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TL Fundamentos logistica

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2
Sumário
Introdução ................................................................................................3
Conceitos de logística ..............................................................................3
Componentes da logística ........................................................................5
Funções logísticas ....................................................................................5
Exemplo de logística ................................................................................6
Resumo do conceito de logística .............................................................7
Evolução da logística ...............................................................................7
Missão da logística ...................................................................................8
Ferramentas chaves de logística ...........................................................17
Just in Time ............................................................................................17
KANBAN .................................................................................................18
Mais ferramentas da logística ................................................................18
Ferramentas de suporte .........................................................................19
ERP ........................................................................................................20
WMS .......................................................................................................21
EDI .........................................................................................................22
ECR ........................................................................................................23
Mais ferramentas de suporte ..................................................................24
Gerenciamento Logístico .......................................................................25
Principais desafios .................................................................................26
Logística reserva ....................................................................................27
Conceito .................................................................................................28
Evolução da Logística Reversa ..............................................................28
Processos e fluxos logísticos reversos ..................................................29
Principais processos reversos ................................................................31
Conclusão e desafios futuros .................................................................33
3
Introdução
A logística trata da administração do fluxo de bens e serviços em organizações orientadas ou 
não para o lucro. É um assunto vital e freqüentemente absorve parte substancial do orçamento 
operacional de uma organização. Suas atividades típicas incluem, entre outras: transportes, ges-
tão de estoques, processamento de pedidos, compras, armazenagem, manuseio de materiais, 
embalagem e programação da produção.
O problema enfrentado pela logística é diminuir o intervalo entre a produção e a demanda, de 
modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição 
física que desejarem.
Vencer tempo e distância na movimentação de bens ou na entrega de serviços de forma eficaz e 
eficiente é a tarefa do profissional de logística. Ou seja, sua missão é colocar as mercadorias ou 
serviços certos no lugar e no instantes corretos e na condição desejada, ao menor custo possível.
Iremos dar uma visão geral da administração em organização com atividades logísticas . Nesse 
módulo iremos buscar os seguintes conhecimentos: Conceito de Logística; Missão de Logística; 
Logística Internacional; Politicas Econômicas Internacional; Ferramentas Chaves da Logística; 
Ferramentas de Suporte; Gerenciamento Logístico e Logística Reversa.
Conceitos de logística
“Produtos e serviços não têm valor a menos que estejam sob a posse do cliente quando e 
onde ele deseja consumi-los.”
Ronald H. Ballou
Já ouviram falar nesta tal de Logística? Bom, iniciaremos vendo alguns dos muitos conceitos 
encontrados em livros, revistas, internet, etc., mas, que acabam por convergem em uma única 
linha de pensamento, que veremos a seguir: 
Segundo o Dicionário Aurélio (1986, 2ed. P 
1045): 
Segundo o CLM – Council of Logistics 
Management (Conselho de Administração 
Logística): 
4
“Parte da arte da guerra que trata do 
planejamento e da realização de: 
 
a) Projeto e desenvolvimento, obtenção, 
armazenamento, transporte, distribuição, 
reparação, manutenção e evacuação 
de material (para fins operativos ou 
administrativos); 
 
b) Recrutamento....etc...”
“É o processo de planejamento, implementação 
e controle do fluxo eficiente e economicamente 
eficaz de matérias-primas, estoque em 
processo, produtos acabados e informações 
relativas desde o ponto de origem até o ponto 
de consumo, com o propósito de atender às 
exigências dos clientes.”
Segundo MAGEE, 1997, p.6:
A palavra logística é de origem francesa, do verbo loger, alojar. Era um termo militar que signifi-
cava a arte de transportar, abastecer e alojar as tropas. Depois tomou um significado mais amplo, 
tanto para uso militar como industrial: “ A arte de administrar o fluxo de materiais e produtos, da 
fonte para o usuário.”
Segundo BALLOU, 1993:
“A logística estuda a maneira como a administração pode melhorar o nível de rentabilidade nos 
serviços de distribuição aos consumidores, por meio de planejamento, organização e controle 
efetivo das atividades de movimentação e armazenagem, cujo objetivo é facilitar o fluxo de pro-
dutos, diminuindo o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham 
bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem.”
A partir da abordagem de diferentes autores no que diz respeito ao termo “logística” e seus 
elementos correlatos, conclui-se que ele vem sendo mais comumente empregado para desig-
nar a distribuição de produtos, ao passo que o termo “logística integrada” vem sendo uti-
lizado para designar, de uma maneira mais abrangente, o gerenciamento do suprimentos de 
materiais e a distribuição de produtos. Pode-se definir logística integrada como gestão do fluxo 
de materiais, produtos, pessoas e informações, da fonte fornecedora até o consumidor final. 
 
Os conceitos básicos de logística estão fundamentados na teoria de sistema, em que se consi-
deram entradas, os materiais no ponto de origem, e saídas, os produtos entregues no destino. 
 
O projeto e a administração do sistema logístico influenciam diversas funções dentro da empre-
sa, principalmente aquelas que incluem compras, produção, finanças, contabilidade e marketing. 
5
Componentes da logística
O sistema logístico é composto pelos seguintes elementos ou componentes:
•	 Estoques de produtos: permite que o sistema se adapte às variações da demanda; 
•	 Aquisição e controle da matéria-prima: estoque de matéria-prima é fator essencial na 
manutenção da capacidade produtiva; 
•	 Meios de transporte e de entrega local: são consideradas todas as etapas do transporte, 
sendo o fornecedor ou consumidor o responsável pelo seu pagamento; 
•	 Capacidade de produção e conversão: capacidade dos elementos (componentes) de 
produção do sistema logística de produzir os requisitos médios e de também enfrentar 
as variações da procura total e dos produtos; 
•	 Armazém: inclui todos os armazéns da fábrica, os regionais, os locais e os estoques dos 
distribuidores; 
•	 Comunicação e controle: todo o sistema logístico é administrado por um sistema de 
comunicação e controle, que processa os pedidos do comprador, recebe instruções para 
remover ou enviar materiais e mantém o registroda posição do material; 
•	 Recursos humanos: o sistema também inclui pessoas responsáveis pela venda, pela 
tomada de decisões quanto à operação, e pessoas que transportam. 
Assim, concluimos que o sistema logístico influencia diversas funções dentro da empresa, 
principalmente, aquelas que incluem compras, produção, finanças, contabilidade e marketing.
Funções logísticas
Serviço ao cliente
O serviço ao cliente é um componente fundamental da logística, pois todas as funções logísticas 
contribuem para o nível de serviço que a empresa presta a seus clientes. Portanto, para que uma 
empresa desenvolva uma eficiente estratégia de serviço ao cliente, é necessário que concentre 
esforços em sua estratégia logística. Um processo logístico coordenado e eficiente resulta nos 
fatores “extras” que o consumidor procura, como rapidez na entrega, disponibilidade do produto, 
bom atendimento, entre outros itens de serviços.
Transporte
É uma das principais funções logísticas, sendo fundamental para que os objetivos logísticos - o 
produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo e ao menor custo possível - se-
jam atingidos. Ou seja: a função transporte está fundamentalmente ligada aos fatores tempo, 
6
utilidade e lugar. O transporte representa a maior parcela dos custos logísticos, significando 60% 
das despesas logísticas.
Estoque
São elementos reguladores entre as atividades de transporte, fabricação e o processamento, que 
permitem uma operação econômica e eficaz do sistema. Para que se estabeleça uma política de 
estoques, existem quatro questões básicas que devem ser bem definidas: quanto pedir, quando 
pedir, quanto manter em estoques de segurança e onde localizar/armazenar.
Armazenagem
Esta função tem como finalidade contribuir de forma eficiente para que a empresa alcance nível 
de serviço cada vez mais elevado, em termos de disponibilidade de estoque e tempo de atendi-
mento.
Exemplo de logística
Mas, vamos a um exemplo, mais atual:
Se você quiser encontrar a prova das habilidades e capacidades da indústria americana, 
onde você iria? 
Com muitas fábricas tendo se mudado para a China, onde está a vanguarda da indústria 
norte-americana? 
De acordo com a Bussinees Week, você tem que ir a um restaurante de fast food!
Entre na cozinha do Taco Bell e encontrará fortes argumentos contra a idéia que os Estados Uni-
dos perderam sua vantagem em sistemas de fabricação. 
