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Botucatu - SP, 22 a 24 de junho de 2017 IX Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio GESTÃO DE PESSOAS NO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO: A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PESSOAS NO AGRONEGÓCIO. Jose Alex Santana da Silva, Faculdade de Tecnologia de Mogi das Cruzes, jose.silva314@fatec.sp.gov.br Marcelo Ricardo Carneiro dos Santos Rios, Faculdade de Tecnologia de Mogi das Cruzes, marcelo.rios@fatec.sp.gov.br Douglas de Matteu, Orientador Área Temática: Economia e Gestão RESUMO Um dos grandes desafios atuais na agricultura é a obtenção de mão-de-obra qualificada para desenvolver as atividades pertinentes das diversas culturas existentes. Por ser uma atividade predominantemente familiar em muitas partes do Brasil como também na região de Mogi das Cruzes, o desafio se torna ainda maior. Grande parte dos contratados não é efetivada após o pico de implementação da cultura e da colheita, fazendo com que esses profissionais se tornem verdadeiros nômades modernos em busca de renda para se manter. A empresa rural possui o desafio de conseguir mão-de-obra local qualificada, sendo que a cada ciclo ou período precisa oferecer treinamento ou capacitação mínima para que o colaborador rural produza com eficiência e com a qualidade esperada ao fim de cada ciclo. O objetivo desse artigo é descrever a importância da gestão de pessoas no agronegócio e como metodologia realizou-se uma revisão bibliográfica sobre o tema envolvendo a área de agronegócio. Obteve como resultado de pesquisa que um ponto chave para que a organização alcance os resultados organizacionais que é a valorização e aplicação dos princípios de gestão de pessoas do início ao fim do processo, buscando selecionar ou formar a melhor equipe para as atividades rurais. Palavras-Chave: Gestão de Pessoas. Agronegócio. Empresa Rural. ABSTRACT One of the major current challenges in agriculture is to obtain skilled labor to develop the relevant activities of the various existing cultures. As it is an activity predominantly familiar in many parts of Brazil as well as in the region of Mogi das Cruzes, the challenge becomes even greater. Most of the contractors are not in place after the peak of crop and crop implementation, making these professionals become true modern nomads in search of income to sustain themselves. The rural enterprise has the challenge of obtaining qualified local labor, and each cycle or period must provide training or minimum qualification for the rural worker to produce efficiently and with the expected quality at the end of each cycle. The objective of this article is to describe the importance of people management in agribusiness and as a methodology a bibliographic review on the subject involving agribusiness was carried out. Because of research, a key point for the organization to achieve organizational results is to value and apply people management from the beginning to the end of the process, seeking to select or train the best team for rural activities. Key Words: People Management. Agribusiness. Rural Company. Botucatu - SP, 22 a 24 de junho de 2017 IX Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio 1. INTRODUÇÃO Gestão de pessoas é o conjunto integrado de atividades de especialistas e gestores – como agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas no sentido de proporcionar competências e competitividade a organização (CHIAVENATO, 2008) A definição de Chiavenato dá a dimensão de que a gestão de pessoas pode ser um meio que capacita pessoas a realizar tarefas ou trabalhos de modo eficaz e com o mínimo de desperdício. Gera-se como resultado, a produtividade que é o esperado inclusive no agronegócio. A agricultura no Brasil em grande parte é uma atividade familiar e representa 84% do setor agrícola, ou seja, mais de 4,3 milhões de unidades produtivas. Em extensão territorial representa 80.250.453 hectares, ou seja, 25% da área total, onde a gestão da unidade produtiva é feita por pessoas que têm algum grau de parentesco, ou seja, têm entre si laços de sangue ou casamento (EMBRAPA, 2014). A maior parte da mão-de-obra também é fornecida por membros da família e a unidade produtiva (espaço