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Anatomia e Fisiologia Neonatal Disciplina: Fisiopatologia Clínica em Pediatria e Neonatologia Profª. Ms. Nícia Farias Braga Maciel Fisiologia Respiratória Neonatal Fisiologia Respiratória Neonatal • Período glandular (7ª a 17ª sem): formação de brônquios e bronquíolos até a 15ª geração. • Período canalicular (17ª a 24-28ªsem): bronquíolos respiratórios e primeiros alvéolos • 20ª sem: Formação de pneumócitos II e do surfactante • 34-36ª sem: Aumento significativo dos pneumócitos II Fisiologia Respiratória Neonatal • Período saco terminal (24ª sem ao nascimento): multiplicam-se os sacos alveolares e aumento da interfase alvéolo-capilar. • Período alveolar: nascimento até 8 anos de idade. • 20 milhões de alvéolos Stages of lung development. A, Embryonic: 0 to 6 weeks. B, Pseudoglandular: 7 to 16 weeks. C, Canalicular: 16 to 24 weeks. D, Terminal saccular: 24 to 40 weeks. E, Alveolar-postnatal Fisiologia Respiratória Neonatal Período Embrionário: 3ª a 6ª semana Agenesia e estenose traqueal Fístula Traqueoesofágica Sequestro Pulmonar Período Alveolar: 36ª semana a 3 Anos Proliferação e Desenvolvimento Alveolar Invaginação alveolar por capilares pulmonares = Membrana Alveolo- Capilar Período Canalicular: 16ª a 26ª semana Formação de Unidades de troca gasosa Sacos Terminais/Alvéolos Primitivos Proporção de tecido conectivo parenquimatoso diminui Desenvolvimento de capilares pulmonares Período Pseudoglandular: 6ª a 16ª semana Desenvolvimento das vias aéreas de condução Cistos Broncogênicos Enfisema lobar congênito Hérnia Diafragmática Período de Transição - Nascimento • Passagem pelo canal do parto (Parto Normal). • Interrupção da circulação placentária. • Início da ventilação pulmonar e do trabalho respiratório. • Mudanças na circulação fetal. • Choque térmico. • Fim do suprimento energético pela placenta. A Respiração Normal • Depende de fatores, a saber: • Diferenças de pressões; • Contrações musculares; • Complancência pulmonar; • Fluxo; Diafragma e mm intercostais externos ECOM e escalenos (inspiração forçada) Pressão negativa vence forças elásticas dos pulmões e caixa torácica Gradiente – Pressão alveolar e pressão atmosférica Inspiração Expiração Relaxamento mm inspiratórios Pressão elástica é transmitida para os pulmões Pressão alveolar positiva A Respiração Normal Fisiologia Respiratória Neonatal Características Anatômicas do RN • Tórax transversalmente cilíndrico . • Costelas principalmente cartilaginosas, que se estendem da coluna em ângulo reto. • Esterno menos calcificado. • Diafragma horizontalizado , composto por 25% de fibras tipo 1; • Maior predomínio de fibras de contração rápida, que apresenta menor capacidade oxidativa e maior propensão a fadiga. • Vísceras abdominais maiores. Características Anatômicas do RN Narinas estreitas Respiração Nasal Língua Grande Glote Alta C3-C4 Cordas Vocais Oblíquas Anel cricóide estreitado Occipital grande Laringe Anteriorizada Características Anatômicas do RN Características Anatômicas do RN Alvéolos em menor número ao nascimento Via aérea de menor calibre Maior Resistência da via aérea Características Anatômicas do RN Complacência Pulmonar Complacência Pulmonar • É o grau de distensibilidade pulmonar. • É medida através da relação entre uma variação de volume e de pressão. • A complacência diminui na SDR. Complacência = ∆ Volume ∆ Pressão Complacência Pulmonar Complacência Pulmonar Complacência pulmonar diminuída por: - Precursores alveolares de parede espessa - Menor quantidade de elastina - Menor produção de surfactante Complacência da caixa torácica aumentada por: - Arcos costais horizontalizados e menos rígidos - Musculatura intercostal pouco desenvolvida Pressão Alveolar • A pressão alveolar varia pela quantidade de surfactante presente nos alvéolos. • O surfactante é produzido pelos pneumócitos II • A formação de surfactante ocorre na fase canalicular. • A função do surfactante é de reduzir a tensão superficial da água. • A deficiência do surfactante leva à SDR. Pressão Alveolar Pressão Alveolar Pressão Alveolar Volumes Pulmonares Volumes Pulmonares • A PaO2 em RN pode ser de 70 mm Hg ou menos. • Observa-se alteração da relação ventilação perfusão. • A CRF pode ser menor que o volume de fechamento, fazendo com que vias aéreas ou partes do pulmão não se expandam durante a inspiração. Dessaturação Fisiologia Respiratória RN x Adulto Fisiologia Cardíaca Neonatal Fisiologia Cardíaca Neonatal • O sistema cardíaco é o primeiro a funcionar no embrião. • É formado a partir da 3ª semana de desenvolvimento embrionário. Circulação Fetal • Existem três shunts que param de funcionar ao nascimento. ▫ Choro gera distensão pulmonar e queda da pressão pulmonar, gerando um desvio de sangue para o pulmão. • Forame Oval: é uma abertura entre os átrios direito e esquerdo do coração; ▫ A reversão do gradiente de pressão faz com que ele se feche; ▫ Encerra sua função, aproximadamente, 1 minuto após o nascimento. Porém, o fechamento anatômico ocorre em 2 semanas; Circulação Fetal • Ducto Arterial: desvia o sangue da artéria pulmonar para a aorta, evitando os pulmões; ▫ Quando ocorre a dilatação das arteríolas pulmonares em resposta a necessidade de oxigênio dos pulmões e aumento do CO2 faz com que o ducto arterial se feche completamente; ▫ O encerramento da função ocorre em 15 horas, porém, o fechamento anatômico ocorre por volta da 3ª semana de vida; • Ducto Venoso: é uma estrutura que permite que a maior parte do sangue oxigenado desvie do fígado, entrando na veia cava inferior; ▫ O pinçamento do cordão, interrompe o fluxo sangüíneo através do ducto venoso, entrando então em constrição, fechando-se anatomicamente em, aproximadamente, 2 semanas; Circulação Fetal Fisiologia Cardíaca Neonatal • Na função cardíaca neonatal, pode-se observar: ▫ Complacência ventricular diminuída; ▫ Menor resposta ao aumento da pressão de enchimento ventricular. ▫ Apresenta menor contratilidade do miocárdio. ▫ Taquicardia>200 bpm e bradicardia <90 bpm Fisiologia Cardíaca Neonatal Fisiologia Cardíaca Neonatal
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