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8 UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL FÍSICA ACÚSTICA PARA FONOAUDIOLOGIA Prof.: Moacyr Marranghello Nível de Intensidade Sonora (NIS) Grandeza Conceito Impedância Z Total oposição ao fluxo de energia. Admitância Y Total fluxo de energia (con-trário de impedância). Reactância X Oposição à energia para estocagem. Susceptância B Fluxo de energia associada à reactância. Resistência R Oposição à energia para dissipação. Condutância G Fluxo de energia associada à resistência. Complacência C Facilitação à energia (con-trário de rigidez) Intervalo: Chamamos de intervalo entre dois sons a razão entre suas freqüências, isto é: 2 1 f fI = Quando esta razão for igual a um (1), re- cebe o nome de uníssono, pois f1 = f2. Quando a razão for igual a dois (2), recebe o nome de intervalo de oitava. Assim, a escala musical é divida em oitavas (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si ou A, B, C, D, E, F, G), quando a freqüência do som dobrar e assim sucessivamente. Por exemplo: A nota lá1 mais grave do piano possui freqüência de 27,5 Hz, o lá2, uma oitava acima, possui freqüência de 55 Hz, o lá3 110 Hz, e assim por diante, até o lá8 de 3 520 Hz. Medidas de Nível de Intensidade sonora Já vimos em aulas anteriores que a taxa na qual a energia sonora é transferida através do meio é denominada de potência acústica e é medida em watts. Vimos também que há uma diferença significativa entre potência a- cústica e energia acústica. Lembre-se que para movimentar um ob- jeto qualquer que esteja em repouso, faz-se necessário fornecermos energia a ele. Vamos levar este conceito para o som. Cada som é emitido por uma fonte sonora e possui como característica uma freqüência de vibração. Definimos o som como uma onda mecânica (portanto que necessita de um meio elástico para se propagar), longitudinal que encontra- se num intervalo de freqüência entre 20 e 20 000 Hz. Porém, será que ondas sonoras de 20 Hz, que, por serem ondas, estão carregando energia, conseguem impressionar o nosso órgão auditivo da mesma forma que ondas sonoras com freqüências superiores? A res- posta é não. Isto é, dependendo da freqüência com que a onda é emitida pela fonte, nosso ouvido exige que ela esteja carregando uma determinada quantidade de energia mínima para poder fazer o tímpano do ouvido humano vibrar. Também podemos pensar que, é ne- cessária uma pressão mínima para empurrar o tímpano de um ser humano, para que células nervosas do nosso corpo notem a presença das mesma. Daí surge o conceito de “Intensidade de energia” como sendo a razão entre a energia que atravessa uma determinada área na uni- dade de tempo. Matematicamente podemos escrever: tA EI ∆× ∆ = ⇒ = 2m WI Foram feitos diversos testes com vários indivíduos e ficou constado que, utilizando um som com freqüência de 1000 Hz, a intensidade de energia sonora era audível entre 10-12 2m W e 100 2m W . Pode-se também relacionar a pressão que o ar exerce sobre o tímpano com a inten- sidade de energia que este carrega. Para o 9 mesmo som de 1 000 Hz acima citado, os va- lores médios de pressão sonora normalmente audíveis variam entre 20 µPa e 20 Pa ( onde µ = 10-6). Em acústica, entretanto, é mais comum falarmos de processos relativos de medidas de intensidade sonora ou de pressão sonora do que em intensidade ou pressão absoluta. Nes- te caso comparamos os valores absolutos de intensidade de energia ou pressão com valores tomados mo referência. Como o homem é um ser “egoísta” e, portanto, faz a ciência segundo sua percepção de mundo, foram escolhidos os valores de in- tensidade e pressão mínimos para uma fre- qüência de 1000 Hz, já citados acima, como padrão de medida dessas grandezas. Como intensidade de energia e pressão, ainda que não sejam a mesma coisa, são proporcionais, admite-se a mesma escala relativa para as duas grandezas. Acontece que esses valores não são li- neares mas sim logarítmicos. Isto é, o cresci- mento dessa escala não é linear por tratar-se de uma escala relativa e não absoluta. O pro- cesso pelo qual estabelece-se esta escala re- lativa é denominado nível de intensidade ou de pressão sonora. a) Nível de Intensidade sonora: É o resultado numérico da expressão abaixo, tomando-se como base (Io) o valor 10- 12 2m W para freqüências de 1000 Hz. A unidade de medida dessa grandeza é o Bel (B), em homenagem a Alexandre Graham Bell, inven- tor do telefone, embora, na prática seja mais usual um submúltiplo dessa unidade o deciBel (dB), que corresponde a décima parte da uni- dade. oI Ilog10NIS ×= b) Nível de pressão sonora: É o resultado numérico da expressão abaixo, tomando-se como base (Po) o valor 20 µPa, para freqüências de 1000 Hz. Da mesma forma, a unidade de medida dessa grandeza é o Bel (B). oP Plog20NIS ×= Intensidade absoluta 2m W Pressão sonora absoluta (Pa) NPI ou NPS (dB) 10-12 0,00002 0 10-11 10 10-10 0,0002 20 10-9 30 10-8 0,002 40 10-7 50 10-6 0,02 60 10-5 70 10-4 0,2 80 10-3 90 10-2 2 100 10-1 110 100 20 120 Obs.: Note que quando a intensidade sonora é duplicada, o NIS aumenta, aproximadamente, apenas em 3 dB e o NPS aumenta em 6 dB, aproximadamente, isto é, 20 dB não é o dobro de 10 dB. NIS1 = 10 . log (I/Io) NIS2 = 10 . log (2.I/Io) NIS2 = 10 . log 2 + 10 log I/Io NIS2 = 10 . 0,3 + NIS1 (log 2 = 0,3) NIS2 = 3 + NIS1 e NPS1 = 20 . log (I/Io) NPS2 = 20 . log (2.I/Io) NPS2 = 20 . log 2 + 10 log I/Io NPS2 = 20 . 0,3 + NPS1 (log 2 = 0,3) NIS2 = 6 + NIS1