Seja no Taco Bell, McDonald’s, Wendy’s ou Burger King você encontrará uma pequena fábrica, 
com um gerente que supervisiona uns 30 empregados, organiza os turnos, cuida dos estoques 
e dos fornecedores, administra uma linha de montagem produzindo com controle de qualidade 
invejável à muitas indústrias, com alto volume, gerando receitas de 1 milhão a 3 milhões de dó-
lares por ano, tudo isso com clientes que aparecem no balcão da loja o dia inteiro para comprar 
o produto, e que o querem para ontem! 
O CEO do Taco Bell, Greg Creed, um veterano da divisão de detergentes e produtos pessoais 
da Unilever pensa assim: “Eu acreditava que na Unilever nós tínhamos 5 fábricas. Bem, no Taco 
Bell hoje temos 6000 fábricas, muitas delas funcionando 24 horas por dia.” 
7
Resumo do conceito de logística
É como se os grandes avanços da civilização humana, desde a criação de animais até matemática, 
passando pela arquitetura e pela manufatura e tecnologia de informação, todos fossem entregues 
com uma bandeja no balcão.
(MAGEE, 1997, p. 1)
Evolução da logística
Agora iremos voltar um pouco no tempo e conhecer a evolução da logística, para isso, clique na 
linha do tempo abaixo.
Até os anos 40
O foco estava nas questões de transporte para o escoamento da produção agrícola, uma vez 
que a demanda existente, na maioria dos casos, superava a capacidade produtiva das empresas.
40 até os anos 60
A ênfase estava nos aspectos relativos ao fluxo de materiais, e em especial nas questões de 
armazenamento e transporte, tratadas separadamente no contexto da distribuição de bens.
60 até os anos 70
Estabelecimento de visão integrada das questões logísticas, explorando-se aspectos como custo 
total e uma abordagem sistêmica do processo produtivo. O foco deixa de recair na distribuição 
física para abranger um leque mais amplo de funções, sob a influência da economia industrial.
70 até os anos 80
O foco estava no cliente, com ênfase na produtividade e nos custos de estoques. Surgem mo-
delos matemáticos sofisticados para tratar as questões estocásticas, novas abordagens para a 
questão dos custos não só dos processos logísticos, mas ainda, da questão contábil.
8
80 até os anos 90
Retoma-se, com maior ênfase, a visão da logística integrada e inicia-se a visão da administração 
da cadeia de abastecimento (Supply Chain Management) cujo pano de fundo é a globalização e 
o avanço da tecnologia da informação - TI.
90 até os dias atuais
Apresenta um enfoque mais estratégico, em que a logística passa a ser vista como um elemento 
diferenciador para as organizações. Surge o conceito de “Supply Chain Management (SCM)”, 
com a utilização das ferramentas disponibilizadas pela tecnologia da informação -TI.
Missão da logística
 ● A missão da logística é dispor a mercadoria ou o serviço certo, no lugar 
certo, no tempo certo e nas condições desejadas, ao mesmo tempo em 
que fornece a maior contribuição à empresa. 
 ● A logística de uma empresa é um esforço integrado com o objetivo de 
ajudar a criar valor para o cliente pelo menor custo total possível. 
 ● A logística existe para satisfazer às necessidades dos clientes, facilitan-
do as operações relevantes de produção e marketing. 
 ● O desafio é equilibrar as expectativas de serviços e os gastos de modo 
a alcançar os objetivos do negócio. 
Para melhor definição, a empresa deve manter um pensamento único, tentando substituir os pla-
nos convencionais e isolados de marketing, distribuição, produção e compra de materiais.
A logística é um conceito integrador que procura desenvolver uma visão da empresa como amplo 
sistema, ou seja, é um conceito de planejamento que tenta criar uma estrutura na qual as ne-
cessidades do mercado possam ser realizadas em uma estratégia e em um plano de fabricação.
Resumindo, essa é a missão do gerenciamento logístico. 
9
Logística internacional
Inicialmente, é preciso considerar que o mercado externo é formado por países com idiomas, 
hábitos, culturas e leis muito diversas, dificuldades estas que devem ser consideradas pelas em-
presas que se preparam para exportar / importar.
Vai de longe o tempo em que as nações produziam para consumo próprio ou mesmo quando co-
meçaram as trocas sistemáticas de mercadorias entre os povos. O comércio internacional deu os 
primeiros passos na Antiguidade e atravessou a Idade Média marcado por intensas rotas maríti-
mas e, depois de percorrer diversos momentos históricos, com a ajuda da logística internacional, 
chega ao século XXI com alto grau de profissionalismo e exigências.
Não há a menor dúvida sobre a importância da logística internacional para o desenvolvimento da 
economia tanto na escala nacional como na mundial. De fato, entre outros aspectos, a logística 
internacional tende a promover uma relativa equalização da distribuição mundial de bens e servi-
ços, reduzindo a disparidade entre o escasso e o abundante. Por outro lado, tende também a pro-
mover uma relativa equalização dos custos de produção, reduzindo a disparidade entre preços 
de oferta e de demanda. Dessa forma, torna-se um instrumento que aproxima nações distintas 
com objetivos similares: a melhoria do bem-estar social de suas populações.
 
A logística internacional demanda eficiência na produção e na negociação das mercadorias. 
A colocação de produtos no mercado externo exige o aproveitamento adequado dos meios de 
transporte disponíveis, sendo que o transporte internacionalé fator fundamental na definição do 
custo final da mercadoria e no atendimento das condições acertadas entre o importador, prazo e 
condições de entrega. 
Com a globalização, há o acirramento da concorrência, numa economia aberta, empresas de 
diversas partes do planeta passam a disputar o mercado antes dominado por empresas locais. 
Novas empresas surgem, trazendo vantagens competitivas: menor preço, menor prazo na en-
trega, qualidade e outros benefícios. As implicações desse fenômeno para a logística são várias 
e importantes. Aumentam o número de clientes e pontos-de-venda, crescem os números de 
fornecedores e os locais de fornecimento, aumentam as distâncias a serem percorridas e a com-
plexidade operacional, envolvendo legislação, cultura e modais de transporte.
10
Canais de distribuição internacional
Sabe-se que o transporte marítimo é o mais utilizado, mas, em alguns casos específicos dá-se 
prioridade ao transporte aéreo, quando a mercadoria a ser entregue está com o prazo de entrega 
estourado, para que se cumpram o acordo de prazo de entrega com o cliente internacional.
Os navios onde são transportadas as mercadorias, na maioria das vezes são de propriedade 
particular, sendo que os cais e os portos pertencem a entidades públicas locais, repartições go-
vernamentais ou empresas privadas. O s navios apresentam diversos tipos de tamanhos, carac-
terísticas e tipos. Tem capacidade para transportar grandes cargas de mercadorias de qualquer 
natureza, sendo estas a granel, soltas ou unitizadas em paletes ou contêineres. Por meio de 
equipamentos de refrigeração, os navios denominados reefers, podem transportar cargas com 
controle de temperatura. Os navios mais modernos são os porta contêineres, que a princípio são 
adaptáveis e apropriados a qualquer tipo de carga.
Existem diversas linhas de navegação, podendo ser de longo curso, as quais realizam transpor-
te entre países com trajetos de extensão variada; e as de pequeno e médio percurso as quais 
podem ser entre países no mesmo continente, bem próximos uns aos outros. Como exemplo de 
linha de longo percurso, podemos citar: Lisboa-Itajaí, Rotterdam-New York, entre outros, e de 
médio percurso Santos-Buenos Aires, etc.
Você conhece um porto e seus navios? Visite o site em destaque então, pois este mostra todos 
os navios e portos em tempo real de movimentação! Acesse http://www.marinetraffic.com
Observe agora os principais tipos de comerciantes no exterior:
Importador-distribuidor: Subsidiária de vendas do produto-
exportador:
Rede de comércio atacadista e 
varejista:
É o tipo de comércio 
no país de destino, 
que se dedica 
ao comércio de 
importação e 
distribuição de 
mercadorias por 
ATACADO;
Empresa criada no país de 
destino, que se responsabiliza 
pela montagem e manutenção 
de rede de distribuição própria 
naquele mercado;
Estabelecida no país de 
destino, habitualmente 
mantém departamento 
próprio de importação e 
providencia a distribuição 
do produto, inclusive por 
intermédio de subsidiárias.
11
Condições de venda (incoterms)
Os direitos e obrigações recíprocos do exportador e importador são, dentro da estrutura de um 
contrato de compra e venda internacional, definidos pelos chamados Incoterms (International 
commercial terms) ou Termos internacionais de comércio, que estabelecem um conjunto-padrão 
de definições determinando regras e práticas neutras. Por exemplo: Onde o exportador deverá 
entregar a mercadoria? Quem paga o frete? Quem é o responsável pela contratação de seguro?
