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Padrão Apostila (Compras) (1)

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PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO
CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS
4
GESTÃO DE COMPRAS E LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS 
CURSO TÉCNICO EM
LOGÍSTICA
EIXO TECNOLÓGICO: GESTÃO E NEGÓCIOS
Belo Horizonte/MG
2016
1.0 A FUNÇÃO DE COMPRAS 
Introdução 
Conceituando compras: toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente. A função compras é um segmento essencial da administração de material, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais e serviços, planejá-las quantitativamente, satisfazê-las no momento certo, na qualidade correta e providenciar seu armazenamento. Compras é, portanto, uma operação de administração de materiais, mas essencial entre os que compõem o processo de suprimento de uma empresa. Antes que uma simples engrenagem possa começar a girar no processo produtivo, os materiais devem estar disponíveis e deve haver certeza de que o suprimento será contínuo, para satisfazer as necessidades e os programas de produção. 
Objetivos da Área de Compras 
Podemos definir que os objetivos básicos da área de compras são: 
Comprar os materiais e insumos obedecendo os padrões de qualidade requerida. 
Procurar colocar os materiais à disposição do usuário na quantidade solicitada. 
Procurar dentro de uma negociação justa e horada os melhores preços para a empresa. 
Coordenar para que os materiais estejam à disposição do usuário no prazo (momento) correto. 
Processo de Compras 
O processo de compras abrange desde o recebimento da solicitação de compras (requisição) de material e/ou serviço até o momento da efetiva entrega ou execução dos mesmos. 
Principais eventos: 
 Solicitação de Compras 
 Consulta a Fornecedores 
 Análise das Propostas 
 Emissão de Documento Contratual 
 Diligenciamento (Visitas do cliente no processo de produção do produto) 
 Recebimento 
 Efetivo dos Materiais 
Solicitação de Compras (requisição) 
A solicitação de compras de material e/ou serviço, normalmente é um documento que dá autorização para o comprador executar uma aquisição. 
É um documento que deve informar: 
- Descrição do material; 
- Quantidade do material; 
- Prazo de entrega; 
- Indicação de fornecedores (casos especiais); 
- Local de entrega. Antes de iniciar o processo de compras, deve-se analisar: 
- Preenchimento correto de todas as informações; 
- Disponibilidade financeira; 
- Competência de aprovação. 
Consulta a Fornecedores (coleta de preços) 
a) Indicação dos fornecedores para participar 
- Pesquisa no cadastro de fornecedores habilitados. 
b) Consulta a fornecedores 
- Verbal: com resposta verbal com resposta por escrito 
- Escrito: com formulário padronizado
E-mail, telegrama, fax 
O formulário padronizado deve conter: 
- Descrição / Especificação; 
- Quantidade; 
- Prazo de entregas; 
- Local de entrega; 
- Data e hora de abertura das propostas. 
O formulário padronizado deve solicitar informações de: 
- Quantidade; 
- Prazo de entrega; 
- Local de entrega; 
- Preço (firme, reajustável, fórmula reajuste); 
- Condições de pagamento; 
- Validade da proposta; 
- CIF / FOB; 
- Impostos. 
Compra na Qualidade Certa 
Os principais fatores participantes nas decisões relativas a compras são: 
Qualidade, quantidade, prazo e preço. 
Normalmente, a qualidade é considerada de importância primordial e então, é um ponto lógico de partida na consideração do processo compra. 
A qualidade não é medida pelo preço. 
Composição do Produto 
Os elementos importantes de qualidade de que caracterizam os materiais e componentes que entram na manufatura de um produto são: 
a) Propriedades físicas, químicas e dielétricas. 
b) Viabilidade - Aplicação prática. 
c) Uniformização de análise e dimensão - Resultados uniformes em processamento padronizado. 
d) Características especiais - Aparência e acabamento. 
Qualidade Adequada 
No tocante a qualidade adequada, devemos observar que: 
a) A qualidade adequada não significa, necessariamente, a melhor qualidade disponível, por mais desejável que esta possa ser. 
b) Qualidade adequada significa a melhor qualidade para um determinado fim. Isso envolve tanta análise econômica como física. 
c) A especificação do material ou produto deve definir a qualidade máxima e mínima aceitável que servirá de balizamento ao comprador. 
d) O comprador deve levar em consideração que, normalmente, a qualidade além da adequada gera desperdícios e que a qualidade aquém da adequada pode levar a rejeições / prejuízos. 
e) Na definição de qualidade adequada considerar também o custo de aplicação / utilização do material. 
Especificação de Qualidade Adequada 
Deve ser especificada para todos as mercadorias e produtos que serão comprados, e deve ser expressa de tal forma que: 
a) A área de compras saiba exatamente o que está sendo desejado. 
b) O contrato, ou encomenda de compra, seja elaborado com uma descrição adequada do que se deseja.
c) O fornecedor seja inteiramente informado das exigências, quanto a qualidade do material. 
d) Meios apropriados de inspeção e testes possam ser aplicados. Para que se verifique que os artigos entregues satisfazem os padrões de qualidades especificados. 
e) Os artigos entregues de acordo com as especificações de qualidade sejam aceitáveis para a empresa compradora
2.0 CADEIA DE SUPRIMENTOS (SCM - Supply Chain Management)
SCM - Supply Chain Management: A cadeia de suprimentos é uma rede de vários negócios e relações entre diversas empresas. A gestão da cadeia de suprimentos, está relacionada à maneira pela qual as relações e a integração entre os elos da cadeia, a tomada decisão, o compartilhamento das informações e o gerenciamento das operações ocorrem. Segundo Razzolini Filho (2011 p 168), o SCM envolve o conjunto de processos e organizações desde a matéria prima até o cliente final.
Cada empresa que compõe esta cadeia possui suas recomendações quanto ao % e valores de aquisição e vendas de seus produtos, onde cabe a cada empresa a tomada de decisão quanto as suas ações comerciais. 
Na ocasião, as variações de valores se darão apenas mediante decisões quanto ao % de ganho pretendido por cada empresa e aos valores conseguidos mediante negociação Fornecedor – 
Uma cadeia de suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia inclui todas as funções internas da organização e todos os agentes envolvidos no atendimento ao cliente/consumidor. O princípio básico da cadeia de suprimentos é sincronizar todos os processos de obtenção, movimentação e entrega dos materiais, desde o ponto de origem, até o ponto de consumo, utilizando-se de um conjunto de operações logísticas. Cliente. Resultados, análise das comparações obtidas versus melhor ou pior cenários após conclusão da dinâmica.
