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Direito internacional público (resumo)

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Direito Internacional Público – 2º GQ.
Aula de 23/04/14.
Órgãos dos Estados nas Relações Internacionais:
I – Chefe de Estado: é a figura principal de representação
do Estado perante outros Estados. Há distinção entre chefe
de Estado e chefe de Governo, este é um administrador
interno, aquele representa os interesses do Estado no
exterior. No Brasil, o chefe de Estado e de Governo
concentra-se na mesma pessoa (chefe de Estado, art. 84,
VII, VIII, XIX, XX e XXII da CF). Os chefes de estado
possuem a imunidade de jurisdição, surgida do costume
dos Estados. Explica-se pela expressão de que “entre
iguais não há império”, ou seja, como todos os Estados
possuem soberania igual, nenhum tem poder de império
sobre o outro (imunidade quanto à jurisdição de outros
países estendida ao chefe de Estado). Trata-se de garantia
aos chefes de Estado.
II – Ministro de Relações Exteriores: ocupam função
intermediária, ou seja, hierarquicamente são subordinados
ao chefe de estado, mas comanda todo o pessoal do corpo
diplomático do Estado. Este cargo surgiu após a Paz de
Vestefália, segundo autores. Hoje participam de
negociações de tratados e de sua celebração. Representam
os Estados em reuniões internacionais. A extensão de seus
poderes depende da legislação de seu país, embora seja
reconhecido pelo DIP. A denominação também varia de
país para país, e.g. nos EUA é chamado de super ministro;
ministro de assuntos exteriores na Espanha. Também
possuem imunidades, as mesmas de um chefe de Estado.
III – Agentes Diplomáticos: os diplomatas representam
os interesses públicos, de estado, de governo. Trata-se de
emanação da soberania do Estado o envio de
representantes diplomáticos (por isso afirma-se haver
direito de legação ativa – enviar diplomata a outro país;
direito de legação passiva – receber diplomata de outro
país). O país que envia diplomata é chamado Estado
acreditante, o país que recebe o diplomata é chamado
Estado acreditado. A entrada só é possível se o diplomata
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for acreditado (decorrência da soberania dos Estados), ou
seja, necessita-se da autorização do Estado que recebe o
diplomata. Sendo autorizado, apresentar-se-á munido de
seu passaporte diplomático e suas credenciais (pedindo
que seja dada fé aos atos que praticar). Na Convenção de
Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961 é regida a
atividade dos diplomatas. Em seu art. 3º há um rol
exemplificativos de funções do diplomata tal como,
representar o Estado acreditante, proteger o Estado
acreditante nos limites permitidos, informar o Estado
acreditante das ocorrências no Estado acreditado, entre
outras. Embora pareça espionagem, o que difere desta é o
caráter lícito das funções. Os diplomatas também possuem
imunidades (não costumeiras) estabelecidas por tratados.
IV – Funcionários Consulares: representam interesses
privados, de pessoas físicas ou jurídicas. O consulado é o
órgão incumbido em resolver problemas privados dos
nacionais no exterior. Geralmente a matéria tratada é sobre
comércio internacional. Cada país é quem diz quem são
seus cônsules. No Brasil, os cônsules tem que passar pelo
mesmo processo que os agentes diplomáticos. Ao ser
designado para cumprir função no exterior, o cônsul
recebe o exequatur (autorização de ingresso). Apresenta-
se munido de sua carta patente ou provisão. Não há aqui a
figura do Estado acreditante e acreditado, apenas o Estado
que envia e o que recebe. As relações consulares são
disciplinadas por tratado, a Convenção de Viena sobre
Relações Consulares de 1963. O art. 5º traz um rol
exemplificativo das funções do cônsul. Entre suas funções:
expedir passaporte, prestar ajuda e assistência aos
nacionais (assistência consular). Já houve casos em que a
assistência consular foi negado, por isso ocorreu o
pronunciamento da Corte Internacional em vários casos
como no caso dos irmãos La Grand, alemães acusados de
assalto seguido de morte. Ocorre que a Convenção
determina que o país de origem deve ser informado da
prisão de seu nacional “sem demora”. A assistência
consular é direito do indivíduo e de seu Estado.