Os Incoterms são os agentes determinantes na Logística internacional, são eles que definem os 
direitos e obrigações mínimos do vendedor e do comprador quanto a fretes, seguros, movimen-
tação em terminais de cargas, liberações em alfândegas e obtenção de documentos. Mas, isso 
será visto mais detalhado na parte de comércio exterior. Para simplificar, a idéia de conhecer 
estes termos, seria para mostrar como os mesmos, influenciam diretamente a Logística Interna-
cional. A utilização de 14 destes termos internacionais, foi disciplinada pela Câmara de Comércio 
Internacional e divididos em grupos, para facilitar o atendimento. Abaixo uma breve apresentação 
destes:
Grupo “E” 
(Partida)
E de Ex (partida - mínima obrigação para o exportador) EXW - Ex works - A 
partir do local de produção (... local designado): fábrica, armazém, etc.
Grupo “F” Transporte internacional não pago F de Free (Transporte principal não pago 
pelo exportador) ou FCA - Free Carrier - Transportador livre (... local designado).
FAS Free alongside ship - Livre no costado do navio (... porto de embarque).
FOB Free on board - Livre a bordo (...porto de embarque designado).
Grupo 
“C”
Transporte internacional pago C de Cost ou Carriage (Transporte principal pago 
pelo exportador).
CFR Cost and freight - Custo e frete (...porto de destino designado).
CIF Cost, insurance amd freight - Custo, seguro e frete (... porto de destino 
designado).
CPT Carriage paid to - Transporte pago até (...local de destino designado).
CIP Carriage and insurance paid to - Transporte e seguros pagos até (...local de 
destino).
Grupo 
“D”
Chegada - D de delivery (Chegada - máxima obrigação para o exportador).
DES Delivered ex ship - Entregue a partir do navio (... porto de destino designado).
DEQ Delivered ex quay - Entregue a partir do cais (... porto de destino designado).
DDU Delivered duty unpaid - Entregue, direitos não pagos (... local de destino 
designado).
DDP Delivered duty paid - Entregue, direitos pagos (... local de destino designado).
12
Política econômica internacional
Com a abertura de mercado, circulação de informações e a formação dos blocos econômicos, a 
globalização acabou aproximando os povos e consequentemente aumentando a importância das 
relações internacionais na vida cotidiana de cada um.
A nível de governo, atualmente, a globalização faz com que as ações de política externa afetem 
diretamente a política interna e vice-versa, de modo que a linha que as separam seja quase 
imperceptível. Sendo assim, analisando as características do processo de globalização vivido 
atualmente, pode-se perceber que ela constitui, de fato, um novo direcionamento ideológico no 
contexto das relações internacionais, pois atua como linha mestra nas relações político-econô-
micas em todo o mundo. 
Globalização
O termo globalização, embora comporte diversas conceituações no âmbito da política econômi-
ca, caracteriza-se pelo crescimento da atividade econômica para além das fronteiras políticas, 
regionais e nacionais de um Estado, em proporções mundiais, possibilitando aos diversos atores, 
em movimentos migratórios, buscar nas trocas e nos investimentos o lucro pela livre concorrên-
cia. É um processo centrífugo e microeconômico.
O primeiro destes aspectos abrange o comportamento e as estratégias das empresas, com ati-
vos financeiros, com tecnologia e controle de haveres. As forças microeconômicas, de sua vez, 
podem ser estimuladas, como se asseverou anteriormente, pela atuação do poder público, tal 
como através da desregulamentação de mercados financeiros, reforço ou rebaixamento de en-
traves políticos à concorrência, às trocas, ao investimento.
Os efeitos da globalização, de modo muito sucinto, podem ser descritos como:
 ● Redução da distância econômica entre países, regiões e agentes; 
 ● Limitação da soberania dos governos nos planos nacional e internacio-
nal; 
 ● Perturbação dos oligopólios existentes, através da mudança das regras 
de mercado na luta pela vantagem competitiva entre empresas de um 
país ou entre países; 
 ● Interação das formas microeconômicas. A resultante destes efeitos é 
uma “interdependência” internacional, à luz das intrincadas relações en-
tre os mercados. 
De modo geral, dentro do espírito de livre concorrência, o mundo globalizado buscaa criação de 
economias de escala e o aumento de eficiência econômica das trocas, obviamente, ideais tam-
bém almejados nos processos de regionalização.
13
Blocos Econômicos
Um dos aspectos mais importantes na formação dos blocos econômicos é a redução ou a elimi-
nação das alíquotas de importação, com vistas à criação de zonas de livre comércio. 
Os blocos aumentam a interdependência das economias dos países membros.
Agora que você já sabe o que são Blocos Econômicos, vamos conhecer cada um deles, para 
isso, clique nos blocos abaixo:
União Europeia
Tem sua origem em 1957 na antiga CEE - Comunidade Econômica Européia. Em 1991 é apro-
vado em Maastricht (Holanda) o Tratado da União Européia, em 1992 consolida-se o Mercado 
Comum Europeu, com a eliminação de barreiras alfandegárias entre os países membros. 
O tratado da União Européia, já composto de dois outros, o da União Política e o da União Mo-
netária e Econômica, que estabelece a criação de uma moeda única (o EURO), entra em vigor 
em 1993, com a participação de 15 países, tornando-se o segundo maior bloco econômico do 
planeta, com uma população de 374 milhões de habitantes e um PIB de 8 trilhões de dólares. 
Em janeiro de 2007 com a entrada da Romênia e Bulgária a UE passa a ter 27 integrantes. Com 
essa nova configuração a União Européia passa a contar com uma população de quase 500 
milhões de pessoas, 20 línguas oficiais, o PIB (Produto Interno Bruto) em 2004 de aproximada-
mente 12,6 trilhões de dólares, superior ao PIB americano (11,5 trilhões de dólares), tornando-se 
o maior bloco econômico do planeta.
Nafta 
North American Free Trade Agreement
O Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) é um instrumento de integração das 
economias dos EUA, do Canadá e do México. Iniciado em 1988 por norte-americanos e canaden-
ses, o bloco recebe a adesão dos mexicanos em 1993. Com ele, consolida-se o intenso comércio 
regional da América do Norte. O Nafta entra em vigor em janeiro de 1994, com um prazo de 15 
anos para a total eliminação das barreiras alfandegárias entre os três países membros, Canadá, 
EUA e México.
14
Mercosul
Mercado Comum do Sul: Criado em 1991. Em 1995, instala-se uma zona de livre comércio, situa-
ção em que cerca de 90% das mercadorias fabricadas nos países membros podem ser comercia-
lizadas internamente sem tarifas de importação. O Mercosul cuja estrutura física e administrativa 
esta sediada em Montevidéu, tem um mercado potencial de 220 milhões de consumidores e um 
PIB de 1,1 trilhão de dólares. 
Deve-se considerar também que, no decorrer do século 21, a água será um elemento estratégico 
essencial, e neste caso é importante destacar que dentro do Mercosul estão as duas maiores ba-
cias hidrográficas do planeta: a do Prata e a da Amazônia. O Mercosul tem como atuais membros 
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Venezuela.
Alca
A Área de Livre Comércio das Américas (Alca) surge em 1994 com o objetivo de eliminar as bar-
reiras alfandegárias entre os 34 países americanos, exceto Cuba. As negociações para consoli-
dação da Alca estão congeladas, pois, entre os seus objetivos não revelados, um era minimizar 
a influência do Brasil no Mercosul, essa influência não aconteceu. 
APEC
A Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (Apec) é um bloco econômico formado para pro-
mover a abertura de mercado entre 20 países e Hong Kong (China), que respondem por cerca 
de metade do PIB e 40% do comércio mundial. 
Oficializada em 1993, pretende estabelecer a livre troca de mercadorias entre todos os países do 
grupo até 2020. Membros - Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, 
Filipinas Cingapura, Coréia do Sul, Tailândia, EUA (1989); China, Hong Kong (China), Taiwan 
(Formosa) (1991); México, Papua Nova Guiné (1993); Chile (1994); Peru, Federação Russa, 
Vietnã (1998).
ASEAN
A Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean) surge em 1967, na Tailândia, com o obje-
tivo de assegurar a estabilidade política e de acelerar o processo de desenvolvimento da região. 
Hoje, o bloco representa um mercado de 510 milhões de pessoas e um PIB de 725,3 bilhões de 
dólares. 
