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Introdução ao Sistema Nervoso – O sistema nervoso é responsável pelo ajuste do organismo ao ambiente. Sua função é perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas condições. É a parte do organismo que transmite sinais entre as diferentes partes do organismo e coordena suas ações voluntarias e involuntárias. É formado por um conjunto de órgãos que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, interpretá-los e arquiva-los ou elaborar respostas, as quais, podem ser dadas na forma de movimentos ou sensações. É formado basicamente por dois tipos celulares – Neurônios; Células da glia – o Schwann; o Astrócitos; o Micróglia; o Oligodendrócito; o Função – Nutrição; Proteção; Isolamento; Sustentação; Enfim, mantém todo o meio extracelular favorável para o normal funcionamento dos neurônios. Neurônio – Morfologia – Unipolar – o Possui apenas corpo celular e axônio; o É encontrado na retina; Bipolar – o Possui corpo celular, dendrito e porção final do axônio; o É encontrado na mucosa Pseudounipolar – o Possui dendrito, axônio, porção final do axônio e corpo celular; o É encontrado nos nervos sensitivos do sistema nervoso periférico; Multipolar – o Mais comum no SNC; o Vários dendritos, corpo celular, axônio e porção final do axônio. Células da Glia – Oligodendrócito – o É responsável pela produção da bainha de mielina. É encontrada no SNC. Células de Schwann – o Também produz bainha de mielina, porém, na região do SNP (sistema nervoso periférico). Astrócito – o Nutrição; o Sustentação; Micróglia – o São responsáveis por fazerem fagocitose; Células Ependimárias – o Revestem as paredes dos ventrículos cerebrais e o canal central da medula espinal; o É responsável, juntamente com o tecido conjuntivo, produz um liquido que circula e é movimentado dentro do SNC por cílios, este líquido é chamado de Licor. o O conjunto das células ependimárias e o tec. conjuntivo é chamado de plexos corióideos; o É possível ser visualizado entre o cerebelo e o tronco encefálico; Tipos de Neurônios – Quanto a sua posição – Neurônios localizados na periferia de nosso corpo, colhendo informações (captando sensações) da periferia e mandando esta informação para o SNC, e no SNC haverá um neurônio que receberá a mensagem e encaminhará para os neurônios do SNC. Neurônio sensorial – Neurônio periférico que capta as sensações e envia para o SNC; Inerva a musculatura estriada esquelética; É um neurônio aferente; Neurônio Associativo – Interliga o neurônio sensorial (periférico) e o neurônio SNC que gera respostas; Neurônio Motor – Recebe estímulos periféricos enviados pelo neurônio sensorial e encaminhadas pelo neurônio associativo, e o neurônio motor irá gerar e enviar uma resposta; É um neurônio eferente; Organização Anatômica do Sistema Nervoso – SNC – Todas as estruturas do SN que estão protegidas por ossos; Encéfalo – todo o conteúdo cranial do SNC; o Cérebro – dividido em lobos: Lobo frontal; Lobo Parietal; Lobo Occipital; Lobo Temporal. O cérebro ainda é dividido em: Telencéfalo; Diencéfalo – subdividido em: o Tálamo; o Hipotálamo; o Tronco Encefálico – Comunicação entre cérebro e medula espinal; É responsável por transmitir todos os impulsos sensitivos que saem do cérebro para a periferia; É responsável por controlar o ritmo e profundidade respiratória; E ainda, é responsável por controlar a pressão arterial. o Cerebelo – Localizado posteriormente ao tronco encefálico e inferiormente ao cérebro; É responsável por manter os tônus muscular basal e aprendizado motor; Os artistas, músicos etc., aprendem a desenvolver suas habilidades motoras através do cerebelo; Medula – C1 a L1 ou L2; Cérebro – subdividido em: Telencéfalo – também conhecido como córtex cerebral; Diencéfalo – subdividido em: o Tálamo – toda informação que chega ao telencéfalo, deve passar pelo tálamo, portanto, é responsável por determinar a intensidade da resposta nervosa que ocorrerá no telencéfalo; o Hipotálamo – controla toda a homeostase corpórea, o sistema nervoso autônomo e a glândula hipófise, que por sua vez, controla toda a produção hormonal do organismo; Tronco Encefálico – dividido em: Mesencéfalo – porção superior do tronco encefálico; Ponte – porção intermediaria do tronco encefálico – o É responsável pela comunicação com o cerebelo, encaminhando a ele toda a informação motora enviada pelo cérebro; Bulbo ou Medulo Oblonga – porção inferior do tronco encefálico – o É responsável pelo centro respiratório; o Quando sofre depressão (por opioides e afins), a respiração é prejudicada; Sistema Nervoso Periférico (SNP) – Todas as outras que não estão protegidas por ossos; Nervos Cranianos – 12 pares (do lado direito e do esquerdo) – cada um destes nervos desempenha uma função diferente, cada nervo contendo função sensitiva ou motora, ou ainda, as duas. Tem origem no tronco encefálico; Nervos Raquidianos ou Nervos Espinais – 31 pares – tem origem no forame vertebral; Gânglios Nervosos – Aglomerado de corpos celulares de neurônios encontrados fora do SNC; Receptores Nervosos – subdivididos em: o Livres; o Encapsulados – “bainha de tecido conjuntivo”; O SNP pode ser dividido funcionalmente em: Sistema Nervoso Voluntário (somático) – o Aferente – colheita de informações externas, neurônios sensitivos; o Eferente – neurônios motores, inervam o musculo estriado esquelético; o Ações conscientes – andar, falar, pensar, movimentos adversos; Sistema Nervoso Autônomo (visceral) – o Possui uma parte aferente – composta por visceroceptores responsáveis pela colheita de informações internas, das vísceras; o E possui uma parte eferente, que inerva a musculatura cardíaca e lisa, glândulas – dividida em: Simpático – liberação de substancias químicas que causam efeito no organismo como um todo, por exemplo, a liberação de adrenalina que acelera os batimentos cardíacos; Parassimpático – na maioria das vezes, é uma forma de reação às substancias químicas liberadas pelo sistema simpático, ou seja, uma é antagônica a outra, no caso da liberação da adrenalina pelo sistema simpático, ocorrerá a liberação de acetilcolina pelo sistema parassimpático; o Ações inconscientes – controle da digestão, batimentos cardíacos, movimento das vísceras, etc.; Nervo – é o conjunto de axônios de neurônios, é como se fosse um prolongamento de um neurônio que pode percorrer grande extensão em nosso corpo. Nervo – classificação – I) Quanto ao tipo de neurônio – Sensitivos ou aferentes (contém apenas neurônios sensitivos); Motores ou eferentes (contém apenas neurônio motores); Mistos (contém neurônios sensitivos e motores) – 7º par de nervo craniano, conhecido também como nervo facial, movimenta músculos faciais e recebe estímulos externos; II) Quanto a posição anatômica – Cranianos (ligados ao encéfalo) – 12 pares; Raquidianos ou espinais (ligados à medula) – 31 pares; 14/02/18 Vias Sensitivas e o Córtex Sensitivo – Em cada uma das vias aferentes deverão ser estudados os seguintes elementos – O Receptor – ficam espalhados por todo o corpo, são preparados para perceber diferentestipos de sensibilidade: dor, temperatura, tato, e, de acordo com o estimulo percebido, ele será encaminhado para determinada região do sistema nervoso. São passiveis de uma boa ou ruim captação de estímulos, e a transmissão destes estímulos também está sujeita a falhas, o que pode atrapalhar a resposta corporal. Os receptores, em recém-nascidos, passam por uma “maturação”, um período de evolução, em que o indivíduo vai aprendendo a entender e responder os estímulos captados por seus receptores (bebe que aprende a levantar a cabeça, engatinhar, andar, etc.); O Trajeto Periférico – é formado por vários neurônios, que formam um nervo, e o tipo neuronal mais comum é o neurônio pseudounipolar. Como é formado por um neurônio pseudounipolar, os corpos neuronais ficam localizados no meio do trajeto entre o receptor e o SN onde o neurônio se liga, portanto, deveremos encontrar gânglios próximos ao SN; O Trajeto Central – é formado por um neurônio que se insere na medula espinal e se origina no encéfalo (podendo ser no tálamo ou córtex); A Área de Projeção Cortical – é a região que recebe uma informação ou que envia uma ordem para a periferia, sendo dividido em duas partes, uma para recepção de estímulos e outra para envio de ordens de motricidade, e na região circunvizinha há regiões denominadas “associativas”, que auxiliam na interpretação de um estímulo e elaboração de uma