Aula de 28/04/14.
Imunidade de Jurisdição
O principal direito do Estado é a soberania, exercido,
sobretudo na liberdade de elaborar e aplicar suas próprias
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leis em seu território. Todavia, há restrições à aplicação da
soberania do Estado em seu próprio território, é o caso da
aplicação quanto a pessoas que possuem imunidade. Outro
exemplo é a imunidade de jurisdição entre Estados (entre
iguais não há império). Todos Estados são soberanos, não
há Estado com poder superior aos demais formalmente.
I – Conceito: é a impossibilidade de o Estado (Poder
Judiciário) aplicar suas leis diante de determinadas
pessoas em respeito à soberania de outro Estado.
II – Imunidade do Estado:
a. Flexibilização da imunidade de jurisdição:
Incialmente essa regra era absoluta, sempre que
qualquer juiz recebia uma ação, havendo Estado
estrangeiro no polo da demanda, o juiz se julgava
incompetente. Com o tempo, Estados passaram a ser
parte em negócios jurídicos, o que gerou grande
problemas para empresas, pois quando não honravam
os contratos não havia juiz que julgasse a
inadimplência do Estado. Essa barreira à indenização
pelo inadimplemento foi alvo de protestos de
investidores. No começo do século XX surgiram
Tratados como a Convenção de Havana, de Bruxelas
e o Código Brustamante que previam a imunidade
relativa dos Estados. Após a 2ª Guerra Mundial, com
o avanço do comércio dos EUA com a Europa, foram
modificadas as regras de imunidade quando se
tratasse de relação comercial, passando a haver a
imunidade relativa para a maioria dos países do
mundo. Com a flexibilização da regra da imunidade,
Estados podem ser julgados em certos casos.
1. Atos de império e atos de gestão: quando um ato
do Estado se consubstancia em ato de império
(típico de Estado, governamental, praticado apenas
por entes soberanos) permanece a imunidade e não
pode ser julgado; entretanto, quando age como
gestor (age como particular), o Estado tem sua
imunidade afastada.
2. Critérios: finalidade e natureza do ato: para
definir a natureza do ato (império ou gestão) há
dois critérios: finalidade e natureza. Se as
finalidades perseguidas são governamentais o ato é
de império, se possui finalidade privada o ato é de
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gestão. Da mesma forma, se a natureza do ato é
pública, teremos ato de império; se a natureza do
ato é privada, teremos ato de gestão. São critérios
imprecisos, que não resolvem todos os casos
concretos, até mesmo por causa do problema da
dicotomia público e privado. Por exemplo: compra
do Estado de botas para prover o exército,
verificando a finalidade o ato seria de império,
verificando a natureza teremos ato de gestão
(compra e venda). Trata-se de critérios doutrinários
e não jurisprudenciais.
b. Evolução do tema no Brasil: a imunidade relativa
foi adotada no Brasil fruto de uma decisão judicial do
STF em uma controvérsia trabalhista. Uma mulher
foi contratada para trabalhar na embaixada alemã,
como não recebeu verbas trabalhistas, ingressou com
reclamação trabalhista. O caso chegou ao STF, onde
o Ministro Sidnei Sanches utilizando inciso I do art.
114 da CF determinou a competência da jurisdição
brasileira para julgar entes de direito público externos
em demandas trabalhistas, instaurando-se no Brasil a
imunidade relativa de Estado estrangeiro. Outra
importante contribuição foi o voto do Ministro
Rezek, que afirmou que o Brasil nunca fez parte de
nenhumaconvenção de imunidade de Estado,
abstendo-se de julgar os Estados apenas por força dos
costumes internacionais, costume esse que deixou de
ser exercido pelos Estados estrangeiros, sobretudo
EUA e Europa. Tendo desaparecido o costume no
cenário nacional, desapareceu também a obrigação do
Brasil em aplicar a imunidade absoluta. A grande
importância foi o alcance, pois não se limitou à seara
trabalhista, como no pronunciamento do Ministro
Sidnei Sanches. Vale lembra que nessa época o Brasil
já vinha sendo julgado no estrangeiro, não devendo,
portanto se abster de fazer mesmo. Assim, prevalece
hoje no Brasil a imunidade relativa.
