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Manual Colorimetro Portugues

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AAEE BBDDPPKK Printed in Japan9242-4830-92©1998 K ONIC A MINOLT A S E NS ING , INC . 16
3-91, Dais ennis himac hi, S akai.Os aka 590-8551, J apan
K onic a Minolta P hoto Imaging U.S .A., Inc . 725 Darlington Avenue Mahwah, NJ 07430 P hone: 888-473-2656 (in US A), 201-529-6060 (outs ide US A) FAX: 201-529-6070
K onic a Minolta P hoto Imaging C anada, Inc . 1329 Meyers ide Drive,Miss issauga, Ontario L5T 1C 9 P hone: 905-670-7722 FAX: 905-795-8234
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K onic a Minolta P hoto Imaging Aus tria G mbH Amalienstrasse 59-61, 1131 Vienna, Austria P hone: 01-87882-430 FAX: 01-87882-431
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K onic a Minolta P hoto Imaging (HK )L td. R oom 1818, S un Hung K ai C entre, 30 Harbour R oad, Wanchai, Hong K ong P hone: 852-34137508 FAX: 852-34137509
S hanghai Offic e R m 1211, R uijin B uilding No.205 Maoming R oad (S ) S hanghai 20020, C hina P hone: 021-64720496 FAX: 021-64720214
K onic a Minolta P hoto Imaging As ia HQ P te L td. 10, Teban G ardens C rescent S ingapore 608923 P hone: +65 6563-5533 FAX: +65 6560-9721
K ONIC A MINOLTA S E NS ING, INC . S eoul Offic e 801, C hung-J in B ldg., 475-22, B angB ae-Dong, S eocho-ku, S eoul, K orea P hone: 02-523-9726 FAX: 02-523-9729
1
Conhecendo as cores.
As cores chamam a atenção 
e são importantes em todos
os ambientes
Um número infinito de cores nos envolve todos os dias de nossas vidas. 
Normalmente nós não damos às cores o seu devido valor, porém elas são 
importantes em nosso dia a dia, influenciando nossa alimentação, os 
produtos que compramos, e até nos informando sobre o estado de saúde 
de uma pessoa.
Mesmo nos influenciando tanto, e apesar de sua importância continuar a 
crescer diariamente, nosso conhecimento da cor e seu controle normal-
mente é insuficiente, gerando uma variedade de problemas, como por 
exemplo em transações comerciais envolvendo cores ou mesmo na 
escolha da cor de um produto. 
Uma vez que as avaliações de cores são frequentemente feitas de acordo 
com as impressões ou experiências pessoais, é impossível para uma pessoa 
controlar de forma precisa a avaliação da cor utilizando métodos comuns. 
Existe uma forma com a qual nos possamos expressar a cor de forma 
precisa; com a qual possamos descrever essa cor para outra pessoa a fim de 
que ela seja reproduzida da forma como nós a vemos?
Como a comunicação de cores, entre os mais diversos campos da indústria 
pode ser feito de forma correta?
* Quando falarmos sobre a cor estaremos nos referindo à cor de um objeto.
2
Qual é a cor desta maçã ? 4 
Normalmente dez pessoas diferentes irão descrever uma única cor de dez maneiras diferentes. 5
Mesmo sendo a mesma cor ela parece diferente. Por que? 6
Dois balões vermelhos. Como podemos descrever para uma 
pessoa, a diferença de cores entre eles? 8
Tonalidade. Luminosidade, Saturação
O Mundo da cor é uma mistura desses três atributos. 10
Tonalidade, luminosidade, saturação. Criando um sólido de cor. 12
Com a criação de escalas de tonalidade, luminosidade 
e saturação, nós podemos determinar uma cor numericamente. 14
Os colorímetros simplificam a identificação das cores. 15
Observando alguns espaços de cores. 16
Medindo várias cores com um colorímetro! 21
Os colorímetros podem determinar diferenças de cores muito pequenas! 22
Medições com um colorímetro podem apontar pequenas diferenças,
mesmo entre cores que parecem iguais ao olho humano. 24
Um exemplo de controle de qualidade utilizando-se um colorímetro. 25
Recursos dos colorímetros. 26
Conteúdo
PARTE I
Porque a maça parece vermelha? 28
Para podermos perceber uma cor são 
necessários três elementos: a luz, a visão, e um objeto. 29
Os seres humanos percebem as cores em alguns comprimentos de onda específicos. 30
Diferenças entre a sensação de cor através 
da luz que entra em nossos olhos e o 
processo de medição de um colorímetro. 32
Os componentes da luz e cor.
Usando um espectrofotômetro. 34
Medindo varias cores com um espectrofotômetro. 36
Diferenças entre o método tristímulus e o método espectrofotométrico. 38
Como a aparência da cor muda com a mudança da fonte de luz? 40
Um espectrofotômetro pode inclusive avaliar um problema complexo como a metameria. 42
Recursos dos Espectrofotômetros. 44
PARTE II
Comparando colorímetros e espectrofotômetros. 46
Cor e brilho. (Métodos SCE e SCI) 48
Medindo cores especiais. 50
Notas sobre a medição de diversos materiais e diversas condições. 52
PARTE III
Termos de cor utilizados. 53
PARTE IV
..............................................................................................................................................
.....
..............................................................................
..............................................................................................................
...................................................................................
.................................................................
..............................................................
......................................................................................
......................................................................................................................
............................................................................................................................................................
...........................................................................
.........................................................
............................................................................................................................................
................................................................................................................................
................................................................................
.........................
......................................................................................................
...................................................................................................................................
.............................................................................................
..................................................
................................................................
...............
.............................................................................................................................
................................................................................................
................................................................................................................................
...............................................................................................................................................
..............................................................
.................................................................................................................................................
3
PARTE I
O estudo da cor.
Ao observarmos o nosso ambiente, percebemos uma 
grande variedade de cores surgirem diante de nossos 
olhos. Em nosso dia a dia estamos cercados de uma 
infinita variedade de cores e diferentemente do 
comprimento e do peso, não há uma escala física 
para medir a cor, o que faz com que as pessoas 
respondam de formas diferentes quanto question-
adas a respeito de uma determinada cor. Por exem-
plo, se dissermos “azul da cor do céu” ou “azul da cor 
do mar” para as pessoas, cada indivíduo irá imaginar 
um azul diferente do outro. Isso acontece porque suas 
experiências passadas e suas sensibilidades para a cor 
são diferentes. Esse é o problema da cor. Portando 
vamos estudar um pouco o assunto e determinar 
quais informações sobre a cor nos seriam úteis.
�
Qual é a cor desta maçã?
Vermelho 
 Intenso!
Vermelho!
Vermelho 
 quente.
Vermelho
 Vivo.
5
Normalmente dez pessoas diferentes irão descrever 
uma única cor de dez maneiras diferentes.
"Dar um nome" à uma cor é uma tarefa difícil.
Se você mostrar uma mesma maçã para quatro pessoas diferentes, 
provavelmente receberá quatro respostas diferentes.
A cor depende da percepção e de uma interpretação subjetiva. Mesmo que as pessoas olhem para um 
mesmo objeto (nesse caso, a maçã), elas irão expressar exatamente a mesma cor com palavras diferentes. 
Porque existe uma grande variedade de maneiras de se expressar uma cor, descrever uma cor em 
particular para uma pessoa é uma tarefa extremamente difícil. Se nós descrevermos a cor de uma maça para 
uma pessoa como sendo vermelho vivo, podemos esperar que essa pessoa seja capaz de reproduzir correta-
mente essa cor? A expressão verbal das cores é muito complicada e difícil. Todavia se existisse um método 
pelo qual as cores pudessem ser entendidas e expressadas precisamente a comunicação seria muito mais 
simples e exata. Tal comunicação exata eliminaria os problemas relacionados à cor.
Até onde as palavras podem expressar uma cor?
Nomes comuns de cores e nomes sistemáticos de cores.
As palavras para expressar as cores têm mudado com o tempo. Se nós considerarmos o vermelho de nosso 
exemplo teríamos: vermelho, cereja, escarlate, morango, para mencionar algumas. Estes são chamados de nomes 
comuns de cores. Analisando as condições da cor nós ainda poderíamos adicionar adjetivos como brilhante, fosco, 
e forte para descrever a cor de maneira um pouco mais precisa. Termos como o “vermelho vivo” usado pelo nosso 
personagem, são chamados de nomes sistemáticos das cores. Mesmo com uma grande variedade de formas de 
expressão da cor, as pessoais ainda interpretarão de maneiras diferentes nomes como “vermelho vivo” ou “vermelho 
forte”. Portanto, a expressão verbal não é um método suficientemente preciso para a determinação de uma cor. 
Assim como na medição do peso, existe alguma forma para a medição da cor?
Usamos uma régua para 
medir o comprimento e 
uma balança para medir 
o peso. Existe algo 
similar para medir a cor?
Mesmo sendo a mesma cor, ela parece 
diferente. Por que?
7
Condições que afetam a aparência da cor.
.Diferenças na Fonte de Luz.
Diferenças no Observador
Diferenças no Tamanho
Diferenças de Fundo
Diferenças Direcionais
Uma maça que parece deliciosa na loja sob a luz do 
sol, de alguma forma não parece tão boa debaixo 
da luz fluorescente de casa. 
Provavelmente muitas pessoas já tiveram essa
 experiência. Luz do sol, luz fluorescente, luz de 
tungstênio e etc – cada tipo de iluminação fará 
com que uma mesma maçã tenha aparências 
diferentes.
Se uma maçã for colocada na frente de um 
fundo claro, ela parecerá mais escura do que quando 
colocada à frente de um fundo escuro. 
Nos referimos a isso como sendo efeito de contraste.
Certos pontos de um carro podem parecer mais claros 
ou escuros apenas com uma pequena mudança no
 ângulo de visualização. Isso se dá em função das 
características direcionais de algumas pinturas 
automotivas. Certos materiais, particularmente as tintas 
metálicas e perolizadas, possuem características direcionais 
extremamente elevadas. O ângulo pelo qual o objeto é 
observado e também o ângulo pelo qual o objeto é 
iluminado deve ser constante para uma comunicação de cor 
precisa.
