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* * * Sistema nervoso autônomo Sistema responsável pelo controle das funções viscerais como pressão arterial, motilidade do trato gastrointestinal, vesical e sudorese. * * * Sistema nervoso autônomo Este sistema é regulado por centros medulares, pelos núcleos do tronco encefálico como também pelo hipotálamo. * * * Sistema nervoso autônomo Anatomicamente fazemos a distinção de três sistemas que compõe o sistema nervoso autônomo: Simpático, Parassimpático e Entérico. * * * Sistema Nervoso Autônomo Simpático Conta com uma cadeia de gânglios simpáticos paravertebrais situadas bilateralmente ao lado da coluna vertebral torácica e lombar. * * * Sistema Nervoso Autônomo Simpático Os neurônos pré-ganglionares, isto é, aqueles que interligam a medula espinhal com o gânglio nervoso, é curto, eferindo do corno lateral do H medular. As fibras pós-ganglionares, aquelas que partem dos gânglios, são longas atingindo os órgãos alvo do sistema nervoso autônomo simpático. * * * Sistema Nervoso Autônomo Simpático As fibras pré-ganglionares simpáticas fazem sinapses num gânglio nervoso liberando acetilcolina (ACh), atuando sobre receptores nicotínicos. Já as fibras pós-ganglionares simpáticas fazem sinapses com os órgãos alvo com liberação de noradrenalina e ou adrenalina, atuando sobre receptores adrenérgicos alpha e ou beta, dependendo do tecido envolvido. * * * Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Anatomicamente o sistema nervoso autônomo parassimpático situa-se na porção cranial e caudal da coluna vertebral. * * * Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Geralmente as fibras pré-ganglionares são longas (contrário ao SNA Simpático) e as fibras pós-ganglionares são curtas já que os gânglios nervosos, neste sistema, situam-se próximos ao tecido alvo. * * * Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático A maior parte das fibras (75%) do sistema nervoso autônomo parassimpático são provenientes do nervo vago. * * * Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Outros pares de nervos cranianos deixam o sistema nervoso compondo o sistema parassimpático: III (nervo óculomotor), VII (nervo facial) e IX (nervo glossofaríngeo). * * * Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Os receptores ganglionares, a exemplo do sistema nervoso autônomo simpático, são colinérgicos nicotínicos enquanto que nas terminações (órgãos alvo) os receptores são muscarínicos (subdivididos ainda em diversos tipos, dependendo do órgão envolvido). * * * Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Receptor muscarínico M1, M3 e M5 Na célula muscular lisa: contração muscular através da liberação de cálcio no citoplasma – actina/miosina. Na célula endotelial: vasodilatação – cálcio ativa a síntese de ON que age na musculatura lisa. M2 e M4 São relaxantes – no músculo cardíaco: Diminuição da concentração de Ca2+, por diminuição da atividade dos canais de Ca2+ dependentes da voltagem. Aumento da concentração de K+, via canais dependentes de receptores; * * * Sistema Nervoso Autônomo Receptor nicotínico Nn - O subtipo n encontra-se presente na membrana de um leque relativamente extenso de neurônios, sendo o responsável pela propagação do estímulo em todos os circuitos nervosos que têm como neurotransmissor a acetilcolina (ACh). Estes circuitos incluem todo o sistema nervoso parassimpático, e a parte pré-ganglionar do sistema nervoso simpático. Os receptores Nn encontram-se também presentes no sistema nervoso central. Nm - Receptores "musculares" que estão presentes na placa motora. A sua ativação causa despolarização e contração do músculo esquelético, responsável pelos movimentos voluntários. * * * Secreção e Remoção dos Neurotransmissores As fibras simpáticas e parassimpáticas apenas tocam as células efetoras, apresentam uma dilatação bulbosa denominada varicosidades contendo vesículas de noradrenalina e acetilcolina * * * Secreção e Remoção dos Neurotransmissores O aumento da permeabilidade aos íons cálcio permite difusão do neurotransmissor para o interior do neurônio. * * * Secreção e Remoção dos Neurotransmissores Na fenda sináptica ocorrerá remoção do neurotransmissor por difusão, por recaptação pelas vesículas ou pela degradação enzimática (acetilcolinesterase – AChE). * * * Atividade Fisiológica dos Receptores Autonômicos Alpha 1: vasoconstrição, midríase, glicogenólise hepática, relaxamento da musculatura lisa do trato gastrointestinal, secreção salivar espessa, secreção de suor nas extremidades (suor frio). * * * Atividade Fisiológica dos Receptores Autonômicos Alpha 2: inibem a liberação do neurotransmissor, atuando como um mecanismo de feedback negativo. Controlam a liberação de insulina pelo pâncreas endócrino. * * * Atividade Fisiológica dos Receptores Autonômicos - Beta 1: taquicardia, lipólise e relaxamento da musculatura lisa do trato gastrointestinal. - Beta 2: vasodilatação, broncodilatação, relaxamento da musculatura lisa do trato gastrointestinal e glicogenólise hepática. - Beta 3: lipólise. * * * Reflexos Autonômicos - Reflexo Barorreceptor: presentes no arco aórtico e no seio carotídeo, controlam a pressão arterial pela distensão vascular nessas regiões. Regulam a freqüência cardíaca e a pressão arterial. - Reflexo Gastrointestinal: a salivação promove o aumento da secreção de colecistocinina (CCK) bem como de suco gástrico e entérico. - Reflexo Vesical. - Reflexo Sexual. * * * Sistema nervoso autônomo As respostas simpáticas são generalizadas enquanto que respostas parassimpáticas são mais localizadas. O controle superior dessas respostas é responsabilidade do hipotálamo e do tronco cerebral. * * * Sistema Nervoso Autônomo Entérico Nos plexos mioentérico e submucoso, alguns neurônios são inervados por fibras nervosas simpáticas provenientes da cadeia paravertebral e dos gânglios colaterais como também por fibras nervosas parassimpáticas dos nervos vago ou pélvico esplâncnico; outros neurônios são independentes da regulação autonômica. As fibras nervosas neuropeptidérgicas intrínsecas e pós-ganglionares autônomas suprem com inervação macrófagos, linfócitos T, plasmócitos e outras células do sistema imunológico. Isso fornece uma rede reguladora que modula as defesas do trato gastrointestinal e a reação imune do tecido linfóide associado ao intestino (GALT). * * * Sistema Nervoso Autônomo Imunológico O SNAI é representado por circuitos envolvidos na modulação da intensidade do sistema imunológico. Há participação tanto do sistema nervoso autônomo simpático como também do parassimpático. Devemos lembrar que o hipotálamo regula as diversas funções neurovegetativas incluindo também a intensidade da resposta inflamatória. * * * Sistema Nervoso Autônomo Imunológico Na medula óssea e no timo as fibras simpáticas modulam a proliferação celular, a diferenciação e a mobilização. No baço e nos linfonodos, as fibras simpáticas modulam a reação inata imunológica e a magnitude do tempo das respostas imunológicas adquiridas, particularmente a escolha da resposta imune celular (Th1) e ou resposta imune humoral (Th2). As fibras autonômicas regulam também as respostas inflamatórias no tecido linfóide associado à mucosa do intestino (GALT – placas de peyer) e dos brônquios (BALT) bem como da pele. A inervação ampla neuropeptidérgica está presente no parênquima dos órgãos linfóides. Os nervos simpáticos pós-ganglionares também suprem hepatócitos e adipócitos.
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