resposta; União dos receptores ao córtex através de uma cadeia de neurônios formado por – Neurônio I; Neurônio II; Neurônio III; Algumas vezes um Neurônio IV; Em sua grande maioria os neurônios nos grupos de Neurônios II a IV não são pseudopolares, normalmente são bipolares ou multipolares. No local onde há um aglomerado de corpos neuronais no SNC é chamado de “núcleo”, quando ocorre no SNP é chamado de “gânglio”. Os neurônios no SNC se comunicam entre si. Morfologia das Vias Aferentes – Receptores – Receptores de dor – nociceptores – Amplamente espalhados pelo corpo, exceto no sistema nervo, portanto, o SN não dói, no entanto, o SN é envolvido por uma manta de tecido conjuntivo chamada de dura-máter, e esta é passível de dor, da onde resulta a dor de cabeça. Quanto mais superficial, maior a quantidade de receptores, e com isso, maior a percepção de dor, maior será o estimulo recebido e enviado ao SN. Terminações livres – estão sujeitas a alterações nos nociceptores que causam dor – Térmicos; Mecânicos; Químicos. Morfologia das Vias Aferentes – Calibre dos Axônio – Alguns axônios serão revestidos por uma bainha de mielina, enquanto que, outros não, e em alguns a bainha de mielina é mais espessa que em outros. A bainha de mielina auxilia na transmissão do estimulo captado pelo receptor para o SN, sendo que, quanto mais espessa a bainha de mielina, mais rápida será a transmissão do estimulo. Quando não há bainha de mielina no axônio, a dor será menos intensa e mais duradoura, será prolongada. Enquanto que, nos neurônios com axônios revestidos por uma bainha de mielina, serão condutores de uma dor rápida, mais intensa, porém, de menor durabilidade. Portanto, as fibras de dor são divididas em: Dor rápida – fibras do tipo Aẟ; Dor Lenta – fibras do tipo C; Vias de Condução da Dor – Via rápida – Neoespinotalâmica – Lâmina I de Rexed; Via lenta – Paleoespinotalâmica – Lâmina V de Rexed; Os nervos que transmitem a dor chegam a medula sempre por seu corno posterior, dependendo do hemilado, diferindo, por exemplo, se a dor veio do lado direito, chegará à medula pelo corno posterior direito, se ligando a lamina de Rexed específica e pela substancia cinzenta. Ao chegar a medula espinal, o nervo se encaminha para a substancia branca na região lateral ou anterior do lado oposto do corno de chegada do nervo, e será denominado a partir dai de “Trato”, e se encaminhará para o encéfalo. Divisões da Medula – O funículo posterior é delimitado entre os dois cornos posteriores. O funículo anterior é delimitado entre os dois sulcos laterais anteriores. Dentro do funículo posterior há 2 fascículos cuneiformes e 2 fascículos grácil. Os funículos laterais são delimitados pelo sulco lateral posterior e pelo sulco lateral anterior. Vias Aferentes que Penetram o SNC por Nervos Raquidianos – Vias dolorosas e de temperatura trafegam pela mesma região, portanto, se danificadas, o indivíduo perde simultaneamente a percepção destas. Via Neoespinotalâmica – Os axônios periféricos pseudounipolares que chegam a medula espinal através dos cornos posteriores, fazem sinapse com outro axônio neuronal (multipolar) que cruzam a medula espinal e este sai da substancia cinzenta e para atravessar a medula espinal para o funículo lateral ele passa pela comissura branca anterior e entra também na substancia branca, transformando assim então em trato espino-talâmico, que se inicia na medula espinal e vai até o tálamo. Conforme o trato espino-talâmico vai acendendo, ele vai encontrando com outros axônios neuronais e vai aumentando sua espessura. Após passar pelo bulbo no tronco encefálico, o trato espino-talâmico lateral (dor e temperatura) encontra outro trato espino-talâmico, o anterior (tato), e passa a ser chamado então de Lemnisco, se dirigindo até o tálamo, onde se encerrará o segundo neurônio e onde este fará sinapse com um terceiro neurônio que levará o estimulo para a área de projeção. O tálamo funciona como um amplificador do sinal elétrico do estimulo, aumentando a intensidade do sinal, pois chegam menos neurônios que fazem sinapse com uma quantidade muito maior de neurônios que redistribuem o estimulo no córtex proporcionando a capacidade de identificar com maior exatidão o local do estímulo. Os