A sensibilidade do olho de cada indivíduo varia de 
forma sutil; mesmo aquelas pessoas 
consideradas como tendo visão de cor “normal” 
sofrem de desvios na direção do vermelho e do 
azul. A precisão visual também muda com a idade. 
Esses fatores fazem com que as cores sejam 
diferentes para observadores diferentes.
Após escolherem uma determinada cor através de um 
pequeno mostruário de papel de parede ou de tinta, as 
pessoas acham que a cor ficou muito clara quando 
aplicada à parede. Cores que cobrem grandes áreas 
tendem a parecer mais claras e mais vivas do que quando 
cobrem uma área pequena. Nos referimos a isso como 
efeito de área. A seleção de objetos que possuem uma 
área grande, baseada em amostras que possuem uma 
área pequena pode gerar erros.
É importante 
manter 
as condições 
constantes 
quando 
visualizamos 
as cores.
8
clara
escura
viva
suja
Dois balões vermelhos.
Como descrever as suas diferenças de 
cor para uma pessoa?
Quão clara ela é? Qual é sua 
tonalidade?
Quão limpa ela é?
9
Para melhor entendermos a descrição exata de 
uma cor, precisamos analisar o mundo da cor.
Existem muitas cores “vermelhas”. Os dois balões vermelhos são parecidos 
porém não são iguais. Quais são as diferenças?
À primeira vista, os dois balões parecem iguais. Porém examinando-os um pouco mais de perto, percebemos 
que eles são diferentes em diversos aspectos. A cor dos dois é vermelha, porém a cor do balão superior é algo 
mais clara, e a cor do balão inferior é portando mais escura. O balão superior também parece mais vivo ou 
limpo. Apesar de ambos serem vermelhos, as cores dos dois balões são diferentes. Quando as cores são 
classificadas, elas podem ser expressas em termos de sua tonalidade (cor), luminosidade (clara/escura), e 
saturação (pureza)
Blanco
profundoprofundoclaroclaro
pálidopálido
Figura 1: Roda das cores.
sujo sujo
Tonalidade, luminosidade, saturação. 
O mundo da cor é uma mistura desses 
três atributos.
Am
areloAmarelo-Verde
Verde
Az
ul-
Ve
rde
A
zu
l
A
zul-Violeta
Violeta
Vermelho-Violeta
Ve
rm
elh
o
La
ra
nj
a
Figura 2: Mudanças em luminosidade 
 e saturação, do 
 vermelho-violeta 
 ao verde.
Figura 3: 
 Adjetivos relacionados às cores
 (para Luminosidade e Saturação)
Alta
Alta Alta
Lu
m
in
os
id
ad
e
Baixa
Baixa
Saturação Saturação
vivo/intenso vivo/intensocinza/fraco cinza/fraco
escuro escuropreto
brilhante brilhante
A B
(A) (B)
A B
10
11
Tonalidade, luminosidade, saturação: 
 Este é o mundo da cor.
Tonalidade
Luminosidade
Saturação
Vermelho, amarelo, verde, azul..
As cores da roda de cor.
Cores claras, cores escuras
A luminosidade das cores muda verticalmente
Cores vivas, cores sujas.
A saturação muda a partir do centro.
Maças são vermelhas (ou verdes), limões são verdes, o céu é azul: essa é a forma pela qual nós pensamos na cor em 
nossa linguagem diária. A tonalidade é o termo usado no mundo da cor para a classificação dos vermelhos, amarelos, 
azuis e etc. Apesar do vermelho e amarelo serem duas cores completamente diferentes, a mistura das duas resulta em 
laranja, às vezes chamado de amarelo avermelhado; com a mistura de amarelo e verde teríamos o amarelo esverdeado e 
assim por diante. A continuidade dessas tonalidades resulta na roda de cores mostrada na figura 1.
As cores podem ser classificadas em claras e escuras quando comparamos sua luminosidade. Por exemplo, quando 
comparamos o amarelo de um limão com o amarelo de uma laranja, o amarelo do limão é mais claro. Quando 
comparamos o amarelo de um limão com o vermelho de um morango ainda assim o amarelo do limão é mais claro, 
correto? Isso mostra que a luminosidade pode ser medida independentemente da tonalidade. Observe a figura 2. Esta 
figura representa uma seção transversal da figura 1, cortada em linha reta entre o A (verde) e o B (vermelho-púrpura). 
Como mostra a figura, a luminosidade aumenta em direção ao topo e diminui em direção ao fundo.
Retornando ao amarelo. Como podemos comparar o amarelo de um limão com o amarelo de uma pêra? Pode-se 
dizer que o amarelo do limão é mais vivo, enquanto que o amarelo de uma pêra é mais sujo. Novamente temos 
uma grande diferença, mas desta vez em termos de saturação. Esse atributo e totalmente independente da 
tonalidade e da luminosidade. Se observarmos novamente a figura 2, veremos que a saturação muda para o 
vermelho-púrpura e para o verde, conforme a cor se distancia horizontalmente do centro. As cores são mais sujas, 
ou menos saturadas no centro e se tornam mais limpas e vivas à medida que se distanciam deste. A figura 3 
mostra alguns adjetivos usados para descrever a luminosidade e a saturação das cores. Para entender o seu 
significado observe novamente a figura 2.
12
Tonalidade, luminosidade, saturação.
Criação de um sólido de cores.
Blanco
Preto
Saturaçãoz
Analisando a roda de cores em luminosidade, saturação...
Tonalidade, luminosidade e saturação. Esses são os três atributos da cor e podem ser dispostos em conjunto para 
criar um sólido tridimensional, mostrado na Figura 4. As tonalidades formam o aro externo do sólido, com a 
luminosidade como eixo central e a saturação avançando horizontalmente nos raios. Se todas as cores existentes 
fossem distribuídas na figura 4, formariam o sólido indicado na figura 5. A forma do sólido de cores seria muito 
complicada em função dos intervalos de saturação serem diferentes para cada tonalidade e luminosidade, 
porém o sólido de cores nos ajuda a melhor visualizar as relações entre a tonalidade, luminosidade e saturação.
Figura 4:
Sólido em três dimensões
(Tonalidade, luminosidade e saturação)
Tonalidade
Lu
m
in
os
id
ad
e
13
Figura 5: Sólido de Cor.
Se procurarmos pela cor da maçã no sólido de cores, 
podemos ver que sua tonalidade, luminosidade e satura-
ção se encontram na área vermelha!
14
História da expressão numérica das cores
Com a criação de escalas para a 
tonalidade, luminosidade e saturação, nós 
podemos medir as cores numericamente.
No passado, várias pessoas desenvolveram métodos; 
normalmente usando fórmulas complexas,'para quantificar as 
cores e expressá-las numericamente, com o objetivo de 
tornar a comunicação de cores mais fácil e precisa. 
Esses métodos visavam proporcionar uma forma numérica 
de expressar as cores; da mesma forma como nos expressa-
mos em termos de comprimentos e pesos. Em 1905, o artista 
americano A.H. Munsell desenvolveu um método para a 
expressão de cores no qual utilizou um grande número de 
pastilhas de papel colorido, classificadas de acordo com a 
sua tonalidade (Muensell Hue), Luminosidade (Munsell Value) 
e saturação (Munsell Chroma), para a comparação visual com 
uma amostra de cor. Algum tempo depois, após uma 
variedade de experimentos, esse sistema foi atualizado para a 
criação do Sistema de Notação Munsell, o qual é utilizado até 
os dias de hoje. Nesse sistema, qualquer cor é expressa com 
a combinação de letras e números (H V/C), onde o (H) é a 
tonalidade, o (V) a luminosidade e o (C) a saturação, através 
de avaliação visual comparativa, que utilizada os livros de cor 
Munsell. Outros métodos para a expressão numérica das 
cores foram desenvolvidos por uma organização internacio-
nal dedicada à luz e a cor, a Commission Internationale de 
L’Eclairage, (CIE). Os dois métodos mais conhecidos são o 
espaço de cores Yxy, desenvolvido em 1931, baseado nos 
valores tristímulus XYZ definidos pela CIE, e o espaço de 
cores L*a*b*, desenvolvido em 1976 para proporcionar maior 
uniformidade nas diferenças de cores em relação às avalia-
ções visuais
*Espaço de cor: Método para a expressão de cores de um objeto ou fonte 
de luz, utilizando um mesmo tipo de notação ou critério.
A expressão numérica das 
cores é muito importante!
15
Os colorímetros simplificam a 
identificação das cores.
Com a utilização de um colorímetro, podemos obter resultados 
instantâneos em cada um dos espaços de cores.
Espaço de cor L*C*h*
Espaço de cor Hunter Lab
Espaço de cor XYZ
X= 21.21
Y= 13.37
Z= 9.32
L*= 43.31
a*= 47.63
b*= 14.12
L= 43.31
C= 49.68
h= 16.5
L= 36.56
a= 42.18
b= 8.84
Y= 13.37
x= 0.4832
y= 0.3045
Valores Tristímulos XYZ
Espaço de cor L*a*b*
Se medirmos a cor da maçã, obteremos os 
seguintes resultados:
16
Análise de alguns espaços de cores.
Valores tristímulus XYZ e Espaço de cor YXY
Comprimento de onda
(nm)
2.0
1.5
1.0
0.5
400 500 600 700
y x
x
(λ) (λ)
(λ)
z (λ)
Os valores tristímulus XYZ e o espaço de cores Yxy, formam a base do atual espaço de cores CIE. O conceito dos 
valores tristímulus está baseado nos três componentes teóricos da visão de cores, os quais estabelecem que o olho 
possui três receptores primários de cores (vermelho, verde e azul) e que todas as cores são misturas dessas três cores 
primárias. Em 1931, a CIE definiu o Observador Padrão como tendo as funções de relação de cor x(l) ,y(l), e z(l) 
conforme a Figura 6 abaixo. Os valores tristímulus XYZ são calculados utilizando-se as funções de relação de cor 
desses Observadores Padrão.
