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RESENHA DOCUMENTÁRIO RESISTANCE

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O presente documentário dirigido por Michael Graziano adentra o mundo dos microrganismos, explorando o declínio na eficácia dos antibióticos e o recente, e alarmante aumento de micróbios resistentes às drogas disponíveis atualmente. O uso clínico excessivo e inadequado de medicamentos é um agravante de toda a problemática que envolve a ineficiência dos antibióticos, porém, como exposto no documentário, o uso rotineiro de fármacos antimicrobianos na indústria agropecuária é provavelmente o cerne da questão.
Como destacado, fazendeiros americanos usam rotineiramente antibióticos para fazer suas criações de porcos crescerem mais, e mais rápido, como também para prevenir doenças, muitas vezes causadas pelas condições de confinamento em que os animais são mantidos, aliado a uma dieta pouco natural. Ao consumir carne de animais tratados com antibióticos, você estará consumindo tais drogas em doses baixas. Depois de décadas desta prática, a resistência a antibióticos em seres humanos tem aumentado substancialmente.
O documentário pauta em diversas situações que uso inadequado de antibióticos aumenta as chances de selecionar as bactérias mais resistentes aos medicamentos, tornando-as mais difícil tratá-las, o que é caracterizado como um campo de batalha Darwiniano. É perceptível que a taxa de mutações adaptativas aos mecanismos de ação dos fármacos antimicrobianos, é crescente e tem se dado de forma muito acelerada, fazendo com que em poucos anos as drogas disponíveis se tronem ineficazes. Outro agravante é a existência de poucas pesquisas que visam o desenvolvimento de novos antibióticos, em vista do alto custo e do pouco retorno à indústria farmacêutica. 
É perceptível que, cientificamente falando, nós mal arranhamos a superfície em relação a tudo o que há para saber sobre as bactérias e demais microrganismos, esta limitação em um futuro próximo pode ser decisiva para o desenvolvimento de novas armas seguras e eficientes. Como visto em todos os documentários diversos especialistas emitiram avisos fortes, dizendo que estamos rapidamente voltando à era pré-antibiótica, quando alguns dos mais importantes avanços na medicina moderna como os cuidados intensivos, transplantes de órgãos, cuidados de bebês prematuros, e cirurgias, futuramente não serão mais possíveis.

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