Obs.: A obrigação de não julgar Estados estrangeiros é
norma costumeira.
III – Imunidades diplomáticas e consulares:
diferentemente de outras imunidades que foram
estabelecidas por força de costumes, as imunidades
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diplomáticas e consulares foram estabelecidas por
Convenções e Tratados. As imunidades dos diplomatas
são mais abrangentes que a dos cônsules, isso pela própria
natureza de suas funções, aquele representa o próprio
Estado, este representa interesses privados de seu Estado.
A primeira garantida dos diplomatas é a total
inviolabilidade do local da missão diplomática (art. 22, §1º
da Convenção de Viena). Não significa que se tornou
território do Estado, mas apenas a inviolabilidade do
território da missão. Não pode haver execução forçada
contra os bens da embaixada. Essas garantias se estendem
ao domicílio do diplomata (art. 30, §1º da Convenção de
Viena). Outra proteção é a inviolabilidade do diplomata,
trata-se de inviolabilidade total de sua liberdade (art. ).
Essa total inviolabilidade pessoal é complementada com
uma imunidade penal absoluta. Não pode sequer figurar
como réu em ação penal. No plano civil, possuem
imunidade relativa, ou seja, agindo como particular poderá
ser processado civilmente (art. 31, a, b, c). Conforme o art.
34 há ainda a imunidade fiscal dos diplomatas.
Os cônsules, ao contrário dos diplomatas, não possuem as
garantias estendidas à sua residência. Não possui
inviolabilidade penal absoluta, ou seja, pode ser detido ou
preso, bem como pode ser processado (art. 41, §1º da
Convenção de 1963). Conclui-se que, agindo como
particular, pode ser julgado civil e penalmente (art. 43 da
Convenção de 1963). Possuem isenções fiscais (art. 49 da
Convenção de 1963), assim como os diplomatas.
Nos casos de práticas de crimes pelo diplomata, haja vista
não haver possibilidade de processá-lo penalmente, pode
haver a retirada da permissão de exercício do diplomata,
declarando-o persona non grata (art. 9º da Convenção de
1961). Assim, perderá a imunidade, deixará de ser
diplomata, deverá sair do território nacional, caso
contrário poderá ser processado. A imunidade é garantia
ao exercício de função política, não liberdade para
transgredir normas do ordenamento interno.
Obs.: baixar convenção de Viena de 1961 e 1963.
Aula de 30/04/14.
Organização das Nações Unidas
I – Organizações internacionais: são sujeitos do direito
internacional. Trata-se de organizações compostas por
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Estados necessariamente. Por isso, chamadas por alguns
autores de interestatais ou intergovernamentais. São
constituídas através de Tratado, nos quais são definidos
poderes, finalidades, atribuições, órgãos da organização,
etc. No nosso estudo utilizaremos como base a ONU pela
sua importância.
II – Aspectos históricos: na antiguidade havia as
anfictionias (organizações formadas por cidades gregas
com a finalidade de preservação de santuários religiosos).
Todavia, as organizações a que nos referimos possuem
outra formatação. A inspiração para a formação da ONU
foi a sua antecessora, a Liga das Nações. A Liga das
Nações tinha a finalidade de administrar a ordem cotidiana
das nações, evitando um novo conflito mundial (pós
primeira guerra). A ONU surge com o mesmo intuito,
assegurar a paz (aos vencedores, na verdade assegurar a
ordem) após a segunda guerra mundial. Ao final da
primeira guerra, a paz foi estabelecida com uma dura
imposição imposta à Alemanha. O colonialismo
continuou, só que com novo nome (sistema de mandatos).
A Liga não conseguiu cumprir seu objetivo (assegurar a
ordem mundial). Em 1936 a Liga chegou a aprovar um
conjunto de Sanções à Itália pela invasão na Etiópia, mas
resolveu retira-las. O mundo vai então para a segunda
guerra, que se encerra num grande acordo entre as grandes
nações, EUA e União Soviética. A ONU foi criada para
assegurar uma nova ordem, não acabou com o sistema de
tutela. Incialmente foi criada uma coalizão para combater
os países do eixo. A carta a ONU foi definitivamente
elaborada e assinada na Conferência de São Francisco.
