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Direito Penal II Casos Concretos Corrigidos são diferentes de cada SIA

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Direito Penal II - Aulas e Casos Concretos Corrigidos
Fonte: Universidade Estácio de Sá
Aula1: CONCURSO DE CRIMES
1 Conceito
1.1 	Infrações penais que admitem concurso de crimes
1.2 Sistema de Aplicação de Pena: a)Exasperação de Pena. b)Cúmulo Material.
2 - Concurso de Crimes e Conflito Aparente de Normas.
3 Espécies de Concurso de Crimes: Material, Formal e Crime Continuado (ou Continuidade Delitiva)
4 - Concurso Material ou Real
4.1 Conceito; 4.2 Requisitos; 4.3 Espécies: Homogêneo e Heterogêneo; 4.4 Sistema de Aplicação de Pena: Cúmulo Material.
5 Concurso Formal ou Ideal
 5.1 Conceito; 5.2 Requisitos
 5.3 Espécies: a)Homogêneo e Heterogêneo b)Perfeito e Imperfeito: unidade e diversidade de desígnios.
 5.4. Sistemas de Aplicação de Pena e Concurso Material Benéfico.
6. Continuidade Delitiva:
 6.1.Conceito.
 6.2.Natureza Jurídica - Teorias: a) Unidade Real b) Ficção Jurídica c) Mista
 6.2. Requisitos:
 a) Pluralidade de condutas b) Pluralidade de crimes da mesma espécie 
 c) Nexo de continuidade: condições de tempo, lugar, maneira de execução e outras circunstâncias semelhantes - interpretação analógica.
 d) Continuidade Delitiva e Reiteração Criminosa - confronto.
 6.3. Espécies de Crime Continuado a) Genérico. b) Específico.
 6.4. Continuidade Delitiva e conflito de leis penais no tempo: 
 6.5. Continuidade Delitiva e Suspensão Condicional do Processo: 
7 Conseqüências em relação à fixação de pena e extinção de punibilidade.
 7.1.Sistema de Aplicação de Pena. 7.2. Unificação das penas. 7.3. Prescrição Penal.
CASO CONCRETO AULA 1:
Questão n.1 Hercílio e Arnaldo, em unidade de desígnios e fortemente armados, no dia 15 de março de 2011, por volta das 23h, invadiram a residência de Hélio e Maria Rosa, na zona rural de Nova Iguaçu de Goiás, amarraram o casal e seus dois filhos, Vitória e Lélio, de 12 e 8 anos, cerceando sua liberdade pelo período de duas horas, causando-lhes extremo temor e traumas indeléveis. Durante o referido lapso temporal, os agentes vasculharam toda a casa e separaram alguns bens que a guarneciam (televisão, aparelho de som e alguns eletrodomésticos) para posterior subtração. Findo este prazo, levaram o casal à área externa da residência, com mãos e pés amarrados, os obrigaram a se ajoelhar no gramado e desferiram-lhes dois tiros pelas costas, tendo as vítimas morrido instantaneamente. Do feito, Hercílio e Arnaldo restaram denunciados e condenados pelos delitos de latrocínio consumado (roubo seguido de morte) em concurso formal de crimes. Inconformados com a decisão proferida, interpuseram apelação criminal com vistas à reforma do julgado e conseqüente descaracterização da incidência do art.70, do Código Penal, sob o argumento de que apenas ocorrera uma subtração patrimonial e a morte de duas vítimas, o que configuraria crime único de latrocínio e não concurso formal impróprio. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema concurso de crimes responda de forma objetiva e fundamentada: A pretensão dos agentes é procedente?
Resposta: Caminhava par roubo com arma de fogo, restrição de liberdade e coparticipação (agravantes). Quando mataram duas pessoas, tornou-se um crime de dois latrocínios.
O recurso não merece prosperar, pois o latrocínio é um mundo complexo (art 121 e 157) e como foram duas vítimas existiram dois crimes de latrocínio
Questão n.2 Simplício ingressou em um ônibus linha Centro ? Jardim Violeta, no centro da cidade do Rio de Janeiro com o dolo de subtrair pertences dos passageiros. Meia hora após o ingresso no ônibus, sentou ao lado de um passageiro que cochilava e subtraiu-lhe a carteira dentro da mochila sem que ele percebesse. Em seguida, com emprego de grave ameaça, atemorizou Abrilina e Lindolfo, obrigando-os a entregar seus celulares. Ante o exposto, sendo certo que, no caso do primeiro passageiro Simplício praticou o delito de furto e, no caso de Abrilina e Lindolfo, os delitos de roubo, diferencie de forma objetiva e fundamentada concurso material e concurso formal de crimes a partir dos sistemas de aplicação de pena adotados em cada instituto e apresente o sistema aplicável ao caso concreto.