estímulos desta via sempre serão avaliados pelo córtex contralateral a região excitada, por exemplo, se o estimulo for do lado esquerdo, ele será avaliado pelo lado direito do córtex. Via Paleoespino-talâmica – A fibra entra pelo corno posterior na medula espinal e faz sinapse com o segundo neurônio, parte cruzam para o lado contralateral e parte se mantém na mesma região. A parte do 2º neurônio que cruzam, sobem juntamente ao trato espino- talâmico lateral para o tronco encefálico, enquanto que, a parte que não cruzou a medula espinal sobe através do trato paleoespino-talâmico. Grande parte dos neurônios que sobem pelo trato paleoespino-talâmico se acumulam em uma região chamada substancia reticular, já transmitindo o estimulo de dor, porém, com pequena exatidão, enquanto que, uma pequena parte dos neurônios que sobem pelo trato paleoespino-talâmico ao chegarem na região da substancia reticular fazem sinapse um 3º neurônio que levará o estímulo até o tálamo que amplificará o estímulo o encaminhando a um 4º neurônio e dirigindo-o para as áreas de projeção, ainda assim, o estímulo tem menor exatidão quando comparados aqueles transmitidos pelo trato espino-talâmico. Formação Reticular – é um aglomerado de corpos de neurônios, localizado no tronco encefálico. Cápsula Interna – A Coroa Radiada é a formação de vários axônios a partir da área de recepção para as áreas de projeções, sendo responsável pelo espalhamento do estimulado que chega ao córtex, levando os estímulos para as áreas de associação. Se for um estímulo de sensibilidade, é usada para a interpretação mais precisa do estímulo, se for motora, para que seja possível lapidar o movimento. Córtex Sensorial – Telencéfalo – Responsável pela capacidade de propriocepção consciente, permitindo que consigamos reconhecer localidades ou objetos de formaconsciente e gerar respostas aos seus estímulos, por exemplo, ao andar em uma região esburacada com os olhos fechados, o indivíduo é capaz de se manter em pé, e seus passos são ajustados para caminhar da melhor forma possível. É a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão. Hemisfério Cerebral Esquerdo – o Polo frontal; o Polo occipital; o Pelo temporal; Hemisfério Cerebral Direito; o Polo frontal; o Polo occipital; o Pelo temporal; Corpo Caloso – é uma comissura 21/02/18 Sulcos – Sulco do Cíngulo Sulco Paracentral Ramo Marginal do Sulco do Cíngulo Sulco Sub Parietal Sulco do Corpo Caloso Sulco Parieto-occipital Lóbulo Paracentral Pré Cúneus Sulco Parieto-occipital Giro do Cíngulo Cúneos Sulco Calcarino Vias Aferentes que penetram o SNC por Nervos Raquidianos – Vias de Pressão e Tato – Protopático – apenas com o toque é possível identificar a proximidade, por exemplo, se alguém toca em nosso ombro, sabemos que há alguém próximo a nós; Epicrítico e sensibilidade vibratória – através do tato podemos identificar o tipo de objeto que estamos tocando (epicrítico), a sensibilidade vibratória permite que possamos identificar através da vibração e de uma proeminência óssea (por exemplo: epicôndilo lateral do úmero); Obs.: é possível que haja um paciente que possua a percepção protopática preservada, ele pode ter sofrido danos nas outras vias perceptivas. Portanto, quando é feito o exame, começa-se por um exercício mais simples e vai gradualmente para a mais complexa. Isso pode ocorrer pois na medula elas transitam por caminhos diferentes, e através destes exames é possível identificar uma lesão medular. Porém, a lesão pode ocorrer sobre os receptores, como na patologia de hanseníase. Pode haver uma variável ainda na região medular lesada, pois, na parte mais inferior da medula, lesionará a via mais afetando apenas os membros inferiores, e, por outro lado, se for na parte mais superior da medula, poderá afetar membros inferiores e superiores. Vias de Pressão e Tato Protopático – Vias de Tato Epicrítico, Sensibilidade Vibratória – Da metade inferior da medula para baixo, há apenas o fascículo grácil, da metade superior da medula para cima há o fascículo grácil e o cuneiforme. O neurônio, nesta via, entra pela região do corno posterior na medula espinal, mas não penetra o corno, não atravessa para nenhum lado, se direciona para o fascículo respectivo (grácil ou