Com o esfacelamento da União Soviética, encerrou a
bipolarização do mundo, instaurando-se uma nova ordem
mundial, fazendo com que mudasse também a atuação da
ONU.
III – Composição: originariamente foi formada por 51
Estados, posteriormente outros foram admitidos (art. 4º da
Carta da ONU). Para ser membro o Estado tem que se
comprometer em cumprir a carta da ONU e haver a
aceitação da mesma, referendado o seu crédulo de que
aquele Estado cumprirá a Carta. Os membros admitidos
possuem os mesmos direitos que qualquer outro.
IV – Órgãos:
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a. Conselho de Segurança: é o órgão principal e possui
competência para autorizar o uso da força nas
relações internacionais. O uso da força é proibido em
regra, mesmo como legítima defesa, é necessária a
autorização do Conselho de Segurança para
defender-se. Também autoriza intervenções
humanitárias, que, em tese, servem para proteger a
população civil em locais em guerra (e.g. os
corredores humanitários – rotas de saída de
refugiados e entrada de suprimentos; conflitos que
ameaçam a segurança internacional – conflito entre
países que interferem de algum modo a outros países,
geralmente grandes potências). O tema humanitário é
utilizado para respaldar ações militares, veem-se
violações à soberania e o caráter de direito de guerra.
É formado por 15 países membros, 5 são
permanentes (EUA, França, Inglaterra, Rússia e
China) e 10 países rotativos, eleitos para um período
não podendo ser reeleitos para mandato em
sequência. Os membros permanentes tem o poder de
veto, ou seja, qualquer medida considerada questão
de fundo (importante) para ser implementada tem que
receber todos os votos dos membros permanentes
mais 4 votos dos demais membros. Assim, qualquer
país membro permanente pode vetar medidas
importantes. A teoria do Estado falido é uma nova
invenção para legitimar o ataque de organizações
nocivas dentro do Estado que não puderam por ele
ser combatidas. Para aprovações de outras matérias
bastam 9 votos de quaisquer países membros.
b. Assembleia Geral: as resoluções não são
obrigatórias, tem apenas poder de recomendações.
Quando uma matéria é secundária é necessária
apenas maioria simples, nas importantes é necessário
2/3 dos membros (art. 18)
c. Corte Internacional de Justiça: é o tribunal
internacional mais importante que existe, pois possui
competência geral (várias matérias). Somente Estados
podem ser parte em processos na corte (indivíduos e
organizações privadas não podem ser parte). Há
processos consultivos (Estado pedindo parecer) e
processos contenciosos (Estado contra Estado).
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d. Secretariado: órgão administrativo, todavia possui
também competênciaspolíticas, podendo até mesmo
propor resoluções. O secretário da ONU sempre está
presente em reuniões importantes.
e. Conselho Econômico e Social: não tem poder
decisório, subsidia os demais órgãos e levanta dados.
f. Conselho de Tutela: órgão que praticamente se
extinguiu, pois orientou a tutela sobre colônias.
Aula de 05/05/14.
A União Europeia
I – Organizações regionais: são similares às organizações
gerais, também são formadas por Estados e são
constituídas por tratados. A peculiaridade é o aspecto
geográfico mais restrito. A união europeia tem ainda a
particularidade descrita pelos autores como processo de
integração regional jurídica, econômica. Outros exemplos
de organizações regionais são: OEA, MERCOSUL, etc.
Muitos autores afirmam que a principal característica da
UE é o fato de ser uma organização supranacional, pois é
como se representasse um superestado (competências de
definição de política econômica por órgãos
supranacionais). As decisões dos órgãos supranacionais
tem aplicação direta, independente de ratificação, ou
seja, praticam atos de governo. Na ONU, na OMC e na
OIT, as convenções dependem de ratificação para
aplicação.