Resposta: A este caso concreto, devemos aplicar o sistema do concurso material de crimes, na classificação heterogênia, pois Simplício furtou a carteira de um passageiro, sem uso de violência, e roubou outros dois passageiros com emprego de violência. Portanto, o réu responderá pela soma das penas – cumulação. ( Art. 70 – C.P.: mais de uma ação ou omissão o sujeito pratica/realiza mais de um crime). Um furto e mais 2 roubos.
 
Questão n.3 (VI EXAME DE ORDEM UNIFICADO)
Otelo objetiva matar Desdêmona para ficar com o seguro de vida que esta havia feito em seu favor. Para tanto, desfere projétil de arma de fogo contra a vítima, causando-lhe a morte. Todavia, a bala atravessa o corpo de Desdêmona e ainda atinge Iago, que passava pelo local, causando-lhe lesões corporais. Considerando-se que Otelo praticou crime de homicídio doloso qualificado em relação a Desdêmona e, por tal crime, recebeu pena de 12 anos de reclusão, bem como que praticou crime de lesão corporal leve em relação a Iago, tendo recebido pena de 2 meses de reclusão, é correto afirmar que:
a) o juiz deverá aplicar a pena mais grave e aumentá-la de um sexto até a metade.
Correta ⇒ b) o juiz deverá somar as penas.
c) é caso de concurso formal homogêneo.
d) é caso de concurso formal impróprio.
 
Questão n.4
Sobre os institutos do Concurso Material de Crimes, Concurso Formal de Crimes e Continuidade Delitiva, assinale a alternativa INCORRETA:
a) No caso de crime continuado, o ordenamento jurídico pátrio adotou a teoria da ficção jurídica, segundo a qual a unidade delitiva caracteriza-se como criação da lei.
b) No caso de incidência de concurso formal de crimes se a pena cominada em decorrência do sistema de exasperação de penas for mais grave que a pena calculada pelo sistema do cúmulo material, será aplicada este. Tal situação denomina-se concurso material benéfico.
Incorreta ⇒ c)	Os desígnios autônomos, característicos do concurso formal imperfeito de crimes, aplicam-se a delitos dolosos e culposos.
d) No caso de conflito de leis penais no tempo não se aplica o princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa para as condutas praticadas em continuidade .
Aula 2: TEORIA DA SANÇÃO PENAL - TEORIA GERAL DA PENA
1. A Sanção Penal. 
1.1 Evolução Histórica 1.2 Finalidade e Fundamento das Penas - prevenção geral e especial
1.3 O sistema Penal Brasileiro: A Pena Criminal - Teorias absolutistas e relativas. 
1.4. Princípios da Pena.
a) humanidade das penas; b) legalidade; c) personalidade; d) inderrogabilidade;
e) proporcionalidade; f) individualização da pena;
1.5 Espécies de Pena
a) Pena Privativa de Liberdade b) Pena Restritiva de Direitos c) Pena de Multa
2 - A Pena Privativa de Liberdade
2.1 Conceito 
2.2 Espécies: a)Reclusão. b)Detenção.
2.3 Regimes de cumprimento de Pena:
a) Fechado; b) Semi-aberto; c) Aberto; d) Regime Disciplinar Diferenciado 
2.4 Progressão e regressão de Regimes:
a) Conceito. Hipóteses de incidência; b) A progressão de Regimes e a Lei de Crimes Hediondos 
c) Exame Criminológico.
3 - Direitos e Deveres do Condenado e Preso Provisório.
4 - Detração Penal.
5 - Remição Penal.
CASO CONCRETO AULA 2:
Questão n. 1) Abelardo Rocha foi condenado pela prática de dois delitos de roubo majorado pelo concurso de pessoas e pelo emprego de arma de fogo em concurso material de crimes (art.157,§2º,I e II 2x n.f art.69, ambos do Código Penal) à pena unificada de 16 anos, 1 mês e seis dias de reclusão a ser cumprida em regime inicialmente fechado, tendo iniciado seu cumprimento em 12 de julho de 2005. Em 05 de maio de 2008, progrediu para o regime semi-aberto de cumprimento de pena e, em 14 de dezembro de 2010, preenchidos os requisitos para o progressão de regimes para o regime aberto teve, entretanto, determinadopelo Juízo das Execuções seu cumprimento em prisão domiciliar face à ausência de vagas em Casa de Albergado. Inconformado com a decisão, o membro do Ministério Público interpôs agravo em execução com vistas à cassação do “benefício”, o que foi provido pelo Tribunal de Justiça. Com base nos estudos realizados sobre os princípios informadores da Teoria da Pena, desenvolva de forma objetiva e fundamentada a tese defensiva a ser apresentada em sede de Habeas Corpus com vistas à manutenção do cumprimento de pena em prisão domiciliar.