cuneiforme) que também fica na região posterior da medula, e ascende para encéfalo pelo mesmo lado que chega a medula. Se direcionando para o encéfalo, quando chega ao bulbo (do tronco encefálico), chegando no bulbo faz sinapse com o 2º neurônio (que tem o corpo no tubérculo grácil) e neste momento há o cruzamento para o lado oposto, avançando anteriormente e se espalhando abrindo caminho para a formação do lemnisco medial, e ascendendo para o tálamo. Obs.: Se ocorrer um acidente e for lesionada a parte anterior da medula se perderá o tato protopático, se for lesionado a região posterior da medula, se perderá o tato epicrítico. Se a lesão medular for em um hemilado, se perderá o tato protopático do lado oposto e o tato epicrítico do mesmo lado. Vias de Propriocepção – É a capacidade de percepção de auto localização, e determinação do local e posição corporal. É uma propriedade capaz de identificar se as articulações estão flexionadas ou estendidas, os receptores locais nos músculos conseguem perceber quando poderá haver uma luxação por exemplo (pisa-se em um buraco e o pé se ajusta através de reflexo) e através da contração muscular gera-se um reflexo para impedir que ocorra a luxação. Consciente – depende de uma chegada da informação ao córtex; Inconsciente – a informação e a resposta chegam e partem do cerebelo; Receptores – Fusos neuromusculares – presente nas fibras musculares, se despolariza quando a fibra começa a ser utilizada; Órgão Tendinoso de golgi – presente nos tendões, se despolariza na tensão exercida sobre o tendão; Obs.: o mesmo receptor participa das duas formas de propriocepção (consciente e inconsciente). Obs.: é uma via idêntica à do tato epicrítico. Neste caso, o 1º neurônio chega pelo corno posterior, faz a sinapse com o 2º neurônio na medula, e pode cruzar a medula ou não, ascendendo ao cerebelo pelos funículos laterais, dando origem então aos tratos espinocerebelar posterior (neurônio que não cruza) e espinocerebelar anterior (neurônio que cruza a medula). Esta via é bilateral – há vias neuronais seguindo pela medula pelo lado direito e também pelo lado esquerdo. Na ponte há uma estrutura chamada pedúnculo cerebelar, onde o neurônio que subiu no lado ipsilateral continuará no mesmo sentido, e os neurônios que cruzaram a medula para o lado oposto, descruzará e voltará para o lado ipsilateral de origem, portanto, o cerebelo irá fazer a leitura das informações ipsilateralmente. Esta via possui apenas 2 neurônios, chegando e terminando no cerebelo, não avançando até o tálamo, e a segunda sinapse ocorre já no cerebelo com os neurônios interpretativos. Caso – Paciente de 18 anos, sexo masculino, trazido pelo SAMU à unidade de pronto atendimento (UPA) com histórico de trauma raquimedular, ao exame físico foi possível constatar ausência de sensibilidade dolorosa térmica e tato protopático no hemicorpo direito. Questões – a) Qual ou quais funículos medulares estariam envolvidos na lesão? b) Quais tratos ou fascículos afetados? c) Dos elementos acima mencionados em qual hemilado medular eles se localizam? d) Qual o segmento medular lesado? Respostas – a) Funículos anterior e lateral; b) Trato espino-talâmico anterior e lateral; c) Se localizam no hemilado esquerdo; d) Cérvico-torácica. 28/02/18 Sensibilidade Especial Áreas corticais – Vias visuais; Vias auditivas; Vias do equilíbrio; Vias olfativas; Vias gustativas. Lâmina Cribriforme Percepção em nível de cavidade nasal. Quando se vai passar uma sonda nasal (nasogástrica, nasoentérica ou nasotraqueal) ela adentra a cavidade nasal começa a se curvar quando chega na região dos nervos olfatórios, gerando um certo desgaste sobre eles, podendo interferir na capacidade de transdução de sinal olfatório, ou seja, podendo diminuir a capacidade de sentir cheiros. Os nervos olfatórios são os primeiros neurônios da via olfatória, ou seja, são os neurônios de 1ª ordem. Na parte final destes neurônios há a vesícula olfatória que contém muitos cílios que por sua vez contém quimioceptores, logo, concluímos que os “cheiros” que sentimos precisam ligar-se quimicamente aos quimioceptores para que haja a transdução de sinal e conceda a informação olfatória. Os neurônios de 1ª ordem da via olfatória são neurônios