A eliminação das barreiras econômicas e alfandegárias entrará em vigor no ano 2002. Em 1999, 
a Asean admite como membro o Camboja. Membros - Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura, 
Tailândia(1967), Brunei (1984), Vietnã (1995), Mianmar, Laos (1997), Camboja (1999).
15
CARICOM
O Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom), criado em 1973, é um bloco de coopera-
ção econômica e política formado por 14 países e quatro territórios. Em 1998, Cuba foi admitida 
como observadora. 
O bloco marca para 1999 o início do livre comércio entre seus integrantes. Membros - Barbados, 
Guiana, Jamaica, Trinidad e Tobago (1973); Antígua e barbuda, Belize, Dominica, Granada, San-
ta Lúcia, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Névis (1974); Suriname (1995); Bahamas 
torna-se membro em 1983, mas não participa do mercado comum. O Haiti é admitido em julho 
de 1997, porém suas condições de acesso ainda não foram concluídas. Territórios: Montserrat 
(1974); ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Turks e Caicos (1991); Anguilla (1999).
CEI
A Comunidade dos estados Independentes (CEI) é uma organização criada em 1991 que reúne 
12 das 15 repúblicas que formavam a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Fi-
cam de fora apenas três países bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia. Organiza-se em uma confe-
deração de Estados, que preserva a soberania de cada um. 
A comunidade prevê a centralização das Forças Armadas e o uso de uma moeda comum: o rublo. 
Membros - Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Moldávia, Quirguistão, Tadjiquis-
tão, Turcomenistão, Ucrânia, Uzbequistão (1991); Georgia, Azerbaijão (1993).
CAFTA – DR
Central American Free Trade Agreement- Dominican Republic - O Congresso norte-americano 
aprovou o Cafta-DR (Acordo de Livre Comércio da América Central e República Dominicana) por 
217 a 215 votos, na madrugada desta quinta-feira (28/07/2005). O projeto vem sendo tratado 
como alternativa dos países desenvolvidos à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), cujas 
negociações estão emperradas. 
Apesar de o Brasil não participar diretamente do acordo, a aprovação do tratado pode beneficiar 
o país, pois o açúcar brasileiro ganharia competitividade com a eventual eliminação de cotas de 
importação ao produto nos EUA. O Cafta envolve, além dos EUA, Costa Rica, El Salvador, Nica-
rágua, Honduras, Guatemala e República Dominicana.
PACTO ANDINO
Bloco econômico instituído em 1969 pelo Acordo de Cartagena - seu nome oficial - com o objetivo 
de aumentar a integração comercial, política e econômica entre seus países-membros. Também 
é conhecido como Grupo ou Comunidade Andina. Membros: Bolívia, Colômbia, Equador e Peru 
(1969); Venezuela (1973). O Chile sai em 1976. O Panamá participa como observador.
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SADC
A Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) é estabelecida em 1992 
para incentivar as relações comerciais entre seus 14 países-membros, com o objetivo de criar 
um mercado comum e também promover esforços para estabelecer a paz e a segurança na 
conturbada região.
Há planos de adotar uma moeda comum em 2000. Membros: Angola, África do Sul, Botsuana, 
Lesoto, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, 
Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.
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Ferramentas chaves de logística
Quando falamos de ferramentas logísticas, estamos falando de uma maneira apropriada de 
administrar nosso estoque. Caberá a cada um de nós profissionais de logística analisarmos e 
sabermos qual delas se aplicará melhor à nossa realidade.
Não adianta termos somente os melhores softwares se não tivermos a(s) melhor(es) ferramenta(s) 
para nos auxiliar na logística, se não tivermos pessoal treinado e qualificadopara executá-las. 
A tecnologia está sempre presente. Os softwares trabalham de acordo com as informações que 
alimentamos o sistema, para nos dar as informações que solicitarmos, no momento em que pre-
cisarmos.
A seguir veremos algumas das ferramentas mais utilizadas nas empresas, para que possamos 
conhecê-las melhor e analisarmos qual delas devemos aplicar de acordo com a realidade de 
cada empresa. Siga em frente.
Just in Time 
O just in time surgiu no Japão, em meados da década de 70. Sua idéia básica e seu 
desenvolvimento, são creditados à Toyota Motor Comapny, que buscava um sistema de adminis-
tração que pudesse coordenar, precisamente a produção, com a demanda específica de diferen-
tes modelos e cores de veículos, com o tempo mínimo de atraso. 
O sistema de “puxar a produção à partir da demanda, produzindo em cada estágio somente os 
ítens necessários, nas quantidades necessárias e no momento necessário”. O JIT é muito mais 
que uma técnica ou um conjunto de técnicas de administração da produção, é considerado como 
uma ferramenta que inclui aspectos de administração de materiais, gestão da qualidade, 
arranjo físico, organização do trabalho, gestão de recursos humanos, entre outros.
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KANBAN
Metodologia de programação de compras, produção e controle de estoques extremamente pre-
cisa e ao mesmo tempo barata; que se utiliza de cartões, que permitem o controle visual da posi-
ção de estoque de qualquer ítem, a qualquer momento. Veja agora as principais ferramentas do 
KANBAN, para isso, clique nas abas abaixo.
Cross-Docking
Cross-Docking é um método que movimenta os produtos de um fornecedor através de um centro 
de distribuição, ou não, sem armazenar o produto por um longo tempo, permitindo a uma compa-
nhia acelerar o fluxo dos produtos para o consumidor.
VMI - Vendor Managent Inventory
Gerenciamento do estoque do cliente, efetuado pelo fornecedor com parâmetros acordados en-
tre as duas partes.
Condomínio ou Just-In-Sequence
Sistema de fornecimento onde os fornecedores estão instalados nas imediações das empresas, 
abastecendo as mesmas diretamente na linha de produção. Em seqüência, pré-estipula em tem-
pos determinados.
Mais ferramentas da logística
Vejamos agora mais algumas ferramentas utilizadas na logística.
 ● Consórcio Modular: Sistema de parceria entre modulistas e empresas, 
onde os fornecedores estão instalados dentro da planta das empresas e 
participam diretamente da produção das mesmas.
 ● Milk Run: “É um sistema de coleta programada de materiais, que utiliza 
um único equipamento de transporte, normalmente de algum Operador 
Logístico, para realizar as coletas em um ou mais fornecedores e entre-
gar os materiais no destino final, sempre em horários pré-estabelecidos.”
 ● Transit Point: Tem como objetivo atender à determinada região, distan-
te da fonte de abastecimento. Em um veículo maior, como uma carreta, 
as cargas são consolidadas e enviadas, serão repassadas em um local 
pré-determinado para outros veículos menores, facilitando o acesso até 
entrega ao cliente.
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Ferramentas de suporte
Agora vamos analisar, quais as ferramentas que nos darão um suporte ideal, para que possamos 
aprimorar nossa gestão logística. Vamos começar falando sobre a tecnologia da irnformação e a 
logística, veja!
A Tecnologia da Informação consiste em várias tecnologias que coletam, processam, arma-
zenam e transmitem informações com suporte de hardware e software, utilizados por toda uma 
cadeia logística para agrupar e analisar informações.
Os sistemas de informação que automatizam as áreas funcionais de uma empresa – vendas, ma-
rketing, produção, finanças contabilidade e recursos humanos, são cada vez mais procurados. É 
importante ressaltar que devemos ter muito cuidado na hora da aquisição. Estes sistemas são os 
primeiros a serem implantados na maioria das empresas.
Os principais sistemas de informações gerenciais dão suporte aos processos globais da empre-
sa, abrangendo todas as unidades organizacionais e conectando a empresa a seus clientes e 
fornecedores. Assim destacamos dentro dos processos logísticos os sistemas (ERP) sistemas 
para toda a empresas, (WMS) sistemas para centros de distribuição, (TMS) sistemas para em-
presas de transporte.
Para se fazer uso adequado da Tecnologia da Informação na Logística é importante que se te-
nha o conhecimento dos processos logísticos, sabendo quais são as melhores práticas a serem 
utilizadas para cada momento de seu processo. Na grande maioria das vezes, ainda, muitas 
empresas mal conhecem o conceito de Logística e menos ainda as ferramentas que podem dar 
a sustentação para o bom desempenho de suas atividades.
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ERP
ERP (Enterprise Resource Planning) - Planejamento dos Recursos da Empresa
Os sistemas ERP foram desenvolvidos nos anos 90. Estes sistemas integram e coordenam os 
principais processos da empresa através de um software, organizando e disseminando a infor-
mação de forma integrada entre as diferentes áreas da companhia. Essa integração faz uso de 
uma base de dados comum a toda empresa, consolidando assim toda a operação do negócio em 
um único ambiente computacional. Dessa forma, procura-se evitar redundâncias e inconsistên-
cias de dados, assegurando-se a integridade do fluxo de informações.