Os valores tristímulus XYZ, são úteis na definição de uma cor, porém os resultados não podem ser facilmente 
interpretados. Em função disso, a CIE também definiu um espaço de cores em 1931 para desenhar um gráfico 
bidimensional, independente da luminosidade; este é o espaço de cores Yxy, no qual o Y é a luminosidade (com 
valor idêntico ao valor tristímulu Y) e x e y são as coordenadas de cromaticidade calculadas com os valores tristímu-
lus XYZ (detalhes napág. 47). O diagrama de cromaticidade CIE x,y é mostrado na Figura 7. Neste diagrama, as cores 
acromáticas estão no centro do diagrama, e a cromaticidade aumenta na direção das bordas. Se nós medirmos a 
maçã, usando o espaço de cores Yxy, obteremos os valores x=0.4832, y=0.3045 como coordenadas de cromaticid-
ade, que correspondem 
ao ponto A no diagrama da figura 7; O valor Y, 13,47 
indica que a maçã possui uma reflexão de 13,37% 
(comparada com um refletor difuso ideal, com
 reflectância de 100%)
 
Y= 13.37
x= 0.4832
y= 0.3045
Figura 6:
Resposta espectral correspondente ao olho humano.
(Funções de relação cor do Observador Padrão 1931)
17
y
x
700~780
380~410
620
16
0
06
0
095
085
570
065
055
045015
005
094
084
4 07
064
035
025
Figura 7: Diagrama de cromaticidade x,y de 1931
Tonalidade
Saturação
18
90
80
70
60
40
30
20
10
0
100
0 10 20 30 40 50 60
50
10-10-20-30-40-50-60 20 30 40 50 60
60
50
40
30
20
10
-10
-20
-30
-40
-50
-60
intenso
escuro
muito escuro
vivo
sujo
cinzento
luz
pálido
muito pálido
L*= 43.31
a*= 47.63
b*= 14.12
Espaço de cor L*a*b*
Figura 8:
Diagrama de cromaticidade a*, b*
(Amarelo)
+b∗
+a∗
(Vermelho)
Tonalidade
(Verde)
(Azul)
Figura 9:
Cromaticidade e luminosidade
Cromaticidade
Luminosidade (L∗)
Tonalidade
O espaço de cores L*a*b* (também conhecido como CIE LAB) é atualmente um dos espaços de cores mais popula-
res para a medição de cores e é amplamente utilizado em praticamente todos os campos de aplicação. Ele é um dos 
espaços uniformes de cor definido pela CIE em 1976 com o objetivo de reduzir os problemas do espaço de cor 
original Yxy no qual as distâncias do diagrama de cromaticidade, não representavam as diferenças visuais das cores. 
No espaço de cores L*a*b*, o L* indica a luminosidade, enquanto que o a* e o b*, representam as coordenadas 
cromáticas. A Figura 8 mostra o diagrama de cromaticidade a*, b*. Nesse diagrama o a* e o b* b indicam as direções 
das cores: sendo +a* a direção do vermelho, -a* a direção do verde, +b* a direção do amarelo e –b* a direção do azul. 
O centro é acromático. 
Com o aumento dos valores de a* e b*, o ponto se 
distancia do centro e a saturação da cor aumenta. 
A Figura 10 é a representação de um sólido de 
cores do Espaço de Cor L* a*b*. A Figura 8 
mostra um corte horizontal deste sólido 
em um valor constante de L*. 
Podemos ver a cor resultante; o 
ponto A; inserindo os valores medidos 
da maçã (a*=+47, 63, b* +14,12)
 no diagrama a*, b* da Figura 8.
Se cortarmos verticalmente o sólido de cor da 
figura 10, através do ponto A e do centro, 
obteremos uma visão da cromaticidade pela
 luminosidade, em parte mostrada na figura 9.
19
Figura 10: Representação de um sólido de cor no Espaço de Cor L*a*b*.
Blanco
+L∗
Amarelo
+b∗
+a∗
Vermelho
Azul
Preto
Verde
20
10 20 40 50 60
05
04
03
02
01
06
50
40
30
20
10
60
30
h
90
80
70
60
40
30
20
10
0
01 0
50
0 10 20
30
Croma ( C ∗)
Luminosidade
(L∗)
40 50 60
L= 36.56
a= 42.18
b= 8.84
Espaço de cor L*C*h
Espaço de Cor Hunter Lab
Figura 11:
Parte do diagrama de cromaticidade a*, b* da figura 8.
(Amarelo)
+b∗
+a∗(Vermelho)
Crom
a C*
A Ângu
lo de 
tonalidad
e Hab
Tonalidade
L= 43.31
C= 49.68
h= 16.5
Croma C ∗= (a ∗)2+(b∗)2
Ângulo de tonalidade ab= tan -1{- }a∗b∗
Tonalidade
Figura 12: Croma e luminosidade
O espaço de cores L*C*h*, utiliza o mesmo diagrama 
que o espaço de cores L*a*b*, porém utiliza coorde-
nadas cilíndricas ao invés de coordenadas retangula-
res. Nesse espaço de cores, o L* indica luminosidade, 
e é o mesmo L* do espaço de cores L*a*b*, o C* 
indica o “croma” e o h é um ângulo de tonalidade. O 
valor de croma C* é 0 no centro e aumenta conforme 
a distância deste. O ângulo de tonalidade h inicia-se 
no eixo +a* e é dado em graus; 0 seria +a* 
(vermelho), 90 seria +b* (amarelo), 180 seria –a* 
(verde) e 270 seria –b* (azul). Se medirmos a maçã 
utilizando o espaço de cores L*C*h* , obteremos os 
resultados mostrados abaixo. Ao plotarmos esses 
valores na figura 11, obteremos o ponto A.
O Espaço de Cor Hunter Lab foi desenvolvido por 
R.S. Hunter, e possui maior uniformidade visual 
que o espaço de cores CIE 1931 Yxy. Similar ao 
espaço de cores CIE L*a*b*, ele permanece em 
uso em diversos campos de aplicação, incluindo a 
indústria de tintas dos Estados Unidos.
21
H= 8.4R
V= 3.4
C= 14.1
L*= 37.47
a*= 7.07
b*= -47.77
L*= 74.72
a*= 15.32
b*= 10.21
L*= 34.27
a*= 44.53
b*= -21.92
L= 76.47
C= 37.34
h= 359.7
Y= 16.02
x= 0.1693
y= 0.1999
indicates the measurement point.
Medindo várias cores com 
um colorímetro.
Cerâmica
Espaço de Cor L*C*h*
Borracha
Espaço de Cor Hunter Lab
Plástico
Impressão
Têxteis
Tinta
Ao contrário do olho humano, um colorímetro pode medir uma cor de forma precisa e simples. Como visto 
anteriormente, diferentemente das expressões subjetivas comummente utilizadas pelas pessoas para descrever 
as cores verbalmente, os colorímetros expressam as cores numericamente em função de padrões internacionais. 
Dessa forma, é possível para qualquer pessoa entender que cor está sendo expressa. Além disso, a percepção 
pessoal de uma determinada cor pode variar dependendo do fundo ou da fonte de iluminação utilizada. Os 
colorímetros correspondem às funções do olho humano; mas como eles sempre fazem suas medições 
utilizando a mesma fonte de luz e o mesmo método de iluminação, as condições de medição serão sempre as 
mesmas, de dia, de noite, no interior ou exterior de ambientes. Isso faz com que medições sejam extremamente 
simples e precisas. Abaixo vemos os valores medidos de diversos objetos.
Espaço de Cor XYZ(Yxy)
Espaço de Cor L*a*b*
Espaço de Cor L*a*b*
Espaço de Cor L*a*b*
22
L*= +4.03
a*= -3.05
b*= +1.04
E*= 5.16
L*= +4.03
C*= -2.59
H*= +1.92
E*= 5.16
∆E ∗ab= (∆L∗)2+ (∆a∗)2+ (∆b∗)2
1
2
Os colorímetros podem determinar 
diferenças de cores muito pequenas!
Mostrando as diferenças com valores numéricos.
A: Padrão
B: Amostra
A': Padrão de cor com a mesma 
 luminosidade da amostra de cor
A: Diferen a de cor L*a*b* B: Diferen a de cor L*C*h*
* "∆" (delta) significa diferença.
Maçã
Maçã
Blanco
Amarelo
Vermelho
Azul
Verde
Preto
Quando falamos de cores, a determinação de diferenças pode 
ser um grande problema. Porém, com um colorímetro, qualquer 
diferença de cor pode ser facilmente entendida quando 
expressa numericamente. Utilizando os espaços de cor L*a*b* e 
L*C*h*, observamos a diferença de cor entre duas maçãs. 
Usando a cor da maçã 1 (L*=43.31, a*=+47.63, b*=+14.12) como 
padrão e comparando-a com a maçã 2 (L*=47.34, a*=+44.58, 
b*=+15.16), obtemos os resultados mostrados no quadro A 
abaixo. As diferenças também são mostradas no gráfico da 
Figura 14.
O diagrama da figura 13 mostra como é fácil entender as diferenças 
de cores no espaço de cores L*a*b*. No espaço de cores L*a*b*, a 
diferença de cor pode ser expressa com um único valor, o ∆E*ab, o 
qual indica o tamanho da diferença de cor, mas não mostra de que 
forma as cores são diferentes. O ∆E*ab é definido pela seguinte 
equação:
Ao substituirmos nesta forma, os valores mostrados no visor A, ∆
L*=+4.03, ∆a*=-3.05, e ∆b*=+1.04, teremos o ∆E*ab=5,16, que é o 
último valor mostrado no visor. Se medirmos as diferenças de 
cores entre as duas maçãs utilizando o Espaço de Cor L*C*h*, 
obteremos os resultados mostrados acima no visor B. O valor de ∆
L* é o mesmo apresentado no Espaço de Cores L*a*b*, o ∆
C*=-2,59, indicando que a cor da maçã 2 é menos saturada. A 
diferençade tonalidade entre as duas maçãs, ∆H*, definida pela 
equação ∆H∗= (∆E∗)2-(∆L∗)2-(∆C∗)2 é de +1,92. Se 
observarmos a figura 14, a diferença de tonalidade mostra que a 
maçã 2 está mais próxima do eixo +b*, ou seja, mais amarela. 