bipolares. Estima-se que no homem há cerca de 400 tipos de receptores, estes são específicos. Nos receptores há proteínas receptoras que auxiliam na discriminação de agentes odoríferos. Cada cheiro pode seguir por um neurônio diferente, e podendo chegar ao córtex em uma região diferente, além disso, o córtex armazena os cheiros Via Olfativa sentidos, para que essa informação seja utilizada futuramente.E ainda, após chegar ao córtex, alguns cheiros podem ser encaminhados para as amigdalas para desempenhar outra função, até mesmo relacionada ao paladar. Prolongamento central do neurônio I ou de 1ª ordem – são amielínicas – formam o nervo olfatório. Embora não haja uma bainha de mielina, não há prejuízo do ponto de vista funcional, pois a informação tem que transitar por um espaço curto para chegar ao córtex. O nervo olfatório não pode ser identificado macroscopicamente, sem o microscópio podemos identificar o nervo olfatório como a estrutura até o bulbo, após chegar ao bulbo olfatório ele faz sinapse com o neurônio de 2ª ordem e forma o glomérulo olfatório. O glomérulo olfatório é formado por uma grande quantidade de axônios dos neurônios de 1ª ordem em contato com uma única ramificação dendrítica do neurônio de 2ª ordem. O neurônio de 2ª ordem emite seus dendritos, e cada dendrito emite ramificações dendríticas, e cada ramificação dendrítica faz sinapse com muitos neurônios de 1ª ordem. No bulbo estão os corpos do 2º neurônio da via olfatória, e ainda, contém os glomérulos olfatórios. Se houver uma lesão no bulbo, toda a via olfatória é comprometida, pois é a região onde ocorre a primeira sinapse. Célula mitral – 2º neurônio da via olfatória. Os axônios de 2ª ordem formam o trato olfatório. É assim chamado pois trata-se de uma região interna, onde já houve uma sinapse, e, portanto, é chamado de trato. A partir do trato olfatório, aparecem as estrias olfatórias, são os neurônios do trato olfatório se encaminhando em direção ao córtex, a grande parte se encaminha lateralmente, enquanto uma pequena parte se direciona medialmente. Os neurônios do trato olfatório saem do bulbo e se encaminham em direção posterior, a maior parte segue no sentido ipsilateral, e uma pequena parte cruza, através de uma estrutura chamada comissura anterior (semelhante a comissura da medula), para o lado contralateral. Portanto, por se tratar de uma pequena quantidade de neurônios que cruzam de um lado para o outro, esta é uma via considerada funcionalmente como homolateral. O neurônio de 2ª ordem segue até o Úncus, que é uma área de projeção, os neurônios fazem sinapse com um terceiro neurônio, e este segue pelo giro hipocampal, adentra no giro do cíngulo e chega ao giro reto, no giro reto faz sinapse com um quarto neurônio. Dentro do úncus há a amigdala, que é um agrupamento de corpos de neurônios. Alguns neurônios do trato olfatória chegam até a amigdala e fazem sinapse. Na amigdala os axônios dos neurônios se encaminham pelo fórnice e chegam ao corpo mamilar (corpo celular de neurônios), se transformam em um trato chamado mamilotalâmico e chegam ao tálamo, que, por sua vez, irá amplificar a informação olfatória e espalha essa informação pelo giro do cíngulo, envia para mais neurônios para o giro reto e espalha para todo o córtex. Fórnice – axônios de neurônios que saem da amigdala. Obs.: Apenas o 1º neurônio da via olfativa é amielinizado, a partir do 2º neurônio, todos possuem bainha de mielina. Fazem parte da região límbica – do prazer – o úncus, as amigdalas, o corpo mamilar, o trato mamilotalâmico. Nesta região é possível identificar se gostamos ou não de determinado odor. Vias Gustativas O mapa de percepção de sabores indica a região onde os receptores para determinado sabor identificam mais intensamente os sabores, mas, não significa que tal sabor é percebido somente em tal região, o sabor é identificado na língua como um todo, mas cada região possui maior quantidade de determinado receptor. Neurônio I – Nervo facial – VII par – o Nervo intermédio – raiz sensitiva; o 2/3 anteriores da língua – tudo que é captado nesta região é transmitido através do VII par de nervo facial - Corda do tímpano; Nervo lingual – V par. Nervo glossofaríngeo – IX par – o 1/3 posterior da