Resposta: Tendo Abelardo cumprido os requisitos objetivos (quantidade de pena) e subjetivos (bom comportamento) para progressão no regime cumprimento, em que saiu do regime fechado para semi-aberto e do semi-aberto para o aberto. É legítimo a aplicação da prisão domiciliar, em função da ausência de vagas na Casa de Albergado.
 
Questão n. 2) Com relação à Teoria da Sanção Penal, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. O ordenamento penal vigente adotou o sistema progressivo de execução de pena, segundo o qual no curso cumprimento da pena, preenchidos requisitos de natureza objetiva e subjetiva estabelecidos em lei, o condenado poderá progredir de um regime mais severo para outro menos severo de cumprimento de pena; todavia, é inadmissível o contrário – a regressão de regimes de cumprimento de pena de um regime menos severo para outro mais severo de cumprimento de pena.
II. O réu primário e de bons antecedentes condenado pela prática de crime hediondo praticado anteriormente à alteração da Lei de Crimes Hediondos (Lei n.8072/1990) pela Lei n. 11464/2007, cumprirá sua pena em regime integralmente fechado
III. O sistema penal brasileiro, consoante o disposto no art. 59, do Código Penal, em relação às funções e finalidades da pena, adotou a Teoria Mista ou Unitária, segundo a qual há a conciliação entre as finalidades de prevenção geral e especial e o caráter retributivo da pena.
a) As assertivas I e II estão corretas.
b) As assertivas I e III estão corretas.
Correta ⇒ c) Somente a assertiva III está correta.
d) As assertivas II e III estão corretas.
e) Todas as assertivas estão corretas.
 
Questão n. 3) Sobre as espécies de regimes prisionais, é correto afirmar que o condenado:
a) Reincidente ou não, condenado à pena de 8 (oito) anos de reclusão deverá, obrigatoriamente, iniciar o seu cumprimento de pena em regime fechado.
Correta ⇒ b) Não reincidente, cuja pena seja superior a quatro anos e não exceda a oito, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semi-aberto
c) Reincidente condenado à pena de reclusão de 4 (quatro) anos jamais poderá iniciar o seu cumprimento de pena em regime semi-aberto.
d) Nos casos de aplicação de medida de segurança, a reclusão pode acarretar a adoção de tratamento ambulatorial, já a detenção, a internação. 
Aula 3 : A PENA CRIMINAL
1 Medidas Alternativas à Pena Privativa de Liberdade:
 1.1 Introdução. Desenvolvimento Histórico. A Penalogia e a falha da Pena Privativa de Liberdade.
 1.2 Penas Substitutivas; 1.3 Penas Alternativas 
2 Penas Restritivas de Direitos:
 2.1 Espécies: a) Prestação Pecuniária; b) Perda de Bens e Valores
 c) Prestação de Serviços à Comunidade ou a Entidades Públicas
 d) Interdição Temporária de Direitos; e) Limitação de Fim de Semana
 2.2. Substituição de Pena: a) Pressupostos; b) Conversão 
 2.3. Questões Controvertidas:
 a) A Substituição de Pena e os Crimes Hediondos e Equiparados
 b) A Substituição de Pena e a Violência Doméstica
3 - A Pena de Multa: 
3.1 Conceito. Natureza Jurídica; 3.2 Espécies; 3.3 Cabimento; 3.4 Sistemas de Cominação; 	3.5 Execução.
CASO CONCRETO AULA 3:
Questão n. 1) Homem é flagrado usando apenas calcinhas em Maracaju, MS (Arquivo/Maracaju Speed)
Um homem de 28 anos, flagrado pela Polícia Militar usando apenas duas calcinhas pelas ruas de Maracaju, a 160 quilômetros de Campo Grande, terá de doar R$ 300 ao Conselho da Comunidade pela prática do ato obsceno, ocorrida em julho. Segundo o acordo judicial assinado em 12 de dezembro, o pagamento será feito em três parcelas, a serem depositadas todo dia 30 a partir de janeiro de 2012. O acusado terá ainda de comprovar o depósito perante o cartório do fórum local. A medida foi solicitada pelo Ministério Público e aceita pela Defensoria Pública. Na madrugada de 31 de julho, o homem foi abordado pela polícia após denúncias de moradores. Agentes da PM constataram que o homem estava seminu e perambulando próximo a uma pizzaria. Questionado pelos agentes sobre o motivo, ele alegou que foi expulso da casa da namorada e que ela teria ficado com todas as suas roupas. O homem apresentava escoriações no joelho e no cotovelo e foi conduzido à delegacia da Polícia Civil para prestar esclarecimentos. Ele foi interrogado pelos responsáveis do plantão e, em seguida, foi liberado depois de assinar um termo circunstanciado de ocorrência. Ele só deixou a delegacia de Maracaju após conseguir uma bermuda emprestada.