II – Aspectos históricos: a UE surgiu após a guerra que
destruiu a Europa. Havia uma grande crise social, por isso
houve uma atração pelo sistema da URSS, vitoriosa pós-
guerra. As elites europeias viram a insatisfação popular
como um risco. Por esse motivo, houve pedido aos EUA
para a reconstrução da Europa. A ajuda veio com a
intenção de adquirir novos aliados e fortalecer o
capitalismo. Para evitar o controle dos EUA bem como a
ameaça do socialismo da URSS, foi criada a UE, com o
intuito de relações mútuas e dificuldades para países não
membros.
III – Evolução institucional: o primeiro passo para o
surgimento da União Europeia foi o Tratado de Paris de
1951 entre Alemanha, França, Itália, Bélgica e
Luxemburgo, que instituiu a comunidade europeia do
carvão e do aço (CECA). Em 1957 houve o tratado de
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Roma que criou duas outras comunidades, a CEE
(Comunidade Econômica Europeia) e a EURATOM. O
objetivo era a criação de um mercado comum (inexistência
de barreiras alfandegárias entre os membros, todavia há
uma tarifa fixa para todos no comércio com países não
membros; livre trânsito entre os cidadãos dos países
membros). Em 1965 houve o tratado de fusão dos
executivos, que fundiu os conselhos das organizações
criadas anteriormente. Em 1986 surgiu o Ato único
europeu. O mais significativo tratado foi o Tratado de
Maastricht de 1992, quando as comunidades se tornaram a
União Europeia e se instituiu a unificação da política
monetária (moeda única, o euro). Em 1999 houve o
Tratado de Amsterdã. Em 2001, o Tratado de Nice. Em
2007, o Tratado de Lisboa (após a frustrada tentativa de
implantar uma comunidade internacional oposta pela
população). Vê-se que a UE foi fruto de uma evolução
institucional de Tratados. Ou seja, não houve um tratado
constitutivo. Não se constitui uma entidade supranacional
sem mudanças nas Constituições dos Estados. No caso
europeu, essas mudanças ocorreram sem a consulta à
população, por isso a afirmação dos autores de que houve
um déficit democrático.
IV – Direito comunitário: direito válido para todos os
países membros da comunidade europeia.
a. Originário: direito que constituiu a UE (conjunto de
tratados).
b. Derivado: atos normativos emanados da União
Europeia.
1. Regulamento: funciona como uma lei geral,
similar a lei, comando geral obrigatório a todos os
países membros, independentemente de anuência
(ratificação).
2. Instrução: não é um comando geral, é dirigido a
um Estado em particular, também é obrigatório,
mas somente quanto ao resultado, a forma é
definida pelo próprio Estado.
3. Decisão: também voltada para um Estado em
particular, é obrigatória em todos os seus termos,
ou seja, não somente quanto ao resultado, mas
também quanto aos meios (forma).
Obs.: o tratado de Maastricht estabeleceu critérios de
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convergência para possibilitar a adoção de uma moeda
única. Por isso, as determinações de política de
austeridade em países como a Grécia, chegando à decisão
de cortes duríssimos à população, mostrando o
desrespeito, o descompromisso da comunidade europeia
com direitos sociais básicos como irredutibilidade de
salários, previdência, liberdade sindical, etc. com o fito de
manter a UE.
V – órgãos:
a. Conselho Europeu: é órgão de formado por chefes
de Estado e de governo, decide as diretrizes políticas
de longo prazo da União Europeia.
b. Comissão europeia: tem importância executiva, vai
buscar implementar as diretrizes do conselho
europeu. Tem ainda a competência da iniciativa
legislativa de atos normativos (depois vai para o
parlamento europeu e por fim o Conselho da União
Europeia).
c. Conselho da União Europeia: tem a palavra final
sobre os atos normativos, ou seja, tem maior
importância legislativa. É quem aprova os
regulamentos e instruções. Não é órgão de cúpula
formado por ministros de Estado. Sua composição
varia de acordo com o tema que estiver sendo
discutido (tema ambiental, ministros de meio
ambiente, etc.).
d. Parlamento europeu: apesar do nome, sua
importância legislativa é apenas auxiliar. Dá
pareceres sobre os projetos de atos normativos. São
750 deputados eleitos diretamente pela população.
