
 
 
 
 
 
Outro elemento muito importante das reformas econômicas visava proibir os 
comissários voadores, que são comerciantes estrangeiros sem sede fixa, para dar 
maior possibilidade aos interesses dos comerciantes com sede fixa, em Portugal ou 
no Brasil, seguindo a necessidade de impor interesses metropolitanos contra os 
comerciantes estrangeiros e itinerantes. 
De acordo com McFARLANE (2006) a partir desta 
crescente separação de interesses entre Portugal e 
Inglaterra, as reformas encorajadas pelo novo Marquês 
de Pombal vieram atacar diretamente a fábrica britânica, 
para poder favorecer os próprios interesses da Coroa. 
 
 
 
No aspecto administrativo e militar, e de acordo com os novos interesses 
portugueses, cada vez mais independentes dos interesses britânicos, as reformas 
buscaram a reestruturação do tesouro e a partir de 1760 (a primeira década de 
reformas é principalmente, nas necessidades econômicas, para mais tarde, na década 
seguinte, basear-se na coisa administrativa). McFARLANE (2006) 
Por conseguinte, um Conselho do Tesouro foi designado para cada uma das 
capitanias gerais do Brasil, para tentar aumentar o controle econômico-político e 
limitar as perdas, negligência e corrupção, os tráficos ilegais e informais de diamantes, 
ouro e outros mercadoria Procuraram assegurar que as autoridades fossem melhor 
integradas no sistema administrativo imperial português. McFARLANE (2006) 
Por esta razão, a afirmação da supremacia do vice-rei foi encorajada sobre os 
capitães-gerais (centralização do poder político), e também se acreditava, como 
resultado do boom do ouro, a sede do vice-reino do Rio de Janeiro, sendo 
administrado pelo Brasil relações (Bahia e Rio). Desta forma, a estrutura imperial foi 
estruturada da seguinte maneira: o rei português (até 1777 foi José I, data em que o 
governo de Pombal chegou ao fim), então as 2 relações dos ouvidores (que são os 
juízes de distrito, ou seja, de uma unidade territorial que envolve mais de um 
município) a juízes de foros (que são os juízes municipais, que constituem a mais alta 
hierarquia do judiciário) até as câmaras municipais de origem local. McFARLANE 
(2006) 
Já para LYRA (1994), ele aduz que: 
 
“paralelamente à administração, esta nova integração da colônia brasileira 
com a metrópole, implicava uma reorganização do exército português no 
próprio Brasil. Para 1770, o núcleo regular do exército (4.000 quadrados) é 
apoiado pela milícia auxiliar de origem local, cujos coronéis têm o 
reconhecimento da ascendência que sua posição na sociedade local lhes 
deu. Dizem que a vontade dele é a lei.” 
(LYRA, 1994, p. 56) 
 
 
 
Por outro lado, a partir do núcleo do exército, os dragões de Minas Gerais, que 
eram uma força armada de origem metropolitana, foram criados para a supervisão 
das áreas de mineração. Diante dos obstáculos à integração do Brasil sob estas novas 
regras de reforma da relação do Império, foi decidido em 1759 a expulsão dos jesuítas, 
porque foi visto como a empresa responsável por incentivar a resistência indígena a 
reformas e inovações. GUIMARÃES (1994) 
 
 
 
 
 
Destaca-se que os jesuítas, antes das reformas, vieram concentrar o poder 
espiritual e econômico, de modo que, diante de uma nova situação de integração, 
constituíam um obstáculo à incorporação dos índios na economia e na sociedade 
portuguesas. GUIMARÃES (1994) 
 
 
4 SEPARAÇÃO DE INTERESSES ENTRE A METRÓPOLE E A 
COLÔNIA BRASILEIRA 
 
 As reformas pombalinas, das quais explica-se suas grandes características, 
econômicas e administrativas, não significaram, ao contrário das reformas Bourbon, 
uma mediatização das autoridades locais e das elites, por meio de uma burocracia 
imperial, mas, pelo contrário, significavam uma abertura para as figuras de influência 
local, para os administradores locais. FURTADO (2006) 
No aspecto administrativo e militar, e de acordo com os 
novos interesses portugueses, cada vez mais 
independentes dos interesses britânicos, as reformas 
buscaram a reestruturação do tesouro. 
 
