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Notas de aula Direito Tributário

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Direito 
Tributário 
Revisão 7 (03/06/17) 
Professor Carlos Andrade 
Faculdade Universo 
2017/1 
Atenção: o conteúdo destas notas de aulas reflete a minha compreensão 
sobre o que foi ministrado em sala de aula. Assim, você estará lendo o 
meu entendimento e não necessariamente o que foi dito pelo professor. 
Ademais, as notas de aulas podem sofrer alterações na esquematização, 
na ordem, bem como acréscimos de outras fontes de pesquisa. Obs.: este 
material é gratuito, de cunho acadêmico e não comercial - André Teles 
 
 
 
 
 
 
 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
2 
Referências: 
Sabbag, Eduardo – Manual de direito tributário – 8º edição – São Paulo: Editora Saraiva, 2016. 
Rocha, Roberval – Coleção Sinopses para Concursos – 28º edição – Salvador: Editora 
Juspodivm, 2014 
Geraldo Ataliba – hipótese de incidência tributária (recomendado) 
10/02/17 
Obrigação Tributária 
 
Obrigação tributária surge com o fato gerador, que é um encontro entre uma hipótese de 
incidência (fato gerador abstrato) e o fato da vida (fato gerador concreto). O encontro desses 
dois nasce a obrigação tributária cuja natureza jurídica será de dar, fazer ou não fazer. Dar é 
entregar coisa certa e determinada (dinheiro ou algo que possa ser convertido em dinheiro) ao 
Estado ou a quem ele determine. Da obrigação tributária surge o credito tributário, ou seja, 
obrigação tributária qualificada. Assim, ela se torna líquida, certa, determinada e exigível1. 
Como envolve pessoas (sujeito ativo e sujeito passivo), diz-se que a relação jurídica é sempre 
pessoal, o que afasta a tese - ainda que por alguns defendida - de relação jurídica real, que 
abrange pessoa e coisa. Sustentam alguns estudiosos, por exemplo, que a tributação 
imobiliária (IPTU, ITR etc.) é real, não levando em conta a figura do sujeito passivo, incidindo 
diretamente no imóvel. Entretanto, não é a coisa que se tributa, mas a relação de propriedade, 
ou seja, a figura do proprietário. 
 
1 Foi considerado CORRETO, em prova realizada pelo Cespe/UnB, para o cargo de Analista Administrativo e 
Financeiro (Direito) da SEGER/ES, em 2007: “Em regra, o crédito tributário nasce em momento posterior ao 
fato gerador da obrigação tributária”. 
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As obrigações podem originar-se de diversas fontes: (a) legais; (b) contratuais - oriundas de 
atos de vontade; e (c) decorrentes de atos ilícitos. 
 
A obrigação tributária é de natureza pública, calcada no princípio da legalidade tributária, 
que impõe seja esta originária somente da lei - obligatio ex lege - portanto. Rocha, 2014, p. 
209. 
Lançamento – há três espécies de lançamento: direto, quando surgiu a obrigação tributária, 
cabendo ao contribuinte um único ato: pagar. Exemplo: IPTU, IPVA, etc. indireto, quando o 
contribuinte tem que verificar o quanto, como e a quem pagar, para depois ser fiscalizado pelo 
Estado. Exemplo: IRPF. Misto, ato administrativo complexo, nem o contribuinte nem o Estado 
podem gerar o fato sozinho. Exemplo: doação, compra de imóvel, depois emite a CDA (certidão 
da dívida ativa) e posterior execução fiscal. 
Após estabelecido o crédito tributário, o contribuinte tem três opções: pagar, não pagar porque 
não quer ou não pagar porque não sabe. Não pagando, o contribuinte será inscrito na dívida 
ativa. 
CN certidão negativa mostra que não existe apontamento de crédito 
CTN - Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando 
exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que 
contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e 
ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. 
CP certidão positiva mostra existir apontamento, o que não significa que existe uma dívida. 
CPN certidão positiva com efeito negativo ocorre quando a exigência do crédito tributário 
está suspensa. 
Insta registrar que subsiste discussão doutrinaria acerca do documento hábil a atestar a 
quitação de tributos: se deve ser por meio exclusivo de certidão negativa de débitos, em 
qualquer hipótese, ou se pode haver outras formas de quitação, como guias de pagamento, 
devidamente autenticadas, atrelando-se a certidão apenas a casos determinantes, a que a lei 
fizer menção. 
Observe, agora, o art. 206 do CTN: 
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Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a 
existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido 
efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. 
E cediço que, se o sujeito passivo for alvo de um lançamento tributário, lastreado em 
notificação ou em auto de infração, e não concordar com a exigência, poderá se valer de 
quaisquer dos métodos de suspensão do crédito tributário estudados no art. 151 do CTN. 
Caso ele necessite de uma certidão negativa, enquanto este crédito estiver suspenso, a 
Administração emitirá um documento, denominado pela doutrina de certidão de regularização 
ou certidão positiva com efeitos de negativa, no qual aparecera o crédito com exigibilidade 
suspensa, sendo hábil, todavia, a produzir exatamente os mesmos efeitos da certidão negativa, 
uma vez que o requerente não está irregular perante o Fisco. 
O mesmo fenômeno ocorre com a existência de créditos não vencidos ou em curso de cobrança 
executiva em que tenha sido efetuada a penhora. Sabbag, 2016, pp. 1132 
17/02/2017 
Art. 142 CTN qualificação da obrigação tributária como crédito tributário 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário 
pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a 
ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, 
calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a 
aplicação da penalidade cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena 
de responsabilidade funcional. 
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-
se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à ocorrência do fato gerador 
da obrigação, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos de fiscalização, 
ampliado os poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado ao crédito 
maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir 
responsabilidade tributária a terceiros. 
 § 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por períodos certos de tempo, 
desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera 
ocorrido. 
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em 
virtude de: 
I - impugnação do sujeito passivo; 
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II - recurso de ofício; 
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. 
 Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou em conseqüência de decisão administrativa 
ou judicial, nos critérios jurídicos adotados pela autoridade administrativa no exercício do 
lançamento somente pode ser efetivada, em relação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato 
gerador ocorrido posteriormente à sua introdução. 
Hipóteses deextinção crédito tributário 
O cidadão se torna credor quando há o trânsito em julgado. 
Art. 156. Extinguem o crédito tributário: 
I - o pagamento; – em favor do credor 
II - a compensação; – usa-se precatórios. Em 2009 lei federal autorizou os Estados e municípios 
a fazerem um fundo voltado ao pagamento de precatórios. Este fundo seria gerenciado por uma 
autarquia. Precatório é uma carta de reconhecimento de uma dívida. Isso só existe no Brasil, 
segundo Silvio Venosa, em comparação com o Direito Internacional. Precatório remonta ao 
tempo da família real no Brasil, quando eles faziam dívidas no comércio e não pagavam. Os 
comerciantes, por sua vez, faziam cartas suplicando que o pagamento fosse realizado. O Rei 
respondia às cartas reconhecendo a dívida e afirmando que iria pagar, mas não o fazia. Hoje, 
depois do trânsito em julgado, o juiz de piso informa o Presidente do Tribunal ao qual ele está 
vinculado (TJ, TRT, etc.), sobre a existência da dívida. O Presidente do Tribunal emite uma 
carta ao chefe do executivo informando. Esta carta, ou precatório, se assemelha a um título de 
crédito, aceito assim por parte da doutrina, podendo ser fracionado e negociado no mercado. 
III - a transação; é preciso haver lei que autorize o acordo. Não cabe isso de iniciativa do 
representante do Estado, mesmo que o acordo seja mais benéfico para este. Exemplo: refis, lei 
que contempla vários institutos. 
IV - remissão2: perdão da dívida, mas também tem que estar previsto em lei, e aplica-se apenas 
à obrigação principal. Os que cometeram crimes tributários estão limitados a este benefício, 
pois a remissão não alcança as sanções. As multas também não são perdoadas, mas podem ser 
anistiadas. 
V - a prescrição e a decadência; quando nasce a obrigação tributária e não há o lançamento 
dentro do prazo (quinquênio), ocorre a decadência. Se houve o lançamento antes de protocolada 
a execução, no prazo também de 5 anos, ocorre a prescrição. Obs.: desde que não haja 
suspenção. É parcialmente de ordem pública, assim, o juiz pode reconhecer de ofício se a parte 
 