língua; Nervo Vago – X par – o Epiglote e esôfago proximal. Quando alguma substancia entra em contato com a língua, os dendritos do neurônio (corda do tímpano) captam a sensação e levam até a região dos gânglios, onde está o corpo do neurônio, então a outra porção do neurônio irá em direção ao bulbo no tronco encefálico. A porção proximal deste neurônio faz parte do nervo intermédio, enquanto que a porção distal faz parte do nervo corda do tímpano. Neste caso, trata-se de um neurônio pseudounipolar. O mesmo neurônio faz parte de duas estruturas – nervo intermédio e corda do tímpano. Dos nervos contidos na língua (vago, glossofaríngeo, lingual e facial) apenas o nervo lingual não possui sensação especial. Os neurônios advindos dos nervos: glossofaríngeo, vago e intermédio chegam a uma região chamado de núcleo solitário no bulbo (tronco encefálico). Nesta região fazem sinapse com o 2º neurônio e se encaminham então para o tálamo, subindo pelo tronco encefálico. No tálamo ocorre uma segunda sinapse, e o 3º neurônio encaminha a informação para o córtex gustativo no giro pós-central. Caminho – Corda do tímpano gânglio geniculado nervo intermédio núcleo solitário (trato solitário) sinapse com 2º neurônio tálamo 2ª sinapse com o 3º neurônio vai para córtex, para o giro pós-central no sulco pós central. Obs.: apenas o primeiro neurônio desta via é pseudounipolar, os demais, são todos multipolares. A percepção gustativa também levará informações para a região límbica, mas o prazer é em grande parte advindo da via olfativa e em menor parte da via gustativa, portanto, se a via olfativa estiver danificada, o prazer da comida poderá estar em grande parte comprometida. 07/03/18 Vias da Visão Estrutura Óssea – Órbita – há cerca de 6 músculos nesta região – tem a função de movimentar a órbita (4 retos e 2 oblíquos). Pálpebras – conteúdo de tecido cutâneo, com uma estrutura muscular que contorna a região orbital, há presença de muitos cílios na região palpebral. Além de proteção, as pálpebras são responsáveis pelo espalhamento do liquido de lubrificação do globo ocular, no momento de piscada há o espalhamento. A piscada ocorre como um reflexo, podendo ocorrer involuntariamente. Conjuntiva – é o revestimento da região palpebral. Esclera – é toda a região que atua como o esqueleto do olho, organizando toda a estrutura ocular. É dentro da esclera que há a presença dos receptores, responsáveis pela transdução do sinal. Córnea – região translucida do olho, na região mais anterior do globo ocular. Câmara Anterior – localizada logo atrás da córnea, preenchida por um volume líquido. Íris e Corpo Ciliar – são responsáveis pelo controle do volume de luz que adentra o olho, controlando o tamanho da pupila, contraindo-a ou dilatando-a. Esta região, assim como a pálpebra, depende de uma análise da quantidade de luz para que possa exercer sua função. O Reflexo Pupilar é utilizado para testes sobre a integridade da via ótica, identificando se o paciente está sob o efeito de danos na via ou de anestesia, etc. Cristalino – funciona como uma lente, e a partir de seus movimentos, há o direcionamento dos raios luminosos, concedendo a capacidade de focalização Corpo Vítreo – é um conteúdo liquido que envolve toda a esclera. Retina – é o local que residem os fotorreceptores, ou seja, é nesta região que se inicia a transdução do sinal ótico. É uma região vascularizada. Mácula – é uma região com coloração clara, localizada no fundo da retina, onde há uma concentração de fotorreceptores.É uma região de grande concentração de cones (fotorreceptores), ao contrário do restante da retina, que há predomínio de bastonetes. Nervo Óptico Na via da visão, os neurônios de 1ª, 2ª e 3ª ordem, estão contidos dentro da retina, apenas o 4º neurônio irá transmitir a informação para fora do globo ocular e para o encéfalo. Neurônio I – de 1ª Ordem – Cones – o Maior predomínio na mácula, na região central da mácula, denominada fóvea, há somente cones, e o cristalino direciona a luminosidade para esta região, nos concedendo melhor habilidade de visão diurna; Bastonetes – o 20 x mais; o Mais concentrados na periferia; São neurônios bipolares também, com a região transdutora de sinal (fotorreceptora); Neurônio II – Células