de terra onde ocorre a produção) que pode pertencer à família ou não, pois podem existir unidades exploradas por arrendamento, contrato de uso da terra para finalidade da atividade agrícola. A agricultura familiar como a agricultura no geral é cíclica e sazonal, aproveitando-se das melhores épocas ao longo do ano para o cultivo e colheita das culturas que são implantadas, podendo estas serem anuais ou perenes. As maiores demandas de mão de obra na agricultura estão na instalação da cultura, isto porque é preciso a atender as necessidades químicas, físicas e biológicas da cultura a ser implantada bem como na sua colheita a depender da extensão de terra cultivada. Tais atividades podem ainda, demandar mão-de-obra externa de modo a garantir a integridade dos produtos em seu ciclo final. O ponto alto, é que quando é chegada à época onde é necessária a mão-de-obra externa, o produtor rural tem um grande desafio. Visto que nem sempre se consegue mão-de- obra qualificada para desenvolver as atividades da produção, o agricultor obriga-se a contratar uma mão-de-obra sem técnica e sem especialização, o que pode prejudicar o resultado final do seu trabalho, dependendo de como o gestor da propriedade atuar frente à contratação (SEBRAE, 2015). Diante deste contexto, o objetivo deste artigo é identificar a importância das práticas de gestão de pessoas para o Agronegócio. O texto está organizado da seguinte forma: apresenta-se a metodologia utilizada no trabalho seguida da revisão da literatura. Na sequência, são citados e discutidos casos que descrevem a problemática da gestão de pessoas no agronegócio; o trabalho finaliza-se com as considerações finais. Botucatu - SP, 22 a 24 de junho de 2017 IX Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio 2. METODOLOGIA A metodologia adotada foi a revisão bibliográfica de autores nos segmentos administrativos, gestão de pessoas e do agronegócio. Também para compor a pesquisa foram feitos levantamentos de dados em sites ligados ao agronegócio e a regulamentação do trabalho rural. A pesquisa foi dirigida para responder o questionamento sobre a importância da gestão de pessoas no agronegócio. 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 O AGRONEGÓCIO. O agronegócio cresce no Brasil não só na quantidade, mas também na qualidade. Na quantidade devido aos avanços tecnológicos do setor, já a melhora na qualidade está relaciona com a profissionalização e qualificação do setor. Outro fator relevante no agronegócio é a abertura do mercado internacional, trazendo com essa abertura uma maior competitividade no setor e uma exigência na qualidade que visa se adequar aos padrões do mercado internacional (CALLADO, 2008). Os números do agronegócio representam muito para a economia do Brasil, dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em 2013 com projeções para 2014, mostram que o setor teve 59.010 contratações 10,5% do total do país que foi de 4,4 milhões de empregos, um aumento de 3,65% comparado ao ano anterior. O setor é responsável por 22,8% do Produto Interno Bruto (PIB), impactando diretamente na balança comercial, é o setor que mais emprega no país (CNA, 2013/2014). Com números tão relevantes no agronegócio tanto para economia como para a geração de empregos, é essencial que haja profissionalização e qualificação do setor para manter e continuar crescendo como tem ocorrido. Portanto há necessidade fazergestão de pessoas visando alcançar melhores resultados organizacionais. No Brasil a agricultura familiar representa 84% do setor agrícola, ou seja, mais de 4,3 milhões de unidades produtivas. Em extensão territorial representa 80.250.453 hectares, ou seja, 25% da área total, onde a gestão da unidade produtiva é feita por pessoas que têm algum grau de parentesco, ou seja, têm entre si laços de sangue ou casamento (EMBRAPA, 2014). No campo a maior parte das atividades existentes na agricultura é de cunho familiar, devido ao declínio das atividades agrícolas, que é em decorrência da mecanização nessas atividades, que apesar de maximizar o resultado traz uma defasagem na empregabilidade da mão-de-obra humana, cada máquina utilizada dependendo da atividade, retira do campo cerca de vinte a cinquenta trabalhadores. (SANTILLI, 2009). Mecanização