2 Remição = S. f. 
 1. Ato ou efeito de remir(-se). 
 2. Libertação, resgate. 
 3. Salvação de pecados ou de crimes por meio da expiação. 
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não for plenamente capaz, nos demais casos há discordância sobre o tema. Todavia, a defesa 
irá alegar ordem pública para beneficiar o devedor. 
VI - a conversão de depósito em renda; conversão de depósito em renda: não há necessidade 
de depositar o valor com o fim de discutir a dívida, mas quando ocorre o depósito integral, o 
juiz é obrigado a suspender o crédito. Estando completo o depósito, o crédito está extinto, ou 
seja, converteu o depósito em renda, não há necessidade de homologação. Na via administrativa 
é facultado o depósito, mas o Estado não pode exigi-lo, pois é inconstitucional. 
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 
150 e seus §§ 1º e 4º; no lançamento indireto ou por homologação (exemplo: IRPF), mesmo 
tento sido pago todo o crédito, valor e forma corretos, ainda há o prazo de 5 anos para haver a 
homologação pelo Estado. Não ocorrendo a homologação neste período, haverá a extinção do 
crédito tributário. 
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164; diferente do 
depósito, onde há algum prejuízo ou dificuldade de realizar o pagamento. 
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita 
administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória; passado o prazo de discussão 
administrativa, não há mais o que recorrer e o crédito é extinto. Na seara administrativa, mesmo 
fora do prazo é possível recorrer, pelo princípio da primazia da verdade em detrimento da 
forma. 
X - a decisão judicial passada em julgado; mesmo anterior, mas no âmbito judiciário. 
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas em lei. 
(Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001) – quando há uma lei que autoriza a utilização de 
imóveis como crédito tributário. 
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre 
a ulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos 
144 e 149. 
03/02/2017 
Hipóteses de suspensão do crédito tributário 
Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
I - moratória; dilatação do prazo de apagamento é uma extensão do prazo para realizar o 
pagamento. É diferente também do instituto de parcelamento da dívida. 
Conquanto o CTN não conceitue o instituto, é possível afirmar que a moratória é uma dilatação 
legal de pagamento de tributos, submetendo-se, portanto, ao princípio da estrita legalidade 
(art. 97, VI, CTN). Com efeito, a moratória consiste num acordo entre credor e devedor, regido 
pelo indigitado postulado. 
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 Notas de aulas André Teles 
 
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Nessa medida, “não implica contestação do direito do credor; pode ela originar-se de 
‘dificuldade de pagamento’ (...) ou mesmo de uma momentânea impossibilidade de 
cumprimento da obrigação”. 
Para Kiyoshi Harada, “a moratória outra coisa não é senão a dilação do prazo de pagamento 
de tributo com base na lei”. 
Paulo de Barros Carvalho, em idêntica trilha, preleciona que a “moratória é a dilação do 
intervalo de tempo, estipulado para o implemento de uma prestação, por convenção das partes, 
que podem fazê-lo tendo em vista uma execução unitária ou parcelada”. 
Ricardo Lobo Torres faz coro, ao afirmar que “a moratória é o alargamento dos prazos para 
o cumprimento da obrigação tributária”3. 
II - o depósito do seu montante integral; terá direito à certidão positiva com efeito negativo 
(CPN). O decreto 70.235 cuida do processo administrativo fiscal (PAF). 
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário 
administrativo; recurso administrativo – nos termos da lei (decreto 70.235), lei federal de 
processo administrativo 9784/99 é subsidiária ao decreto e subsidiária a esta há o CPC. No 
processo administrativo é aplicado a fungibilidade para aproveitar todos os atos. Assim, o 
processo administrativo sempre é recebido, mesmo que depois seja declarado intempestivo, 
podendo gerar a certidão positiva com efeitos negativos, neste intervalo de tempo. 
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. MS não comporta sucumbência, 
evitando o risco deste tipo de despesa. Obs.: medida liminar tem o efeito de revogar os efeitos 
da suspensão. 
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação 
judicial; o mesmo anterior, mas aplicado nas ações ordinárias (outras ações). Isso é interessante 
para o contribuinte que perdeu o prazo para impetrar o MS. 
VI – o parcelamento. o crédito tributário só é extinto quando pago a última parcela, durante 
este período os efeitos do crédito tributário estão suspensos. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das obrigações 
assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito seja suspenso, ou dela 
conseqüentes. 
Excludentes do crédito tributário 
A excludente ocorre entre o fato gerador e o lançamento, ou seja, nasce o vínculo jurídico 
(obrigação tributária), mas foi criada uma lei que impede o lançamento do crédito tributário. 
Isenção – benefício em favor do contribuinte em face de obrigações tributárias que ainda irão 
 