O declínio da mineração, que piorou após 1770, restringiu as importações, 
favorecendo o crescimento da produção industrial local, o que levou, em grande 
medida, a uma separação gradual entre os interesses globais da metrópole e os 
interesses locais da colônia. A prova desta separação de interesses é a reação estéril 
da Coroa, através da Ordem Real de 1775, que estabeleceu a proibição da produção 
de têxteis no Brasil, exceto aqueles destinados a atender às necessidades dos 
escravos. Isso já marcou uma separação de interesses irreconciliáveis e inevitáveis. 
FURTADO (2006) 
Estes números de influência local que se encontraram sob os mesmos 
interesses da Coroa portuguesa, reuniram-se em torno das Juntas de Fazenda, que 
eram grupos constituídos por "homens ricos e prudentes" que se encarregavam da 
seleção de assentistas para cobrança de impostos. Além disso, outros contratos, que 
começaram a provocar rivalidades entre os diferentes líderes que queriam aproveitar 
as oportunidades disponíveis para obter os contratos. FURTADO (2006) 
Duas ordens de rivalidades suscitaram essas medidas, segundo FURTADO 
(2006): 
 
(1) rivalidades entre os candidatos para os assentos; 
(2) rivalidades entre a Coroa e a mais poderosa da província de mineração, em torno 
dos lucros do ouro: o último que finalmente detonou na conspiração de Minas Gerais 
em 1788. 
 
 Após a queda de Pombal, em 1784, o novo governador de Minas Gerais, Luis 
da Cuhna Meneses, chegou ao poder e aproveitando sua posição de poder, começou 
a reservar lucros para o novo grupo de poderosos reunidos ao seu redor, que 
desencadeou o desconforto de outros líderes, e todo um caso de corrupção à frente, 
com casos de contrabando de diamantes incluídos. Dado o aumento da corrupção, 
em 1786 o visconde de Barbacena assumiu o cargo e chegou ao poder com um novo 
programa sob o braço, um novo programa que causou uma forte carga tributária sobre 
as localidades, enquanto a reação e a solidariedade social contra as novas imposições 
da Coroa portuguesa. FURTADO (2006) 
 
Desse modo, os administradores, comumente orientados por fortes divisões e 
disputas entre eles, se juntam a uma conspiração, auto definida como republicana, 
para varrer a regra monárquica portuguesa em 1788, como observamos 
anteriormente. Este grupo que participou da conspiração foi composto pelo mesmo 
grupo que assumiu o controle e a corrupção de Minas Gerais, anteriormente, figuras 
de elite, como os grandes comerciantes e proprietários de terras, altos funcionários e 
advogados, além de começar a se equiparar com a sociedade que deveria assistir, 
tudo sob a ideia de um plano revolucionário, que seria frustrado após a denúncia de 
um dos seus conspiradores, Silveiro Dois Reis. FURTADO (2006) 
 
 
 
 
 
 
 
FURTADO (2006) ainda destaca que apesar do fato de que essa conspiração 
estava frustrada, na décadade 1990, o espaço começou a abrir-se para a crise final 
da ordem colonial: em 1789, após a experiência haitiana da revolução dos escravos, 
no Brasil, a primeira rebelião dos mulatos na Bahia (um regimento mulato e um 
pequeno número de artesãos, também mulatos). Enquanto a Rainha Maria de 
Portugal se afundava em loucura, e os herdeiros de Pombal ameaçavam sua colônia 
com um excesso de voracidade fiscal, isso, por sua vez, anunciava as reações 
irritadas que mais tarde viriam em seus domínios americanos. FURTADO (2006) 
 
 
 
(1) rivalidades entre os candidatos para os assentos; 
(2) rivalidades entre a Coroa e a mais poderosa da 
província de mineração, em torno dos lucros do ouro: o 
último que finalmente detonou na conspiração de Minas 
Gerais em 1788. 
 