Cada país tem número de deputados de acordo com
sua população.
e. Tribunal de Justiça: tem competência para julgar
apenas casos envolvendo o direito comunitário,
originário ou derivado.
f. Tribunal de Contas: fiscaliza e controla as contas da
União Europeia.
Aula de 07/05/14.
Proteção jurídica internacional do indivíduo
Antes do advento dos Direitos Humanos havia uma total
soberania dos Estados no que toca à adoção de leis a
respeito de seus nacionais e direitos de estrangeiros em
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seu território. Um rol mínimos de direitos foi estabelecido
para proteger estrangeiros onde quer que estejam.
I – Nacionalidade: classicamente, nas relações
internacionais o indivíduo ou é nacional ou estrangeiro,
com exceção aos apátridas (devem ser tratados como
estrangeiros). O estrangeiro é definido por exclusão (não
nacional). Cada Estado estabelece os critérios para que um
indivíduo seja seu nacional. O termo nacionalidade existia
na antiguidade, mas sem relação alguma com vínculo
estatal. O termo mais utilizado era cidadão, hoje vínculo
político com o Estado. Foi com a Revolução Francesa que
esses termos passaram a ser utilizados no sentido atual. Na
Idade média as pessoas se reconheciam como parte da
localidade.
a. Conceito: vínculo jurídico do indivíduo com o
Estado. Tal vínculo concede direitos ao nacional.
b. Originária: nacionalidade determinada por fato
natural (fato nascimento).
1. Jus sanguinis: critério do sangue, nacionalidade
originária adquirida pelo vínculo do nascituro com
os pais nacionais. Critério surgido tardiamente.
2. Jus soli: critério do lugar, nacionalidade originária
adquirida através do local do nascimento.
c. Derivada: nacionalidade adquirida ao longo da vida,
tendo como principal forma a naturalização. Deve
haver a solicitação ao Estado. A naturalização é ato
unilateral do Estado em regra. Há uma exceção na
legislação brasileira em que há o direito à
naturalização ao estrangeiro.
II – Condição jurídica do estrangeiro:
a. Admissão e entrada: o sistema clássico de proteção
ao indivíduo ainda é bastante atuante. Para ingressar
no território do Estado, o estrangeiro necessitade
autorização, trata-se de ato totalmente discricionário,
derivado da total soberania do Estado. A simples
desconfiança do estrangeiro já legitima o Estado a
vedar a entrada em seu território. Cada Estado pode
agir com reciprocidade em relação ao tratamento
dado aos seus nacionais em território estrangeiro
quando da entrada.
b. Direitos dos estrangeiros no Brasil: O caput do art.
5º traz a regra da igualdade de direitos entre
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brasileiros e estrangeiros residentes no país. O
estrangeiro de passagem também gozará deste direito,
conforme jurisprudência.
c. Restrições: há restrições aos estrangeiros quanto aos
direitos políticos, à aquisição de determinados bens, à
ocupação de determinados cargos públicos, etc.
III – Proteção diplomática e assistência consular: são
institutos bastante similares, diferindo no que tange à
pessoa, ora pelo diplomata, ora pelo cônsul. Pode ser
utilizado quando o indivíduo no exterior tem seus direitos
violados pelo Estado onde se encontra. O auxilio será
prestado pelo seu Estado através da embaixada ou
consulado. Entende-se que todo Estado tem o direito de
proteger seus nacionais onde quer que estejam. Por outro
lado, todo indivíduo tem o direito de receber essa
proteção. Há também o dever dos Estados em permitirem
essa proteção. Até o início do século XX a proteção aos
nacionais era feita na base da força. Posteriormente o uso
da força foi em regra proibido (pacto da Liga das Nações).
Hoje, entende-se que a proteção diplomática deve ser
utilizada através de direito (inicialmente através de
acordos políticos, depois pelo direito interno do Estado
onde se encontra o indivíduo e finalmente pela
representação do indivíduo nas Cortes Internacionais).
Aula de 12/05/14.