3 Sabbag, 2016, p.991 
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8nascer. Portanto com efeitos ex nunc, não retroage. Pode ocorrer por prazo determinado ou 
indeterminado, é apenas uma expectativa de direito podendo ser revogada a qualquer momento 
a depender do interesse do Estado. Também pode ser condicionada a adesão de algum regime 
tributário. 
Anistia – é a possibilidade de afastar os efeitos do não cumprimento das obrigações principais 
e acessórias, seja por impontualidade ou inassiduidade, mas nunca em razão de crime tributário. 
Os efeitos da anistia são ex tunc, apenas para trás. 
Anistia e isenção são institutos precários, mas a imunidade é direito cláusula pétrea. Isenção é 
diferente de remissão. Isenção e anistia é preciso lei para criar, imunidade é constitucional. 
Isenção pode privilegiar determinadas regiões, mas não pode diferenciar pessoas como 
exemplo, isenção para dentistas, para contador (não pode). Isenção para o nordeste pode. Art. 
145, § 1º traz um princípio tributário. 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
Imunidade pode ser genérica ou especial: 
Imunidade genérica é erga omnis, que protege o contribuinte independentemente de suas 
qualificações. 
Imunidade especial diferencia a atividade do contribuinte, podendo alcançar todos os impostos 
ou partes deles. Exemplo: ITR, imune a pequenas propriedades rurais. Em relação a atividade, 
art. 150, VI, ‘b’, elenca algumas imunidades, como imunidade religiosa, aplicada apenas ao 
patrimônio dos templos, o que inclui o patrimônio cujo rendimento é voltado para o templo. 
Imunidade cultural protege a difusão de quaisquer valores, obras, imagens, por qualquer meio 
de transmissão, incluindo livros, jornais, periódicos, de qualquer natureza. Obs. Fotolitos não 
gozam de imunidade. Imunidade sindical, entidade representativa dos trabalhadores, protege 
o sindicato dos trabalhadores, isso não se comunica com o sindicato dos empregadores. 
Estende-se as confederações, federações e entidades não reguláveis que protegem o trabalhador, 
como a CUT. 
Imunidade recíproca – protege o ente de direito público interno, os entes que fazem parte do 
pacto federativo, como o Estado em relação a União. 
Imunidade partidária e suas fundações – 
10/03/2017 
Classificação Tributária 
Tributo vinculado – exige contraprestação do Estado, é bilateral. Exemplo: taxas e 
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contribuições de melhorias. Taxa é um valor pago ao Estado para que este lhe forneça algum 
tipo de serviço, há necessidade de fruição de uma atividade pública que apenas o contribuinte 
pode usufruir. Exemplo: taxa de coleta de lixo. Isso difere da limpeza da rua, que beneficia a 
população em geral. Taxa para vigilância sanitária. Valor da taxa deveria se limitar ao custo da 
instituição da qual se destina a taxa, ou seja, o custo da taxa fica vinculado às despesas da 
instituição. A taxa tem que ser específica, divisível e fruível. 
Tributo não vinculado – não existe contraprestação. Exemplo: imposto. 
Tributo de destinação vinculada – exemplo: contribuição de melhoria, como quando 
ocorre algum tipo de melhoria numa rua beneficiando e valorizando os imóveis daquela rua em 
X%. Disto surge a contribuição de melhoria pelo valor agregado ao bem. Só pode ser cobrada 
após o término da obra e o valor do orçamento deve ser igual ao valor da execução, por isso é 
de difícil aplicação. 
Obs.: competência tributária é uma atribuição dada pela constituição determinando quem é o 
sujeito ativo para criar o tributo (poder legislativo), sendo este indelegável. Capacidade 
tributária é o poder de dar vida ao tributo, ou seja, colocá-lo no plano de existência, gerar o 
tributo (poder executivo), sendo esta delegável. 
Tributo de arrecadação vinculada é o mesmo que ocorre com o de destinação vinculada. 
Tributo de destinação não vinculada – é quando o tributo não se liga a qualquer objetivo 
específico. 
Tributo fiscal – quando o objetivo dele é a arrecadação de receita para o ente político 
Tributo extrafiscal – é a manipulação do tributo para induzir comportamentos. 
Obs.: todos os tributos são fiscais e extrafiscais, a diferença é que um será mais acentuado que 
o outro. Exemplo de imposto claramente fiscal: ITIV. Exemplo de tributo claramente 
extrafiscal: IOF, pode ser manipulado para acelerar ou diminuir a circulação de dinheiro na 
economia. Imposto sobre importação, imposto sobre exportação também. 
Tributos parafiscais – são aqueles cuja arrecadação e gestão ficam a cargo das entidades 
que colaboram com os entes políticos. Exemplo: contribuições devidas ao sistema SENAC e 
SESC. 
Tributo direto – é aquele que o peso da tributação é suportado pelo sujeito passivo da relação 
jurídico-tributário. Exemplo: IPVA de veículo particular 
Tributo indireto – é aquele em que o peso da tributação é suportado por outro que não o 
sujeito passivo da relação jurídico-tributário. Não é quem paga o tributo, mas quem o suporta. 
Exemplo: ICMS, é pago pelo produtor ou atravessador, mas é embutido no preço ao consumidor 
final. 
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Tributo real – é aquele que observa apenas os valores dos bens envolvidos, sem considerar 
as características dos sujeitos envolvidos. Pode ter alíquota diferida (diferenciada). Exemplo: 
IPI 
Tributo pessoal – é aquele que observa as qualidades do sujeito passivo para a exação. Pode 
ter alíquota progressiva. Exemplo: IRPF 
obs.: alíquota progressiva não pode ser aplicada no tributo real. 
 