 
5 DECOMPOSIÇÃO DO VICE-REINADO E ORIGEM DA 
REPÚBLICA DO BRASIL 
 
 O início do fim da influência da metrópole no Brasil pode ser entendida por meio 
da relação de Portugal com os britânicos, quanto à incidência destes últimos na 
América e na própria península de Portugal na penetração da Coroa Portuguesa no 
Brasil e nas reações provocadas por esta estratégia portuguesa nos portadores locais 
e imperiais do republicanismo liberal, em Portugal e no Brasil. ASSUNÇÃO (2005) 
Para ele quanto ao relacionamento da Coroa portuguesa com os britânicos, 
deve acabar reconhecendo a situação privilegiada da Inglaterra, tanto na situação de 
Portugal na Europa como na América. A Coroa portuguesa permaneceu sob a 
proteção da marinha britânica (como fazia desde a Restauração da Independência de 
Portugal no século XVII), especialmente diante da ameaça napoleônica latente em 
novembro de 1807, que surgiu em torno de Portugal. 
Antes do perigo de sua aniquilação, a Coroa portuguesa decide a transferência 
do seu Tribunal para o vice-reinado do Rio de Janeiro. Esse fato, como devemos 
supor, acabou por consolidar a influência britânica em Portugal, principalmente devido 
ao desempenho do exército britânico na península europeia. Esta dependência e 
proteção foi ratificada pelo Tratado de Comércio e Navegação assinado em 19 de 
fevereiro de 1810 pelo rei Juan VI a favor da influência da Inglaterra em Portugal e 
sua colônia. ASSUNÇÃO (2005) 
 De acordo com ASSUNÇÃO (2005): 
 
“Com relação a este último, o domínio da Inglaterra no mercado brasileiro 
será decretado: por exemplo, o artigo 20 deste tratado estabelece que os 
produtos brasileiros, como o café e o açúcar, poderão entrar nos pontos 
britânicos, de modo que Através desses pontos, eles são reexportados para 
outras áreas comerciais. Esta cláusula favoreceu acima de todos os 
comerciantes britânicos com sede no Brasil.” 
(ASSUNÇÃO, 2005, p. 346) 
 
 
Desse modo, ele destaca que, além disso, os britânicos receberam o direito de 
estabelecer uma fábrica em Santa Catarina (costa sul do Brasil), à qual o transporte 
mercante inglês teria acesso livre, o último de importância vital para as aspirações 
britânicas de estabelecer controle sobre a Rio de la Plata. 
 
 
 
 
 
 
Já para GUIMARÃES (1994) a entrada de Portugal no Brasil por um lado, e a 
assinatura do Tratado de 1810, por outro, levaram a uma abertura comercial no Brasil. 
Esta abertura favorecia parcialmente as regiões do Nordeste, mas, acima de tudo, 
provocou uma transformação do Brasil central, que se transformaria ao longo dos 
anos de acordo com o sinal da nova capital imperial. Nesses lugares, promoveu-se 
uma implantação acelerada do estado e das instituições econômicas para a 
implantação das condições materiais da nova nação impostas de cima, da Coroa, ao 
mesmo tempo em que se desenvolveu como pano de fundo e, silenciosamente, a 
transformação de a superestrutura econômica e social que também aspirava à nação 
republicana. 
No Rio de Janeiro, a sua vez, houve um fenômeno de contradição econômica: 
a expansão do mercado foi desenvolvida, em larga medida, para apoiar a nova 
demanda gerada a partir da chegada do Rei e seus 10.000 a 15.000 refugiados 
peninsulares. Diante da medida real das reduções de preços em benefício do novo 
grupo de consumidores, o sistema de exportação brasileiro entrou em crise, e por isso, 
irremediavelmente, o crescimento econômico imperial é limitado. GUIMARÃES (1994) 
No Rio, uma expansão urbana de natureza metropolitana é provocada (o que 
se expressa no fato de que 20 anos após a penetração da Coroa, sua população 
cresceria 3 vezes seu tamanho), pelo qual Rio adquire uma "personalidade urbano ", 
Para Assunção quanto ao relacionamento da Coroa 
portuguesa com os britânicos, deve acabar reconhecendo 
a situação privilegiada da Inglaterra, tanto na situação de 
Portugal na Europa como na América. 
 