agrícola é a utilização de um conjunto ou um sistema de maquinas na atividade agropecuária para a otimização de recursos financeiros e de energia, objetivando maximizar o desempenho com o mínimo de dispêndio de tempo (PEIXOTO, 2002). A cadeia produtiva está organizada para o fim sendo este a venda, porém como ela sendo sazonal e que só usa do caráter de contratação externa no pico produtivo, pode agregar, reter, recompensar, desenvolver e manter pessoas no campo e assim evitar o êxodo rural e o Botucatu - SP, 22 a 24 de junho de 2017 IX Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio possível desinteresse desse tipo de mão-de-obra, quase escassa, visto que maior desafio é o de manter pessoas? Êxodo rural é o deslocamento de pessoas da zona rural (campo) para a zona urbana (cidades). Os principais motivos do êxodo rural são: busca de empregos com melhor remuneração, mecanização da produção rural, fuga de secas e enchentes, busca de melhor qualidade de ensino e de melhores hospitais, transportes e educação (TRIGUEIRO, 2008). 3.2 O TRABALHADO RURAL. 3.2.1 EMPREGADOR RURAL Empregador rural é a pessoa física ou jurídica, que explore atividade agro econômica, em caráter permanente ou temporário, podendo ser ou não proprietário, que trabalhe diretamente na atividade ou através de prepostos e com auxílio de funcionários. Inclui-se também neste caso a exploração industrial em estabelecimento agrário (LEI Nº 5.889, 1973). 3.2.2 EMPREGADO RURAL Empregado rural é toda pessoa física que trabalhe ou preste serviços de maneira não eventual em propriedade rural ou prédio rústico, a empregador rural e que receba salário (LEI Nº 5.889, 1973). 3.2.3 DIREITOS ASSEGURADOS AO TRABALHADOR RURAL PELA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS (CLT). Registro em carteira. Férias anuais remuneradas. Salário Mínimo. Descanso semanal de 24 horas consecutivas. Descanso entre uma jornada e outra de no mínimo 11 horas consecutivas. Equipamentos de proteção individual (EPIs), fornecidos pelo empregador gratuitamente. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Jornada de trabalho de 44 horas semanais, 220 horas por mês. Passado o desafio de contratação que já é um entrave no meio rural, para que o gestor de uma unidade produtiva possa manter pessoas é interessante que ele deixe claro, o plano de carreira que é oferecido e que pode ser conquistado ao longo do tempo por qualquer colaborador. Regularizar o colaborador e filia-lo a órgãos competentes que o representem como categoria organizada, para assim efetuar uma atividade que esteja compatível com a legislação e sendo exercida de forma regulamentar perante os órgãos competentes, objetivando sempre que assim existirá uma relação benéfica entre contratante e contratado. Botucatu - SP, 22 a 24 de junho de 2017 IX Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio 3.3 A GESTÃO DE PESSOAS. Sendo responsável por gerenciar todas as pessoas que integram o agronegócio, o setor de Recursos Humanos como era chamado ou a Gestão de Pessoas como chamamos nesse artigo ou mesmo como Gestão de Talentos como também pode ser definido, tem duas grandes reponsabilidades. A primeira é a de atrair ou captar funcionários qualificados, para melhor atender atividades a serem desempenhadas e a segunda responsabilidade é a de atender as exigências legais e sociais do setor, que são as relacionadas a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e as regulamentações de categorias específicas (CALLADO, 2008). Cabe ao empregador rural ou setor de gestão de pessoas, prover ao trabalhador rural seus direitos garantidos por lei. E assim evitar a perda de mão de obra qualificada, melhorar a produtividade e por fim melhores resultados organizacionais. Uma das variáveis relevantes para efetiva gestão de pessoas é uma postura de liderança servidora que promova o desenvolvimento da equipe e a motivação (HUNTER, 2014). Fazer a gestão de pessoas em uma empresa rural tendo que manter a competitividade é desafiador, pois com a mecanização e o uso de novas tecnologias os colaboradores que são qualificados se mantêm. Já os colaboradores sem qualificação acabam não sendo muito aproveitados. Cabe ao gestor remanejar sua equipe e procurar capacitá-la com foco na sua atividade