 
 
 
 
 
1703/2017 
Limitações ao Poder de Tributar 
1. Exclusão (vistos) 
2. Imunidades 
3. Princípios ou norma-princípio ou regra (segundo Paulo Pimenta) 
3.1. Legalidade Tributária Estrita – tem como fundamento o art. 5º, II da CF de modo 
genérico e especificamente o art. 150, da CF. o art. 97 do CTN. Há também o art. 150, III, “a” 
da CF/88 sobre irretroatividade tributária. Todavia, quando for norma que não gera efeitos ou 
crédito tributário ao contribuinte, ela pode retroagir. 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado; 
3.2. Anterioridade – desde 1824 que é garantido no ordenamento jurídico que o calendário 
fiscal coincida com o calendário civil, de janeiro a dezembro, art. 150, II, “b”. Não confundir 
isso com anualidade, que é aplicada no Direito Financeiro. Para um tributo surtir efeito ele deve 
ter sido incluído no calendário fiscal anterior. A alínea “c” nonagesimal, deve ser observado o 
ano anterior à data de publicação da lei ou qualquer alteração que tenha sofrido e acrescentado 
90 dias para ter início. 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
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aumentou; 
3.3. Isonomia – art. 150, II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem 
em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos 
ou direitos; 
3.4. Capacidade contributiva (princípio de verdade) – art. 145, § 1º CF/88 – seus efeitos são 
usados na criação das leis. 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividadea esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Disso 
resulta: 
3.4.1. Primazia do tributo pessoal sobre o real – analisa a qualidade do sujeito passivo sobre os 
valores envolvidos. 
3.4.2. Capacidade econômica do contribuinte – quem pode mais paga mais, que pode menos 
paga menos ou até não paga. 
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4. Não confisco – art. 150, IV, CF/88 – Utilizar da política tributária como meio de alcançar 
a tomada da propriedade do contribuinte. Isso colide com o estatuto das cidades, pois determina 
exacerbar a tributação sobre imóveis sem fim social. Único caso de expropriação de bem imóvel 
é quando utilizado para o tráfico de drogas. Obs.: falsificação de cosméticos está incluído neste 
rol de tráfico. 
Art. 150. sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, 
aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
IV - Utilizar tributo com efeito de confisco; 
5. Bitributação – tributar duas, três ou mais vezes. Bis in idem é a bitributação econômica, 
que pode existir. Pode ser sobre o mesmo fato gerador ou sobre acréscimo deste fato (fato 
gerador aumentado, estendido), fazendo com que ele participe da base de cálculo de outros 
tributos. Exemplo: ICMS sobre produto importado. A bitributação jurídica não pode ocorrer, 
dois entes disputam o tributo sobre um mesmo fato gerador. 
Há tributação cuja competência tributária é concorrente, são duas: taxas e contribuições de 
melhorias. Exemplo: taxa de lixo, o município tem a competência, mas se não o fizer o Estado 
ou a União pode fazer. Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA) cobrada pelo 
IBAMA, pois os municípios não cobram. Em alguns estados há um acordo para repasse de parte 
desta arrecadação para o Estado. Porém, o contribuinte só paga uma vez, a repartição é 
problema da administração. Se ocorrer a cobrança por dois entes com base em um mesmo fato 
gerador, é possível fazer a compensação tributária. 
24/03/2017 – ausência do professor por problemas de saúde 
 
 
 
 
 
 
 
31/03/2017 
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Impostos em Espécie 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
I - Impostos; 
Taxa – A taxa é um tributo imediatamente vinculado à ação estatal, atrelando-se à atividade 
pública, e não à ação do particular. E, assim, um gravame com hipótese de incidência 
plasmada em atividade da Administração Pública que se refere, direta e imediatamente, ao 
contribuinte, destinatário daquela investida do Estado. De fato, a taxa é “tributo em cuja 
norma está feita a previsão, no núcleo do seu antecedente normativo, de uma atuação estatal 
diretamente referida ao sujeito passivo”. Ademais, a doutrina rotula a sua competência 
tributária de “competência comum”. Sabbag, 2016, p. 477. 
As taxas são tributos cujo fato gerador é configurado por uma atuação estatal específica, 
referível ao contribuinte, podendo consistir no exercício regular do poder de polícia ou na 
prestação ao contribuinte, ou na colocação à sua disposição, de serviço público específico e 
divisível. 
Como esse assunto foi cobrado em concurso? 
(Cespe/MC/Direito/2013) Uma das diferenças entre taxa e imposto é que na incidência de taxa 
é obrigatória dependência de atividade estatal. Resposta: Correta. Rocha, 2014, p.77. 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, 
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua 
disposição; 
Contribuições de melhoria - é uma espécie tributária destinada a compensar o Estado pelo 
acréscimo imobiliário gerado por uma obra pública tendo como limitação máxima o valor da 
obra e mínima o acréscimo individual em favor do contribuinte. Competência comum 
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
Contribuição social - é a espécies tributária cuja destinação deve alimentar os fundos 
sociais. Os Fundos Sociais mais conhecidos são o FGTS, FAT, Fundo penitenciário, etc. São 
usados para atender diversas necessidades sociais. A competência é constitucional e não 
concorre. 
Empréstimo compulsório – utilizado pelo Estado em situações específicas, tem prazo para 
devolução, cessando o motivo que ensejou sua instauração. Tem caráter coativo, mas com 
obrigação de devolução 
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Extraordinários (contribuição, imposto) – pode ser cobrado quando houver estado de 
guerra ou sua iminência, situação de grave calamidade pública ou sua iminência. Repetir o fato 
gerador, pode haver bitributação. 
Essa é a divisão aceita pela doutrina majoritária e pelo STF, pentapartida, mas há quem entenda 
que só existem as três primeiras, teoria tripartida, constante do CTN, art. 5º: “Os tributos são 
impostos, taxas e contribuições de melhoria”. 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
VI - propriedade territorial rural; 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
II – Imposto sobre importação4 – art. 19 CTN – sujeito ativo (quem exige o tributo) é a 
União, sujeito passivo é o importador, o responsável aduaneiro (quem está com a procuração 
para realizar todos os passos) e o arrematante. Há duas formas que o Estado fica com a 
mercadoria por não pagar o devido imposto: quando o importador devolve a mercadoria para o 
fornecedor, mas o Estado o impede, por algum motivo ou quando o importador abandona a 
mercadoria. Os produtos vão a leilão, sendo passíveis de vários impostos. O imposto de 
importação pode ser devolvido ao contribuinte, devolução por justo motivo, quando a 
mercadoria apresenta algum problema substancial como avaria, faltas, distorções entre o pedido 
e a entrega. Se o tributo ainda não foi pago, é possível fazer o estorno, se já pago pode fazer a 
devolução do indébito. É um imposto de exceção ao poder de tributar do Estado: legalidade 
estrita, anterioridade, nonagesimal. Obs.: a entrada de materiais e mercadorias para um 
determinado evento, como feira, show, é uma entrada provisória com saída certa, não incide o 
II. 
Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos 
estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. 
O fato gerador desse imposto é determinado pelo art. 19 do CTN, que estabelece a entrada do 
produto estrangeiro em território nacional como a ocorrência que determina o nascimento da 
respectiva obrigação tributária. Como se sabe, o CTN traça as normas gerais de direito 
tributário, cabendo à legislação ordinária instituir o tributo. 
 
