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Definição, Aplicação, Simbologia e Rotulagem (Laboratórios de ensino e pesquisa) Disciplina: Biossegurança e Ergonomia 2018 Professora Ana Paula Billar Introdução O laboratório é um ambiente extremamente hostil. Convivem no mesmo espaço: equipamentos, reagentes, soluções, micro-organismos, pessoas, papéis, livros, amostras, entre outros elementos. Para que esse sistema funcione de forma adequada e segura, torna-se necessário: Disciplina; Respeito às normas e legislações pertinentes; Trabalhar no contexto da qualidade e da Biossegurança; Hirata, Mario Hiroyuki,; Jorge Mancini Filho; Rosario Dominguez Crespo Hirata. 2012. Manual de Biossegurança. Barueri: Manole. Introdução Biossegurança: Condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. Perigo é uma possibilidade de causar danos, Risco é a probabilidade de concretização desse perigo, Hirata, Mario Hiroyuki,; Jorge Mancini Filho; Rosario Dominguez Crespo Hirata. 2012. Manual de Biossegurança. Barueri: Manole. Introdução Grande parte dos acidentes que envolvem profissionais da área da saúde se deve a NÃO OBSERVÂNCIA E OBEDIÊNCIA às normas de segurança. Os profissionais estão expostos a infecções ocupacionais e intoxicações graves devido ao contato direto com substâncias químicas e agentes biológicos. Contudo, o emprego de práticas seguras e o uso de equipamentos de proteção adequados reduzem significativamente o risco de acidente ocupacional. Hirata, Mario Hiroyuki,; Jorge Mancini Filho; Rosario Dominguez Crespo Hirata. 2012. Manual de Biossegurança. Barueri: Manole. Introdução A biossegurança é primordial para qualquer tipo de serviço a ser realizado, seja na área da saúde ou não. O que diferencia são os tipos de riscos que as pessoas podem ser submetidas, assim como a forma de prevenção, manipulação e descarte dos resíduos. O principal objetivo é conhecer e analisar os fatores de risco existentes nos laboratórios de ensino e pesquisa e serviços de saúde sob a crítica da biossegurança e ergonomia. Hirata, Mario Hiroyuki,; Jorge Mancini Filho; Rosario Dominguez Crespo Hirata. 2012. Manual de Biossegurança. Barueri: Manole. Sinalização de Segurança O objetivo da sinalização de segurança é chamar a atenção, de forma rápida e evidente, para as situações que, nos espaços onde elas se encontram, conduzam a situações de risco. 6 7 A sinalização cromática, também designada por sinais, agrupa-se por características que expressam determinado significado. Sinalização de Segurança e Saúde Sinalização e símbolos de segurança Instruir e informar normas de procedimentos; Advertir contra riscos; Identificar as canalizações para a condução de líquidos e gases; Identificar os equipamentos de segurança; Delimitar áreas. O uso de cores e símbolos permite uma reação automática do observador para atuar de acordo com sua finalidade. Hirata, Mario Hiroyuki,; Jorge Mancini Filho; Rosario Dominguez Crespo Hirata. 2012. Manual de Biossegurança. Barueri: Manole. Organização estrutural NR 26 - Sinalização de Segurança 26.1 Cor na segurança do trabalho 26.1.1 Devem ser adotadas cores para segurança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. 26.1.2 As cores utilizadas nos locais de trabalho para identificar os equipamentos de segurança, delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e gases e advertir contra riscos, devem atender ao disposto nas normas técnicas oficiais. ( NBR 13434, 7195 e 6493) 26.1.3 A utilização de cores não dispensa o emprego de outras formas de prevenção de acidentes. 26.1.4 O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. Norma Regulamentadora n26 (NR 26). Sinalização de Segurança, Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: www.portal.mte.gov.br 10 Sinalização Cromática Forma Cores ALERTA EQUIPAMENTOSPROIBIÇÃO AÇÃO DE COMANDO SALVAMENTO OU ORIENTAÇÃO ➢ A forma utilizada, a cor, além de outras informações contifdas nos sinais deste tipo depende da importância dos riscos, dos perigos existentes e da extensão da zona a cobrir. ABNT NBR 13434-2:2004 Exemplos de sinalização do ambiente NR 26 - Cores de sinalização para o ambiente: 7195/95 ABNT http://www.abntcatalogo.com.br/ Descrição Indicação Vermelha Proteção e combate a incêndios e proibições Alaranjada Perigo (partes móveis de equipamentos) Amarela Cuidado Verde Segurança Azul Ação obrigatória, informação Púrpura Perigos provenientes de radiações eletromagnéticas Branca Circulação de pessoas, delimitação de equipamentos, coletores de RSS Preta Coletores de resíduos (exceto RSS) NR26 – Cores de sinalização para tubulação – NBR 6493/94 ABNT http://www.abntcatalogo.com.br/ Descrição Alaranjado-segurança Amarelo-segurança Azul-segurança Branca Cinza-claro Cinza-escuro Cor-de-alumínio Marrom canalização Preta Verde – emblema Vermelho - segurança Rotulagem preventiva de produtos químicos (2017) A rotulagem preventiva é um conjunto de elementos com informações escritas, impressas ou gráficas, relativas a um produto químico. Segundo a NR 26 do MTE a rotulagem preventiva deve conter os seguintes elementos: a)identificação e composição do produto químico; b)pictograma(s) de perigo; c)palavra de advertência “perigo, cuidado, atenção” d)frase(s) de perigo “ Gás extremamente inflamáveis” e)frase(s) de precaução “mantenha afastado do calor, faísca...” f)informações suplementares Primeiros socorros Elaboração dos rótulos de acordo com os critérios do GHS (Sistema Harmonizado Globalmente para a Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos) (ABNT NBR 14725-3). Norma Regulamentadora n26 (NR 26). Sinalização de Segurança, Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: www.portal.mte.gov.br Símbolos adotados pelo GHS - ABNT NBR 14725 -3) http://www.abntcatalogo.com.br/ Pictogramas adotados pelo GHS Explosivo Pode explodir em contacto com uma chama, faísca, eletricidade estática, exposição ao calor ou ao ser sujeito a choque ou fricção (Ex:ácido perclórico e ácido nítrico) Pictogramas adotados pelo GHS Inflamável Pode incendiar em contacto com uma chama, faísca, eletricidade estática ou exposição ao calor (Ex: metanol, acetona, clorofórmio, éter) Pictogramas adotados pelo GHS Comburente (Oxidante) O efeito oxidante pode provocar ou agravar um incêndio (Ex: peróxidos) Pictogramas adotados pelo GHS Gases sob pressão Embalagem sob pressão que pode explodir se for exposta ao calor. Pictogramas adotados pelo GHS Tóxico Pode provocar náuseas, vomitos, dores de cabeça, perda de consciência ou outros danos, incluindo morte (Ex: brometo de etídio). Pictogramas adotados pelo GHS Corrosivo Ataca ou destrói os metais. Pode provocar queimaduras na pele ou nos olhos em caso de contacto ou projeção (Ex:ácido nítrico, ácido sulfúrico, ácido fosfórico) Pictogramas adotados pelo GHS Perigoso Por ser tóxico, pode induzir malformações em fetos, alterar o funcionamento de certos órgãos ou provocar insuficiência respiratória. Pictogramas adotados pelo GHS Irritante ou nocivo Pode provocar alergias, eczema, irritação dos olhos, garganta, nariz oupele. A exposição a doses elevadas pode originar sonolência ou até envenenamento (Ex: hidróxido de amônia, acrilamida) Pictogramas adotados pelo GHS Prejudicial para o meio ambiente Tóxico para os organismos aquáticos, como peixes, algas ou crustáceos. Exemplo de rotulagem preventiva Símbolo de Identificação de Material Biológico - NBR-7500 da ABNT Os materiais biológicos têm de ser adequadamente embalados e identificados com o símbolo de “material biológico” acrescidos de “perfurocortantes” ou “infectantes”. http://www.abntcatalogo.com.br/ Símbolo de Identificação de Material Radioativo - NBR-7500 da ABNT Os locais de armazenamento, as áreas de trabalho com materiais radioativos e os resíduos precisam ser identificadas com o símbolo específico. http://www.abntcatalogo.com.br/ Classificação dos laboratórios biológicos São classificados de acordo com seus níveis de contenção física. Os níveis de contenção física dependem dos riscos biológicos dos organismos manuseados no laboratório. As diretrizes básicas estão dispostas na NR 32 do MTE. Norma Regulamentadora n32 (NR 32). Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: www.portal.mte.gov.br Níveis Aplicações 1 Aplica-se aos laboratórios que manipulam m.o da classe 1 (m.o que provavelmente não causam doenças nos homens e animais. Ex: Lactobacillus sp. 2 Aplica-se aos laboratórios que manipulam m.o da classe 2 (Inclui germes patogênicos capazes de causar doenças em seres humanos ou animais. Geralmente não apresentam um perigo sério pois conhecem-se medidas profiláticas adequadas e seguras que reduz ou elimina o risco de propagação. Nos laboratórios da área da saúde, os principais agentes biológicos estão classificados no risco 2. Ex: Salmonella ssp, Staphylococcus aureus, vírus hepatite C, 3 Aplica-se aos laboratórios que manipulam m.o da classe 3 (Inclui germes patogênicos que costumam provocar doenças graves em seres-humanos ou animais. Existem medidas profiláticas e de tratamento bem estabelecidas. Ex: Clostridium botulinum, vírus HIV. 4 Aplica-se aos laboratórios que manipulam m.o da classe 4 (inclui agentes infecciosos patogênicos que geralmente causam doenças graves aos seres humanos ou animais, podendo ser facilmente transmitida. Na maioria dos casos não se conhece tratamento eficaz e as medidas profiláticas não estão bem estabelecidas. Ex:Vírus Ebola. Norma Regulamentadora n32 (NR 32). Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde, Ministério do Trabalho e Emprego. Disponível em: www.portal.mte.gov.br Obrigada!!
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