adquirindo em seu desenvolvimento, sua identificação como a capital da monarquia 
portuguesa. São realizadas, entre outras, duas grandes construções para a criação 
de uma alta cultura da Coroa: a Biblioteca Real e a Academia Militar, com a qual a 
monarquia portuguesa é gerida para tornar menos estrangeira para o Brasil. No 
quadro institucional, seu Tribunal, seus ministros, continuam a governar a vida política 
do Brasil sob o regime da monarquia absoluta. GUIMARÃES (1994) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ademais, FURTADO (2006), na sucessão de ministros encarregados da vida 
política do Brasil, esses interesses monárquicos absolutistas enfrentam interesses 
britânicos em relação ao Rio de Plata. Conde de Linhares, Don Rodrigo de Souza 
Coutinho, identificado com os interesses da aliança britânica em favor desta influência 
britânica no Rio de la Plata, perdeu a favor do soberano que queria a reestruturação 
da nova nação imperial, que procurou dentro dos seus propósitos, estabelecer sua 
própria influência na região sul. Após a morte da contagem, e em 1814, o Gabinete 
reafirma o apoio do regente Antônio de Araújo, francófilo, sob a oposição aberta do 
representante dos interesses britânicos, Lord Strangford, que procurou convencer o 
Rei D. João de regressar a Lisboa ordenar o império para longe dos domínios do Rio 
de la Plata, e permitir a persistência dos britânicos. 
Aqui, os interesses da Coroa portuguesa se manifestaram, enquanto, por um 
lado, Portugal procura manter uma distância entre seus interesses e os da Inglaterra, 
bem como sua estratégia de transferir definitivamente o eixo do império de Portugal, 
Já para GUIMARÃES (1994) a entrada de Portugal no 
Brasil por um lado, e a assinatura do Tratado de 1810, por 
outro, levaram a uma abertura comercial no Brasil. Esta 
abertura favorecia parcialmente as regiões do Nordeste, 
mas, acima de tudo, provocou uma transformação do 
Brasil central, que se transformaria ao longo dos anos de 
acordo com o sinal da nova capital imperial. 
 
por outro lado, no desenvolvimento do napoleônico pós-guerra D. João decide a 
transferência da maior parte do exército Português para a América para começar a 
sua aventura em La Plata, expressando assim a necessidade de realizar suas próprias 
ações, contra qualquer impedimento. 
 Diante desse processo de consolidação de Portugal como um poder 
ultramarino, posicionando seus interesses, o fenômeno econômico e social descrito 
como "o pano de fundo" é despido: a revolução pernambucana de 1817, revela a 
fragilidade do regime configurado pela Coroa, de aparente solidez. Em Pernambuco, 
a centelha é acesa, por meio de um levante republicano estabelecido por meio de um 
Conselho de 5 membros, em representação auto nomeada da elite do antigo pedido 
de Recife: um representante do clero, o oficialismo, a magistratura, o comércio e 
agricultura. Este movimento, apesar de conseguir alguma expansão, foi esmagado e 
as forças realistas acabaram levando Recife.FURTADO (2006) 
Além disso, evidência neste episódio, foi o fato da oposição de interesses entre 
americanos e peninsulares, ao mesmo tempo que a oposição histórica entre 
produtores de Pernambuco e os comerciantes de Recife, como Halperin apontou 
corretamente e que já havia enfatizou Marx em termos gerais, no último capítulo do 
Volume 1 do Capital, intitulado The Modern Theory of Colonization, explica a natureza 
da oposição entre o modo produtivista e o modo mercantilista-capitalista: 
 FURTADO (2006), destaca que: 
 