4 SISCOMEX cadastro para importação 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
16 
O Decreto-lei n° 37/1966 é a norma que dispõe sobre o imposto de importação, determinando, 
em seu art. 1°, que o imposto “incide sobre mercadoria estrangeira e tem como fato gerador 
sua entrada no território nacional". Rocha, 2014, p.480. 
Interessante observar que a normainstituidora do imposto se refere ao termo "mercadoria" e 
não a produto, como acontece no art. 153, 1, da CF e no art. 19 do CTN. Apesar disso, 
interpreta-se o termo como sinônimo de "produto" (STJ, REsp 392). 
Sendo assim, o imposto de importação incide sobre a entrada, em território nacional, de 
produto importado do exterior, independentemente de tal bem ser identificado como 
mercadoria ou não. 
 
No caso de produtos que tenham ingressado ilegalmente no País ou em local diverso do porto 
ou aeroporto, o importador não poderá realizar o desembaraço aduaneiro: ocorrerá a 
apreensão e o perdimento dos bens, com o subsequente leilão. O adquirente dos bens leiloados 
será o sujeito passivo do imposto. Rocha, 2014, p.481. 
IE – Imposto sobre exportação – utilizado como forma de controle para reduzir a saída 
de produtos necessários à indústria nacional. Sujeito ativo é a União, sujeito passivo é o 
exportador, o agente aduaneiro ou o arrematante. Imposto excepcional sobre produtos 
importantes para a indústria a nacional não se submetendo ao poder de tributar do Estado, qual 
seja: legalidade estrita, anterioridade e nonagesimal. Exemplo: couro in natura, minerais in 
natura, pedras preciosas e demais itens necessários à indústria. 
IOF – Imposto sobre operações financeiras – Segundo define a legislação tributária 
(CF, art. 153, V; CTN, art. 63; Leis n. º 8.894/1994 e 9.779/1999; Dec. 6.306/2007), os fatos 
geradores do imposto são as operações: (a) de crédito; (b) de câmbio; (c) de seguro; e (d) 
relativas a títulos e valores mobiliários. 
Verifica-se que, na verdade, existem quatro bases econômicas de incidência, consubstanciadas 
nas operações acima descritas. A designação tradicional do imposto, chamado comumente de 
IOF - Imposto sobre Operações Financeiras, confunde o verdadeiro significado da previsão 
constitucional, uma vez que o Constituinte não outorgou competência para a União tributar 
qualquer operação financeira, mas apenas aquelas descritas expressamente na norma 
constitucional. Por esse motivo, grande parte da doutrina critica a nomenclatura IOF, 
preferindo usar os termos "imposto sobre operações de crédito", "imposto sobre operações de 
câmbio", "imposto sobre operações de seguros" e “imposto sobre operações relativas a títulos 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
17 
e valores mobiliário”, dependendo do fato gerador em concreto. 
O imposto incide sobre operações, termo entendido no seu conceito jurídico tradicional, ou 
seja, com significado de atos ou negócios jurídicos em que ocorre a transmissão de um direito. 
Sendo assim, a exação não incide simplesmente sobre títulos ou valores mobiliários, câmbio, 
ou seguros, mas sim sobre negócios jurídicos tenham por objeto esses bens ou valores, daí 
verificarem-se os seguintes fatos geradores para o imposto (Rocha, 2014, pp. 503, 504): 
Empréstimo – empréstimo de valor, o sujeito passivo é o tomador do empréstimo 
Cambio – compra e venda de moeda estrangeira - sujeito passivo é o comprador ou vendedor 
da moeda estrangeira 
Seguro – aquisição de apólice, transferência do prêmio, qualquer operação - sujeito passivo é 
Operações com títulos mobiliários – compra e venda de título negociados em bolsa de valores 
ou em mesa de papéis. Sujeito passivo é o adquirente do título 
Em todos estes casos existe o substituto tributário. Não é o responsável pelo tributo, obrigação 
principal, mas passa a sofrer penalidades se não cumprir as obrigações gerando multas. Ex; 
IRPF o substituto é o empregador. 
IR – Imposto de Renda – regido pelo decreto 3000, determina faixas de isenção, 
progressão, sendo revisto periodicamente. Pode ser IRPF ou IRPJ. É uma espécie tributaria 
pessoal, pois observa as qualidades do sujeito passivo para que produza seus efeitos. Inspira-se 
na ideia de que, quem pode mais, deve pagar mais e quem não pode menos, deve pagar menos 
ou ser isentado, art. 145 da CF: 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
Tem como base de cálculo a universalidade e a integridade de todas as rendas e proventos do 
sujeito passivo, aplicando-se o princípio pecúnia non olet (dinheiro não tem cheiro). Renda é 
todo resultado do esforço combinado entre capital e trabalho. Provento é todo acréscimo 
patrimonial que não seja o resultado do capital e do trabalho (doação, extrorção, roubo...) IR 
deve ser calculado sobre as operações ocorridas no calendário fiscal anterior a época da 
apuração. 
 