A grande vantagem da implementação do ERP advém da sua própria concepção integrada, per-
mitindo assim uma maior eficiência, eficácia e rapidez nos processos de coleta, armazenagem, 
transferência e processamento das informações corporativas. Esta concepção pode ser repre-
sentada pelos seguintes benefícios:
 ● Unicidade de dados: utilização da mesma informação por todos os seto-
res da empresa, conforme perfil do usuário;
 ● Integração das informações através da automação e padronização dos 
processos;
 ● redução dos inconvenientes proporcionados pela transferência de dados 
entre os diferentes setores de uma mesma empresa, eliminando interfa-
ces complexas e caras entre sistemas não projetados para compartilhar 
dados;
 ● produção e acesso a informações em tempo real por toda a empresa;
 ● Adoção de melhores práticas de negócio: obtenção de ganhos de pro-
dutividade e de velocidade de resposta da empresa suportados pelas 
funcionalidades do ERP;
 ● Redução de custos: otimização do fluxo de materiais através de um 
maior controle da informação e dos processos permitindo uma redução 
dos estoques e uma redução das atividades que não agregam valor;
 ● Melhoria no nível de serviço: auxílio na tomada de decisões suportados 
por uma base de dados que reflete a realidade da empresa e do merca-
do, permitindo identificar qual, quanto, como, quando e onde os recursos 
podem ser utilizados, gerando melhorias de qualidade, produtividade e 
de serviço prestado ao cliente interno e externo à empresa.
O sistema ERP hoje não é um diferencial competitivo, mas sim uma necessidade para as empre-
sas continuarem competitivas no mercado.
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WMS
WMS (Warehouse Management System) - Sistema de Gerenciamento de Armazém.
O sistema WMS trabalha com a integração de hardware, software e equipamentos periféricos 
para gerenciar espaço físico, estocagem, armazenagem, equipamentos e mão-de-obra em cen-
tro de distribuição (armazéns).
Os principais benefícios do WMS são:
 ● Funcionalidade de administração da mão-de-obra em tempo real;
 ● Planejamento, acompanhamento e funcionalidade de administração de 
mão-de-obra;
 ● Comunicação integrada com o sistema central;
 ● Desenvolvimento de software com parâmetros conforme necessidade 
do armazém;
 ● Controle do dispositivo de movimentação de material;
 ● Controle do equipamento de estocagem automatizado;
 ● Disponibilização de Informações em tempo real;
 ● Total adequação da funcionalidade do armazém.
 ● Programação e entrada de pedidos
 ● Planejamento e Alocação de Recursos● Pré-Recebimento e recebimento;
 ● Acompanhamento de Inspeção e Controle de Qualidade;
 ● Agilização na separação de pedidos;
 ● Expedição, Inventários;
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 ● Relatórios operacionais e gerenciais, Acuracidade de informações e 
banco de dados para o WMS;
 ● Melhoria na Ocupação do Espaço
 ● Redução de Erros de operações;
 ● Aumento de Produtividade.
Os benefícios mencionados são traduzidos em fatores quantitativos e fazem com que deter-
minadas empresas viabilizem implementação de um sistema WMS. Assim se a empresa está 
avaliando tal possibilidade, deve estar preparada para esta moderna integração das soluções de 
operações e processos.
EDI
EDI (Eletronic Data Interchange) - Intercâmbio Eletrônico de Dados. 
A idéia por trás do EDI é relativamente simples, muitas empresas utilizam computadores para 
organizar os processos comerciais e administrativos ou ainda para editar textos e documentos. A 
maioria das informações é introduzida no computador manualmente, através de digitação. Quan-
do as empresas se comunicam, por exemplo, para encomendar mercadorias ou cobrar os clien-
tes, porque, ao invés de imprimir relatórios em papel e enviá-lo por fax para seu parceiro, elas 
obterem uma forma de transferir eletronicamente essas informações diretamente do computador 
da empresa para os computadores de seus clientes, fornecedores, bancos e outros.
O Intercâmbio EDI padroniza a forma como os computadores enviam e recebem dados.
O EDI acelera o ritmo com que clientes e transportadores trocam informações operacionais como 
programações de embarque, roteiros de entrega e rastreamento da carga, além de permitir a 
emissão de faturas e romaneios livre de erros por eliminar a necessidade de interferência huma-
na no processo.
Dentre as várias facilidade destacamos os principais benefícios:
 ● Redução de custos administrativos e operacionais, frente a brusca 
redução dos trâmites, que originam montes de papéis, os quais operam 
em fluxos viciosos de vai-e-vem de vias de documentos, protocolos e 
assinaturas;
 ● Agilidade no processo, porque grandes volumes de dados comerciais 
podem ser comunicados de um computador a outro em questão de mi-
nutos, permitindo, por exemplo, reduzir prazos de entrega e garantindo 
maior satisfação por parte do cliente;
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 ● Eliminação de erros, o EDI elimina os inevitáveis erros resultantes da 
entrada manual de dados;
 ● Aumento da produtividade, pois o EDI permite que as companhias 
controlem e manejem melhor as necessidades de produção, compras 
e entregas. O EDI é um componente chave nos elos de ligação entre 
cliente, fornecedor e transportador na fabricação “just-in-time” e na “qui-
ck response”, apoio ao ECR, resultando em significativas reduções nos 
níveis de estoque.
Como já era de se esperar vários esforços foram feitos com relação a redução de papéis por 
conta de documentos a serem encaminhados entre as empresas. Em algumas empresas ainda 
existe uma pessoa responsável por passar por fax da carteira de pedidos aos seus fornecedores, 
apesar de ser coisa do passado. O EDI surgiu principalmente para agilizar este processo e ga-
rantir a precisão e segurança da informação.
ECR
ECR (Efficient Consumer Response) - Resposta Eficiente ao Consumidor.
Buscando inovar os resultados de produtividade do setor, foi implantado no Brasil, a exemplo de 
outros países, o conceito ECR trata-se de uma estratégia da indústria supermercadista na qual 
distribuidores e fornecedores trabalham em conjunto para proporcionar melhores resultados ao 
consumidor, enfocando a eficiência da cadeia de suprimento como um todo, em vez da eficiência 
individual das partes, derrubando os custos totais do sistema, dos estoques e bens físicos (ECR, 
1999).
O objetivo final do ECR é a geração de um sistema eficaz, direcionado ao consumidor, no qual 
distribuidores e fornecedores trabalhem juntos como aliados comerciais a fim de minimizar cus-
tos. Informações precisas e produtos de qualidade fluem por um sistema sem papéis entre a linha 
de produção e o check-out, com mínimo de perda ou interrupção entre as partes que o compõem.
Assim, são esperados a redução das perdas e o aumento do giro de estoque, obtendo recur-
sos para manter o negócio em andamento, oferecendo melhores produtos a preços acessíveis 
ao consumidor.
Veja agora os benefícios de sua utilização:
 ● Sortimento eficiente de loja – Otimizar a manutenção dos estoques e 
o espaço da loja, melhorando a interface com o consumidor;
 ● Reposição Eficiente – Otimizar o tempo e o custo no sistema de repo-
sição de produtos no estoque;
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 ● Promoção Eficiente – Aplicar sistema adequado ao tratamento de pro-
moção atingindo cliente e consumidor;
 ● Introdução Eficiente de Produto – Aplicar medidas de desenvolvimen-
to e introdução de novos produtos.
Mais ferramentas de suporte
Existem ainda várias ferramentas de suporte, que foram criadas para auxiliar a gestão logística, 
como:
 ● Código de Barras; 
 ● RFID - Radio Frequency Identification – Identificação via radiofreqüên-
cia; 
 ● CRM (Customer Relationship Management - Gerenciamento do Relacio-
namento com o Consumidor); 
 ● TMS (Transportation Management System – Sistema de Gestão de 
Transporte); 
 ● Internet e E-commerce, entre outras, que valem a pena serem pesqui-
sadas. 
A logística hoje, depende das ferramentas que a tecnologia da informação disponibiliza para 
acompanhamento dos diversos processos que envolvem os processos logísticos. A tecnologia 
da informação está evoluindo em ritmo acelerado, em velocidade e capacidade de armazena-
mento das informações, gerando simultaneamente reduções significativas de custos otimizando 
processos. 