 	Ante a notícia de jornal acima descrita, com base nos estudos realizados sobre a Pena Criminal, responda de forma objetiva e fundamentada: a sanção imposta configura-se como pena alternativa ou substitutiva à pena privativa de liberdade? Diferencie as duas medidas a partir da análise de seus requisitos e das conseqüências no caso de seu descumprimento.
Resposta: O caso em questão tem pena de até 1 ano de reclusão (baixo potencial ofensivo), executado sem violência ou grave ameaça, possiblitando a adoção da pena alternativa, sendo que neste caso concreto foi adotada a pena alternativa de multa.
As penas alternativas podem ser classificadas em multas ou penas restritivas de direito (em sentido estrito: prestação de serviços a comunidade, limitação de finais de semana , etc... ) ou pecuniário (prestação pecuniária em favor da vítima; prestação inominada; perda de bens e valores). 
A pena restritiva de direitos converte-se em privativa de liberdade quando ocorrer o descumprimento injustificado da restrição imposta. No cálculo da pena privativa de liberdade a executar será deduzido o tempo cumprido da pena restritiva de direitos, respeitado o saldo mínimo de trinta dias de detenção ou reclusão. 
No caso da pena substitutiva, que após sentença penal condenatória, quando o juiz impõe primeiro a pena privativa restritiva de liberdade e depois substitui pela pena restritiva de direitos (aplicando o artigo 44) se houver descumprimento durante o período de prova, o condenado começa a cumprir a pena sem abatimento do período de prova.
Questão n. 2) (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 59) Com relação aos critérios para substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, assinale a alternativa correta:
a) A substituição nunca poderá ocorrer se o réu for reincidente em crime doloso.
b) Somente fará jus à substituição o réu que for condenado a pena não superior a 4 (quatro) anos.
c) Em caso de descumprimento injustificado da pena restritiva de direitos, esta será convertida em privativa de liberdade, reiniciando-se o cumprimento da integralidade da pena fixada em sentença.
Correta ⇒ d) Se superior a um ano, a pena privativa de liberdade pode ser substituída por uma pena restritiva de direitos e multa ou por duas restritivas de direitos.
Questão n.3) (JUIZ DE DIREITO. MG/2005) É correto afirmar que é possível a substituição da pena privativa de liberdade quando:
a) A pena privativa de liberdade não for superior a 4 (quatro) anos. Mesmo se o crime tiver sido cometido com violência ou grave ameaça à pessoa ou, qualquer que seja a pena aplicada, se o crime for culposo.
Correta ⇒ b) O condenado for reincidente, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja socialmente recomendável e a reincidência não se tenha operado em virtude da prática do mesmo crime.
c) A condenação for igual ou inferior a 1 (um) ano substituindo-se a pena privativa deliberdade por prestação pecuniária ou por uma restritiva de direitos.
d) A condenação for superior a 1 (um) ano, substituindo-se a pena privativa de liberdade por uma pena restritiva de direitos e prestação pecuniária ou por duas restritivas de direitos.
Aula 4: SISTEMAS DE APLICAÇÃO DA PENA CRIMINAL
1 – Individualização da Pena.
 1.1 Princípios norteadores
 1.2 Vedação da dupla valoração de uma mesma circunstância (bis in idem)
2 - Sistema trifásico de Aplicação de Pena (distinção entre elementares e circunstâncias).
 2.1. Pena-Base: Teoria das Circunstâncias Judiciais
 2.2 Pena-Provisória: Teoria das Circunstâncias Legais. 
 2.3 Pena Definitiva
3 – Fixação da Pena-Base. Teoria das Circunstâncias Judiciais.
4 – Circunstâncias Legais
 1.1 Agravantes Genéricas
 1.2 Atenuantes Genéricas
 1.3. Confronto entre Agravantes e Atenuantes – Circunstâncias Preponderantes
5 – Causas de Aumento e Diminuição de Pena.
6 – Qualificadoras.
 6.1. Possibilidade de Concurso entre Qualificadoras e Privilégio no delito de Homicídio.
CASO CONCRETO AULA 4:
Questão n.1) Adam foi condenado à pena de 3 (três) anos de reclusão, a ser cumprida no regime aberto, bem como ao pagamento de 14 (quatorze) dias-multa pela prática de delito contra a ordem tributária (art.1º, incisos II e IV, da Lei nº 8.137/90) em continuidade delitiva. Inconformado com a decisão interpôs recurso com vistas à revisão da condenação imposta e conseqüente redução da pena-base fixada, sob o argumento de que não poderia ter sido objeto de caracterização de maus antecedentes, pelo juízo a quo, condenações pretéritas por delitos culposos (crimes de lesão corporal culposa), haja vista ter transcorrido lapso temporal superior a 5 (cinco) anos entre o efetivo cumprimento das penas e a infração posterior – objeto da presente decisão impugnada. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre a dosimetria da pena, responda de forma objetiva e fundamentada se assiste razão à tese defensiva de Adam.