Segundo Martin Christopher (2010), em “Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos”, a cadeia de suprimento é uma rede de organizações envolvidas por meio dos vínculos a montante e a jusante, nos diferentes processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços destinados ao consumidor final, ele também salienta que gerenciamento da cadeia de suprimento não é “integração vertical. ” A integração vertical normalmente se implica em ser o proprietário de fornecedores a montante e de clientes a jusante. O conceito de cadeia de suprimento do livro é. “A gestão das relações a montante e a jusante com fornecedores e clientes, para entregar mais valores ao cliente, a um custo menor para a cadeia de suprimento como um todo. ”. Martin Christopher. Segundo o dicionário da APICS, uma cadeia de suprimentos (Supply Chain) pode ser definida como: Os processos que envolvem fornecedores-clientes e ligam empresas desde a fonte inicial de matéria prima até o ponto de consumo do produto acabado;As funções dentro e fora de uma empresa que garantem que cadeia de valor possa fazer e providenciar produtos e serviços aos clientes (Cox et al. 1995). Para o Supply Chain Council, uma SC abrange todos os esforços envolvidos na produção e liberação de um produto final, desde o, (primeiro) fornecedor do fornecedor até o (ultimo) cliente do cliente, quatro processos básicos definem esses esforços, que são: Planejar (plan), abastecer (source), fazer (make) e entregar (delivery). Para Quinn (1997), uma SC pode ser definida como todas as atividades associadas com o movimento de bens desde estagio de matéria-prima até o usuário final. Para Lee e 5 Billington (1993), uma SC representa uma rede de trabalho (network) para as funções de busca de material, sua transformação em produtos intermediários e acabados e a distribuição desses produtos acabados aos clientes finais. Lummus e Albert (1997) relatam que uma SC é uma rede de entidades na qual o material flui. Essas entidades podem incluir fornecedores, transportadores, fábricas centros de distribuição, varejistas e clientes finais. Argumenta ainda que o termo cadeia (chain) é uma metáfora imperfeita para tratar das questões consideradas no contexto da SCM, visto que elas raramente apresentam um comportamento linear, sugere que o uso de rede de suprimentos (supply network) seria mais apropriado. Todas as definições convergem em termos gerais e ainda conforme Pires et al, 2001, uma SC é uma rede de companhias autônomas, ou semi-autônomas efetivamente responsáveis pela obtenção, produção e liberação de um determinado produto e/ou serviço ao cliente final.
3.0 Homologando Fornecedores: uma Estratégia Competitiva nas Organizações
Felipe Franco de Oliveira
fellipeoliveiraf@hotmail.com
FATEC
Mariana Gazetti
mariana.gazetti@hotmail.com
FATEC
Enio Fernandes Rodrigues
eniofr@uol.com.br
FATEC/ IFSP/ FMU
Alexandre Formigoni
a_formigoni@yahoo.com.br
IFSP / FATEC / FMU
Marise de Barros Miranda Gomes
marise.gomes@fmu.br
FMU
Resumo: Esse estudo visa explorar o sistema de qualificação das fontes de fornecimento, associado ao processo de homologação de fornecedores como visão estratégica para obtenção de vantagens competitivas e de prevenção à fraude na área de compras. São encontrados diversos problemas no tocante a gestão de fornecedores, porém, a homologação das fontes de fornecimento permite que as empresas, em sinergia com seus parceiros, potencializem soluções e ofereçam melhor desempenho nas negociações. A organização apontada buscou subsídios em pesquisas bibliográficas e em profissionais da área, de forma que, foram analisadas as diretrizes da organização, a qual adotou políticas internas para a homologação de fornecedores como facilitador da qualidade e busca da ampliação na lucratividade nos negócios. Ao final do processo, a empresa pode desfrutar de diversos ganhos, podendo citar a qualidade do fornecimento, formação de parcerias, definição de procedimentos, entre outros apresentados.
Palavras Chave: Compras - Homologação - Fornecedores - Qualidade – Processos
1. INTRODUÇÃO 
Por muito tempo o setor de compras foi visto como uma área lenta, burocrática, inflexível e completamente operacional. A atividade tinha como ênfase a realização de tarefas rotineiras e processos operacionais, sendo função básica a aquisição de materiais e serviços externos para atender as necessidades da empresa. Ao longo dos anos a função de compras passou a ser fundamental para a gestão de recursos de uma empresa. Pequenas economias podem refletir positivamente nos resultados da organização, de forma que saber comprar torna-se determinante para a competitividade e permanência de uma empresa no mercado. Atualmente a área de compras é vista como setor estratégico, os empresários passaram a reconhecer sua importância para a lucratividade da empresa e os profissionais cada vez mais valorizados por sua dedicação e capacidade analítica. Hoje o comprador não é simplesmente um gastador, tem papel essencial no controle da qualidade, evitando desperdícios e garantindo a vantagem competitiva sustentável. 
A administração de compras nesse cenário contemporâneo envolve, além disso, um conjunto de fatores fundamentais para o sucesso das organizações, tais como a determinação dos prazos de venda, previsão de preços, mudanças na demanda e a seleção e qualificação de fornecedores. Este trabalho busca realizar um estudo do conceito de compras e sua relação com as estratégias empresariais visando a homologação de fornecedores como processo facilitador da qualidade e lucratividade nas organizações, bem como prevenção às fraudes. 
2. PROBLEMA 
Manter uma relação de transparência e confiança com fornecedores é fundamental para as organizações e deve ser tratada e administrada como um recurso valioso. Quais são os riscos que uma empresa enfrenta ao não manter a perenidade dessa relação por meio de um processo de seleção e homologação das fontes de fornecimento? 
3. JUSTIFICATIVA 
O processo de qualificação de fornecedores é essencial para as organizações que estão atentas à integridade de seus negócios, buscando estabelecer parcerias com empresas idôneas, que atuem com ética e de acordo com os princípios legais, observando a qualidade e compromisso no fornecimento de produtos ou serviços. 
Para que esse processo seja efetivo é necessário que a área de compras esteja envolvida de forma estratégica com os objetivos da organização, visando a redução de custos, a qualidade das aquisições e das prestações de serviços, de forma a evitar parcerias que venham a comprometer a imagem da empresa. Pesquisas apontam que aproximadamente um terço (27%) das empresas no Brasil já sofreu com algum tipo de crime econômico, tendo a sua maioria (44%) ocorrido na área de compras. No cenário global essas fraudes representaram um custo que variou de cem mil a um milhão de dólares. Dessa forma, este trabalho é uma oportunidade de desenvolver os conhecimentos sobre o referido assunto e demonstrar as vantagens do processo de homologação de fornecedores para as organizações. 
4. OBJETIVO 
Propor uma análise a respeito do processo de seleção e homologação de fornecedores, com o objetivo de identificar possíveis riscos enfrentados ao não adotar esta política e realizar estudo das vantagens obtidas. 
5. FORMULAÇÃO DA HIPÓTESE 
A qualificação das fontes de fornecimento agrega valor às organizações, podendo gerar economias que contribuam para sua continuidade e competitividade no mercado. 
6. CONCEITUAÇÃO DE COMPRAS E CENÁRIO ATUAL 
A conceituação de compras envolve uma série de fatores como a seleção e análise de fornecedores, aquisição de materiais, qualificação dos serviços, negociações de preço, condições de pagamento, prazo de entrega e o recebimento do material, para garantir e controlar o fornecimento dentro das condições especificadas. A área de compras atua como elemento de ligação entre a empresa e o ambiente externo, sendo responsável pelo suprimento dos insumos e materiais necessários para o funcionamento de todo o sistema empresarial. Sua função principal é suprir as necessidades da empresa e apoiar o sistema de produção, observando o controle da qualidade e os níveis de estoque. A função de compra é um segmento essencial do Departamento de Materiais os Suprimentos, que tem por finalidade suprir as necessidades de materiais ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento certo com as quantidades corretas, verificar se recebeu efetivamente o que foi comprado e providenciar armazenamento. Compras é, portanto, uma operação da área de materiais, muito importante entre as que compõem o processo de suprimento. (DIAS: 2010, p. 271). Além disso, a área de compras quando bem administrada pode trazer benefícios adicionais às organizações, pois dependendo de como a aquisição dos produtos e serviços é conduzida, gera redução nos custos e melhoria considerável nos lucros. Seu papel assume caráter extremamente estratégico estando relacionado à competitividade e ao sucesso da empresa.Chiavenato (1994) evidencia essa tendência há alguns anos, em seu livro Iniciação à Administração de Materiais ao dizer que: O órgão de compras é importante, não apenas porque assegura o abastecimento normal das necessidades de insumos e materiais da empresa, garantindo o seu funcionamento regular, mas principalmente pelo fato de trazer benefícios adicionais, como economias e lucratividade, (CHIAVENATO: 1994, p. 101). Queiroz (2008), pesquisador e consultor da área logística, corrobora com este pensamento e diz que a área de compras nos dias atuais, é vista como um setor estratégico, visão diferente de tempos atrás, onde a ênfase maior estava na realização de tarefas rotineiras e processos operacionais, não na estratégia. 