Hoje temos várias opções, de tecnologia da informação para auxiliar a Logística, porém é im-
portante saber quais destas se adequam a realidade do negócio. A medida que a tecnologia da 
informação prossegue sua trajetória de contínua evolução, vão surgindo várias inovações que 
influenciam nas operações logísticas e que as aprimoram cada vez mais.
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Gerenciamento Logístico
Uma das mais importantes tendências comerciais do século XX foi a emergência da Logís-
tica como conceito integrado que abrange toda a cadeia de suprimentos, desde a matéria-prima 
até o ponto de consumo.
A filosofia fundamental, que está por trás deste conceito, é a do planejamento e coordenação 
do fluxo de materiais da fonte até o usuário como um sistema integrado, em vez de, como 
é o caso tão frequente, gerenciar o fluxo de bens como uma série de atividades independentes.
Desta forma, sob o regime de gerenciamento logístico, o objetivo é ligar o mercado, a rede de 
distribuição, o processo de fabricação e a atividade de aquisição, de tal modo que os clientes 
sejam servidos com níveis cada vez mais altos, ainda assim mantendo os custos baixos.
O ciclo de vida dos produtos está ficando cada vez menor, essa diminuição exige informações 
bem mais velozes, precisas e oportunas, que faz com que qualquer falha na qualidade, quanti-
dade ou processamento da informação seja fatal para a empresa. O que temos presenciado em 
muitos mercados é o efeito das mudanças de tecnologia e da demanda do consumidor, que se 
combinam para produzir mercados mais voláteis em que um produto pode ficar obsoleto quase 
tão logo seja lançado.
Esse encurtamento do ciclo de vida tem criado sérios problemas para o gerenciamento logístico. 
De modo particular, os ciclos de vida curtos exigem prazos menores, na verdade, nossa definição 
de prazo precisa ser mudada.
Entretanto, no ambiente atual, existe uma perspectiva mais ampla que precisa ser considerada. 
O prazo real é o tempo consumido desde a prancheta, passando pela aquisição de material, fa-
bricação e montagem, até a entrega do produto final. Este é o conceito de prazo estratégico, e o 
gerenciamento deste tempo é a chave do sucessono gerenciamento das operações logísticas.
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Principais desafios
O meio de alcançar o sucesso em tais mercados é acelerar o movimento através da cadeia de 
suprimentos e tornar todo o sistema logístico mais flexível e sensível a estes mercados em mu-
tação rápida.
Para conhecer os principais desafios do gerenciamento logístico, clique nas abas abaixo e veja!
Encurtar o fluxo logístico
As empresas tendem a encurtar os fluxos logísticos e trazê-los para próximo de suas plantas o 
que permite a operação adotando-se os princípios de Just-in-Time na entrega, e na fabricação, 
agilizando a colocação dos produtos no mercado. 
Entende-se por just-in-time como filosofia de manufatura baseada na eliminação de toda e qual-
quer perda e na melhoria contínua da produtividade. Envolve a execução com sucesso de todas 
as atividades de manufatura necessárias para gerar um produto final, desde o projeto até a en-
trega. Os elementos principais do Just-in-Time são: ter somente o estoque necessário, quando 
necessário; melhorar a qualidade tendendo a zero defeito; redução de tempo e tamanhos de 
lotes da produção; revisar as operações e realizar tudo isto a um custo mínimo. De forma ampla, 
aplica-se a todas as formas de manufatura, seções de trabalho e processos, bem como as ativi-
dades repetitivas, como estudamos anteriormente, nas ferramentas chave da logística.
Melhorar a visibilidade do fluxo logístico
A visibilidade do fluxo logístico é de vital importância para a identificação dos gargalos de produ-
ção e na redução dos estoques, para isto as barreiras departamentais devem ser quebradas e as 
informações compartilhadas. As estruturas devem ser voltadas para o mercado, caracterizadas 
pela qualidade dos sistemas de informação.
Gerenciar a logística como um sistema
O processo logístico deve ser gerenciado de forma sistêmica, pela importância na combinação 
da capacidade de produção com as necessidades do mercado. É importante que o processo re-
conheça os inter-relacionamentos e interligações da cadeia de eventos que conectam fornecedor 
ao cliente. 
É importante entender que o impacto de uma decisão em qualquer parte do sistema causará re-
flexos no sistema inteiro. Os gerentes devem identificar como finalidade principal adicionar valor 
ao seu negócio pelo enfoque no fluxo de materiais. 
A logística tem como essência a preocupação de obter vantagem competitiva em mercados cada 
vez mais voláteis, sobrevivendo às empresas que conseguirem adicionar valor ao cliente em 
prazos cada vez menores. 
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A finalidade principal de qualquer sistema lógico é a satisfação do cliente. Esta é uma idéia sim-
ples, nem sempre fácil de entender por gerentes envolvidos com o planejamento da produção ou 
controle de estoque, que parecem estar distante do mercado. O fato evidente é que todas orga-
nizações possuem o serviço ao cliente como meta. Em verdade, muitas pessoas de empresas 
bem sucedidas começaram a examinar os padrões de seus serviços internos para que todas as 
pessoas que trabalham no negócio compreendessem que elas deveriam prestar serviços para 
alguém, no caso o cliente. 
O objetivo deve ser estabelecido de uma cadeia de clientes, que liga as pessoas em todos os 
níveis de organização, direta ou indiretamente, ao mercado; o administrador é forçado a pensar 
e agir de forma sistêmica, transformando a logística, de ferramenta operacional em ferramenta 
estratégica para as empresas.
Logística reserva
A logística reversa também é conhecida por reversível, inversa ou verde, sendo a área da 
logística que trata, genericamente, do fluxo físico de produtos, embalagens ou outros materiais, 
desde o ponto de consumo até ao local de origem. Desde há muito tempo que existem proces-
sos de logística reversa, mas, não eram tratados e denominados como tal, como por exemplo, o 
retorno das garrafas (vasilhame), o recolhimento de lixos e resíduos. 
Atualmente é uma preocupação constante para todas as empresas e organizações públicas e 
privadas, tendo quatro grandes pilares de sustentação: 
 ● A conscientização dos problemas ambientais; 
 ● A sobre-lotação dos aterros; 
 ● A escassez de matérias primas; 
 ● As políticas e a legislação ambiental. 
A logística reversa aborda a questão da recuperação de produtos, parte de produtos, embala-
gens, materiais, entre outros, desde o ponto de consumo até ao local de origem ou de deposição 
em local seguro, com o menor risco ambiental possível. Assim, a logística reversa trata de um 
tema bastante sensível e muito oportuno, em que o desenvolvimento sustentável e as politícas 
ambientais, são um tema de relevo na atualidade.
Atualmente a logística não aborda somente os fluxos físicos e informacionais tradicionais, des-
de o ponto de origem, até ao local de consumo. É muito mais abrangente, envolvendo todos os 
fluxos físicos, informacionais, toda a gestão de materiais e toda a informação inerente, nos dois 
sentidos, direto e inverso. 
A logística reversa tem um papel preponderante, neste novo conceito de logística, muito mais 
global e abrangente, como poderemos constatar ao longo deste módulo.
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Conceito
O conceito de logística reversa, tem várias definições, em função dos autores ou organismos 
em causa. Apresentamos, em seguida, duas definições de logística reversa, segundo o CSCMP 
(Council of Supply Chain Management Profissionals), uma organização internacional, e segundo 
os autores Rogers e Tibben-Lembke, que têm dedicado grande parte do seu tempo à investiga-
ção, desenvolvimento e sistematização desta área da logística:
 ● Segundo o CSCMP, logística é “a parte do processo da cadeia de abas-
tecimento que planeja, implementa e controla o eficiente e eficaz fluxo 
direto e inverso (logística reversa), e a armazenagem de produtos, ser-
viços e informação relacionada, desde o ponto de origem até o ponto de 
consumo, em ordem a satisfazer os requisitos dos clientes.”
 ● Segundo os autores Rogers e Tibben-Lembke (1998), a logística 
reversa pode ser definida como: “o processo de planejamento, imple-
mentação e controle da eficiência e eficácia e dos custos, dos fluxos de 
matérias-primas, produtos em curso, produtos acabados e informação 
relacionada, desde o ponto de consumo até ao ponto de origem, com o 
objetivo de recapturar valor ou realizar a deposição adequada.” 