Resposta: Não, pois antecedente não quer dizer reincidente o mesmo se baseia no art. 64, inciso 1 erroneamente onde trata da reincidência, assim sendo, para efeitos de reincidência o prazo alegado esta correto porem ele tem antecedentes que trata de sua ficha criminal que carregara até o fim de sua vida. 
Questão n.2) (OAB JULHO/2011) Em relação ao cálculo da pena, é correto afirmar que:
a) a análise da reincidência precede à verificação dos maus antecedentes, e eventual acréscimo de pena com base na reincidência deve ser posterior à redução pela participação de menor importância.
Correta ⇒ b) é defeso ao juiz fixar a pena intermediária em patamar acima do máximo previsto, ainda que haja circunstância agravante a ser considerada.
c) o acréscimo de pena pela embriaguez preordenada deve se feito posteriormente à redução pela confissão espontânea
d) é possível que o juiz, analisando as circunstâncias judiciais do art. 59 do Código Penal, fixe pena-base em patamar acima do máximo previsto.
 
Questão n.3) (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO JULHO/2011)
 Tício praticou um crime de furto (art. 155 do Código Penal) no dia 10/01/2000, um crime de roubo (art. 157 do Código Penal) no dia 25/11/2001 e um crime de extorsão (art. 158 do Código Penal) no dia 30/5/2003. Tício foi condenado pelo crime de furto em 20/11/2001, e a sentença penal condenatória transitou definitivamente em julgado no dia 31/3/2002. Pelo crime de roubo, foi condenado em 30/01/2002, com sentença transitada em julgado definitivamente em 10/06/2003 e, pelo crime de extorsão, foi condenado em 20/8/2004, com sentença transitando definitivamente em julgado no dia 10/6/2006. Com base nos dados acima, bem como nos estudos acerca da reincidência e dos maus antecedentes, é correto afirmar que:
a) na sentença do crime de furto, Tício é considerado portador de maus antecedentes e, na sentença do crime de roubo, é considerado reincidente.
Correta ⇒ b) na sentença do crime de extorsão, Tício possui maus antecedentes em relação ao crime de roubo e é reincidente em relação ao crime de furto.
c) cinco anos após o trânsito em julgado definitivo da última condenação, Tício será considerado primário, mas os maus antecedentes persistem.
d) nosso ordenamento jurídico-penal prevê como tempo máximo para configuração dos maus antecedentes o prazo de cinco anos a contar do cumprimento ou extinção da pena e eventual infração posterior. 
Aula 5: APLICAÇÃO DE PENA E AÇÃO PENAL 
SUSPENSÃO CONDICIONAL DA EXECUÇÃO DA PENA, LIVRAMENTO CONDICIONAL E AÇÃO PENAL,
Estrutura do Conteúdo:
1 – Suspensão condicional da execução da pena: 	1.1 Conceito. 	1.2Requisitos. 	1.3 Espécies.
 	1.4 Condições. 	1.5 Prazos. 	1.6 Revogação. 	1.7 Extinção.
2 - Livramento condicional:	2.1Conceito. 	2.2 Requisitos. 	2.3 Concessão. 	2.4 Revogação .
 	2.5 Efeitos. 	2.6 Extinção. 	2.7 Término.
3. Ação Penal
1 – Conceito. Natureza Jurídica.
2 - Classificação
 2.1 Ação Penal de Iniciativa Pública.
 a) Legitimidade para a propositura da Ação Penal
 b) Espécies.
 c) Princípios norteadores.
 d) Ação penal no crime complexo.
 e) Ação Penal nos crimes contra os Costumes – violência ficta e violência real.
 2.2 Ação Penal de Iniciativa Privada.
 a) Legitimidade para a propositura da Ação Penal
 b) Espécies.
 c) Princípios norteadores.
3 – Questões Controvertidas.
 3.1 A Ação Penal e a Lei n. 9099/1995. Juizados Especiais Criminais.
 3.2 A Ação Penal e a Lei n. 11340/2006. Lei Maria da Penha.
CASO CONCRETO AULA 5:
Questão n.1) (OAB EXAME UNIFICADO. DEZ/2011. DIREITO PENAL. QUESTÃO N.2. MODIFICADA). 
 Joaquina, ao chegar à casa de sua filha, Esmeralda, deparou-se com seu genro, Adaílton, mantendo relações sexuais com sua neta, a menor F.M., de 12 anos de idade, fato ocorrido no dia 2 de janeiro de 2011. Transtornada com a situação, Joaquina foi à delegacia de polícia, onde registrou ocorrência do fato criminoso. Ao término do Inquérito Policial instaurado para apurar os fatos narrados, descobriu-se que Adaílton vinha mantendo relações sexuais com a referida menor desde novembro de 2010. Apurou-se, ainda, que Esmeralda, mãe de F.M., sabia de toda a situação e, apesar de ficar enojada, não comunicava o fato à polícia com receio de perder o marido que muito amava.