"(...) nas colônias. Ali, o regime capitalista choca em todo o lado com o 
obstáculo do produtor, que, como possuidor de suas próprias condições de 
trabalho, é enriquecido por sua obra, em vez de enriquecer o capitalista. A 
contradição entre esses dois sistemas econômicos, diametralmente opostos, 
se manifesta praticamente, neste caso, na luta entre os dois. Se o capitalista 
é apoiado pelo poder da metrópole, ele tenta varrer violentamente o modo de 
produção e apropriação fundado no próprio trabalho do produtor ". 
(FURTADO, 2006, p. 103) 
 
 
 Acreditamos que a partir deste momento, essa luta descrita por Marx, entre os 
antigos interesses coloniais e os novos interesses capitalistas dos comerciantes 
ingleses e portugueses, e do poder absoluto da monarquia portuguesa se manifesta 
mais claramente. 
 
Por outro lado, o grupo produtivista, localista, auto designado "patriota", ou 
seja, a velha pernambucana elite colonial, bem como alguns setores de mineração, 
estão se voltando para o republicanismo em um esforço para abrir a passagem para 
o novo peso absolutista do monarca em terras brasileiras. FURTADO (2006), 
Aqui é um fato que empurraria ainda mais fortemente para uma nova relação 
entre a monarquia e a sociedade brasileira: em 1820 a revolução liberal explodiu no 
Porto (Portugal). Este movimento constitucionalista logo se transferiu para o Brasil e 
explodiu em diferentes regiões durante 1821: no Pará (de janeiro); Bahia (fevereiro); 
na capital, no dia 26 de fevereiro, um levante constitucionalista será desenvolvido, 
pela mão dos militares portugueses a favor do movimento constitucionalista em 
Portugal. FURTADO (2006), 
Deste modo, D. João foi forçado a reconhecer essas reformas constitucionais 
em Portugal e a prometer uma futura constituição para o Brasil. Antes do chamado 
em Portugal, o rei sai para esta terra em 25 de julho (juntamente com 3.000 cortesãos 
e boa parte do tesouro), deixando sua posição para seu filho Pedro, como tenente e 
regente do reino do Brasil. FURTADO (2006), 
Sob a pressão dos ministros pró-brasileiros, Dom Pedro é forçado a jurar as 
bases constitucionais ditadas pela metrópole. No Rio de Janeiro, perto de junho de 
1821, a maçonaria veio à luz, que estava atrasada, escondida, o movimento de 1817. 
Finalmente, deixou as sombras conspiradoras para afirmar seu vínculo com o 
movimento constitucionalista. FURTADO (2006), 
Entre maio e novembro, as diferentes capitanias elegeram seus delegados para 
participar do círculo eleitoral que se realizará em Lisboa, que inclui todas as capitanias 
do império. No entanto, um novo evento definitivo viria a marcar o fim do cinerício do 
Brasil e a independência do reino brasileiro. Em junho, na região de San Pablo, é 
criada uma diretoria, liderada por seu vice-presidente, José Bonifácio de Andrada e 
Silva, que oferece as bases e entrega a estratégia para o movimento que levará à 
Independência do Brasil, que é uma nova constituição monárquica que emana do 
poder monárquico no Brasil, desconsiderando a monarquia portuguesa. FURTADO 
(2006). 
 