Em resumo, a logística reversa tem como objetivo principal, planejar, implementar e con-
trolar de um modo eficiente e eficaz: o retorno ou a recuperação de produtos; a redução do 
consumo de matérias primas; a reciclagem, a substituição e a reutilização de materiais; a de-
posição de resíduos; a reparação e refabricação de produtos; fechando o circuito da cadeia 
de abastecimento de uma forma completa, sendo este, o ciclo logístico.
Evolução da Logística Reversa
Desde muito tempo, existem processos de logística reversa, não eram tratados e denominados 
como tal, como por exemplo, o retorno das garrafas (vasilhame), a coleta de lixos e resíduos. Foi 
nos finais da década de 80, que teve ínicio o estudo aprofundado e a sistematização dos proces-
sos inerentes à logística reversa, tal como ela é presentemente.
O desenvolvimento e progresso da logística reversa tem sido impulsionado, em grande parte, pe-
las questões ambientais, relacionado com o problema da deposição das embalagens dos produ-
tos, da recuperação dos produtos, partes de produtos ou materiais, das devoluções de produtos 
em fim de vida, de produtos com defeito.
Tem existido um forte crescimento desta área da logística, não só pela legislação ambiental, a 
qual impõe leis mais exigentes, mas também pela conscientização ambiental das empresas, or-
ganizações e organismos públicos.
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Além destes dois aspectos que têm contribuído para o crescimento da logística reversa, existe 
um outro, de grande importância para as empresas, em geral: a logística reversa deve ser vistacomo uma nova oportunidade de negócio, não só porque as empresas têm a possibilidade de 
aumentarem os seus lucros, bem como, para o desenvolvimento tecnológico, apostando a indús-
tria em novos equipamentos e recursos, de modo a dar resposta ao constante progresso desta 
área da logística.
Em termos econômicos e financeiros, a logística reversa já representa cerca de 0,5% do Produto 
Interno Bruto, PIB dos E.U.A.. Esta vertente da logística encontra-se em franco desenvolvimen-
to, e é um grande potencial de negócio emergente para as empresas e organizações, pois, as 
politícas ambientais tendem a ser cada vez mais exigentes. Outro fator de grande importância, 
e que está diretamente relacionado com o grande aumento da logística reversa, é a compra de 
produtos através da internet, o chamado e-commerce. 
Com o crescimento exponencial das vendas on-line, os sistemas de logística reversa, no que 
diz respeito à questão da gestão das devoluções, tem crescido de uma forma abrupta. A compra 
on-line leva a que, derivado do fato de no momento da compra, não ser possível visualizar o 
produto fisicamente, de uma forma tangível, grande parte dos produtos seja devolvida, por não 
corresponder às expectativas do cliente, o que faz acionar os sistemas de logística reversa.
Podemos mesmo afirmar que a grande maioria dos sistemas de logística reversa, aparecem de-
vido à questão das devoluções. Os clientes são cada vez mais exigentes e caso os produtos não 
correspondam às suas expectativas, acionam o processo de devolução, o qual é disponibilizado 
por cada vez mais empresas, de modo a prestarem um serviço de pós-venda de qualidade cada 
vez melhor, tentando atingir ou mesmo ultrapassar as expectativas dos clientes. 
Deste modo é possível fidelizar o cliente, pois, estes preferem, na maioria dos casos, ter poucos 
fornecedores, em detrimento de vários, mas que correspondam ou mesmo superem as suas 
expectativas.
Processos e fluxos logísticos reversos
Como já foi descrito anteriormente, a logística reversa aplica-se a todos os fluxos físicos inversos, 
isto é, do ponto de consumo até à origem ou deposição em local seguro de embalagens, produtos 
em fim de vida, devoluções, etc, tendo as mais variadas áreas de aplicação, como por exemplo: 
 ● Componentes para a indústria automobilística; 
 ● Vendas por catálogo; 
 ● Frigoríficos, máquinas de lavar e outros eletrodomésticos; 
 ● Computadores, impressoras e fotocopiadoras; 
 ● Embalagens; 
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 ● Pilhas; 
 ● Baterias; 
 ● Revistas, jornais e livros.
Estes fluxos físicos de sentido inverso, estão ligados às novas indústrias de reaproveitamento 
de produtos ou materiais em fim de ciclo de vida, tais como: desperdícios e detritos, transfor-
mação de certos tipos de lixo, produtos deteriorados ou objeto de reclamação e consequente 
devolução, retorno de embalagens utilizadas e a reciclar, veículos e outros tipo de equipamentos 
em fim de vida.
Os dois sistemas, logística direta ou forward e logística reversa ou reverse, integram e acres-
centam valor à cadeia de abastecimento com o ciclo completo, e para poderem sobreviver devem 
ser de certo modo competitivos, minimizando os custos de transporte, na medida do possível, 
otimizando os veículos no retorno, com o transporte de devoluções, material para reciclar, des-
perdícios e produtos deteriorados, permitindo rentabilizar e otimizar o transporte, minimizando os 
respectivos custos.
As principais atividades, na logística reversa, são as seguintes:
 ● Retorno do produto à origem; 
 ● Revenda do produto retornado; 
 ● Venda do produto num mercado secundário; 
 ● Venda do produto via outlet; 
 ● Venda do produto com desconto; 
 ● Remanufatura; 
 ● Reciclagem; 
 ● Reparação ou reabilitação; 
 ● Doação. 
São várias as atividades e processos da logística reversa, estando representados os mais co-
muns. Desde o recolhimento dos diferentes resíduos ou produtos, passando pelo acondiciona-
mento dos mesmos, até à sua expedição e transporte, para o destino mais apropriado, seja para 
efeitos de reciclagem, devolução, para revenda, para deposição em local seguro ou mesmo para 
destruição, em certos casos de resíduos perigosos.
31
No que concerne à cadeia dos produtos recuperados, grande parte pode não ser reciclável, e as-
sim, não será reutilizável. Alguns podem apenas não ser reutilizáveis, pois, tratam-se de produtos 
que, em grande parte dos casos, não podem ou não devem ser reutilizados, por razões técnicas 
ou econômicas. Estes produtos deverão ser depositados em locais seguros, apropriados e licen-
ciados de acordo com a legislação vigente, para o efeito.
Isto aplica-se, por exemplo, a produtos rejeitados quando da separação face ao elevado núme-
ro de componentes, aplica-se também a resíduos perigosos que não podem ser reciclados, ou 
ainda a produtos cuja prazo de validade tenha expirado. Nestes casos, os referidos resíduos 
serão alvo de um processo logístico adicional, dependendo do tipo de resíduo e do grau de pe-
riculosidade, que envolverá a sua destruição ecológica, como por exemplo, a incineração ou a 
co-incineração, avaliando-se, caso a caso, qual o processo mais apropriado.
Os lixos ou resíduos não recicláveis e não perigosos, são depositados em aterros, em sucessivas 
camadas, sendo as camadas compactadas através de veículos próprios para essa finalidade, 
sendo o aterro selado após a sua capacidade estar completa. 
Após a selagem, grande parte dos aterros pode ser convertido em zonas verdes ou ajardinadas, 
de modo a, melhorar o impacto visual do mesmo, e poder ter uma finalidade totalmente distinta 
da que teve enquanto local para a deposição de lixos.
Principais processos reversos
Agora iremos abordar e desenvolver os processos, que ao nosso entender, têm mais peso nos 
fluxos físicos inversos: as devoluções e os componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para 
reciclagem.
As devoluções representam grande parte dos fluxos físicos inversos, na cadeia de abasteci-
mento, e dividem-se em duas grandes vertentes: as devoluções pelo consumidor, em venda 
direta, e as devoluções por erros de expedição. As devoluções realizadas pelo consumidor 
final de um produto, numa venda direta, têm crescido e a tendência é de continuarem a crescer, 
derivado do fato de que os clientes estarem cada vez mais exigentes e as suas expectativas cada 
vez maiores.
Em resposta as empresas e organizações, por vezes em cumprimento da legislação própria de 
cada país, mas, cada vez mais por sua livre e espontânea vontade, e independentemente da 
existência de legislação ou não, permitem ao cliente ou ao consumidor, devolver o produto adqui-
rido, caso este não corresponda às suas expectativas ou no caso das vendas por catálogo ou as 
vendas on-line, caso o cliente queira, aceitarem a devolução do produto adquirido sem restrições. 
Trata-se sobretudo, de um fator de competitividade das empresas, face à globalização do comér-
cio, para a qual tem contribuído em larga escala o e-commerce, que atualmente têm um enorme 
peso no total das vendas de produtos e serviços, a nível mundial.