 A partir da premissa de que Adaílton praticou o delito de estupro de vulnerável majorado pelo fato dele ser padrasto de F.M (art.217-A c.c. art. 226, II, ambos do Código Penal), responda de forma objetiva e fundamentada, com base nos estudados realizados, às questões propostas:
a) Esmeralda praticou crime? Em caso afirmativo, qual?
Resposta: Sim, pois Esmeralda era agente garantidora do menor, portanto tinha obrigação de impedir o resultado. Cometeu o crime comissivo por omissão
b) Considerando que o Inquérito Policial já foi finalizado, deve a avó da menor oferecer queixa-crime?
Resposta: Não, pois se trata de ação pública incondicional, portanto cabe ao ministério público oferecer a denúncia.
 
Questão n.2) (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO FEV. 2012. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 63)
 Nise está em gozo de suspensão condicional da execução da pena. Durante o período de prova do referido benefício, Nise passou a figurar como indiciada em inquérito policial em que se apurava eventual prática de tráfico de entorpecentes. Ao saber de tal fato, o magistrado responsável decidiu por bem prorrogar o período de prova. Atento ao caso narrado e consoante legislação pátria, é correto afirmar que:
Correta ⇒ a) não está correta a decisão de prorrogação do período de prova.
b) a hipótese é de revogação facultativa do benefício.
c) a hipótese é de revogação obrigatória do benefício.
d) Nise terá o benefício obrigatoriamente revogado se a denúncia pelo crime de tráfico de entorpecentes for recebida durante o período de prova. 
 
Questão n.3) Com relaçãoaos institutos da suspensão condicional da execução da pena (sursis) e livramento condicional, assinale a alternativa INCORRETA:
a) A condenação anterior a pena de multa não impede a concessão da suspensão condicional da pena.
b) É admissível a suspensão condicional da pena, mesmo em se tratando de condenado reincidente em crime culposo.
Incorreta ⇒ c) É vedado ao juiz especificar outras condições a que fica subordinada a suspensão da pena, além daquelas previstas no Código Penal.
d) Uma das diferenças entre a suspensão condicional da pena e o livramento condicional refere-se ao período de prova, que para a primeira dura de dois a quatro ou de quatro a seis anos, enquanto que para o segundo corresponde ao restante da pena a ser cumprida.
Aula 6: MEDIDAS DE SEGURANÇA
1 – Conceito
2 – Natureza Jurídica e suas funções, genéricas e específicas..
3 – Pressupostos para aplicação.
4 – Distinção entre Pena e Medida de Segurança.
5 - Espécies
6 – Prazo de cumprimento da medida de segurança - duração.
7- Exame de Cessação de Periculosidade
8 - Medida de Segurança Substitutiva.
 8.1 Semi-Imputabilidade
 8.2 Superveniência de Doença Mental
 8.3 Duração
9 – Extinção.
CASO CONCRETO AULA 6:
Questão n.1) Celidônio Alves, denunciado como incurso na prática do delito previsto no art. 217-A c.c art. 225, parágrafo único, ambos do Código Penal, foi absolvido impropriamente, tendo sido imposta consectária medida de segurança de internação com fulcro no art. 386, inc. VI, do Código de Processo Penal. Inconformada com a decisão, a defesa interpôs recurso de apelação e, nas suas razões, alegou que a medida de internação aplicada não obedecia à necessária individualização da pena, bem como ressaltou que o réu ficaria afastado de sua família, o que prejudicaria sua recuperação, razão pela qual postulou a aplicação de tratamento ambulatorial ao acusado e fixação de tempo mínimo para a aplicação da medida de segurança. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda, fundamentadamente, se o pedido deverá ser provido.
Resposta: Não, porque a medida de segurança deve ser aplicada de acordo com a periculosidade do agente, proveniente da doença mental apresentada, não tendo relação com a pena imposta.
Questão n.2) Marcelo foi condenado à pena privativa de liberdade de 14 anos e 6 meses de reclusão, a ser cumprida em regime inicialmente fechado, como incurso nas sanções do art.121§2º incisos II e III, do Código – homicídio qualificado pelo motivo fútil e praticado mediante asfixia. Após o cumprimento de dez meses de pena, o sentenciado foi acometido de doença mental, razão pela qual a pena privativa de liberdade foi convertida em medida de segurança, na modalidade de internação. Ante o exposto, é correto afirmar que a medida de segurança perdurará até a cessação da periculosidade do agente averiguada:
a) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal.
b) independentemente do tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, desde que, respeitado o prazo máximo de trinta anos para o cumprimento de sanção penal reclusiva.