Em dezembro de 1821, a chamada demanda de São Paulo ao príncipe Pedro 
é recebida por ele, que permanece no Brasil, diante do chamado do rei em janeiro de 
1822. Diante dessa recepção do príncipe, a guarnição portuguesa se levanta contra a 
medida e a demanda de San Pablo, provocando também uma reação e oposição que 
impede a ação da guarnição. Esta reação, encorajada pelo próprio Dom Pedro, 
termina com a expulsão das guarnições portuguesas do Brasil e com a nomeação de 
José Bonifácio como Ministro de Governo e Relações Exteriores. Além disso, em 13 
de maio, ele aceita o título concedido pela Maçonaria do Rio do Perpétuo Defensor do 
Brasil, com o qual essa figura se torna uma peça transcendental no processo de 
fundação republicano. FURTADO (2006), 
Já no dia 1 de agosto desse mesmo ano, finalmente, José Bonifácio convocou 
a Assembleia Constituinte em que declarou a independência política do reino 
brasileiro. 
Finalmente, antes da ameaça das Cortes de Lisboa, a independência foi 
formalmente declarada em 7 de setembro. No dia 14 deste mês ele é reivindicado 
imperador e no dia 1 de dezembro ele é coroado como tal. FURTADO (2006) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Como pudemos perceber, s Independência do Brasil comemora o aniversário 
do dia em que o Brasil alcançou sua independência de Portugal no ano de 1822. 
Nesse ano, o Príncipe Pedro I do Brasil proclamou o "choro da independência" nas 
margens do rio Ipiranga, em São Paulo. Este dia é apresentado como um dos feriados 
nacionais mais importantes do país porque proclama sua soberania antes do resto do 
mundo. 
Ao contrário do resto das declarações de independência dos países 
americanos, a independência do Brasil não era o resultado de uma guerra direta, não 
estando envolvido em nenhuma das guerras de independência hispano-americanas. 
O evento ocorreu principalmente devido ao enfraquecimento de Portugal após as 
guerras napoleônicas terem lutado desde o ano de 1808. O dia se celebra em 7 de 
setembro de cada ano. 
Ao final deste módulo, queremos incentivá-lo a permanecer na busca constante 
por conhecimento e informação! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
ASSUNÇÃO, Mattias Röhrig. Miguel Bruce e os “horrores da anarquia” no Maranhão, 
1822-1827. JANCSÓ, I. (org.). Independência: história e historiografia. São Paulo: 
Hucitec/Fapesp, p. 345-378, 2005. 
 
FURTADO, João Pinto. Das múltiplas utilidades das revoltas: movimentos sediciosos 
do último quartel do século XVIII e sua apropriação no processo de construção da 
nação. MALERBA, J. (org.). A Independência brasileira: novas dimensões. Rio de 
Janeiro: Editora FGV, p.99-121, 2006. 
 
GUIMARÃES, Lúcia M. Paschoal. Debaixo da imediata proteção de Sua Majestade 
Imperial: o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. São Paulo, FFLCH-USP, 
Tese de doutorado, 1994. 
 
LYRA, Maria de Lourdes Viana. A utopia do poderoso império - Portugal e Brasil: 
bastidores da política 1798-1822. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1994, p. 56. 
 
MALERBA, Jurandir (org.). A Independência brasileira: novas dimensões. Rio de 
Janeiro: Editora FGV, 2006a. 
 
McFARLANE, Anthony. Independências americanas na era das revoluções: 
conexões, contextos, comparações. MALERBA, J. (org.). A Independência 
brasileira: novas dimensões. Rio de Janeiro: Editora FGV, p.387-417, 2006. 
 
Tratado de Methuen. Disponível em: < 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Methuen> Acesso em 05 de dez de 2017. 
 
 
 
 
 
 
PERGUNTA: 
 
 Uma (1) pergunta para o Fórum. 
O que se entende pelo processo de independência do Brasil? 
 
LEITURA COMPLEMENTAR: 
 
 
2 LEITURAS COMPLEMENTARES: 
 
http://www.scielo.br/pdf/his/v24n1/a05v24n1.pdf 
 
http://flacso.org.br/files/2014/12/Padre_Aleixo.pdf 
 
 
 
SUGESTÃO DE VÍDEO: 
 
Vídeo para complementar os conhecimentos: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=LWyswBzZcys

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