 
 
 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
18 
 
Questões 
1. (FCC/Sefaz/SP/Agente fiscal/2013) com respeito à disciplina legal das taxas, é: 
(A) inconstitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, de um ou mais elementos da base de 
cálculo própria de determinado imposto, desde que não haja integral identidade entre uma base 
e outra. 
(B) inconstitucional a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, 
remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis. 
(C) constitucional a cobrança da taxa decorrente do poder de polícia em que haja a manutenção, 
pelo sujeito ativo, de órgão de controle em funcionamento, ficando restrita a cobrança aos 
contribuintes cujos estabelecimentos foram efetivamente visitados pela fiscalização. 
(D) constitucional a cobrança de taxa de fiscalização ambiental sobre o mesmo fato gerador 
pela União e por Estado, pois ambos têm competência para exercer a fiscalização desta 
atividade, haja vista se tratar de competência comum, exercida concomitantemente por todos 
entes políticos. 
(E) inconstitucional a taxa cobrada em razão da prevenção de incêndios, porquanto instituída 
como contraprestação a serviço não divisível. 
2. (FCC/TJ/PE/Cartórios/ingresso/2013). Não são espécies de tributos: 
(A) os impostos. 
(B) as tarifas públicas. 
(C) as taxas. 
(D) as contribuições de melhoria. 
(E) as custas processuais. 
3. (Cespe/TC/DF/Procurador/2013). Nas operações de câmbio, o fato gerador do imposto sobre 
operações de crédito, câmbio e seguro (IOF) consiste na efetivação da operação - configurada 
pela entrega de moeda nacional ou estrangeira ou de documento que a represente - ou na 
colocação à disposição do interessado do montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional 
por ele entregue ou por ele posta à disposição. 
4. VUNESP - Outorga de Delegações de Notas e de Registros do Estado de São Paulo (5° 
Concurso/Remogao — TJ/SP), em 2009: “Considerando o disposto nos artigos números 205 a 
208 do CTN, é possível afirmar que não tem efeito de negativa a certidão em que conste haver 
débitos tributários não vencidos, ou em que haja débito cuja exigibilidade esteja suspensa”. 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
19 
5. FCC - Agente Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo, agosto de 2009: “A suspensão da 
exigibilidade do crédito tributário autoriza a emissão de certidão positiva com efeito de negativa 
e não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias". 
 
1. D – 2. B – 3. Certo – 4. Errado – 5. Certo - 
 
Fato gerador 
Suspensão do crédito tributário 
Extinção do credito tributário 
Exclusão 
Certidões de regularidade fiscal 
Classificação tributaria 
 Espécies tributarias 
Princípios/ regras limitadoras ao poder de tributar 
II 
IE 
IOF 
IR 
 
 
 
 
 
 
Direito Tributário – ProfessorCarlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
20 
19/05/2017 
Início da V2 
Imposto sobre importação – II 
Art. 153 CF – é utilizado como meio de fomentar a economia. Art. 174CF. protege o mercado 
local da invasão de produtos externos que prejudicam a indústria nacional. Ente de indução da 
vontade dos agentes econômicos. 
Para entrar o produto no Brasil, art. 19 e 20 CTN, ocorre quando é alterado o domínio jurídico 
do produto. Assim, adentrar o produto no pais não precisa ser fisicamente, basta o registro no 
SISCOMEX. 
É um tributo extrafiscal, pois a principal objetivo é reguçar o mercado. É um tributo real, de 
destinação não vinculado (alimenta o orçamento da União) é de competência da União. O 
sujeito passivo é o importador, o agente aduaneiro e o arrematante de carga perdida ou de carga 
abandonada. A base de cálculo só pode ser alterada por lei, mas a alíquota pode ser alterada 
pelo executivo, por ato normativo secundário. 
Imposto sobre exportação – IE 
Art. 153, II CF – função extrafiscal, influencia na atividade econômica, etc. espelho do anterior. 
Difere na escolha dos produtos que serão tributados. O imposto influencia no dinheiro que entra 
no pais, mas nem todos são favoráveis, pois há produtos que a exportação causa prejuízos a 
longo prazo. Exemplo: exportação de mogno. Visa a proteção dos insumos necessários à Nação. 
Em regra, se aplica a produtos em natura. 
Obs.: Produtos industrializados que são destinados a exportação, já se beneficiam de normas 
tributárias desde o início da produção, podendo ter imunidade de IP. O exportador se torna 
credor de créditos de tributos, podendo negociar esse credito com outros empreendedores. 
Imposto de renda – art. 153, III 
Se divide em dois: IRPF e IRPJ. Renda é o resultado de capital (K), trabalho (T) e da 
combinação capital + trabalho (K+T). exem aluguel, é fruto de um capital, assim como 
enfiteuse, anticrese. Trabalho é o que resulta do esforço humano. A combinação se realiza com 
o empreendedorismo formando empresas. 
Provento – é todo o acréscimo patrimonial que não venha de uma renda, todo o resto. Herança, 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
21 
propina, ganho em loteria. 
 