Saída Compulsória do Estrangeiro
I – Deportação: é a saída compulsória do estrangeiro
motivada por irregularidades do estrangeiro pelo seu
ingresso ou permanência no Estado em que se encontra
(ausência de documentos necessários ou vencidos, atos
praticados incompatíveis com o visto que possui). Art. 57
e 58 do Estatuto do estrangeiro. Não ocorre qualquer tipo
de processo, administrativo ou judicial, trata-se de medida
de polícia (polícia federal) que atua de ofício.
II – Expulsão:
a. Conceito e natureza: é modalidade de saída
compulsória do estrangeiro motivada pela prática de
ato que ofenda os interesses nacionais, ou seja, deve
haver uma conduta nociva aos interesses nacionais. A
prática de crime comum não justifica a expulsão, que
é medida de natureza política visando a proteção dos
interesses do país.
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b. Competência para expulsar: decorre da soberania
do Estado, assim como ocorre na entrada do
estrangeiro. O estrangeiro não possui direito
subjetivo à entrada no Brasil, trata-se de concessão
que pode ser retirada. A autoridade competente para
decretar a expulsão é o chefe do Executivo
(presidente da República – art. 66), hoje, por
delegação, a competência é do Ministro da Justiça.
Há inquérito administrativo conduzido pelo
ministério da Justiça, podendo ser instaurado de
ofício, como também solicitado por qualquer pessoa.
Há casos em que o expulsando está praticando delito
penal, nesses casos há necessidade de condenação
penal transitada em julgado. O MP envia a decisão
penal ao Ministério de Justiça para que instaure o
procedimento administrativo.
c. Óbice à expulsão: o estatuto do estrangeiro traz
casos em que não será possível haver a expulsão,
quando o expulsando for casado com brasileira há
mais de 5 anos ou possuir filhos brasileiros sob sua
guarda e dependência (art. 75, II, a, b). O STJ é quem
julgará os recursos (HC) sobre expulsão por força da
delegação dada ao Ministro da Justiça. O STJ passou
a decidir mais favoravelmente ao filho brasileiro do
estrangeiro, atenuando assim a expulsão dos
estrangeiros, ampliando a proteção do menor a uma
dependência afetiva também, bem como diminuiu o
tempo necessário.
III – Extradição:
a. Conceito e natureza: trata-se de modalidade saída
compulsória do estrangeiro motivada por crime
praticado em outro Estado, o qual solicita a
extradição para processar e julgar o extraditando ou
cumprir a pena (basta que haja ação penal). Aqui há a
figura de dois Estados. Possui natureza política, pois
a extradição é concessão de pedido respeitando a
soberania do Estado solicitante.
b. Princípio da dupla tipicidade: a conduta imputada
ao indivíduo extraditando tem que ser considerado
crime e punível em ambos os países. Se em um dos
Estados houver causa de extinção da punibilidade,
não se concederá a extradição, e.g. indivíduo que
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comete crime aos 17 anos (a legislação de seu país
admite como crime) e vem para o Brasil, este não
extraditará por não admitir crime de menores de 18
anos. O Brasil não extradita quando a pena imputada
for cruel, de morte, etc., apenas em pena privativa de
liberdade.
c. Competência: o pedido é realizado ao Presidente da
República que pode nega-lo de pronto, ou remetê-lo
ao STF, este se pronuncia a respeito pela
possibilidade ou não da extradição; havendo
possibilidade, o Presidente da República terá a
autorização (faculdade) de extraditar ou não o
estrangeiro. Se o STF conclui que o pedido é
irregular, não haverá possibilidade de concessão da
extradição. Serve como exemplo o emblemático caso
de Cesare Battisti (conflito entre Tratado e Lei).
Aula de 14/05/14.
O direito Internacional dos Direitos Humanos
I – Personalidade Jurídica Internacional do Indivíduo
e a Limitação da soberania Estatal: os direitos humanos
representaram uma limitação à soberania do Estado e o
reconhecimento da personalidade jurídica do indivíduo no
cenário nacional.