Correta ⇒ c) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal e terá como parâmetros para o prazo de cumprimento os estabelecidos à pena privativa de liberdade, ou seja, o período residual desta.
d) de acordo com o tempo de cumprimento da pena privativa de liberdade imposta na sentença penal, independentemente do período residual desta.
 
Questão n.3) (DEFENSOR PÚBLICO SP/2006) É correto afirmar:
a) nos termos do Código Penal, para o semi-imputável o juiz primeiro deve fixar o quantum da pena privativa de liberdade diminuída e depois substituí-la por medida de segurança que, nesse caso, só pode ser de tratamento ambulatorial.
Correta ⇒ b) nos termos do Código Penal, em qualquer fase do tratamento ambulatorial, poderá o juiz determinar a internação do agente, se essa providência for necessária para fins curativos.
c) nos termos da Lei de Execução Penal se, no curso ad execução da pena privativa de liberdade, sobrevier doença mental, o juiz poderá determinar a substituição da pena por medida de segurança, que deverá ser cumprida no próprio presídio.
d) O Código Penal adotou o sistema do duplo binário e, portanto, em caso de condenação à pena privativa de liberdade e imposição de medida de segurança o agente deve primeiro cumprir a pena e, após, ser transferido para hospital de custódia e tratamento psiquiátrico para cumprir a medida de segurança.
Aula 7: CAUSAS EXTINTIVAS DE PUNIBILIDADE
1 Causas Extintivas de Punibilidade Abstrata e Concreta:
1.1 Abstrata: 
a) Escusas absolutórias; b) Imunidade Diplomática; c) Arrependimento Eficaz; d) Desistência Voluntária 1.2. Concreta:
a) Morte do agente; b) Anistia graça e indulto; c) Abolitio criminis; d) Decadência; e) Perempção.
f) Retratação da representação; g) Perdão judicial; h) Perdão do Ofendido; i) Renúncia.
2 Disposições Gerais acerca das Causas Extintivas de Punibilidade.
CASO CONCRETO AULA 7:
Questão n.1) Maria Victória e Carlos Alberto, jovem casal residente no interior de Minas Gerais, há alguns anos tentava, sem êxito, ter filhos. Determinada noite, enquanto retornava de sua clínica veterinária, o casal foi abordado por uma jovem desconhecida, aparentando não mais que vinte anos e que, aos prantos colocou um bebê recém-nascido no colo de Maria Victória e saiu correndo. Carlos Alberto ainda tentou alcançá-la, bem como a procurou por diversos dias sem, contudo, encontrá-la. Passado um mês com o bebê em casa e temendo pela sua saúde, Maria Victória e Carlos Alberto decidiram por adotá-lo e, para tanto, o registraram como seu filho, Carlos Alberto V. Júnior.
 Passados 20 anos do fato, o casal é procurado por Alex Sandro, caminhoneiro, que se apresenta como suposto pai de Júnior. Sustenta Alex Sandro ter conhecido Lynildes, mãe biológica de Júnior, em uma cidade próxima durante uma festa na qual se apaixonaram, mas que, infelizmente, Lynildes desaparecera e nada contara sobre a gravidez, descoberta por ele há pouco mais de dois meses e que, portanto, lutaria pelo reconhecimento de Júnior como seu filho e não de Maria Victória e Carlos Alberto.
 A partir da premissa de que o casal foi pronunciado pela suposta prática dos delitos de parto suposto e registro de filho alheio como próprio, previstos no art. 242, caput, do Código Penal, com base nos estudos realizados sobre a teoria da pena, poderá o casal sustentar em tese defensiva a ocorrência de alguma causa extintiva de punibilidade? Responda de forma objetiva e fundamentada.
Resposta: A tese defensiva deveria se basear no perdão judicial, que tem previsão para sua aplicação no crime de registrar como seu filho de outrem se reconhecida a nobreza do casal quese concedido pelo juiz acarretaria a extinção da punibilidade.
Questão n.2) Com relação às causas extintivas de punibilidade, assinale a opção INCORRETA:
a) a renúncia configura a falta de interesse do ofendido em exercer o direito de queixa, portanto, antes da propositura da ação penal, diferentemente do perdão do ofendido, que ocorre no curso da ação penal.
b) o perdão judicial configura direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei.
Incorreta ⇒ c) a sentença que conceder perdão judicial será considerada para efeitos de reincidência.
d) caso sejam reconhecidas antes do trânsito em julgado da sentença condenatória desaparecerão todos os efeitos do processo ou da sentença condenatória.