para manter uma equipe coesa e evitar consequentemente diminuir seu quadro de colaboradores, ajustando assim seu perfil a uma nova realidade empresarial (MOLL, 2009). Para melhorar a qualidade da mão-de-obra, há a alternativa feita de forma empírica, aonde a vivência e a lida com a atividade rural capacita o colaborador para a atividade. Custa ao produtor rural dedicação e tempo para ensinar as técnicas que sua cultura exige e ao colaborador empenho em aprender sobre a cultura e os diferentes tratos da mesma. Outra forma seria oferecer ao colaborador uma qualificação que o torne apto para o mercado de trabalho, através de cursos técnicos e profissionalizantes que instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) oferece, bem como a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI), entre outras entidades a depender do estado. A Faculdade de Tecnologia (FATEC) e Escola Técnica (ETEC) no Estado de São Paulo, atingem notoriedade e excelência em qualificação técnica e profissionalizante, levando ao mercado profissionais altamente capacitados. O destaque é para o curso de Tecnólogo em agronegócio fornecido pela FATEC, que prepara gestores para o agronegócio de forma gratuita. A gestão de pessoas pode de uma maneira eficaz ajudar a remanejar os trabalhadores rurais nas diversas propriedades cadastradas pelo município, gerando aos que buscam na atividade rural seu sustento a possibilidade de se manterem dela durante todo o ano, o que já pode ser uma das soluções para o desafio que a agricultura tem que é o de agregar pessoas. Esta gestão de colaboradores poderia ser realizada através da organização das empresas rurais com o “cooperativismo que é um instrumento pelo qual uma sociedade se Botucatu - SP, 22 a 24 de junho de 2017 IX Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio organiza, por meio de ajuda mútua para resolver diversos problemas do seu dia-a-dia” (CARVALHO, 2011). Isto pode ocorrer na forma de uma cooperativa de produtores visando manter seus colaboradores ao longo do ano. Uma equipe que recebe uma boa gestão traz para todos no final resultados além do esperado, sendo um destes resultados a permanência dos colaboradores nas atividades agrícolas evitando assim o êxodo rural (ABRANTES, 2004). Quando visa atender uma cadeia especifica, os produtores podem se organizar em cooperativas ou associações para alcançar um maior poder frente ao mercado e oferecer um leque atraente de produtos que nofinal, se bem estruturada, beneficiará a todos ao longo da cadeia (ABRANTES, 2004). 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com o crescimento da produção e o aumento de tecnologia no campo, o Brasil tem enfrentado a falta de mão de obra técnica e qualificada na agropecuária. Esse cenário é um desafio para os gestores e donos de empresas rurais, que precisam encontrar trabalhadores qualificados para suas empresas. Uma inciativa a ser tomada é aplicar a gestão de pessoas nessas empresas e resolver problemas de como agregar, aplicar, recompensar, desenvolver, manter e monitorar pessoas no sentido de proporcionar competências e competitividade a organização (CHIAVENATO, 2008). O caso vivido pelos cafeicultores do Espirito Santo entre os anos de 2009 e 2011, representa bem a importância da gestão de pessoas no agronegócio, nos anos em questão houve um aumento nos gastos com a mão de obra e operações mecanizadas de 30%, nesses anos produtores tiveram dificuldades na contratação de mão de obra temporária para a colheita do café. (COASUL, 2011). A maior parte dessa mão de obra vinha de estados vizinhos com Minas Gerais e Bahia, esse aumento do custo levou alguns produtores a cogitar em mudar da cultura do café para o cultivo de eucalipto ou seringueira, pois estas demandam menos mão de obra. Uma das soluções veio da iniciativa privada, empresas que fabricam maquinários agrícolas passaram a dar cursos de qualificação para os funcionários das propriedades, o Espirito Santo também conta com os cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR). A Massey Ferguson e Valtra, iniciou uma parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) para capacitar mecânicos e operadores de máquinas agrícolas (COASUL, 2011). Em entrevista a Revista Globo Rural, o