Figura 13:
Diferen a de cor no Espa o 
de Cor L*a*b*
23
20 30 40 50 60
10
20
30
40
50
60
10
02
03
04
05
06
01
∆C∗
6.0
5.0
4.0
3.0
2.0
1.0
-1.0
-2.0
-3.0
-4.0
-5.0
-6.0
1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0-1.0-2.0-3.0-4.0-5.0-6.0
L∗
C∗−∆
+∆
+∆
−∆
L∗
C∗
+b∗
+a∗
2
1
2
1
Claro
Diferença de croma
Vivo
IntensoEscuro
Pálido
Sujo
Figura 14: Parte do diagrama de cromaticidade a*,b*
Amarelo
Vermelho
Tonalidade
Difer
ença
 de to
nalid
ade
D
ife
re
nç
a 
de
 L
um
in
os
id
ad
e
Figura 15: 
Termos para descrever as 
diferenças em croma e 
luminosidade.
Apesar das palavras não serem exatas 
como os números, nós podemos utilizar 
as palavras para descrever as diferenças 
de cores. A figura 15 mostra alguns dos 
termos utilizados para descrever as 
diferenças de cores em termos de 
luminosidade e croma; Os termos 
mostrados nessa figura indicam a 
direção das diferenças de cores, mas 
sem a utilização de um adjetivo 
(levemente, muito etc) não podem 
indicar o grau da diferença de cor. Se 
observarmos os valores das duas maçãs 
plotados diríamos que a cor da maçã 2 é 
mais “pálida” que a cor da maçã 1; uma 
vez que a diferença de croma não é 
muito grande, poderíamos acrescentar 
um adjetivo, dizendo que a maçã 2 é 
“levemente” mais pálida, para indicar o 
grau de diferença.
L*= -0.32
a*= -0.01
b*= +0.70
E*= 0.77
L*= +0.11
a*= -0.06
b*= +0.13
E*= 0.18
L*= -0.08
a*= -0.02
b*= +0.13
E*= 0.15
Medições efetuadas com um colorímetro 
podem apontar diferenças sutis, mesmo em 
cores que sejam iguais para o olho humano.
Controle de cor de material impresso
Controle de cor de têxteis
Controle de cor de plásticos
Indica o local onde foi efetuada a medição.
Um colorímetro pode mostrar diferenças mesmo em cores que pareçam iguais ao olho humano. Além disso, um 
colorímetro pode expressar quaisquer diferenças de forma numérica. Se por alguma razão a cor de um produto estiver 
errada e o produto for embarcado sem que o problema tenha sido observado, com certeza haverá uma reclamação por 
parte do cliente. Essa reclamação afetará não apenas a produção ou o departamento comercial, mas a reputação da 
empresa como um todo. O controle de qualidade da cor tem um papel importante na prevenção de problemas similares 
ao descrito acima.
24
25
Um exemplo de controle de qualidade utilizando um 
colorímetro.
Observando o quanto um colorímetro pode ser útil no controle da cor.
A empresa A fabrica componentes plásticos exteriores para a empresa B. A empresa B também compra partes 
similares de outras empresas. Na empresa A, existe uma equipe em tempo integral, encarregada de controlar a 
cor na linha de produção que avalia visualmente os produtos em comparação com os padrões. A inspeção 
visual depende da perícia visual dos inspetores para determinar se um produto está ou não dentro da faixa de 
tolerância definida pelo cliente. Este trabalho não pode ser efetuado por nenhuma outra pessoa; ele requer 
anos de experiência para desenvolver a habilidade para a inspeção visual. Em função disso, o número de 
pessoas que podem executar esse trabalho é limitado. Além disso, o processo só pode ser executado durante 
um período limitado de tempo do dia, ou da semana, e a avaliação irá se modificando de acordo com a idade 
ou condição física do inspetor. Algumas vezes a empresa B reclama que a cor das peças enviadas pela empresa 
A não combina com as peças enviadas por outros fornecedores e então a empresa B retorna o material para a 
empresa A. A empresa A decide então utilizar colorímetros para o controle de qualidade da cor de seus 
produtos na linha de produção. Os colorímetros se tornam muito populares, pois são portáteis e podem ser 
utilizados inclusive na linha de produção, são facilmente manuseados por qualquer pessoa e as medições são 
muito rápidas, fazendo com que sejam utilizados a qualquer momento. Além disso, os dados medidos pelo 
colorímetro são anexados aos produtos no momento da entrega, comprovando o controle de qualidade da 
empresa.
26
Recursos dos colorímetros
Os colorímetros oferecem uma grande variedade de recursos.
Fonte de luz própria.
Memória de dados.
Comunicação de dados.
Visor de dados
Ângulos de 
observação e 
iluminação constantes.
“Observador” Constante.
Eliminação dos efeitos 
de área e contraste.
Medição da 
diferença de cor.
As fotos mostram um colorímetro Konica Minolta CR400
Uma fonte de luz própria e um 
sistema de retorno de feixe duplo, 
garantem uma iluminação uniforme 
do objeto em todas as medições, 
sendo que os dados podem ser 
calculados para os Iluminantes 
Padrão CIE C ou D65.
Os dados de medição são 
automaticamente 
arquivados no momento da 
medição e também podem 
ser impressos.
Uma saída padrão RS-232-C 
pode ser utilizada para 
comunicação ou para o 
controle do colorímetro.
Os resultados das medições são 
mostrados de forma numérica e 
precisa em uma grande variedade 
de espaços de cores, permitindo 
uma comunicação precisa com 
outras pessoas.
As diferenças de cor podem 
ser medidas e verificadas 
instantaneamente em 
formato numérico.
Uma vez que o colorímetro mede 
apenas a amostra (o tamanho da 
amostra deve ter um tamanho 
específico), as diferenças em 
função do tamanho das amostras 
e dos fundos são eliminadas.
O “observador” do colorímetro é 
um conjunto de fotocélulas 
filtradas para se igualarem ao 
Observador Padrão CIE 1931.
A iluminação e a geometria 
de visualização são fixas, 
garantindo uniformidade nas 
condições das medições.
27
Estudando as cores 
de forma mais detalhada.
PARTE II
Nas páginas anteriores, falamos sobre as cores e como 
devemos expressá-las. Na próxima seção iremos 
discutir os fundamentos da cor, tais como, o que faz 
uma maçã ser vermelha e porque uma mesma cor 
parece diferente em diferentes condições. Muitas 
pessoas se interessam por essa matéria, mas é 
surpreendente como tão poucas pessoas realmente 
conhecem o assunto. Para o controle de qualidade na 
produção ou nos laboratórios científicos, quanto maior 
for a demanda por qualidade, maior deverá ser o 
conhecimento a respeito da natureza da cor.
Por que a maçã é vermelha?
28
29
Sem luz, não há cor. A luz, a visão e um objeto, são os 
três elementos necessários para que possamos perceber 
a cor de um objeto. 
Na escuridão total, nós não podemos enxergar as cores. Se fecharmos nossos olhos, nós não poderemos ver a cor 
de um objeto. E se não houver um objeto, a cor simplesmente não existe. Luz, visão e objeto. Se os três elementos 
não estiverem presentes, nós não podemos perceber a cor. Mas como podemos dizer a diferença entre o vermelho 
da maçã o amarelo do limão?
2
–2
–4
–6
–8
–10
–12
–14
1
10
10
10
10
10
10
10
10
Os seres humanos percebem as cores 
em alguns comprimentos de onda 
específicos.
Indigo
Comprimento 
de Onda Transmissão
Ondas curtas
FM
Televisão
Radar
Infravermelho
Luz Visível
Ultravioleta
Raios-X
Raios-γ
Raios cósmicos
• O espectro eletromagnético
Comprimento de onda (nm)
Vermelho
Laranja
Amarelo
Verde
Azul
Violeta
Lu
z 
vi
sí
ve
l
30
780
700
600
500
400
380
31
Wavelength
1nm=10 -9m=10-6mm=10-3µm
1µm=10-6m=10-3mm=1000nm
Se separarmos a luz em seus diversos comprimentos de 
onda, podemos criar um espectro. Nós podemos criar 
cores diferentespela mistura e variação da intensidade 
dos diferentes comprimentos de onda da luz. 
Muitas pessoas sabem que se passarmos a luz do sol por um prisma podemos criar uma distribuição de cor como 
em um arco íris. Esse fenômeno foi descoberto por Isaac Newton, que também descobriu a gravidade. Essa 
distribuição de cores é chamada de espectro, sendo que a separação da luz em um espectro é chamada de 
dispersão espectral.
A razão pela qual o ser humano pode ver o esse espectro é porque esses comprimentos de onda específicos 
estimulam a retina do olho humano. O espectro está disposto em uma ordem; vermelho, laranja, amarelo, verde, 
azul e violeta, de acordo com os diferentes comprimentos de onda *1 da luz. A região da luz com os comprimentos 
de onda mais longos é vista como vermelha, e a região da luz com os comprimentos de onda mais curtos é vista 
como violeta. A região da luz que o olho humano pode ver é chamada de região de luz visível. Se nos movermos 
além da região de luz visível, através de comprimentos de onda mais longos, entramos na região do infravermelho; 
se nos movermos através dos comprimentos de onda mais curtos, entramos na região ultravioleta. Essas duas 
regiões não podem ser vistas pelo olho humano. 
A luz é apenas uma entre as diversas ondas eletromagnéticas que estão no espaço. O espectro eletromagnético 
cobre uma faixa extremamente larga, que vai das ondas de rádio e elétricas, com comprimentos de onda de vários 
quilômetros até os raios gama (g) com comprimentos de onda de 10-3, e inferiores. A região de luz visível é apenas 
uma pequena porção desse espectro: de aproximadamente 380 a 780 nm *2. A luz refletida de um objeto, a qual 
reconhecemos como sendo uma cor é (com exceção da luz monocromática feita pelo homem) a mistura de luz em 
diversos comprimentos de onda dentro da região visível.