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Como é óbvio, existe um custo associado a este tipo de devolução, o qual é suportado pelas 
empresas e que terá tendência para continuar a aumentar, pelas razões anteriormente descritas, 
pois, trata-se, sobretudo de aumentar a competitividade em relação à concorrência, tentando 
continuamente melhorar a qualidade do serviço prestado ao cliente.
As devoluções por erros de expedição, são o tipo de devolução que acontece por qualquer erro 
que tenha existido na expedição de determinado produto. Estes erros têm variadas razões para 
acontecerem, entre as quais, destacamos as seguintes: 
 ● Má etiquetagem;
 ● Falhas do operador logístico;
 ● Erros humanos; 
 ● Coordenação entre diferentes operadores logísticos. 
Ao contrário das devoluções por vendadireta, ao consumidor, as devoluções por erros de ex-
pedição, podem ser reduzidas e minimizadas, através de vários processos de armazenagem e 
expedição, que estão hoje disponíveis, no mercado.
Destacamos os seguintes: a informatização de sistemas de recepção, expedição e transporte, a 
leitura por código de barras, o EDI (Electronic Data Interchange), entre outros. Portanto, o cus-
to logístico das devoluções por erros ou falhas de expedição ou transporte, pode ser controlado 
pelas empresas e organizações, estando ao alcance a redução destes custos, através das ferra-
mentas referidas no parágrafo anterior. Trata-se, apenas, de escolher as ferramentas que melhor 
se adaptem a determinado negócio, sendo inclusive possível personalizar estas ferramentas a 
cada realidade distinta.
O retorno dos produtos sujeitos ao processo de devolução, ou seja, o fluxo físico inverso desde 
o ponto de venda ou consumo, até à origem, deverá ser realizado, sempre que for possível, pelo 
mesmo meio de transporte pelo qual é realizada a sua entrega no local de consumo, isto é, o 
fluxo físico direto. Deste modo, é possível otimizar a cadeia de abastecimento, direta e inversa, 
rentabilizando o transporte ao máximo. Normalmente, os produtos sujeitos a devolução, são ar-
mazenados em locais destinados para o efeito, em áreas restritas do armazém , de modo a evitar 
erros de expedição, evitando que fisicamente os produtos misturem-se aos outros.
Em relação aos componentes ou produtos em fim de ciclo de vida para reciclagem, o seu número 
tem aumentado de uma forma exponencial, derivado de vários fatores, entre os quais, destaca-
mos os seguintes três: o primeiro fator que destacamos é o da conscientização da sociedade, 
para a questão da sustentabilidade do meio ambiente. 
Cada vez mais, a sociedade têm o dever de colaborar nas políticas ambientais, realizando, cada 
um de nós, a separação dos lixos, de acordo com o tipo de resíduos ou lixos em causa, e depo-
sitando-os, nos locais destinados para esse fim (ecoponto).
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É nos países mais desenvolvidos, e com maior qualidade de vida, onde existe o maior número de 
pessoas conscientes desta realidade, colaborando na separação e recolhimento dos diferentes 
tipos de resíduos domésticos, que em grande parte podem ser reciclados, sendo deste modo, 
reaproveitados ou a sua matéria-prima reutilizada em novos produtos. 
Deste modo, estamos também contribuindo para que, somente os resíduos orgânicos, tenham de 
ser depositados em local próprio (por exemplo, os aterros). Em relação aos resíduos industriais, a 
política deverá ser idêntica, ou ainda mais exigente, pois, as indústrias produzem grandes quan-
tidades de resíduos e lixos, e por vezes, bastante perigosos e tóxicos.
O segundo fato que destacamos, é a legislação ambiental, a qual é cada vez mais restritiva, 
em relação à questão dos resíduos, lixos e detritos. As políticas e a legislação ambiental, tende, 
nos vários países e comunidades, a ser cada vez mais exigente e restritiva. Ao nível da União 
Européia, existem diretivas comuns acerca deste tema. Para os países que não cumpram a le-
gislação, em caso de violação, existem sanções, as quais deverão ser aplicadas em função dos 
danos ambientais causados.
O terceiro e último fator que destacamos, é o desenvolvimento e o progresso tecnológico. 
Os processos industriais e os próprios equipamentos industriais, das indústrias que se dedi-
cam à reciclagem, estão em evolução permanente, permitindo, deste modo, que cada vez mais 
componentes de produtos de diferentes materiais, possam ser reciclados e conseqüentemente 
reutilizados ou reaproveitados, como matéria-prima, em produtos novos. 
Existe cada vez mais empresas, especializadas na gestão integral de resíduos, realizando, gran-
de parte delas o recolhimento, transporte, separação e deposição no local próprio, e algumas 
delas, executando a própria reciclagem.
Conclusão e desafios futuros
A logística reversa é um enorme desafio para todas as empresas e organizações, e também para 
a criação de novas empresas, que vêem nesta área uma oportunidade única para investimento, 
possibilitando o aparecimento de novos lucros, pois, cada vez mais, os produtos em fim de ciclo 
de vida deverão ser decompostos em componentes recicláveis ou em caso de não ser possível, 
esses componentes serem depositados em local seguro.
A evolução e progresso da logística reversa, a nível tecnológico, tem permitido a descoberta de 
novos equipamentos e de novos processos de decomposição e de transformação química, con-
tribuíndo, assim, para que o objetivo de atingirmos, um dia, os 100% de componentes recicláveis 
ou reaproveitáveis.
Trata-se de uma nova área de negócio, em todos os sentidos, potenciando a criação e desen-
volvimento de cada vez mais, empresas especializadas nesta área, contribuíndo, não só, para a 
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criação de valor, empregando mais pessoas, mas também tentando inverter, ou mesmo regredir, 
o processo de deteriorização do nosso meio ambiente. Muitas empresas e organizações, veêm 
a logística reversa como um custo.
Algumas empresas, encaram a logística reversa como uma oportunidade nova para obter ganhos 
significativos com a otimização dos processos logísticos, tendo ganhos e recuperando valor, atra-
vés dos subprodutos gerados.
A logística reversa deve ser encarada, nas empresas e organizações, como uma atividade 
transversal a todos os departamentos, pois, só assim será possível obter ganhos operacio-
nais e financeiros relevantes. Toda a organização deverá colaborar e participar nos processos 
inerentes a esta atividade, desde o presidente executivo, passando pelos vários departamentos, 
recursos humanos, marketing, comercial, financeiro, até à produção.
A logística reversa é um processo chave na fidelização dos clientes, não só, pelos proces-
sos de devoluções, satisfazendo as necessidades dos clientes, mas também pelo processo de 
pós-venda, no qual o cliente é assistido e aconselhado, permitindo a sua satisfação plena, com a 
qualidade do serviço prestado por determinada empresa ou organização.
A sustentabilidade do nosso planeta a nível ambiental, a legislação ambiental cada vez mais 
restritiva e a escassez de recursos naturais, são os principais fatores que contribuem para que 
a logística reversa seja a área da logística com um futuro promissor. Cada vez mais, os clientes 
valorizam as empresas que possuem políticas ambientais mais exigentes, sendo um fator 
de competitividade entre empresas e logo uma estratégia de diferenciação entre empresas con-
correntes.
Todos nós, estamos contribuindo no processo da logística reversa, quando fazemos a separação 
dos vários resíduos e embalagens dos produtos que consumimos no nosso dia-a-dia, e os colo-
camos nos recipientes adequados, o seu recolhimento, para posterior reciclagem ou caso não 
seja possível, deposição em local seguro. 
Somente através de uma postura pró-ativa, neste domínio, poderemos dar uma forte contribuição 
para a diminuição dos detritos e desperdícios, que não sendo separados e recolhidos, não so-
frerão um processo de reciclagem, sendo o seu destino mais provável, um aterro ou uma lixeira.
Principalmente nos países do 3º mundo, ainda existem lixeiras a céu aberto, o que será insus-
tentável dentro de poucos anos. As políticas e diretivas ambientais, deverão passar por acordos 
globais, a nível mundial, e para que sejam cumpridos, será necessária uma fiscalização isenta, 
eficiente e objetiva, de modo a que os governos locais, por vezes, mais preocupados com as 
questões econômicas, não passem para segundo plano os temas relacionados com o meio am-
biente, ignorando e violando o mesmo, algumas vezes,a própria legislação ambiental.
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Assim, todos nós participamos no processo da logística reversa, e devemos ter uma postura de 
conscientização dos nossos familiares mais próximos, no sentido de cadavez mais pessoas te-
rem a noção da importância desta questão, contribuindo para a sustentabilidade do nosso meio 
ambiente.
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