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DIREITO ROMANO RESUMO

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ROMA
Das antigas civilizações, Roma é a que mantém até hoje maior relação com a sociedade ocidental, tendo moldado diversos aspectos de nossa cultura, até mesmo linguisticamente falando, já que o latim é a língua mãe. Política e administrativamente, também sofremos forte influência romana, mas é falando de direito que a relação tem seu patamar mais estreito. Foram eles os primeiros a possuírem um sistema judiciário nos moldes mais semelhantes aos atuais encontrados em vários países pelo mundo.
Algumas características básicas desse povo são necessárias para entender como se dá todo o processo de passagem dessa cultura pelo tempo. Roma foi uma civilização grande e conquistadora, tendo conquistado tudo ao redor do Mediterrâneo, a ponto de chama-lo pelo nome de mare nostrum (Nosso mar). Também tinham uma visão de si mesmos como sendo os destinados a serem caput mundi, a cabeça do mundo, de forma a entrarem para eternidade. Dadas todas essas conquistas fica fácil entender como até hoje estão diretamente ligados a toda a sociedade ocidental.
Roma passou por três divisões políticas durante sua existência: Realeza, Republica e Império (subdivido entre Alto e Baixo império). Na primeira, um rei era indicado pelo senado, escolhido em assembleias e este soberano eleito possuía poder que abrangia os âmbitos civil, militar, religioso e judiciário. No segundo caso, República, o povo decidiu por passar o poder para a mão de vários indivíduos, em curtos mandatos e com diversas funções, sendo o senado o único poder vitalício. As funções eram as de Cônsules, Pretores, Edis, Questores e Censores, sendo que cada uma tinha seu papel na administração da republica nos setores administrativos. Por último, o império, que correspondeu ao período mais longo da história romana, onde o senado ainda existia, tendo nas mãos o caráter legislativo e judicial, embora os poderes estivessem mais concentrados em um único imperador. 
O chamado direito romano esteve presente em toda a história de Roma, de sua fundação até a queda, porém, classificado em três fases: Arcaica, Clássica e Pós-clássica. A diferença em cada uma dessas fases se dá principalmente por sua evolução natural, sendo que na arcaica era familiar, visto que a família era o centro de tudo e os romanos eram vistos como de uma unidade familiar antes mesmo de serem cidadãos e o Estado ainda começava a se tornar presente. Logo após vem o auge, onde o direito é centralizado no poder do Estado, sendo este o período clássico. O período pós-clássico se manteve nas mesmas estruturas, havendo apenas a nova necessidade de se codificar essas leis.
A fonte principal do direito romano vinha do Costume, forma mais espontânea de constituição das leis, e que ditava as obrigatoriedades para ser considerado um bom romano. A partir do período imperial, a fonte do direito passa a ser o próprio imperador, figura que estabelece as constituições. 
O direito romano passa a utilizar também de conceitos que ficaram eternizados e são utilizados até hoje em constituições de todo o mundo, como o direito de família, o casamento, divórcio e adoção. Sem contar os delitos, como furto, dano, roubo, dolo, etc.

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