*1Comprimento de onda: A luz possui características de uma onda; o 
 comprimento de onda é distância entre o 
 picos de duas ondas adjacentes.
*2nm (nanômetro): A unidade de medida normalmente utilizada quando 
 os comprimentos de onda de luz são discutidos; m 
 (micrometro) é também utilizado algumas vezes.
• O arco íris é criado pela passagem de luz através de 
finas gotas de água no ar, que atuam como prismas.
32 3332 33
0
400 500 600 700
50
100
Vamos analisar as diferenças entre o 
processo no qual a luz atua no olho 
humano, dando a sensação de cor, e o 
processo de medição de um colorímetro.
Figura 16: Métodos de percepção da cor.
Ser humano Objeto (maçã)
Objeto (maçã)
Objeto (maçã)
Olho (a retina recebe a luz do 
objeto e transmite a 
informação ao cérebro)
Cérebro (identifica a cor, 
baseado na informação 
vinda do olho)
Colorímetro
(Método tristímulus)
Sensor - Um conjunto de três sensores; 
(calibrados para terem a mesma 
sensibilidade do olho humano); 
recebem a luz do objeto e transmitem a 
informação à um microcomputador.
Microcomputador
(Determina os valores 
numéricos, baseado nas 
informações fornecidas 
pelos sensores.)
*Fotos e detalhes do colorímetro Konica Minolta CR 400
Espectrofotômetro
(Método espectrofotométrico)
Sensor espectral (um sensor, 
composto de uma seqüência 
múltiplos sensores,recebe a luz 
vinda do objeto e transmite a 
informação ao microcomputador)
Microcomputador (Determina os 
valores de reflectância espectral 
baseado na informação do sensor. 
Os resultados podem ser 
expressos em números ou em um 
gráfico espectral.)
*Fotos e detalhes do espectrofotômetro Konica Minolta CM 2600d
L*= 43.31
a*= 47.63
b*= 14.12
O olho humano pode ver a luz na região visível do espectro eletromagnético, todavia, "luz" não é o mesmo que 
"cor". A luz é definida como a "radiação que estimula a retina do olho e torna possível a visão". A estimulação do 
olho é trasmitida ao cérebro, e é aqui que o conceito de "cor" ocorre pela primeira vez como sendo a resposta do 
cérebro à informação recebida do olho. A figura 16 mostra a comparação básica entre os princípios pelos quais o 
olho humano e o colorímetro percebem as cores. O método utilizado pelo colorímetro, discutido na Parte I, é 
chamado de método tristímulos. Colorímetros que utilizam este método são desenhados para medir a luz de forma 
semelhante ao olho humano. Outro método para a medição da cor, que será explicado mais adiante, é o método 
espectrofotométrico. Os instrumentos para a medição de cor que utilizam este método, medem as características 
espectrais da luz e depois calculam os valores tristímulus baseados em equações que utilizam as funções dos 
Observadores Padrão CIE. Além dos dados numéricos em vários espaços de cor, os instrumentos que utilizam o 
método espectrofotométrico podem apresentar imediatamente os dados espectrais da cor, fornecendo 
informações mais detalhadas do objeto medido.
Ver na página 38 as informações mais detalhadas sobre ambos os tipos de medição de cor!
Vermelho
Dados numéricos da cor
Dados numéricos da cor
Gráfico de reflectância espectral
Além de fornecer os dados numéricos da cor, o espectrofotômetro 
também pode fornecer um gráfico da reflectância espectral da cor. 
Como explicado na página 31, as cores são criadas pela mistura de 
vários comprimentos de conta de luz em determinadas proporções. 
Um espectrofotômetro mede a luz refletida de um objeto em cada 
comprimento de onda; ou em determinados intervalos de 
comprimento de onda; estes dados podem então ser apresentados em 
um gráfico proporcionando informações mais detalhadas a respeito da 
natureza da cor.
& R
ef
le
ct
ân
ci
a(
%
)
Comprimento de onda(nm)
Os componentes da luz e cor.
Usando um espectrofotômetro.
Um objeto absorve parte da luz de uma fonte de iluminação e reflete o restante da luz. A luz refletida entra no olho 
humano, e o resultado da sua estimulação sobre a retina é reconhecida pelo cérebro como a cor do objeto. Cada objeto 
absorve e reflete a luz do espectro em porções e quantidades diferentes.
34
35
100
0
400 500 600 700
50
100
0
400 500 600 700
50
Maçã
Figura 17b:
Limão
Figura 18b
Reflectância
Absorção
Reflectância
Absorção
Se medirmos uma maçã, obteremos o gráfico espectral 
mostrado na Figura 17a. Observando esse gráfico vemos 
que a reflectância (quantidade de luz refletida) na região 
dos comprimentos de onda vermelhos é alta, mas nos 
outros comprimentos de onda a reflectância é baixa. A 
Figura 17b mostra que a maçã reflete luz nas regiões de 
comprimento de onda laranja e vermelho e absorve luz 
nas regiões com comprimento de onda verde, azul, 
indigo e violeta. Dessa forma efetuando-se a medição 
com um espectrofotômetro e dispondo os resultados em 
um gráfico espectral, podemos analisar a natureza da cor 
da maçã.
Se medirmos um limão, obteremos o gráfico 
espectral mostrado na Figura 18a. Se observarmos 
esse gráfico, veremos que a reflectância (quantidade 
de luz refletida) é alta nas regiões de comprimentos 
de onda vermelho e amarelo, mas a reflectância é 
baixa nas regiões de comprimentos de onda indigo 
e violeta. A Figura 18b mostra que o limão reflete luz 
nas regiões de comprimentos de onda verde, 
amarelo e vermelho e absorve luz nas regiões de 
comprimento de onda indigo e violeta. Tal precisão 
não é possível de ser obtida com o olho humano e 
nem mesmo com um colorímetro, sendo possível 
somente com o uso de um espectrofotômetro.
Figura 17a:
Gráfico de reflectância espectral de uma maçã.
Re
fle
ct
ân
ci
a 
(%
)
Comprimento de onda (nm)
Re
fle
ct
ân
ci
a 
(%
)
Comprimento de onda (nm)
Figura 18a:
Gráfico de reflectância espectral de um limão.
Violeta Indigo Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho
Violeta Indigo Azul Verde Amarelo Laranja Vermelho
36
A: Cerâmica D: Impressão
B: Borracha E: Têxteis
C: Plástico F: Tinta
Indicao local onde a medição foi efetuada.
Medindo várias cores com um 
espectrofotômetro.
Quando medimos os objetos com um colorímetro tristímulus (p.21), Parte I , podemos obter apenas os valores 
numéricos da cor em vários espaços de cor. Se usarmos um espectrofotômetro para as medições, obteremos, não 
somente os mesmos valores numéricos, como também o gráfico de reflectância espectral da cor. Além disso, com 
seu sensor de alta precisão e a inclusão de dados de diversos iluminantes, o espectrofotômetro pode fornecer 
dados com maior precisão que os fornecidos por um colorímetro tristímulus.
Observando o gráfico de 
reflectância espectral de uma 
cerâmica rosa podemos ver que a 
cerâmica reflete luz em todos os 
comprimentos de onda e que a 
reflectância espectral nas regiões 
de comprimentos de onda acima 
de 600nm (regiões do laranja e 
vermelho) é maior que nas outras 
regiões de comprimentos de 
onda.
A reflectância espectral do 
logotipo é quase a mesma 
encontrada na amostra B, 
porém se observarmos 
atentamente veremos que a 
reflectância espectral nos 
comprimentos de onda maiores 
que 600nm é ainda menor. 
Sendo um azul ligeiramente 
mais escuro.
Este é um azul vivo. A 
reflectância espectral nas 
regiões de 400 - 500 nm 
(regiões do azul e indigo) é 
alta e a reflectância espectral 
em comprimentos de onda 
maiores que 500 nm é 
pequena, com a maioria da luz 
sendo absorvida nessa região.
A reflectância espectral 
do tecido rosa é alta em 
toda a região de 
comprimentos de onda. 
Por outro lado a 
reflectância é menor em 
torno de 550nm, 
indicando que a luz 
verde e a luz amarela 
foram absorvidas.
Medindo-se um plástico 
vermelho-violeta, nota-se que 
as regiões entre 400nm e 
700nm possuem uma alta 
reflectância espectral e que os 
comprimentos de onda nas 
regiões entre 500 e 600nm 
possui baixa reflectância 
espectral. Podemos ver isso 
pela luz que é absorvida.
Esta tinta vermelha possui 
reflectância alta apenas nas 
regiões de comprimento de 
onda entre 600 e 700nm 
(regiões do laranja e 
vermelho), sendo que 
grande parte da luz nos 
comprimentos de onda 
abaixo de 600nm foi 
absorvida.
37
100
50
0
400 500 600 700
100
50
0
400 500 600 700
A
C
B
E
F
D
Re
fle
ct
ân
ci
a 
(%
)
Re
fle
ct
ân
ci
a 
(%
)
Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
83 93
12.12=
73.31=
23.9 =
X
Y
Z
0.2
5.1
0.1
5.0
007006005004
y x
x
)λ( )λ(
)λ(
z )λ(
007006005004
007006005004
007006005004
5.0
0.1
5.1
0.2
z )λ(
y )λ( x )λ(
x )λ(
y )λ( x )λ(
z )λ(
x )λ(
1-
2-
3-
007006005004
007006005004
y )λ(
Z
z
007006005004
)λ(
x )λ(
X
Y
C =A xB
A
A
C
C
A
A
A
C
(x λ rosnes)
(y λ rosnes)
(z λ rosnes)
Diferenças entre o método tristímulus 
e o método espectrofotométrico.