Compras vem ganhando maior destaque e despertando o interesse dos gestores. Não basta apenas comprar, é preciso comprar bem, buscando o maior número de vantagens possíveis, pois pequenas economias podem refletir positivamente nos resultados da organização. Para Dias (2010) existem mandamentos que definem como comprar bem, os quais incluem a análise de prazos, preços, qualidade e volume, além de manter um bom relacionamento com o mercado de fornecimento. A homologação de fornecedor é considerada igualmente importante para o autor, a potencialidade da fonte de fornecimento deve ser verificada, evitando assim muitos problemas. 
As organizações passaram a reconhecer a importância da área de compras para a lucratividade e continuidade dos negócios e os profissionais são cada vez mais valorizados por sua dedicação e capacidade analítica. De acordo com estudiosos do tema a função de compras continuará a intensificar-se com foco maior em atividades que promovam a eficiência operacional e contribuam com a criação de valor para as organizações. Por este motivo cada vez mais as empresas investem em transparência e profissionalismo na relação com seus stakeholders e no desenvolvimento de parcerias com fornecedores. 
7. ADMINISTRAÇÃO DA QUALIDADE EM COMPRAS 
A qualidade pode ser definida de diversas formas e está relacionada às percepções, necessidades e expectativas de cada indivíduo, seu conceito em administração é subjetivo e pode significar superioridade, alto grau de excelência, ou ainda estar em conformidade com as exigências dos clientes. Sua definição pode ser muito simples ou muito complexa, mas deve ser criteriosamente estabelecida. 
O conceito de que a qualidade é importante nasce em 1970, quando a indústria japonesa faz da qualidade uma arma para a vantagem competitiva. Os fabricantes de veículos japoneses, antes vistos com pouco caso pelos americanos, se tornam competitivos no mercado e começaram a criar dificuldades nas vendas dos veículos dos demais fabricantes mundiais. Por meio de um excelente projeto e um alto nível de qualidade, aliados a preços competitivos e um bom atendimento pós-venda, permitiram que os japoneses conquistassem fatias expressivas em diferentes mercados de produtos. Atualmente a qualidade está arraigada no conceito de administração de empresas, pois não há como sobreviver no mercado, sem qualidade. Martins (2005), afirma que: “A qualidade é uma finalidade da empresa: deve ser consenso que é preciso existir qualidade em todos os aspectos da empresa”. A primeira responsabilidade do departamento de compras com o controle da qualidade é adquirir materiais e produtos que satisfaçam as especificações e sejam aprovados em testes de aceitabilidade. Marco Aurélio Dias afirma que: 
A definição da qualidade do material a ser comprado é determinada considerando-se o veredito final do departamento utilizador. Assim sendo, as definições de qualidades relativas a artigos e equipamentos de escritório podem ser determinadas pelo usuário dos mesmos, esse mesmo procedimento serve para os demais tipos de materiais sem grande importância ao produto final, (DIAS: 2010, p. 297-298). Após feito o pedido dos materiais e produtos, a área de compras precisa se assegurar que a entrega será realizada dentro dos prazos estabelecidos e nas quantidades negociadas. É neste momento também que se verifica a qualidade do material entregue. Para a efetividade desse processo faz-se necessário um acompanhamento das aquisições, desde o primeiro contato com o fornecedor até o aceite do órgão requisitante ou usuário final. Hoje existem softwares que auxiliam o profissional de compras neste procedimento, o programa compara preços de fornecedores diferentes, solicita cotações online, agrupa informações, requisita autorizações e aprovações e encaminha também as faturas de pagamento para a área contábil e financeira. O departamento de compras mantém contato continuo com as demais áreas da empresa, enquanto sustenta um intenso contato também com os fornecedores, de forma a intermediar as necessidades internas da organização e as disponibilidades externas de seus parceiros. Todo esse controle e acompanhamento da área de compras permite identificar antecipadamente possíveis problemas e evitar surpresas desagradáveis garantindo dessa forma a qualidade na prestação dos serviços. O cliente interno da organização, os seus colaboradores, também devem manter um padrão pré-estabelecido de qualidade, pois estes também são importantes para a gestão da qualidade pretendida. Martins (2005) diz que para que toda empresa esteja envolvida nesse processo são necessárias ações consistentes e coordenadas na área de recursos humanos, direcionadas à cultura da empresa e voltadas ao desenvolvimento e treinamento de pessoal. Um fator de extrema importância para gestão da qualidade e de grande contribuição para o profissional de compras é a seleção e homologação de fornecedores. André Allan Rzatki (2008), coaching pessoal, em sua pesquisa a respeito da gestão daqualidade em compras diz que o profissional de compras deve ser uma pessoa dinâmica e prudente em contratar serviços ou adquirir produtos de fornecedores, pois embora os vendedores tenham boa ‘lábia’ ou preço indiscutível, deve-se considerar estar comprando 'gato por lebre'.
8. HOMOLOGAÇÃO DE FORNECEDORES 
Homologar é o ato de aprovar ou confirmar que uma empresa atende aos critérios preestabelecidos de fornecimento, visando gerar maior segurança e confiança no processo de compras. A primeira etapa da homologação é a pesquisa de fontes de fornecimento, onde o profissional de compras estuda e analisa os possíveis fornecedores. A próxima etapa consiste em realizar a seleção dos fornecedores e o devido cadastro no banco de dados da empresa, onde devem constar informações como produtos e serviços oferecidos, capacidade de produção, custos com transporte, prazo de entrega e fontes de referência junto aos clientes. Alguns critérios devem ser observados na escolha da fonte de fornecimento como o preço, a qualidade do material fornecido ou serviço a ser prestado, as condições de pagamento e possíveis descontos, prazos de entrega, confiabilidade, entre outros. Quando existe uma igualdade entre esses fatores, o preço costuma ser o critério determinante para escolha. Dessa forma a pesquisa permite uma comparação entre os possíveis fornecedores e a seleção decide qual deles é o mais apropriado para o fornecimento. Para facilitar futuros processos de compras todo o histórico dessas negociações deve ser armazenado em sistema. A figura I abaixo apresenta os aspectos chave na homologação de fornecedor.