bipolares; Sem transdutor de sinal, responsável apenas pela transmissão de sinal; Para cada cone, há um neurônio II para transmitir a informação, e há apenas um neurônio II para um emaranhado de bastonetes; Neurônio III – Tem uma morfologia de neurônio bipolar, porém, com axônio mais longo; É uma célula ganglionar, que faz parte do nervo óptico propriamente dito; Segue até o corpo geniculado lateral; Fibras nas Vias Ópticas – Retino-hipotalâmicas; Retino-tectais; Retino-pré-tectais; Retino-geniculadas. Glândula Pineal – Secreta melatonina – através do qual muitos órgãos aceleram ou diminuem a sua funcionalidade baseado na quantidade de melatonina, que depende, por sua vez, da quantidade de luminosidade. Retina Nasal – o neurônio III avança pelo nervo óptico e cruza para o lado oposto. Retina Temporal – o neurônio III avança pelo nervo óptico e não cruza, continua do lado ipsilateral. Isso ocorre, pois, a retina nasal do olho direito juntamente com a retina temporal do olho esquerdo percebe o campo visual direito, enquanto o campo visual esquerdo é percebido pela retina nasal esquerda e a retina temporal direita. Nervo Óptico – axônios dos neurônios III da retina nasal e temporal de um único olho. Quiasma Óptico – é o cruzamento dos axônios dos neurônios III da retina nasal dos dois olhos. Lesão no Quiasma – resulta na perda da visão oriunda da retina nasal de ambos os olhos. Lesão no Nervo Óptico – pode resultar na perda da visão da retina temporal de apenas um dos olhos. Trato Óptico – denominação dos axônios após a passagem pelo quiasma, local onde há axônios dos neurônios da retina temporal ipsilateral e axônios dos neurônios da retina nasal contralateral. Lesão no Trato Óptico – perda de visão do campo visual contralateral ao trato lesionado, se a lesão for no trato esquerdo ocorre a perca do campo visual direito. Fibras Retino-Hipotalâmicas – Alguns neurônios III, após passarem pelo quiasma, ascendem em direção hipotálamo, mais especificamente, ao núcleo supraquiasmático (que fica dentro do hipotálamo), onde faz sinapse com o 4º neurônio, que se encaminha para a glândula pineal, fornecendo informações de luminosidade que irão interferir na produção do hormônio melatonina. Fibras Retino-Tectais – Alguns neurônios do trato óptico se encaminham em direção ao mesencéfalo, adentrando o colículo superior, na área tectal, na região central do colículo superior, um neurônio sensorial que chega ao colículo superior (no mesencéfalo) faz sinapse com outros dois neurônios sensoriais, nesta região um neurônio sensorial faz sinapse com um neurônio motor ipsilateral e o outro neurônio sensorial faz sinapse com um outro neurônio motor, este contralateral, estes neurônios motores irão controlar os reflexos das pupilas. Fibras Retino-Pré-Tectais – Controla as pálpebras e os movimentos da órbita, através dos músculos: reto lateral, medial, superior, inferior, obliquo superior e inferior. Alguns neurônios chegam ao núcleo pré-tectal, na região periférica do colículo superior, fazendo sinapse com um neurônio motor, que irá se encaminhar para a região orbital para controlar os músculos da órbita. Fibras Retino-Geniculares – As fibras dos neurônios III chegam ao corpo geniculado, onde fazem sinapse com o 4º neurônio, e este irá em direção ao córtex visual, na região posterior do encéfalo. O axônio do 4º neuronio passa pelo lobo temporal, e, se houver lesoes nesta região, pode haver perca visual se forem danificados os axônios do 4º neuronio. Os axônios que fazem caminho pelo lobo temporal, formam as radiações ópticas. O axônio do 4º neurônio segue em direcao ao lobo occipital, onde a informacao será interpretada. O hemisferio direito irá analisar imagens do lado esquerdo, e o hemisfério do lado esquerdo irá interpretar as informações do lado direito. Uma lesão na área do sulco parieto- occipital acarreta uma perca visual direcionada as cores, porém, uma lesão na região do sulco calcarineo acarretará uma perca visual completa, pois afetará completamente o 4º neurônio. Os neurônios precisam chegar na região do sulco Calcarino para que ocorra a interpretação, sendo na região do lábio superior ou do lábio inferior. Lesões –
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