Na pag. 31, vimos as cores do espectro (laranja, amarelo, 
verde...). Dessas cores, o vermelho, o verde e o azul, são 
consideradas as três cores primárias da luz. Isso porque o 
olho humano possui três tipos de cones (sensores de cor) 
os quais são sensíveis à essas três cores primárias e nos 
possibilitam perceber as cores. A Figura 19: mostra as 
curvas de sensibilidade espectral do olho humano, de 
acordo com a definição da CIE para o Observador Padrão 
1931. São conhecidas como as funções de relação de cor; o 
x (λ) possui alta sensibilidade na região de comprimentos 
de onda vermelhos, o y(λ) possui alta sensibilidade na 
região de comprimentos de onda verde e o z(λ) alta 
sensibilidade na região de comprimentos de onda azul. As 
cores que vemos são o resultado de proporções (estímulos) 
diferentes de x(λ), y(λ) e z(λ) recebidos de um objeto. 
Como mostrado na Figura 21b, o método tristímulus mede 
a luz refletida de um objeto utilizando três sensores 
calibrados para ter a mesma sensibilidade x(λ), y(λ) e z(λ) do 
olho humano, proporcionando a medição direta dos 
valores tristímulus X,Y e Z. Por outro lado, o método 
espectrofotométrico mostrado na figura 21c utiliza 
múltiplos sensores (40 no modelo CM2600d) para medir a 
reflectância espectral de um objeto em cada comprimento 
de onda ou em determinados intervalos estreitos de 
comprimentos de onda. Através de uma integral, o 
microcomputador do instrumento calcula os valores 
tristímulus dos dados da reflectância espectral. No exemplo 
da maçã, os valores tristímulus são X=21.21, Y=13.37, e 
Z=9.32 - esses valores tristímulus podem ser calculados em 
qualquer espaço de cor como Yxy ou L*a*b*. A Figura 20 
mostra como os valores tristímulus, X,Y,Z, são 
determinados. A luz com distribuição espectral A, refletida 
de uma amostra, incide sobre sensores com sensibilidade 
espectral B, cujos filtros dividem a luz em regiões de 
comprimentos de onda correspondentes às três cores 
primárias e fornecem os valores tristímulus (X,Y e Z) C. 
Portanto C= A x B. Os resultados nas três regiões de 
comprimentos de onda de C também são mostrados C-1: 
x(λ), C-2: y(λ), e C-3: z(λ). Os valores tristímulus são iguais à 
integração da área sombreada nos três gráficos.
Figura 19:
Sensibilidade espectral correspondente ao olho 
humano (funções de relação de cor do Observador 
Padrão CIE 1931)
Comprimento de
 onda (nm)
Figura 21: Os métodos do olho humano e dos 
instrumentos de medição
Figura 20: Determinação dos valores tristímulus em medições de cor.
21a: Olho humano Iluminação
Iluminação
Iluminação
Iluminação
Amostra (maçã) Os três tipos de cones na retina.
Olho Cérebro
O "vermelho"é
 percebido.
Essa é a forma pela qual eu 
vejo a cor da maçã.
O olho humano 
possui grande 
habilidade para a 
comparação de 
cores, mas existem 
problemas em 
relação às 
diferenças 
individuais e as 
características de 
memória.
21b: Método Tristímulus
Amostra (maçã)
Amostra (maçã)
Seção do receptor
Seção do receptor
Três sensores correspondendo aos 
cones do olho humano.
Microcomputador
Microcomputador
Valores numéricos
Valores numéricos
Os valores tristímulus X,Y e Z 
são calculados pelo 
microcomputador e podem 
ser convertidos em outros 
espaços de cor.
Essa é a forma pela qual eu
meço a cor. É basicamente
a mesma forma do olho
humano.
Instrumentos 
tristímulus tem a 
vantagem de ser 
portáteis. São 
utilizados 
principalmente 
para a medição de 
diferenças de cor 
na produção ou 
em áreas de 
inspeção.
21c: Método 
espectrofotométrico
Sensor espectral
 (múltiplos sensores, cada um com 
sensibilidade à um comprimento
 de onda específico.
Os valores tristímulus X,Y e Z, são 
calculados pelomicrocomputador
e podem ser convertidos para
outros espaços de cor, além de
serem utilizados por 
várias outras funções do instrumento.
Gráfico espectral
Com os meus 
múltiplos sensores
eu proporciono medições
mais precisas.
Instrumentos 
espectrofotométri-
cos proporcionam 
alta precisão e a 
capacidade de 
medir cores de 
forma absoluta. 
São utilizados 
principalmente 
em áreas de 
pesquisa.
Vermelho
Verde
Azul
Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
Distribuição espectral A da luz refletida da amostra (maçã)
Sensor com sensibilidade espectral B 
correspondente ao olho humano.
Valores tristímulus
Eu tenho dentro de mim, 
sensores com sensibilidade B 
espectral.
Eu tenho guardados os 
dados de sensibilidade
 espectral B na minha memória.
40
80
400 500 600 700
70
60
50
40
30
20
10
0
200
400 500 600 700
150
100
50
0
80
400 500 600 700
70
60
50
40
30
20
10
0
300
1 Iluminante padrão D65: Médiada luz do dia (incluindo 
a região de comprimentos de onda ultra violeta) com
temperatura de cor de 6504K; deve ser utilizado para a 
medição de amostras que serão iluminadas pela luz do 
dia, incluindo a radiação ultra violeta. 
2 Iluminante padrão C; Média da luz do dia (não incluindo
a região de comprimentos de onda ultra violeta) com 
temperatura de cor de 6774K, deve ser utilizado para a 
medição de cores que serão iluminadas pela luz do dia 
com comprimentos de onda de luz visíveis, mas não 
incluindo a radiação ultra violeta.
3 Iluminante padrão A:Luz incandescente com temperatura
de cor de 2856K; deve ser utilizado para a medição de 
amostras que serão iluminadas por lâmpadas 
incandescentes. 
4 F2: Branco Frio
5 F7: Luz do dia
6 F11: Branco frio com três bandas estreitas
1 2
7 F6: Branco Frio
8 F8: Luz do dia
9 F10: Branco frio com três bandas estreitas
Como a aparência da cor muda com a 
mudança da fonte de luz? 
Como visto na página 7, fontes de iluminação 
diferentes fazem as cores parecerem diferentes. 
Para a medição de cor, a CIE definiu as caracter-
ísticas espectrais de vários iluminantes. A Figura 
22 mostra a distribuição de energia espectral de 
alguns desses iluminantes. Normalmente os 
instrumentos possuem uma fonte de ilumina-
ção própria. Essa fonte de luz pode,ou não, se 
relacionar com os iluminantes CIE; por isso, o 
instrumento determina os dados das medições 
através de cálculos baseados nas medições com 
a fonte de iluminação do instrumento e dos 
dados de distribuição espectral dos iluminantes 
arquivados na memória do instrumento.
Figura 22:
Distribuição espectral dos Iluminantes CIE
Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm)
22a: Iluminantes Padrão
22b: Iluminantes fluorescentes
(recomendados pela CIE)
22c: Iluminantes fluorescentes
(recomendados pela JIS)
Figura 22a: Iluminantes Padrão
Figura 22b: Iluminantes fluorescentes
(recomendados pela CIE)
Figura 22c: Iluminantes fluorescentes
(recomendados pela JIS)
Só possuo os dados 
de e 
Eu tenho os dados de 
todos eles; do 1 ao 9
41
200
400 500 600 700
100
50
400 500 600 700
400 500 600 700
400 500 600 700
400 500 600 700 400 500 600 700
100
50
(%)
(%)
150
100
50
0
200
150
100
50
0 0
0
y x(λ) (λ)
z (λ)
is the
’,
(XYZ)
Exemplo 1
Exemplo 2
A B
C
A x B
A B
C
A ’ x B
Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm)
Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm) Comprimento de onda (nm)
Observemos o que acontece quando medimos uma amostra (maçã) usando um espectrofotômetro com o 
Iluminante padrão D65 (exemplo 1) e com o Iluminante padrão C (exemplo 2). No exemplo 1, A é o gráfico de 
distribuição espectral de energia do Iluminante D65, B é o gráfico de reflectância espectral da maçã. C é o gráfico 
de distribuição espectral da luz refletida da amostra (maçã), obtido pelo produto de A e B. No exemplo 2, A' é a 
distribuição espectral de energia do Iluminante padrão A e B é a reflectância espectral da amostra (maçã), que é a 
mesma do exemplo 1. C' é a distribuição espectral de luz refletida da amostra (maçã), obtida pelo produto de A' e B. 
Se compararmos C e C', notamos que a luz na região vermelha é muito mais forte em C', significando que a maçã 
parece muito mais vermelha quando observada sob o Iluminante padrão A. Isso mostra que a cor de um objeto 
muda de acordo com a iluminação utilizada para observá-lo. Um espectrofotômetro mede na verdade, a 
reflectância espectral da amostra; o instrumento pode então calcular os valores numéricos da cor em vários 
espaços de cor, utilizando os valores de distribuição espectral de energia do iluminante selecionado e os valores da 
função de relação de cor do Observador padrão.
65Imulinante padrão D
Iluminante padrão A
Distribuição espectral de 
energia do iluminante
Reflectância espectral 
da amostra
Funções da relação de cor Valores tristímulus
Valores numéricos em 
diversos espaços de cor.
Esses valores mudarão com 
a mudança do iluminante.
65
Distribuição espectral de energia do 
Iluminante D
Reflectância espectral da amostra 
(maçã)
A distribuição espectral de 
energia da luz refletida da 
amostra (maçã) é igual a 
Distribuição espectral de 
energia do Iluminante 
padrão A.
Reflectância espectral da amostra 
(maçã)
A distribuição espectral de 
energia da luz refletida da 
amostra (maçã) é igual a
42
65
65
65
65
Huh? Agora as 
cores são 
diferentes.
Nossas pastas 
tem a 
mesma cor!
Um espectrofotômetro pode inclusive 
avaliar um problema complexo como a 
metameria.
Na seção anterior nós discutimos como a cor de um objeto depende da fonte de luz com a qual ele é observado. 