O fornecedor selecionado deve ser aquele mais adequado e preparado para suprir as necessidades e expectativas da empresa. Além disso, a área de compras deve procurar estabelecer parcerias com empresas idôneas que atuem de forma ética e de acordo com os princípios legais. A figura I demonstra que é importante que seja apresentado pelo fornecedor documentação que comprove sua situação de regularidade fiscal e jurídica e capacidade técnica e econômico-financeira. A homologação de fornecedores objetiva a seleção de reais parceiros que em sinergia com a organização potencializem as soluções e ofereçam vantagens competitivas para ambos. Estudiosos e pesquisadores do tema afirmamque a qualificação e homologação de fornecedores é um processo facilitador da qualidade e produtividade nas organizações, que permite a redução de custos, maior segurança e confiabilidade no fornecimento e melhor desempenho nas negociações. Para evidenciar a importância do processo de homologação de fornecedores são apresentados abaixo dados da Pesquisa Global de Crimes Econômicos de 2014 realizada pela Price Water House Coopers e divulgados pelo Jornal de São Paulo, Estadão no caderno de economia. A pesquisa ouviu executivos de 130 companhias nacionais e constatou que um terço das empresas (27%) foi vítima de algum tipo de crime econômico no Brasil nos últimos dois anos. Essas fraudes representaram um custo que variou de US$ 100 mil a US$ 1 milhão. O fato de maior relevância para este estudo é que a maioria dos crimes econômicos (44%) ocorreu na área de compras. Leonardo Lopes (2014), diretor da PwC Brasil e especialista em compliance (cumprimento de leis e regulamentos) afirma que: "Esse tipo de crime está muito ligado à seleção de fornecedores e ocorre quando se dá preferência a determinada empresa de forma fraudulenta”.
A pesquisa também aponta que a na maioria dos casos (64%) a origem da fraude é interna e acontece com a participação de funcionários. Estes funcionários em sua maioria são homens com média de idade entre 31 e 40 anos, possuem cargo de média gerência (39%) ou são juniores (39%), além disso, 18% das ocorrências tem participação de regentes seniores. Os entrevistados dessas companhias (74%) acreditam que os crimes ocorreram porque houve falhas ou brechas que permitiram a fraude. Dessa forma constata-se a grande relevância de um plano da área de recursos humanos, investindo na formação e auditoria evitando riscos à companhia e alinhando os procedimentos internos relativos a segurança em compras. 
9. ESTUDO DE CASO - PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO DE FORNECEDORES 
Para estudo de caso será analisada política interna de homologação de fornecedores, desenvolvida pela empresa que nesse caso será chamada de “Alfa S.A”, que atua no mercado financeiro a mais de vinte anos, oferecendo serviços de registro, negociação e liquidação de ativos e títulos privados do país. 
9.1 Objetivo da política 
Definir as diretrizes para avaliação, homologação e autorização para firmar parceria com prestadores e/ou fornecedores de produtos, bens e serviços, de forma a proteger a imagem da empresa. Manter uma relação de transparência e confiança com o mercado está entre as principais preocupações da empresa para manter um bom relacionamento com seus parceiros. 
9.2 Público-alvo 
Todos os colaboradores no relacionamento com terceiros em nome e/ou por conta da empresa. 
9.3 Premissas gerais
Essa política foi estabelecida com o intuito de conscientizar os trabalhadores sobre a necessidade da homologação de qualquer fornecedor. A empresa se preocupa em estar associada a parceiros que atuem de acordo com a lei e com rigorosa observância aos preceitos éticos, bem como dentro dos padrões de qualidade definidos pelas partes. Além disso, toda compra deve ser realizada objetivando os interesses da empresa. 
9.4 Ciclo de homologação do fornecedor 
A homologação de fornecedor é o processo de aprovação ou confirmação de que uma empresa atende aos critérios pré-estabelecidos de fornecimento, que visam gerar maior segurança e confiança no relacionamento. A figura II abaixo representa o fluxo das fases que estruturam o processo de seleção e homologação de fornecedores da empresa Alfa S.A.
Figura 2 - Ciclo de homologação de fornecedor
Fonte: elaborada pelos autores (2014)
9.4.1 Identificação e cadastro
De acordo com os critérios da requisição de compra, é realizada uma busca no banco de dados de fornecedores da empresa bem como pesquisa pela internet. Logo após, é feito um pré-cadastro das principais informações dos contatos selecionados, tais como CNPJ, razão social, endereço, telefone e e-mail. A ficha cadastral deve ser entregue junto com os demais documentos para validação da gerência.
9.4.2 Validação das informações cadastrais
Com base nos documentos fornecidos pela empresa o gestor da área de compras deve adotar procedimentos de confirmação das informações cadastradas. Qualquer informação negativa, mesmo que não comprovada, deve ser submetida ao conhecimento e avaliação da diretoria requisitante. 
9.4.3 Pesquisa de Idoneidade e Reputação 
Nem todos os fornecedores exigem a mesma averiguação para atestar a reputação. Essa pesquisa é definida de acordo com a criticidade e complexidade do produto ou serviço a ser contratado. Deve ser avaliada a saúde financeira do fornecedor, sua idoneidade, bem como questões trabalhistas que possam gerar ônus financeiros ou prejudicar a imagem da empresa.
9.4.4 Cotação de preço 
Toda aquisição ou contratação de serviço deve vir acompanhada de pelo menos três cotações visando sempre os interesses da organização. No caso onde não existe concorrência é dispensada a exigência de três cotações. Deve prevalecer sempre o melhor preço, caso contrário deve ser feito a justificativa detalhada do motivo da escolha. 
9.4.5 Aprovação do Fornecedor 
Após o processo de cadastro e cotação, as áreas administrativa e jurídica são responsáveis pela aprovação do fornecedor. É feita uma avaliação técnica da capacidade de execução e entrega, bem como da qualidade do produto ou serviço. Se aprovado nesse processo o fornecedor é considerado homologado e poderá prestar serviços ou fornecer produtos à empresa. 
9.4.6 Renovação da homologação 
A renovação será coordenada pela gerência administrativa e deve ocorrer no ato da renovação do contrato que é válido por dois anos. O ciclo deve ser o mesmo, iniciando a partir da atualização do cadastro.
10. RESPONSABILIDADES DOS ENVOLVIDOS 
Dentro do processo de homologação, foram atribuídas responsabilidades a cada membro da equipe, procurando fortalecer o compromisso e definir procedimentos padronizados para a condução do processo.
QUADRO 1 – Responsabilidade dos envolvidos
	Membro
	Responsabilidades
	Comitê Gestor 
	Aprovar políticas, definir critérios e assegurar a manutenção do relacionamento com fornecedores. 
	Presidência 
	Coordenar a implantação das políticas, divulgar procedimentos, definir regras de monitoramento de contratos. 
	Gerência Administrativa 
	Executar o processo de homologação, validar informações, manter banco de dados e histórico das negociações. 
	Gerência de RH 
	Realizar o processo de homologação para fornecedores pessoa física. 
	Gestores de Contrato 
	Executar contratações visando o interesse da companhia, aprovação técnica de capacidade do fornecedor, justificar a escolha e demais procedimentos operacionais, tais como o preenchimento de ficha cadastral e envio de documentação solicitada. 
	Gerência Jurídica 
	Observar normas e políticas aplicáveis ao relacionamento com o fornecedor homologado. 
11. REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DO PROCESSO DE COMPRAS 
O processo de compras inicia-se quando o requisitante efetua a solicitação de aquisição de produto ou serviço ao departamento de compras. A figura III abaixo representa o fluxo esquemático do processo de compras adotado pela empresa Alfa S.A. A primeira etapa é a prospecção e seleção de fontes de fornecimento que podem já estar cadastradas ou não. Em seguida é feita a qualificação do fornecedor e efetivação da compra, onde o profissional de compras deve acompanhar o pedido desde a sua realização até a entrega, onde será feita a conferência e validação do que foi recebido. Neste momento é feita uma avaliação do fornecimento quanto ao prazo de entrega, quantidade de itens e qualidade do produto ou serviço prestado, que fortalece a qualificação do prestador. No ato do recebimento também ocorre a entrega da nota fiscal à área responsável para fins de registro contábil.
Figura 3 - Representação esquemática de um processo de compras 
Fonte: elaborada
12. RISCOS AO NÃO HOMOLOGAR O FORNECEDOR 
O sistemade fornecimento impacta de forma direta nas atividades de uma empresa, alguns fornecedores exercem impactos maiores do que os outros, mas todos devem ser tratados com recurso fundamental para a organização. A falha no fornecimento pode acarretara parada de uma linha de produção, por exemplo, ou causar a impossibilidade da empresa honrar os seus compromissos com clientes e dessa forma reduzir a sua lucratividade. Todos os relacionamentos críticos devem ser objeto de monitoramento, no intuito de evitar o envolvimento, mesmo que involuntário, da empresa com atividades ilícitas. O fornecedor quando não é homologado pode trazer passivos à empresa e prejudicar sua imagem perante os stakeholders. É grande o risco da Alfa S.A em contratar fornecedores envolvidos em práticas ilegais, tais como trabalho infantil, falsificações de registros, crimes ambientais, corrupção e propina, tendo em vista que a empresa pode de certa forma ser correlacionada a envolvimentos com fraudes fiscais e produtos contrabandeados. 
13. VANTAGENS DO PROCESSO DE HOMOLOGAÇÃO DE FORNECEDOR 
O processo de homologação de fornecedores minimiza os riscos do fornecimento e garante maior poder de negociação, segurança e confiabilidade em compra. Desde empresas que fornecem pequenas cotações de produtos, como material de escritório, até aquelas que fornecem produtos ou serviços que são imprescindíveis para a atividade fim
da companhia, igualmente os seus respectivos fornecedores, diretos e indiretos, estão correlacionados nessa operação e podem por meio de soluções criativas gerarem benefícios e maior rentabilidade para ambas as partes. 
Por esta razão, homologar fornecedor é uma vantagem competitiva, além de proteger a empresa de participar de atos ilícitos e fraudes que comprometam sua imagem no mundo corporativo. A homologação de fornecedores também contribui com diversos fatores, entre eles, a redução de custos, o melhor desempenho das atividades, a saúde financeira, as preocupações ambientais e sociais, a avaliação técnica, o alcance da qualidade pretendida, etc. A área de compras tem responsabilidade perante seus fornecedores e parceiros comerciais, portanto a Alfa S.A procura se relacionar e buscar fornecedores que atuem com ética e idoneidade no mercado, sendo transparente em suas relações comerciais e assegurando o melhor relacionamento em todo sistema de fornecimento. 
O quadro abaixo representa os problemas operacionais enfrentados pela empresa Alfa S.A, as suas causas, efeitos e consequente melhoria após a implantação de uma política para seleção e homologação de fornecedores. É possível perceber que em todos os casos relacionados, a política de homologação de fornecedor funcionou como atenuante dos problemas existentes na área e importante facilitador do processo de compras.
QUADRO 2 – Diagnóstico Antes e Depois do Processo de Homologação de Fornecedores
	Causas
	Efeitos
	Melhorias
	Inexistência de manuais de procedimentos de compras e gestão de materiais
	Indefinição de responsabilidades e improviso de procedimentos
	Adequação dos procedimentos às políticas internas de compras e homologação de fornecedor
	Setor de compras sobrecarregado de serviços
	Mau atendimento e stress no ambiente de trabalho
	Definição de responsabilidades e fluxo de compras
	Sistema computadorizado inadequado para gestão de fornecedores
	Relatórios incorretos, controle ineficiente
	Maior controle e segurança no fornecimento
	Descrição insuficiente das especificações dos materiais ou serviços a serem adquiridos
	Compras que não atendam às necessidades
	Confiabilidade e qualificação do material
	Falta de dimensionamento das reais necessidades dos usuários
	Desperdício de materiais e gastos em excesso
	Avaliação de necessidades e histórico de compras para análises futuras
	Burocracia elevada no sistema
	Demora na efetivação das compras
	Definição de etapas e procedimentos a serem seguidos
	Dificuldade de acesso à diretoria
	Dificuldade de relacionamento e autoestima afetada
	Envolvimento da diretoria na tomada de decisões
	Falta de incentivo
	Desmotivação
	Busca de soluções criativas
Fonte: Elaborado pelos autores (2014)
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao longo dos anos as empresas perceberam que para manter a rentabilidade dos negócios é preciso cultivar um bom relacionamento com seus stakeholders. Parcerias duradouras no sistema de fornecimento proporcionam as empresas vantagens competitivas, de forma que estabelecer critérios de qualificação e seleção torna-se fundamental para garantir o atendimento das necessidades da organização e a gestão da qualidade para ambas as partes. Os ganhos efetivados com o processo de homologação permitem a empresa concentrar seus esforços na busca de novos diferenciais competitivos, onde, em um ambiente de busca por clientes, pode representar a manutenção da empresa dentro de seu contexto de negócio. O ganho com respeito a burocracia e a sobrecarga de serviços aponta para as principais vantagens auferidas com o referido processo, de forma que, pode-se afirmar, portanto, que a homologação de fornecedores é um processo facilitador da continuidade e da lucratividade nas organizações, que gera maior segurança e confiabilidade nos fornecimentos, permite redução nos custos, promove um melhor relacionamento e cria uma rede multiplicadora de boas práticas na negociação e de prevenção às fraudes na área de compras.
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1. BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas 2011. 
2. CHIAVENATO, Idalberto. Iniciação à Administração de Materiais. São Paulo: McGraw-Hill, 1994. 
3. DIAS, Marco Aurélio P. Administração de Materiais – Princípios Conceitos e Gestão. São Paulo: Atlas, 2010. 
4. MARTINS, Petrônio Garcia; LAUGENI, Fernando Piero. Administração da Produção. São Paulo: 
Saraiva, 2005. 
5. ESTADÃO. Economia. Crime econômico atingiu 27% das empresas em 2 anos. Disponível em 
<crime econômico atingiu 27% das empresas em 2 anos>. Acesso: 13.05.2014 
6. QUEIROZ, M. Pesquisador e Consultor da Área de Logística. A importância da área de compras no cenário atual. Portal Administradores. Disponível em <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/ 
7. a-importancia-da-area-de-compras-no-cenario-atual/25983/>. Acesso: 02.05.2014. 
8. RZATKI, André A. Coaching Pessoal. Gestão da Qualidade em Compras. Portal Administradores. Disponível em <http://www.administradores.com.br/artigos/ negocios/gestao-da-qualidade-emcompras>. Acesso: 02.05.2014. 
9. GERENCIAMENTO DE COMPRAS. Sistemas de Gestão da Qualidade. Homologação e Qualificação de Fornecedores como Estratégia Competitiva. Disponível em <http://gerenciamentodecompras.blogspot.com.br/2009/10/homologacao-e-qualificacao-de.html>. Acesso: 09.05.2014.