II – Formação Histórica: a ideia da soberania total levou
vários Estados a adotarem leis discriminatórias a
estrangeiros, grupos minoritários, religiosos, etc. Os
direitos do indivíduo em outro Estado estavam
condicionados à discricionariedade do Estado em que
estivesse. O Brasil já restringiu direitos aos estrangeiros
utilizando-se de sua total soberania. Com o implemento
dos direitos humanos houve uma restrição à soberania dos
Estados por haverem determinações aos Estados de
assegurar um rol mínimo de direitos a toda e qualquer
pessoa que se encontre em seu território. Isso se deu por
compromissos internacionais. No plano fático podemos
observar que nem sempre são cumpridos os compromissos
firmados entre os Estados. Ou seja, temos um fator mais
ideológico do que concreto.
Esse sistema internacional de proteção ao indivíduo
decorreu de uma tentativa de aperfeiçoar um sistema
jurídico que o antecedeu, que era o sistema de proteção de
minorias criado através de tratados internacionais que
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determinava a concessão de direitos fundamentais a
estrangeiros. A ideia no final do século XIX era impedir a
discriminação de minorias com a provável ruína do
império turco-otomano. A Inglaterra, preocupada com essa
possibilidade, obrigou o império turco-otomano a
concessão de direitos fundamentais às minorias étnicas e
religiosas revoltosas. Ocorre que nunca foi efetivado esse
sistema, sobretudo após a queda da Inglaterra e da Liga
das Nações.
Chegando ao poder Hitler, com o argumento de que queria
proteger as minorias. Os direitos humanos surgem no
plano internacional após a segunda guerra, tentado superar
ideologicamente o regime de proteção das minorias(baseado na diferença dos seres humanos). Baseia-se,
portanto na igualdade entre os seres humanos. A rejeição
ao nazismo e a tentativa de superar a ideologia do regime
anterior foram determinantes para o surgimento dos
direitos humanos.
Politicamente, contribuiu para o surgimento dos direitos
humanos a mudança no poderio político, pois os EUA
acreditavam em um conceito de dignidade humana
diferente da URSS. A bipolarização do mundo atingiu
também o plano ideológico. Todavia, as potências da
época conseguiram elaborar um instrumento jurídico
contendo a posição de ambas, a Declaração Universal de
1948. Isso só foi possível por que a Declaração não era
obrigatória, por ser resolução da assembleia geral da ONU
(apenas força de recomendação). Conclui-se que
originariamente os direitos humanos não eram
obrigatórios.
Para superar o regime das minorias que era obrigatório,
depois de quase 20 anos, os direitos humanos passaram a
ser obrigatórios com a elaboração de dois tratados, um
com as ideologias dos EUA e outro com as ideologias da
URSS.
III – Sistema Global (de proteção dos direitos
humanos):
a. Declaração Universal de 1948: contém os direitos
de 1º geração (liberdade e propriedade) e de 2º
geração (sociais e econômicos).
b. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos
de 1966: contendo os ideais dos EUA. Obrigatório,
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podendo o indivíduo se valer da justiça para
concretiza-los. Em 1966 com o surgimento do Pacto
já se previa um Comitê dos Direitos Humanos com
poderes de fiscalizar e emitir recomendações a
Estados. Foi elaborado um Protocolo Facultativo que
possibilitava a apresentação de reclamações ao
comitê (sistema similar ao judicial).
c. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos,
Sociais e culturais de 1966: contendo os ideais da
URSS. Vistos como direitos programáticos, ou seja,
sem efetividade, metas a serem alcançadas, desejos.
Não possuía comitê algum inicialmente. O comitê de
direitos econômicos e sociais só foi criado em 1980, e
não analisava reclamações. Somente com a criação de
um protocolo facultativo, em 2008, é que foi possível
a realização de reclamações. Vê-se que os direitos
sociais foram secundarizados.
Obs.: O Brasil não ratificou nenhum dos protocolos,
embora tenha no governo de Collor ratificado ambos os
Pactos.
IV – A invisibilidade dos Direitos Humanos: a doutrina
define a indivisibilidade como característica dos direitos
humanos que associa a concretização dos mesmos com a
garantia de todos os direitos humanos (civis e políticos e
econômicos, sociais e culturais). Essa concepção de
indivisibilidade é mais um desejo legítimo do que uma
realidade fática. Na realidade, os direitos humanos
continuam a divididos entre os obrigatórios e os
programáticos.
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