Relacionado a isso temos,por exemplo, o problema de dois objetos que parecem ter a mesma cor sob a luz do sol e 
cores diferentes sob a luz de um ambiente fechado. Esse fenômeno, no qual duas cores são iguais sob uma fonte de luz 
e diferentes sob outra é chamado de metamerismo. Os objetos são metaméricos quando as características de suas 
curvas de reflectância espectral são diferentes, mas seus valores tristímulus são iguais sob uma determinada fonte de luz 
e diferentes em outra. Esse problema ocorre frequentemente pelo uso de corantes ou materiais diferentes nas amostras 
medidas. Observando a Figura 23, podemos notar imediatamente que as curvas de reflectância espectral das duas 
amostras são diferentes. Apesar, dos valores de L*a*b* sob o Iluminante padrão D serem iguais nas duas amostras; os 
valores das medições sob o Iluminante padrão A são diferentes. Isso mostra que mesmo que as duas amostras tenham 
características espectrais diferentes elas podem parecer iguais sob a luz do dia (Iluminante padrão D ). Então qual a 
forma de se trabalhar com o metamerismo? Para podermos avaliar o metamerismo é necessário a medição das 
amostras sob dois ou mais iluminantes, com distribuição espectral de energia muito diferentes, assim como o 
Iluminante padrão D e o Iluminante padrão A. Apesar de ambos, colorímetros e espectrofotômetros, utilizarem uma 
única fonte de luz, eles podem calcular os resultados das medições baseados em dados de iluminantes armazenados 
em memória, fornecendo os dados de medição sob vários iluminantes. Colorímetros tristímulus fazem medições 
apenas sob os Iluminantes padrão D e C, sendo estes iluminantes muito simulares em suas distribuições espectrais de 
energia; em função disso, colorímetros tristímulus não podem ser 
utilizados para a medição do metamerismo. Os espectrofotômetros
por outro lado, são equipados com curvas de distribuição espectral
de energia de um grande número de iluminantes, podendo 
assim determinar o metamerismo. Além disso, com a 
capacidade de mostrar os gráficos de distribuição
espectral, pode-se ver exatamente as diferenças na
reflectância espectral de duas amostras.
Eu não posso ver o metamerismo.
Além de ver o metamerismo 
eu posso ver imediatamente 
sua origem, através dos 
gráficos de reflectância 
espectral.
43
400 500 600 700
200
150
100
50
0
400 500 600 700
200
150
100
50
0
400
0
50
100
500 600 700
•As cores apresentadas podem não ser exatas em função das limitações do processo de impressão.
L∗=50.93
a∗=4.54
b∗=-5.12
L∗=50.93
a∗=4.54
b∗=-5.12
L∗=50.94
a∗=3.42
b∗=-5.60
L∗=53.95
a∗=10.80
b∗=-2.00
∆E ∗ab=8.71
∆E ∗ab=0
Amostra A
Amostra A
Gráfico de reflectância espectral
Iluminante Padrão D
65
Standard Illuminant A
Amostra B
Amostra B
Amostra A Amostra B
Figura 23: Metamerismo
Comprimento 
de onda(nm)
Comprimento de onda(nm)
Comprimento de onda(nm)
Re
fle
ct
ân
ci
a 
(%
)
Recursos dos espectrofotômetros•As fotos mostram o espectrofotômetro Konica Minolta modelo CM 2600d.
Os espectrofotômetros oferecem uma grande quantidade de recursos e maior precisão.
Iluminantes
Os dados de uma grande 
variedade de Iluminantes 
Padrão CIE estão armazenadas 
na memória, permitindo que o 
resultado da medição seja 
calculado sob várias condições 
de iluminação.
Memória
Os dados são 
automaticamente arquivados 
no momento da medição.
Comunicação
Utiliza porta de comunicação 
padrão RS-232-C para o controle do
espectrofotômetro ou para a 
comunicaçao de dados.
Visor com gráfico espectral
O gráfico de reflectância espectral pode 
ser mostrado no visor.
Ângulos de 
iluminação/visualização 
fixos
A iluminação e a visualização são fixas, 
garantindo uniformidade nas condições 
de medição.
Sensor espectral
O sensor espectral é composto de 
vários segmentos, garantindo alta 
precisão na medição da luz em cada 
comprimento de onda.
Espaços de Cor
As medições podem ser feitas 
e apresentadas em uma 
grande variedade de 
espaçoes de cores, incluindo 
Yxy, L*a*b*, Hunter Lab, etc.
Medição da diferença 
de cor.
As diferenças de cor em relação 
ao padrão podem ser medidas e 
imediatamente visualizadas ou 
ainda dispostas em gráficos de 
reflectância espectral.
45
PARTE III
Informações básicas 
para a escolha de um 
espectrofotômetro.
O básico da ciência da cor foi explicado na Parte I e na Parte II. 
É necessário entendermos que as cores podem ser analisadas de 
diversos ângulos pelos espectrofotômetros. 
Vamos estudar um pouco mais sobre cores especiais e as condições 
que influenciam na escolha dos espectrofotômetros.
64
74
.1
2=
12.
31
=
73.
9
=
23
XYZ
er
h
T
e
ne
s
ro
c
sr
os
re
no
ps
d
gn
i
t
t
o
he
oc
en s
of
eh
t
h
na
mu
ye e.
(x λ)
es
ro
sn
y(λ
os
ne
s)
r
(z λ)s
ro
sn
e
r o
tp
ec
e
R
i=45±2 
i=45±2 
0
=r
±
01 
0
=r
±
01 
0
=r
±
01 
0
=r
±
01 
0
=r
±
01 
C
o
m
p
aran
d
o
 co
lo
rím
etro
s e
esp
ectro
fo
tô
m
etro
s.
Com
o descrito na parte II, os colorím
etros possuem
 
alguns recursos com
o o baixo preço, o tam
anho 
com
pacto, a m
obilidade e a operação sim
ples. O
s 
colorím
etros tam
bém
 podem
 determ
inar os valores 
tristím
ulus de form
a m
uito fácil. Porém
 os colorím
etros 
não são apropriados para análises de cor com
plexas 
com
o o m
etam
erism
o e a força colorística de um
 
corante. U
m
 espectrofotôm
etro possui alta precisão e 
um
a incrível versatilidade. Ele é m
ais indicado para 
análises de cor m
ais com
plexas por determ
inar a 
reflectância espectral em
 cada com
prim
ento de onda. 
Todavia, os espectrofotôm
etros podem
 ser m
ais caros 
que os colorím
etros. Sem
pre considere a precisão com
 a 
qual um
a cor deve ser m
edida antes de selecionar um
 
tipo de instrum
ento a ser usado em
 um
a aplicação 
específica.
Eu n o posso ver o m
etam
erism
o.
A
l m
 de ver o m
etam
erism
o eu 
posso ver im
ediatam
ente sua 
origem
, atrav s dos gr ficos de 
reflect ncia espectral.
O
s colorím
etros são u
tilizad
os p
rin
cip
alm
ente 
n
as lin
h
as d
e p
rod
u
ção e em
 ap
licações d
e 
in
sp
eção p
ara a m
ed
ição d
e d
iferen
ças d
e cor.
O
s esp
ectrofotôm
etros são u
tilizad
os p
ara 
an
álises d
e alta p
recisão, g
eren
ciam
ento d
a cor 
e p
rin
cip
alm
ente em
 lab
oratórios d
e p
esq
u
isa 
e d
esenvolvim
ento.
21a:O
lho H
um
ano
A
m
ostra (m
açã)
A
m
ostra (m
açã)
A
m
ostra (m
açã)
Ilum
ina oIlum
ina oIlum
ina o
O
lho
C rebro
O
s três tipo de cones da retina
Verm
elho
Verde
A
zul
O
 "verm
elho" é percebido
Essa a form
a pela qual
 eu vejo a cor da m
a .
O
 olho hum
ano 
possui grande 
habilidade para a 
com
paração de 
cores, m
as existem
 
problem
as em
 
relação às diferenças 
individuais e as 
características de 
m
em
ória.
21b: M
étodo tristím
ulus
Se o do receptor
Se o do receptor
M
icrocom
putador
M
icrocom
putador
Valores num
 ricos
O
s valores tristím
ulus X,Y e Z são 
calculados pelo 
m
icrocom
putador e podem
 ser 
convertidos em
 outros espaços 
de cor.
Essa a form
a pela qual eu m
e o 
a cor. basicam
ente a m
esm
a 
form
a do olho hum
ano.
Instrum
entos 
tristím
ulus tem
 a 
vantagem
 de ser 
portáteis. São 
utilizados 
principalm
ente para a 
m
edição de 
diferenças de cor na 
produção ou em
 
áreas de inspeção.
Valores num
 ricos
O
s valores tristím
ulus X,Y e Z, são 
calculados pelo m
icrocom
putador e 
podem
 ser convertidos para outros 
espaços de cor, além
 de serem
 
utilizados por várias outras funções do 
instrum
ento.
G
r fico espectral
Com
 os m
eus m
 ltiplos 
sensores eu proporciono 
m
edi es m
ais precisas.
Instrum
entos 
espectrofotom
étricos 
proporcionam
 alta 
precisão e a 
capacidade de m
edir 
cores de form
a 
absoluta. São 
utilizados 
principalm
ente em
 
áreas de pesquisa.
21c: M
étodo 
esp
ectrofotom
étrico
Sensor espectral
(m
 ltiplos sensores, cada um
 com
 
sensibilidade um
 com
prim
ento de onda 
espec fico.)
S possuo os 
dados de 
 1 e 2.
Eu tenho os dados 
de todos eles; 
do 1 ao 9.
Tipos de sistem
as opticos
Explicam
os na página 7 que a cor do objeto varia conform
e as condições de 
visualização, ângulo de observação e ângulo de m
edição. Q
uando m
edim
os 
um
a am
ostra, o ângulo no qual o feixe de luz ilum
ina a am
ostra e o ângulo no 
qual a luz é recebida pelo sensor é cham
ado de geom
etria de m
edição.