4.0 TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO DE COMPRAS 
A negociação de compras cada vez mais tem se destacado nas organizações. Em relação às técnicas de negociação, de acordo com Alto, et. al (2009), elas caracterizam um processo essencialmente pessoal, ou seja, as técnicas definem o que fazer para desenvolver as estratégias e táticas durante o processo de negociação. Seguem abaixo, algumas técnicas que podem ser usadas: 
•Ser pontual e atencioso. 
• Cultivar a paciência. 
• Evitar pré-julgamento.
• Saber reconhecer os erros. 
• Saber escutar os envolvidos. 
• Ter autocontrole
• Possuir raciocínio rápido.
 • Possuir capacidade de análise e síntese.
 • Ter flexibilidade. 
• Ter coragem e otimismo. 
• Deixar que a outra parte fale na maior parte do tempo. 
• Saber enfrentar e tolerar conflitos. 
• Desenvolver a capacidade de pesquisa, planejamento e controle. 
• Demonstrar confiança. 
4.1 Etapas do Processo de Negociação 
A negociação é um processo contínuo que não se inicia quando as pessoas se defrontam numa mesa. Esta lembrança é fundamental para reafirmar que o “processo” começa muito antes disso e continua após as duas pessoas se separarem, até a próxima negociação. 
Tudoo que for feito durante uma negociação terá profunda influência na próxima negociação com aquela mesma pessoa. Muitos parecem se esquecer deste tópico importantíssimo. Não se deve encarar as etapas como algo rígido. Em alguns casos poderemos suprimir uma ou outra. O importante é ter sempre presente que elas nos ajudam na sistematização do processo de negociação. 
- Preparação
- Abertura 
- Exploração 
- Apresentação 
- Clarificação 
- Ação Final 
- Controle e Avaliação 
A importância na comunicação no processo de negociação 
Comunicação é o processo pelo qual uma ideia é transmitida de uma fonte para um receptor, com a intenção de modificar seu comportamento. 
No processo de comunicação é muito importante: 
1. Dar à outra parte a oportunidade de manifestar os seus argumentos. 
2. Falar e ser entendido, usando para isto de todos os legítimos recursos ao alcance. 
3. Ficar atento à ocorrência dos “sinais” e ao processo de comunicação não verbal. 
4. Procurar anotar os postos-chaves de tudo que é falado para facilitar a sua argumentação. 
5. Os olhos são o sinal não-verbal mais revelador e você deve olhar fundo nos olhos do seu interlocutor, sem hesitar nem abaixar seus olhos, se não ele ficará com a impressão de que você não acredita mais no que está dizendo. 
6. O seu segundo sinal-verbal, em importância, é a boca. Ao cumprimentar o seu interlocutor não deixe de ter um sorriso afetuoso e genuíno nos lábios, indicando que está disposto a cooperar, mesmo que o assunto em questão seja desagradável. 
4.2 Os Dez Mandamentos do Negociador 
Suponhamos que amanhã você vai iniciar uma negociação que pode levar sua organização a ganhar (ou perder?) 30 milhões de reais. 
Que tipos de cuidados devem ser considerados para que essa negociação possa ser bem-sucedida? Eis o que pretendemos abordar com os Dez Mandamentos do Negociador: 
1. Comece a negociação fornecendo e solicitando informações, fatos; deixe para depois os itens que envolvam opiniões, julgamentos, valores. Os primeiros aproximam as pessoas enquanto que outros aumentam os conflitos, ressaltam as diferenças, distanciam os negociadores. 
2. Procure vestir a pele do outro negociador, isto o ajudará a compreender melhor argumentação e as ideias dele. 
3. Quaisquer ideias somente serão aceitas se forem boas para ambas as partes; nos contatos com o outro negociador mostre como suas ideias podem ajudar a resolver os problemas dele. 
4. Procure sempre fazer perguntas que demandem respostas além do simples SIM ou NÃO; assim fazendo você está obtendo informações e menos julgamentos. 
5. A dimensão confiança é importantíssima no processo de negociação; procure ter atitudes geradoras de confiança em relação ao outro negociador. Se pensar em enganá-lo lembre-se de que no próximo ano vocês dois podem ter que voltar a negociar. 
e dos que lhe são correlatos. A Lei 8.666/93 estabeleceu cinco modalidades de licitação: Concorrência; Tomada de Preços; Convite; Concurso; Leilão. Entretanto, a Lei 10.520, de 17 de julho de 2002, instituiu a sexta modalidade de licitação denominada Pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. Para cada modalidade de licitação há exigências específicas de procedimentos, formalização do processo e prazos. Respeitadas as exceções estabelecidas na Lei, o que determina a modalidade da contratação é o valor do objeto a ser contratado. É importante salientar que a obrigatoriedade em utilizar as modalidades Concorrência; Tomada de Preços e Convite, é dada para valores superiores a um limite estabelecido nas legislações de cada Ente Federativo; porém, valores abaixo do limite também podem s
6. Evite fazer colocações definitivas ou radicais, mostre-se sempre pronto a render-se a uma argumentação diferente ou a ideias melhores que a sua. 
7. Nunca “encurrale” ou “pressione” o outro negociador; por melhor que seja sua situação - posição na negociação é sempre interessante deixar uma “saída honrosa” para a outra parte. 
8. Cada pessoa tem seu estilo de negociação de determinado tipo de necessidades e motivações; ao negociar lembre-se dessas diferenças e busque apresentar suas idéias de uma forma adequada às características de comportamento e interesses do outro negociador. 
9. Saiba ouvir, procure não atropelar verbalmente o outro negociador, isto aumentará a confiança dele em você e o ajudará a conhecê-lo melhor. 
10. Procure sempre olhar o outro negociador pelos seus aspectos positivos, pelas suas forças; evite concentrar-se em suas fraquezas.
5.0 COMPRAS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
As compras são todas as aquisições remuneradas de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente (art. 6.º, III, da Lei 8.666/1993). Esta Lei estabelece normas gerais sobre licitações e contratos administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade, compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Segundo Justen Filho (2000), a licitação consiste em um procedimento administrativo, composto de atos sequenciais, ordenados e independentes, mediantes os quais a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse, devendo ser conduzida em estrita conformidade com os princípios constitucionais. A Lei 8.666/93 em seu Art. 3º prevê: A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhe são correlatos. A Lei 8.666/93 estabeleceu cinco modalidades de licitação: Concorrência; Tomada de Preços; Convite; Concurso; Leilão. Entretanto, a Lei 10.520, de 17 de julho de 2002, instituiu a sexta modalidade de licitação denominada Pregão, para aquisição de bens e serviços comuns. Para cada modalidade de licitação há exigências específicas de procedimentos, formalização do processo e prazos. Respeitadas as exceções estabelecidas na Lei, o que determina a modalidade da contratação é o valor do objeto a ser contratado. É importante salientar que a obrigatoriedade em utilizar as modalidades Concorrência; Tomada de Preços e Convite, é dada para valores superiores a um limite estabelecido nas legislações de cada Ente Federativo; porém, valores abaixo do limite também podem ser licitados através das modalidades mais complexas, caso seja necessário, ou seja, pequenas compras podem ser realizadas através de Concorrência. As modalidades Concurso, Leilão e Pregão têm procedimentos diversos e não estão vinculadas a tabelas de valores. O Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados, para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores. O Leilão é a modalidade de licitação para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração e mercadorias legalmente apreendidas ou penhoradas. O Pregão é a modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja o valor estimado, onde a disputa pelo fornecimento é feita por meio de propostas e lances em sessão pública ou por meio eletrônico. 