 
02/06/2017 
Revisão para Prova 
II – Imposto sobre importação – Há duas ferramentas utilizadas para o controle de 
mercado, o câmbio e o tributo. O tributo é uma forma de controle por indução, uma forma de 
intervenção indireta, controle extrafiscal. O Estado pode utilizar tabelamento de preços, 
quantitativos a serem ofertados, pode até substituir a atividade empresarial. O ponto de 
equilíbrio entre demanda e oferta é que vai determinar como o Estado irá interferir na economia. 
Há um espaço entre a demanda e a oferta, os economistas chamam de vão invisível do mercado. 
Acréscimo:5 sujeito ativo (quem exige o tributo) é a União, sujeito passivo é o importador, o 
responsável aduaneiro (quem está com a procuração para realizar todos os passos) e o 
arrematante. O Estado pode ficar com a mercadoria quando não há o pagamento do devido 
imposto. O imposto de importação pode ser devolvido ao contribuinte, devolução por justo 
motivo, quando a mercadoria apresenta algum problema substancial como avaria, faltas, 
distorções entre o pedido e a entrega. Se o tributo ainda não foi pago, é possível fazer o estorno, 
se já pago pode fazer a devolução do indébito. É um imposto extrafiscal de exceção ao poder 
de tributar do Estado: legalidade estrita, anterioridade, nonagesimal. Obs.: a entrada de 
materiais e mercadorias para um determinado evento, como feira, show, é uma entrada 
provisória com saída certa, não incide o II. 
CTN: Art. 19. O imposto, de competência da União, sobre a importação de produtos 
estrangeiros tem como fato gerador a entrada destes no território nacional. 
IE – Imposto sobre exportação - Exportação atrai dinheiro de fora, traz riqueza para o 
país. Todavia, é preciso proteger os produtos essenciais para que não saiam do país, pois tais 
produtos são necessários ao desenvolvimento da nação. Assim, este imposto é utilizado como 
forma de controle para reduzir a saída de produtos necessários à indústria nacional. Sobre estes 
produtos incide o IE, uma forma de controle extrafiscal. É um imposto de competência da 
União, tem que seguir os mesmos parâmetros para todo o Brasil. Sujeito ativo é a União, sujeito 
passivo é o exportador, o agente aduaneiro ou o arrematante. É um imposto extrafiscal 
excepcional, desta forma, não se submetendo ao poder de tributar do Estado: legalidade estrita, 
anterioridade e nonagesimal. Exemplo: couro in natura, minerais in natura, pedras preciosas e 
demais itens necessários à indústria. 
Diferença entre capacidade e competência tributária: Capacidade tributária é o poder de dar 
 
5 SISCOMEX cadastro para importação 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
22 
vida ao tributo, ou seja, colocá-lo no plano de existência, gerar o tributo e pertence ao poder 
executivo, sendo delegável. Competência tributária é uma atribuição dada pela Constituição 
Federal a um determinado sujeito para criar o tributo, pertence ao poder legislativo, sendo 
indelegável. 
Tratado internacional sobre tributação pode abordar o IE, mas este não se torna cláusula pétrea 
da CF, como acontece com tratados que versam sobre Direitos Humanos. Desta forma, podem 
ser modificados pelo legislador. 
IOF – Imposto sobre Operações Financeiras - O imposto incide sobre operações, 
termo entendido no seu conceito jurídico tradicional, ou seja, com significado de atos ou 
negócios jurídicos em que ocorre a transmissão de um direito. Sendo assim, a exação não 
incide simplesmente sobre títulos ou valores mobiliários, câmbio, ou seguros, mas sim sobre 
negócios jurídicos tenham por objeto esses bens ou valores, daí verificarem-se os seguintes 
fatos geradores para o imposto: seguro, empréstimo (crédito), câmbio e operações com títulos 
e valores mobiliários (Rocha, 2014, pp. 503, 504). 
Empréstimo – empréstimo de valor, o sujeito passivo é o tomador do empréstimo 
Câmbio – compra e venda de moeda estrangeira - sujeito passivo é o comprador ou vendedor 
da moeda estrangeira 
Seguro – aquisição de apólice, transferência do prêmio, qualquer operação. O seguro, tem 
incidência de IOF quando compra, vende, transfere ou resgata o prêmio, ou seja, qualquer 
operação financeira sobre o seguro. 
Operações com títulos mobiliários – compra e venda de título negociados em bolsa de valores 
ou em mesa de papéis. Sujeito passivo é o adquirente do título. Debentures é um título de crédito 
mobiliário, controlado por uma autarquia federal. 
Obs.: Em todos estes casos existe o substituto tributário. Não é o responsável pelo tributo, 
obrigação principal, mas passa a sofrer penalidades se não cumprir as obrigações, gerando 
multas. Exemplo: IRPF, o substituto é o empregador. Depósitos e saques em CC não geram 
IOF. Tributo extrafiscal, não incide a limitação ao poder de tributar do Estado. O princípio da 
anualidade não se aplica em matéria tributária, pertence ao Direito Financeiro. 
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados - Para efeitos de IPI é preciso haver 
qualquer alteração que melhore ou aprimore o produto mais a mudança do domínio jurídico do 
mesmo. O sujeito passivo pode ser o industriário ou seu substituto, como comerciante ou 
distribuidor, desde que tenha cumprido estes dois requisitos: alteração ou melhoria do produto 
e mudança da titularidade do domínio jurídico. A melhoria ou aprimoramento pode se dar por 
beneficiamento, condicionamento, acondicionamento, montagem, etc. Exemplo: juntar dois 
produtos, como coelho de pelúcia e chocolate, para fazer um “kit páscoa”.Essenciabilidade 
(quanto menos necessário maior será a tributação) e seletividade são os princípios deste. É um 
tributo real, pois não leva em consideração a pessoalidade do sujeito. 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
23 
ICMS – imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre 
prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de 
comunicação. É de competência dos Estados e do Distrito Federal. Incide mesmo nas 
operações sobre produtos que vêm do exterior. A CRFB/88 incorporou também serviços de 
transporte de qualquer coisa como fonte geradora, mas tem que ultrapassar as fronteiras 
municipais. Se ocorrer dentro do município, se aplica o ISS. Competência dada pela CF para 
os Estados e DF, este quando agindo como Estado. A União pode cobrar em duas situações: 
como imposto extraordinário ou quando há território. Também, a União pode fazer um pacote 
que envolva tributos estaduais e municipais, mas ela tem que participar, isto é, tem que incluir 
no pacote os impostos federais. 
Obs.: o PIN (Programa de Integração Nacional) e o PROTERRA (Programa de Redistribuição 
de Terras e de Estímulo à Agroindústria do Norte e do Nordeste), são programas da década de 
50 e 70. Sobre estes, a União retém o valor que deveria repassar aos entes em dois momentos: 
na arrecadação, quando calcula o tributo, e quando repassa para os entes federativos. Ver ação 
civil ordinária no STF nº 758. 
IGF – Imposto Sobre Grandes Fortunas - tem um problema técnico, a lei não descreve 
o que é grande fortuna, não tem regulação, depende de lei complementar. 
ITR – Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural - área rural é tudo que não for 
urbano, urbano é o que está no 32 do CTN. Pelo menos dois dos incisos devem estar ativos para 
a área ser classificada como urbana. A área urbana do município compreende a área de expansão 
destinada ao comércio, indústria ou moradia, mesmo não tendo construções ou sendo, por 
exemplo, uma fazenda. Neste caso, pode acontecer de incidir o imposto rural e urbano em uma 
mesma propriedade um para cada parte. 
Leva em consideração o GUT, grau de utilização da terra e o GEE, grau de eficiência das 
exportações. São incentivos para a utilização da terra e os índices são classificados pelo INCRA. 
Estes dois, GUT e GEE, beneficiam o pequeno proprietário rural que não tem outras glebas 
rurais (imunidade), mas se tiver outras glebas que somadas não ultrapassem o valor máximo, 
terá isenção. 
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial 
urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por 
natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do 
Município. 
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; 
observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 
(dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público: 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
II - abastecimento de água; 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
24 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3(três) quilômetros do imóvel 
considerado. 
 § 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, 
constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à 
indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do 
parágrafo anterior. 
Abertas: 
Existem regras limitadoras ao poder de tributar do Estado e existem princípios. Segundo o 
professor Paulo Pimenta da UFBA, só existe um princípio no Direito Tributário: capacidade 
contributiva, visto que os demais não comportam razoabilidade. A CF, art. 145, § 1º diz que 
seus efeitos são usados na criação das leis. Primazia do tributo pessoal sobre o real: analisa 
a qualidade do sujeito passivo sobre os valores envolvidos. Capacidade econômica do 
contribuinte: quem pode mais, paga mais, que pode menos, paga menos ou até não paga. 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos 
termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Disso 
resulta: 
Distinguir fiscalidade e extrafiscalidade à luz de... (não foi dito) 
Pesquisa: 
Característica dos tributos quanto à sua finalidade6 
a) Fiscalidade: não há finalidade específica, apenas a de carrear disponibilidades financeiras 
para os cofres públicos. É a regra geral dos impostos. Diz-se, também, que um tributo é fiscal 
quando o sujeito ativo da obrigação tributária é o mesmo sujeito titular da competência 
tributária para instituí-lo. Exemplo: o IPTU, que tem como sujeito ativo e como titular da 
competência tributária a mesma pessoa jurídica de direito público, o Município. Um exemplo 
a contrário sensu é o da contribuição de interesse das categorias profissionais e econômicas, 
cujo titular é o respectivo conselho profissional, mas, em que pese tal titularidade, é instituída 
pela União: exemplo de parafiscalidade. 
b) Parafiscalidade: compreende o vocabulário "parafiscalité", empregado pela primeira vez em 
1947, no “lnventaire Schumann", elaborado pelo ministro da Economia da França, que lhe deu 
 