Figura 24
Sistem
a de Ilum
inação U
nidirecional
Esse m
étodo ilum
ina a am
ostra de um
a única direção. Com
 a geom
etria de 45/0, a 
superfície da am
ostra é ilum
inada de um
 ângulo de 45 ±
 2 graus da direção 
norm
al e é recebida pelo sensor na direção norm
al à (0 ±
 2 graus). N
a geom
etria 
0/45, a superfície da am
ostra é ilum
inada pela direção norm
al (0 ±
 10 graus) e 
recebida pelo sensor em
 um
 ângulo de 45 ±
 2 graus.
Condição I 45/0
Condição III d/0 S C
 E
Condição IV
 0/d SC
E
Condição V
 d/0 S C
 I
Condição V
I 0/d S C
 I
Condição II 0/45
Ilum
ina o 
Luz
Ilum
ina o 
Luz
Ilum
ina o 
Luz
Ilum
ina o Luz
Ilum
ina o 
Luz
Ilum
ina o 
Luz
Receptor
Receptor
Receptor
Receptor
Receptor
A
m
ostra
A
m
ostra
A
m
ostra
A
m
ostra
A
m
ostra
A
m
ostra
Esfera de 
Integra o
Esfera de 
Integra o
Esfera de 
Integra o
Esfera de 
Integra o
Sistem
a de ilum
ina o difusa, esfera de integra o
Esse sistem
a utiliza um
a espera de integração para um
a ilum
inação uniform
e da am
ostra de 
todas as direções. U
m
a esfera de integração é um
 dispositivo esférico com
 sua superfície interna 
coberta com
 um
 m
aterial branco com
o o Sulfato de Bário, perm
itindo um
a ilum
inação difusa e 
uniform
e. U
m
 instrum
ento com
 geom
etria optica d/0 ilum
ina a am
ostra difusam
ente e detecta 
a luz na direção norm
al (0 graus).U
m
 instrum
ento com
 geom
etria 0/d ilum
ina a am
ostra em
 um
 
ângulo norm
al (0 graus) e coleta a luz refletida em
 todasas direções. A
 luz refletida em
 ±
 5 
graus do ângulo especular pode ser incluída ou excluída usando-se a função SCE/SCI.
A
rm
adilha da Luz
A
rm
adilha da Luz
Cor e Brilho (Métodos SCE e SCI)
Podemos observar variações de cor devido à 
diferenças superficiais mesmo em objetos compos-
tos dos mesmos materiais. Por que vemos um azul 
mais apagado quando aplicamos uma lixa sobre 
uma amostra azul com alto brilho?
Ao arremessamos uma bola contra uma parede 
ela tende a retornar com o mesmo ângulo com o 
qual foi arremessada. Da mesma forma, a luz que é 
refletida no mesmo ângulo, porém em direção 
oposta é chamada de luz especular refletida. A 
soma de reflectância especular mais a reflectância 
difusa é chamada de reflectância total. 
Nos objetos com superfície brilhante, a luz 
especular refletida é relativamente mais forte que a 
luz difusa. Em superfícies rugosas, com pouco 
brilho, o componente especular é fraco e a luz 
difusa é mais forte. Quando uma pessoa vê um 
plástico azul com superfície brilhante de um 
ângulo especular, o objeto não parece ser tão azul. 
Isso se deve à soma da reflexão especular da luz à 
cor do objeto. Normalmente as pessoas olham para 
a cor dos objetos e procuram ignorar a reflexão 
especular da fonte de luz. Para medirmos a cor de 
uma amostra, da mesma forma como ela é vista 
pelas pessoas, devemos excluir a reflectância 
especular e utilizar apenas a reflectância difusa. A 
cor de um objeto pode parecer diferente pelas 
diferenças de nível de reflectância especular.
A cor 
mudou!
Bola
Parede
Luz
Luz especular
Luz difusa
Medi;cão de um objeto
48
49
a’
b’
c’
d’
e’abcde
As figuras indicam que:
a+b+c+d+e=a’+b’+c’+d’+e’.
Vimos que a cor é modificada se alterarmos a superfície 
do objeto, pois as pessoas procuram ver apenas a luz 
difusa. Porém as cores não deveriam se modificar uma 
vez que utilizam os mesmos materiais. Como podemos 
reconhecer a cor do material em si?
A quantidade de reflectância difusa e reflectância 
especular varia de acordo com a superfície do objeto; 
porém a quantidade total de luz refletida é sempre a 
mesma se os materiais e suas cores forem os mesmos. Por 
isso, se um plástico brilhante azul for lixado, a reflectância 
especular será reduzida e a reflectância difusa aumen-
tada. Esse é o motivo pelo qual a reflexão total (especular 
mais difusa) deve ser medida.
A posição da armadilha de luz nas condições III (SCE) e IV 
(SCE), apresentada na Figura 24, página 47, mostra como 
a reflectância especular é excluída da medição de cor da 
amostra. Se a armadilha for recolocada, como nas 
Condições V(SCI) e VI (SCI), a reflectância especular será 
incluída na medição da cor. O método de medição da 
cor, que exclui a reflectância especular é chamado de 
SCE (Specular Component Excluded - Componente 
especular excluso). O método de medição da cor, que 
inclui a reflectância especular é chamado de SCI 
(Specular component Included - Componente especular 
incluso). 
No modo SCE, a reflectância especular é excluída da 
medição, e apenas a reflectância difusa é medida. Esse 
método produz uma avaliação de cor que se relaciona 
com a forma pela qual o observador vê a cor de um 
objeto. Usando o modo SCI, a reflectância especular é 
incluída no processo de medição juntamente com a 
reflectância difusa. Esse tipo de avaliação de cor mede a 
aparência total, independentemente das condições 
superficiais da amostra. Esse critério deve ser levado em 
consideração durante a aquisição de um instrumento. 
Alguns instrumentos podem medir simultaneamente 
os métodos SCI e SCE. 
O método SCE é ideal para a
comparação de cores em salas de 
inspeção ou em linhas de produção.
Esse método utiliza uma
armadilha de luz para que a 
reflectância especular não seja 
medida.
O método SCI é utilizado nas áreas de 
pesquisa e desenvolvimento de cores.
A medição é feita sem a 
armadilha de luz, incluindo a luz 
especular.
Medindo cores especiais
Cores fluorescentes
Cores metálicas
Quando vemos uma cor fluorescente, parece que 
ela tem luz própria, apesar de não ser uma fonte de 
luz. Quando a luz é aplicada sobre um material 
fluorescente, os raios ultra violeta são absorvidos e 
emitidos em outras regiões do espectro,
 normalmente em comprimentos de onda mais 
longos. Como explicado na página 31, a luz visível é 
uma radiação eletromagnética entre 380nm e 
780nm. Nesse caso, a radiação a 360nm é 
absorvida e emitida a 420 nm, sendo que o valor 
medido em 420nm excederá 100%. Uma vez que 
uma quantidade de luz maior que a normal é vista, 
a cor parecerá ter luz própria aos olhos humanos. 
Na medição de amostras não fluorescentes, o 
elemento de dispersão (como uma grade de 
difração) pode ser colocado entre a fonte de 
iluminação e a amostra ou entre a amostra e o 
receptor. Porém na medição de amostras 
fluorescentes, o elemento de dispersão deve ser 
colocado entre a amostra e o detector, sendo a 
amostra iluminada por todo o espectro da fonte de 
iluminação. Quando uma cor fluorescente é 
medida com um espectrofotômetro, devemos 
controlar a distribuição de energia espectral da 
fonte de luz, incluindo as regiões ultravioleta.
Muitas revestimentos, especialmente os utilizados 
em aplicações automotivas, usam uma
combinação de pigmentos e flocos metálicos 
para obter uma coloração com efeitos. Em uma 
tinta metálica por exemplo, a luz é refletida em 
ângulos diferentes devido à orientação dos flocos 
de metal da tinta; mesmo estando os flocos 
alinhados na mesma direção. A Figura 25 ilustra a 
interação entre a reflectância especular e a 
reflectância difusa em uma amostra metálica. 
Uma vez que a cor refletida dos flocos varia em 
função do ângulo, a aparência, ao olho humano, 
também sofrerá variação. 
Em ângulos próximos à reflexão especular, 
veremos uma cor clara pela influência dos flocos 
metálicos. Em ângulos não influenciados pelos 
flocos metálicos, uma cor mais escura será vista. 
Geralmente devemos medir cores metálicas com 
espectrofotômetros, pois estes podem medir a 
cor em vários ângulos.
Iluminação
Luz
Reflexão
Luz
Amostra fluorecente
Luz especular da 
superfície dos flocos.
Figura 25
Flocos
Ângulo de incidência Componente de luz
especular da superfície do
filme aplicado.
Componente de
luz especular da
superfície do floco
Componente 
de luz 
difusa
360nm 420nm
50
Luz negra e 
material fluorescente
Você já deve ter estado em um local aparentemente 
escuro ou iluminado com uma luz violeta, onde as 
camisas brancas e certos objetos pareciam ter luz 
própria.
Esse tipo de local é iluminado com uma fonte de iluminação 
chamada de luz negra. A luz negra é uma iluminação que 
utiliza comprimentos de onda normalmente fora da região 
visível do espectro. Ela é vendida por exemplo, para a 
iluminação de minerais fluorescentes. Na verdade, a luz 
negra emite energia na região ultravioleta e se utilizam 
materiais fluorescentes, que absorvem essa energia e a 
emitem como luz na região visível, para se obter esse efeito. 
Esses materiais parecem brilhar quando iluminados pela luz 
negra. Um objeto parece branco quando reflete quase 100% 
de luz em todos os comprimentos de onda visíveis. Se 
houver menos reflectância nos comprimentos de onda 
azuis, os objetos parecerão amarelados. Em muitos casos, 
um material fluorescente (também chamado de alvejante 
óptico) é adicionado ao produto. Esse material fluorescente 
proporciona um aumento de reflectância nos comprimen-
tos de onda azuis, fazendo o objeto parecer mais branco. 
Como resultado, uma camisa branca parece brilhar quando 
iluminada por uma luz negra e parece mais branca quando 
vista na luz do dia. Quando as roupas brancas são lavadas 
repetidamente ficam amareladas. Isso não ocorre porque 
elas são manchadas por uma cor amarela, e sim porque

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