A Lei 8.666/93 prevê: Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: I. Atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantias oferecidas; II. Ser processadas através de sistema de registro de preços; III. Submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado; IV. Ser subdivididas em tantas parcelas quantasnecessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade; V. Balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos órgãos e entidades da Administração Pública.
Registro de Preços De acordo com o art. 15 da Lei 8.666/93, as compras, sempre que possível, deverão ser processadas através de sistema de registro de preços. Este consiste em uma forma de contratação, onde a administração pública promove uma concorrência para estabelecer preços para itens que virá a necessitar, gerando para o fornecedor vencedor uma expectativa de venda de acordo com a necessidade futura da administração, até o limite do quantitativo previsto no processo licitatório. 
LICITAÇÕES E CONTRATOS A Lei nº 8.666, de 21.06.93, regulamenta o Art. 37, Inciso XXI, da Constituição Federal, instituiu normas para Licitações e Contratos Administrativos, pertinentes a Obras, Serviços, Compras, Alienações e Locações no âmbito dos Poderes da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Todas as contratações com terceiros, serão necessariamente precedidas de Licitação, ressalvadas as hipóteses previstas na Lei (Art. 2º - 8.666/93). 
O que é Licitação? A licitação visa a garantir a observância do Princípio Constitucional da Isonomia e a Selecionar a Proposta mais vantajosa para a Administração; ou seja, a que melhor atenda de maneira objetiva o interesse do serviço. A Administração Pública com o objetivo de dar maior transparência aos processos licitatórios, buscando a racionalização dos seus procedimentos bem como a redução de custos em função do aumento da competitividade, criou outras formas de comprar e uma outra modalidade de licitação diferente das modalidades da Lei n°8.666/93 (Concorrência, Tomada de Preços, Convite, Concurso Leilão e as Dispensas e Inexigibilidades), sendo necessária a elaboração de Ato Convocatório para as modalidades de Licitação. 
Isonomia: Estado de igualdade perante as leis. 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA LICITAÇÃO
I. DA LEGALIDADE: A atuação do gestor público e a realização da licitação devem ser processadas na forma da Lei, sem nenhuma interferência pessoal da autoridade. Conforme a lei. Estado legal de seguir os tramites da lei
II. DA IMPESSOALIDADE: O interesse público está acima dos interesses pessoais. Será dispensado a todos os interessados tratamento igual, independente se a empresa é pequena, média ou grande. Tratamento igualitário a todos sem preferência. De uma maneira impessoal e transparente. O texto constitucional ao apontar os princípios que devem ser observados pelo administrador público no exercício de sua função, inseriu entre eles o princípio da moralidade. Isso significa que em sua atuação o administrador público deve atender aos ditames da conduta ética, honesta, exigindo a observância de padrões éticos, de boa-fé, de lealdade, de regras que assegurem a boa administração e a disciplina interna na Administração Pública (MARINELLA, 2005, p. 37). Moralidade administrativa está ligada ao conceito de bom administra
III. DA MORALIDADE: A licitação deverá ser realizada em estrito cumprimento dos princípios morais, de acordo com a Lei, não cabendo nenhum deslize, uma vez que o Estado é custeado pelo cidadão que paga seus impostos para receber em troca os serviços públicos. 
IV. Publicidade:  A publicidade, como princípio da administração pública, abrange toda atuação estatal, não só sob o aspecto de divulgação oficial de seus atos como, também, de propiciação de conhecimento da conduta interna de seus agentes. Publicação e divulgação para o interesse da coletividade.
VI Eficiência: Segundo Meirelles (1999, p. 91) o princípio da eficiência requer que a atuação da Administração Pública seja exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional. Acrescenta ainda que a atividade administrativa tem que atuar não só preocupada com a legalidade, mas também que haja uma busca de resultados satisfatórios, tanto para a Administração Pública, quanto para os usuários.
VI. DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA O gestor deve ser honesto em cumprir todos os deveres que lhes são atribuídos por força da legislação. VII. DA VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO (EDITAL OU CONVITE) A administração bem como os licitantes, ficam obrigados a cumprir os termos do edital em todas as fases do processo: documentação, propostas, julgamento e ao contrato. VIII. DO JULGAMENTO OBJETIVO Pedidos da administração em confronto com o ofertado pelos participantes devem ser analisados de acordo com o que está estabelecido no Edital, considerando o interesse do serviço público e os fatores de qualidade de rendimento, durabilidade, preço, eficiência, financiamento e prazo. 
38, inciso VI e Lei Complementar nº 73, de 10.02.93). 
DEFINIÇÃO DO OBJETO A SER LICITADO 
O objeto deve ser bem definido no instrumento convocatório, uma vez que a finalidade da licitação será sempre a aquisição de seu objeto que pode ser: - Contratação de Obra - Contratação de Serviço - Uma Compra - Uma Alienação - Uma Locação - Uma Concessão ou uma Permissão Qualquer que seja a modalidade de licitação, a Administração deve saber especificar o seu objeto, buscando no mercado, recorrendo às normas existentes como as Normas Técnicas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, etc. Muitas vezes, o insucesso de um processo licitatório se deve pelo fato da Unidade Requisitante não ter sido clara no seu pedido, passando pela Área de Compras e pela CPL, sem maiores análises, trazendo sérios prejuízos para a Instituição; uma vez que, a compra foi realizada, mas não atendeu, ao interesse da Unidade que a requisitou. 
Conceituado Licitação
A licitação é um processo administrativo que visa assegurar igualdade de condições a todos que queiram realizar um contrato com o Poder Público. A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade.
I- Concorrência: A Concorrência exige requisitos de habilitação (exigidos no edital), na fase inicial, comprovados documentalmente. Esta modalidade ocorre quando se trata de concessão de direito real de uso, de obras ou serviços públicos – de engenharia ou não -, na compra e venda de imóveis (bens públicos), licitações internacionais.
II- Tomada de Preços:  É a espécie que necessita de um certificado do registro cadastral (CRC), ou seja, necessita comprovar os requisitos para participar da licitação até o terceiro dia anterior ao término do período de proposta.
Convite: não requer publicação de edital. Trata-se de uma contratação mais célere. Os interessados sejam cadastrados ou não, são escolhidos e convidados em número mínimo de três licitantes. Os demais interessados que não forem convidados, poderão comparecer e demonstrar interesse com vinte e quatro horas de antecedência à apresentação das propostas
III- Concurso: ocorrerá a escolha de trabalho científico, artístico, ou técnico com prêmio ou remuneração aos vencedores, conforme o edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de quarenta e cinco dias. A escolha do vencedor será feita por uma comissão julgadora especializada na área.
IV- Leilão: É a modalidade de licitação para a venda de bens móveis inservíveis para a Administração e mercadorias legalmente apreendidas ou penhoradas.
VI-Pregão: Foi instituído pela lei 10520/2002, e versa sobre a aquisição de bens e serviços comuns. Parágrafo único.  Consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado.
