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ATENÇÃO Natália Bonfá Prof. Suzana Herculano Medicina – UFRJ - Defnição de atenção: é a alocação seletiva de recursos cognitivos a um de vários processos possíveis - Enquanto estamos acordados, prestamos atenção em algo o tempo todo. Não e possível processar uma informação sem estar prestando atenção nela, estando consciente. - É possível alternar a atenção sobre duas coisas ao mesmo tempo, não prestar total atenção nas duas - Só se lembra de fato do que aconteceu quando a informação recebe o foco da atenção. CARACTERÍSTICAS - Processamento do alvo é facilitado (o processamento fca mais rápido, sensível, etc., quando se presta atenção no alvo) - Processamento de distratores é suprimido (a distração é qualquer coisa que não seja o alvo da atenção, que está competindo pelo foco da atenção) - O alvo de atenção tem acesso à memória de trabalho (permite que uma memória curta se torne uma memória de longo prazo. A memória curta dura apenas alguns segundos, sendo substituída até que outra memória de trabalho ocupe o lugar dela) - A atenção ocorre apenas em vigília (o processamento facilitado/preferencial que recebe foco da atenção depende de moduladores, em particular, NORADRENALINA E HISTAMINA) - A atenção é um processo competitivo de alocação de estímulos (mesmo estando isolado, os próprios pensamentos internos ocupam a atenção, ou seja, sempre vai ter algo tentando ser o foco da atenção) TIPO DE ATENÇÃO Atenção sensorial: por MODALIDADE e por EXPERIÊNCIA Atenção executiva: Ações e PENSAMENTOS (todo só processos que ocorrem dentro da própria mente) Tudo o que requer algum tipo de processamento competitivo está competindo pela atenção. A questão é quem ganha a atenção. Essa competição ocorre entre os estímulos externos, como entre todos os pensamentos e sentimentos internos como entre essas duas modalidades (interno e externo) O processo de prestar atenção pode ser iniciado pelo córtex, e envolve a alça cortico-talâmica (é modulado pelo núcleo reticular talâmico). Razão sinal/ruído: Ex: ouvindo música no rádio, esse é o seu sinal. Quando você chega perto do uma montanha, aparece a estática, que é o ruído. Essa razão descreve o qual nítida é a informação que você tem pra processar. Essa medida também se aplica a neurônios: o sinal é o estímulo que o neurônio recebe, e o ruído, não só estímulos que não tem nada a ver com o que ele está fazendo naquele momento. Essa razão diz o quão específca é a atividade que se está fazendo. Se não há noradrenalina e histamina, a sua capacidade de representar o sinal é baixa (a informação vem lenta e não se sabe separar sinal de ruído. Quanto mais noradrenalina e histamina se tem (mais acordado), melhor a capacidade de processar o que de fato é relevante. Isso explica a vontade sensorial de fazer coisas quando estamos de fato concentrados em algo. Quando mais concentrados estamos, maior é a atividade do locus cerúleus (fonte de noradrenalina). Mas se a concentração é alta demais, os neurotransmissores começam a atrapalhar a atenção (ex. Quando se quer fazer algo com pressa) ESTÍMULOS EXTERNOS/ ALOCAÇÃO AUTOMÁTICA/ BOTTOM UP → Alocação Automática – Estímulos externos ganham a competição com os outros estímulos, ocasionando a movimentação dos olhos para captar essa informação - Reposicionamento sensorial – projetar seus órgãos sensoriais para captar os estímulos Colículos Superiores: Possuem um mapa topográfco do campo visual. Seus neurônios controlam diretamente neurônios nos núcleos oculomotores que controlam o movimento dos olhos Colículos Inferiores: Possuem um mapa topográfco auditivo → A Alocação SELETIVA (em estímulos externos): é a alocação de recursos cognitivos ao processo mais saliente (mais colorido, mais intenso, mais diferente, de maior contraste, inesperado, o que se move. - Alerta em resposta ao estímulo saliente ocorre pelo LOCUS CERULEUS, que libera noradrenalina. Ocorre uma orientação automática em resposta ao estímulo, gerada pelos COLÍCULOS. Eles ocasionam o reposicionamento sensorial, ou seja, mexem os olhos para que a imagem caia na fóvea. - Os neurônios dos colículos são especialmente sensíveis a um estímulo de um movimento incongruente, ou um estímulo que se destaca no meio visual ESTÍMULOS INTERNOS/ ALOCAÇÃO VOLUNTÁRIA/TOP-DOWN → Alocacão Voluntária – o processo começa internamente no córtex cerebral (córtex pré-frontal) e direciona de acordo com os objetos internos. Do córtex pré-frontal, passa pelos núcleos da base, que também são capazes de agir sobre o núcleo oculomotor. → A Alocação SELETIVA (de estímulos internos): trabalha com a supressão de orientação automática (No-Go, ou seja, não olhe para lá!) - Representação de objetivos internos: representados em regiões pré-frontais, ocasionando a seleção de um foco preferencial - Orientação sensorial voluntária: é a capacidade de reposicionar voluntariamente a posição do olhar depende do campo ocular frontal (pré-motor) - Monitoração de confitos: Córtex Cingulado Anterior (representa confitos) - Filtro espacial: Córtex pré-frontal sobre outras áreas (suprime o monitoramento sensorial em outras regiões que estão captando estímulos, como suprimir a audição quando se está lendo um livro) - Lanterna adicional: é o processo que permite que você tenha o processamento cortical que envolve o núcleo retcular talâmico (córtex-tálamo-córtex (FRONTAL/PARIETAL)) → Atenção Motora: é um outro foco interno voluntário possível de atenção através das ações MOTORAS. Ocorre uma modulação MOTORA da situação. - Região lateral do córtex pré-frontal: faz o controle contextual e episódico específcos. Dependendo deles, você tem a capacidade de controlar suas ações e escolher o que fazer (ex: atender o telefone de um amigo a pedido dele quando toca) - Região do Córtex Cingulado Anterior: faz o monitoramento de confitos e seleção (supressão) de ações inapropriadas (via inibição para córtex pré-frontal). O álcool inibe essa ação, pois ele age em cima de receptores gabaérgicos, ou seja, os circuitos que dependerem mais de inibicão/ativacao gabaérgica vão sofrer mais. Também há prejuízo do cigulado anterior em inibir as ações inapropriadas. - Esses são dois processos que competem entre si pela direção do olhar (ver esquema A1)
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