engenheiro agrônomo Tiago Rodrigues, evidencia a falta de mão-de-obra especializada ocorre também no Mato Grosso, na cidade de Campo Novo dos Parecis onde o desafio é a contratação de operadores de máquinas colheitadeiras de soja. Mesmo buscamos trazer trabalhadores de outras regiões a falta de mão de obra está valorizando cada vez mais a profissão, um operador chega a ter um salário em média de R$ 3 mil por mês. Tiago precisou contratar 45 operadores para sua colheita, mas devido ao valor do Botucatu - SP, 22 a 24 de junho de 2017 IX Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio maquinário é necessário selecionar os profissionais mais zelosos e cuidadosos (REVISTA GLOBO RURAL, 2012). Devido à falta de mão-de-obra e de pessoas especializadas o advogado e produtor rural Rodrigo Becker abandonou o escritório para operar a colheitadeira de soja. Rodrigo e o seu sócio enfrentam dificuldades em contratar funcionários todos os anos, em Cruz Alta cidade do Rio Grande do Sul um operador de máquina recebe, em média R$ 2,2 mil mensais (REVISTA GLOBO RURAL, 2012). Além de escassa e desqualificada a mão-de-obra é cara chegando a pôr em risco toda produção e inviabilizar o negócio. Olhando para o discutido nesse artigo, implantar a gestão de pessoas na empresa rural é importante para o sucesso da organização e para dar longevidade a empresa rural. A falta de mão de obra no campo como foi referido nesse artigo é um desafio para as empresas rurais, para enfrentar a questão é preciso saber o que está acontecendo com essa mão de obra. Os principais motivos que levam as pessoas a abandonarem o campo são: busca de empregos com melhor remuneração, mecanização da produção rural, fuga de secas e enchentes, busca de melhor qualidade de ensino e de melhores hospitais, transportes e educação (TRIGUEIRO, 2008). Olhando para este cenário a gestão de pessoas no intuito de valorizar e atender as suas necessidades pode diminuir o êxodo rural e garantir esse recurso tão importante para a empresa rural que é a mão de obra. Cabe ao empregador rural ou setor de gestão de pessoas promover conforto, motivação e prover ao trabalhador rural seus direitos garantidos na consolidação das leis trabalhistas (CLT). 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao desenvolver o estudo de aplicação da gestão de pessoas no ambiente do agronegócio, percebe-se que o maior desafio está em contratar e reter pessoas devido à natureza da atividade rural que tem ciclos onde a mão-de-obra tem maior necessidade e ciclos onde é nítida a total escassez de serviços focados numa mão-de-obra em muitos casos. A partir do momento que isso está claro, a unidade produtiva pode buscar uma equipe coesa e focada, que pode estar organizada como cooperativa rural, sendo ela organizada como prestadora de serviços e atendendo a unidade com profissionais terceirizados. A gestão de uma empresa rural poder ter impacto direto no resultado da empresa, por isso a contratação de um profissional para a função é de extrema relevância. O tecnólogo em Agronegócio tem a sua formação focada para as muitas variáveis do agronegócio, entre eles a gestão de pessoas, por esta razão seria o profissional adequado e mais capacitado para ocupar este cargo. Quando o gestor da empresa rural opta por ter uma equipe que fique trabalhando intensamente no campo, é importante que o gestor e a organização estejam preparados para atender os requisitos mínimos previstos na Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), assim mantendo a atividade regulada nos âmbitos da lei e promova ações que tragam a motivação necessária para que o colaborador sempre se sinta bem com o ambiente trabalhista, evitando assim o seu êxodo. Botucatu - SP, 22 a 24 de junho de 2017 IX Sintagro – Simpósio Nacional de Tecnologia em Agronegócio REFERÊNCIAS ABRANTES, José. Associativismo e Cooperativismo, Rio de Janeiro: Interciência, 2004. BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho, 1º de maio de 1943. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del5452.htm>. Acesso em: 14 maio 2017. BRASIL. Lei Nº 5.889, de 8 de junho de 1973. Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5889.htm. Acesso em: 14 maio 2017. 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