6.0 PROCESSO DE COMPRAS NAS EMPRESAS PRIVADAS 
O processo de compras passa por um estudo e diretrizes que varia de cada organização. Cada organização privada tem seu sistema próprio, mas o processo departamental que passa por cada áreaque engloba o sistema de compras da empresa. Suprimentos se assemelha em muitas organizações. A área de compras visa abastecer, de modo contínuo, a empresa com suprimentos que seja necessário para as suas atividades. São cinco requisitos básicos para o abastecimento: 
a) qualidade do material; b) quantidade necessária; c) prazo de entrega d) preço; e) condições de pagamento. 
Competência do Departamento de Compras 
“A arte de comprar está se tornando cada vez mais uma profissão e cada vez menos um jogo de sorte”. Henry Ford
A função de comprar implica na aquisição de materiais na qualidade certa, na época certa, ao preço certo, na quantidade certa e da fonte certa. 
Um cadastro de fornecedores deverá ser mantido sempre atualizado de forma que nos permita obter informações a tempo e à hora. Deverá conter todos os dados e a história do fornecedor junto à empresa. Devemos detectar e registrar o aparecimento de novos fornecedores e de novas organizações prestadoras de serviço, que poderão vir nos atender no futuro. 
As compras poderão ser de dois tipos básicos: 
a) adquiridas no mercado interno; 
b) adquiridas no mercado externo (importação). 
Dedicaremos maior atenção à compra no mercado interno. 
O setor de compras deverá manter estreita e intensa relação com os outros setores administrativos da empresa, principalmente com a contabilidade geral para classificar os produtos nas devidas contas. 
O controle do transporte dos materiais adquiridos pelo setor de compras visa acompanhar, mediante as notas de conhecimento, o percurso dos bens, desde a saída do fornecedor até a recepção na empresa. Devemos levar em consideração as condições de segurança e, principalmente, o rigoroso cumprimento das datas de entrega da mercadoria. 
(Follow Up - “To Follow”= seguir, acompanhar; “Up”= na mosca, no mesmo instante) 
Para quem compra, são necessárias algumas informações sobre o material a ser adquirido: (as principais) 
a) qualidade 
b) quantidade 
c) época (quando a empresa necessitará do produto) 
a) Qualidade: 
É o detalhamento preciso das especificações e características do material a ser adquirido. Deverá atender plenamente às necessidades do requisitante. 
Itens básicos para uma boa especificação: 
. A matéria prima a ser utilizada; 
. Dimensões (peso, volume, formato e etc); 
. Tolerâncias para os números; 
. Cor, gramatura, porosidade; 
. Outros como: ponto de fusão, dureza, resistência à ruptura, 
. Elasticidade, etc. 
Grandeza Unidade 
Tensão volts 
Intensidade de corrente ampéres 
Peso Kg, Lb, Oz 
Pressão Lb/pol2, Kg/cm2 
Frequência Hertz, ciclos/segundos 
Potência Watts, HP, CV 
b) Quantidade: 
É de suma importância a observação da quantidade a ser comprada em função da variação de preço/quantidade e do capital investido no material. 
A Curva Sazonal de Vendas de um produto é uma oportunidade de preço que nós temos que estar sempre atentos para melhor aproveitamento. No entanto, não havendo nenhum fator excepcional, a quantidade será sempre ditada pelo “Lote Econômico” para os níveis de produção vigentes. 
c) A época de comprar:
A empresa necessita do produto para o momento em que precisa atender os compromissos de uma programação a ser utilizada em sua plenitude ou atendimento simplesmente de uma requisição. 
O tempo é um fator de primeira linha em qualquer atividade humana. Assume um papel importantíssimo no terreno das aquisições, portanto redunda em economia, e economia nesta área é lucro. 
Todavia, nem sempre o menor tempo disponível é a melhor arma para conseguirmos melhores resultados. 
GESTÃO DE COMPRAS 
Assume papel estratégico nos negócios; 
Valor total em compras de insumos varia entre 50% e 80% da receita total bruta (Lambert – 1998, p. 346); 
Auxilia no aumento dos lucros; 
Mais moderna devido às novas tecnologias empregadas; 
Antes da Primeira Guerra Mundial – papel burocrático. 
Década de 70 – crise do petróleo 
Insumos raros e preços em alta. 
Cenário de dúvidas. 
Setor passa a ter uma maior visibilidade por parte das empresas. 
Compradores perguntam: 
O que? / Quanto? / Quando? / e como comprar 
1.1-COMPRAS HOJE 
Faz parte do processo de logística; 
É parte da cadeia de suprimentos (supply chain);
COMPRAS / SUPRIMENTOS 
Globalização: aumentou a quantidade de fontes de suprimento. 
Atividade complexa devido ao grande número de fornecedores. 
Processo complexo e muito importante. 
Obter mercadorias e serviços na quantidade e qualidade necessárias. 
Obter mercadorias e serviços ao menor custo 
Manter boas relações com fornecedores, garantindo a pronta entrega e o melhor serviço possível. 
Fatores decisivos na hora da compra 
Quantidade: A quantidade adquirida tem influência direta no custo de produção, já que em pequenas quantidades os preços são maiores e vice-versa. 
Preço: O valor econômico atribuído à matéria prima é diretamente proporcional ao preço de venda do produto final, ou seja, para um produto caro, matéria prima cara e vice-versa. 
Funcionalidade: O uso a que será destinado o produto final, exige da matéria prima detalhes essenciais, como a cor e o estilo. Como exemplo imagine um tênis masculino que seja produzido com materiais rosa. 
Relações com fornecedores 
Fontes de fornecimento e suprimentos: Há quatros tipos de fontes: única, múltipla, simples e especiais.
a) Fonte única - Monopolista: Implica que apenas um fornecedor está disponível devido a patentes, especificações técnicas, matéria-prima, localização, e assim por diante. Nesta situação o fornecedor é consciente do seu monopólio e o comprador é que mantém interesse em aquisição. Estes tipos de fornecedores são mais difíceis de negociar e requer muita habilidade no processo de compras em função de imposições feitas pelos fornecedores. 
b) Fonte múltipla: É a utilização de mais de um fornecedor para um item. As vantagens potenciais da fonte múltipla são as seguintes: a competição vai gerar preços mais baixos e melhores serviços e haverá uma continuidade no fornecimento. Na prática, existe uma tendência de relação competitiva entre fornecedor e cliente.
c) Fonte simples: É uma decisão planejada pela organização no sentido de selecionar um fornecedor para um item, quando existem várias fontes disponíveis. A intenção é criar uma parceria de longo prazo.
d) Fontes especiais: São os que ocasionalmente poderão prestar serviços, mão-de-obra ou fabricação de produtos, que requerem equipamentos especiais ou processos específicos, não encontrados nos fornecedores habituais. 
7.0 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
Franco, O. F.; Gazetti, M.; Rodrigues, F. E.; Formigoni, A.; Barros, M. G. M.; Homologando Fornecedores: uma Estratégia Competitiva nas Organizações Disponível: http:<//www.aedb.br/seget/arquivos/artigos14/29220368.pdf> 
RAZZOLINI, F. E. Logística empresarial no Brasil tópicos especiais, 2 ed. Curitiba, IBPEX, 2011. 
ALTO. C. F. M.; PINHEIROS. A. M.; ALVES, P. C. Técnicas de compras. Rio de 
Janeiro: Editora FGV, 2009. 
JUSTEN F. M.; Comentários
CHISTOFER, Martin. Logística e o gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Cengage learning, 2010. Pires, S.R.I. Gestão da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas,2010

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