6 Rocha, Roberval – Coleção Sinopses para Concursos – 28º edição – Salvador: Editora Juspodivm, 2014, pp. 62-
63. 
Direito Tributário – Professor Carlos Andrade – 2017/1 
 Notas de aulas André Teles 
 
25 
o nome, sendo que "a sua origem foi a desorganização que as guerras causaram nas 
coletividades, pelas perdas de vidas, de bens materiais, de habitações e de empregos, pela 
dispersão de pessoas e famílias e a incerteza de seu futuro, principalmente na Europa. Para 
enfrentar as necessidades de alojamento, alimentação, assistência médica, o Estado teve, 
subitamente, sem tempo, vagar ou inspiração para qualquer planejamento, que atender a 
milhões de pessoas de algum modo atingidas. Os recursos necessários ao custeio das atividades 
resultantes dos danos de guerra não poderiam vir de dotações orçamentárias normais. Por isso, 
urgência e presteza exigiram geração pronta de recursos e descentralização de métodos para 
torná-los disponíveis e aplicáveis aos fins a que destinados" (Melo, 2003). 
Ocorre quando o sujeito competente para instituir determinado tributo, que só pode ser um ente 
federativo, delega a outra pessoa TRIBUTO jurídica de direito público, que passa a denominar-
se, genericamente, de entidade paraestatal, a sujeição ativa do tributo - a capacidade tributária 
- atribuindo-lhe, também, o produto da arrecadação. 
O exemplo mais conhecido é o do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS - autarquia 
federal, sujeito ativo de certas contribuições sociais instituídas pela União. 
c) Extrafiscalidade: a finalidade não é meramente arrecadatória e contém traços regulatórios 
de certos comportamentos econômicos, sociais, sanitários etc. Os impostos sobre o comércio 
exterior são exemplos clássicos de tributos extrafiscais. Sua utilização, pelo governo federal, 
pode, por exemplo, fomentar ou desestimular a produção nacional de certos itens. Exemplo: se 
ocorre demanda interna excessiva por farinha de trigo, produto estrangeiro de que o Brasil 
depende muito, o governo pode diminuir as respectivasalíquotas do li, com intenção de baratear 
o produto, evitando que o preço do pão aumente. Outro exemplo: se houver uma excessiva 
valorização do preço do álcool combustível no mercado internacional, o governo pode aumentar 
as alíquotas respectivas do IE, para evitar que os produtores nacionais desabasteçam o mercado 
interno. 
 
Isenção – benefício em favor do contribuinte em face de obrigações tributárias que ainda irão 
nascer. Portanto com efeitos ex nunc, não retroage. Pode ocorrer por prazo determinado ou 
indeterminado, é apenas uma expectativa de direito podendo ser revogada a qualquer momento 
a depender do interesse do Estado. Também pode ser condicionada a adesão de algum regime 
tributário. 
Anistia e isenção são institutos precários, mas a imunidade é direito cláusula pétrea. Isenção é 
diferente de remissão. Isenção e anistia é preciso lei para criar, imunidade é constitucional. 
Isenção pode privilegiar determinadas regiões, mas não pode diferenciar pessoas como 
exemplo, isenção para dentistas, para contador (não pode). Isenção para o nordeste pode. Art. 
145, § 1º traz um princípio tributário. 
Forma de fomentar o mercado pois aumenta a circulação de mercadorias,

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