 
Questão n.3) (UnB/CESPE – TJCE/2012. JUIZ SUBSTITUTO) 
Antenor e Braz, ambos com dezenove anos de idade, planejaram, em comum acordo, furtar bens dos pais de Antenor, quando estes estivessem trabalhando. Na data combinada, os agentes subtraíram joias e dinheiro, no valor totalde R$ 5.000,00, da residência do casal, local onde reside Antenor. Os pais de Antenor contam, cada um, cinquenta e cinco anos de idade. Com base nessa situação hipotética e no que dispõe o CP, assinale a opção correta:
a) Antenor e Braz estariam isentos de pena caso os valores subtraídos não ultrapassassem o de um salário mínimo.
b) Caso Braz seja primário, o juiz pode diminuir a pena de um a dois terços, ou aplicar-lhe somente multa.
Correta ⇒ c) Independentemente da quantia e da utilidade dos bens subtraídos, Antenor está isento de pena.
d) A ação penal, no caso, será pública condicionada à representação das vítimas da ação delituosa.
e) Por expressa disposição do CP, não há tipicidade material na ação de Antenor e Braz.
 
Aula 8: PRESCRIÇÃO PENAL
PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITIVA E PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO EXECUTÓRIA
1. Conceito. Natureza Jurídica. Finalidade. Fundamentos.
 	1.1 O Poder Punitivo do Estado
 	1.2. Distinção entre Prescrição da Pretensão Punitiva e Prescrição da Pretensão Executória. 
2 – Prescrição da Pretensão Punitiva.
2.1 Conceito; 2.2 Crimes Imprescritíveis; 2.3 Oportunidade da Declaração; 2.4 Termo Inicial
2.5 Regras para Contagem do Prazo; 2.6 Prescrição Superveniente à Sentença Condenatória
2.7 Causas Suspensivas; 2.8 Causas Interruptivas; 2.9. A Lei 12.650/12 e o prazo prescricional nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes.
3 – Prescrição da Pretensão Executória
3.1 Conceito; 3.2. Prazos e Forma de Contagem; 3.3. Efeitos; 3.4 Causas Suspensivas;
3.5 Causas Interruptivas 
4 - Da Prescrição Retroativa: 
4.1. A lei 12234/10 e a exclusão da Prescrição Retroativa - Direito Intertemporal.
 
CASO CONCRETO AULA 8:
Questão n.1) (OAB EXAME UNIFICADO. DEZ/2011. - DIREITO PENAL. QUESTÃO N.3. MODIFICADA).
Jaime, brasileiro, solteiro, nascido em 10/11/1982, praticou, no dia 30/11/2000, delito de furto qualificado pelo abuso de confiança (art. 155, parágrafo 4º, II, do CP). Devidamente denunciado e processado, Jaime foi condenado à pena de 4 (quatro) anos e 2 (dois) meses de reclusão. A sentença transitou definitivamente em julgado no dia 15/01/2002, e o término do cumprimento da pena se deu em 20/03/2006. No dia 24/03/2006, Jaime subtraiu um aparelho de telefone celular que havia sido esquecido por Lara em cima do balcão de uma lanchonete. Todavia, sua conduta fora filmada pelas câmeras do estabelecimento, o que motivou o oferecimento de denúncia, por parte do Ministério Público, pela prática de furto simples (art. 155, caput, do CP). A denúncia foi recebida em 14/04/2006, e, em 18/10/2006, Jaime foi condenado à pena de 1 (um) ano de reclusão e 10 (dez) dias-multa. Foi fixado o regime inicial aberto para o cumprimento da pena privativa de liberdade, com sentença publicada no mesmo dia.
Com base nos dados acima descritos, atento às informações expostas, responda fundamentadamente:
a) Suponha que a acusação tenha se conformado com a sentença, tendo o trânsito em julgado para esta ocorrido em 24/10/2006. A defesa, por sua vez, interpôs apelação no prazo legal. Todavia, em virtude de sucessivas greves, adiamentos e até mesmo perda dos autos, até a data de 20/10/2010, o recurso da defesa não tinha sido julgado. Neste caso, qual a tese defensiva a ser apresentada para fins de exclusão da responsabilidade jurídico-penal da conduta de Jaime?
Resposta: Jaime é reincidente e o prazo para prescrição executória teve aumento de 1/3 do prazo normal fixado, somente iria prescrever em 24/02/2011 (sendo calculada em cima da pena já imposta). E se até essa data não tivesse sido julgado seu recurso, Jaime não poderá mais ser punido pois o prazo se esgotou e o crime prescreveu. Portanto, não caberá a defesa alegar prescrição.
b) A situação seria diferente se ambas as partes tivessem se conformado com o decreto condenatório, de modo que o trânsito em julgado definitivo teria ocorrido em 24/10/2006, mas Jaime, temeroso de ficar mais uma vez preso, tivesse se evadido tão logo teve ciência do conteúdo da sentença, somente tendo sido capturado em 25/10/2010?
Resposta: Considerando que o prazo prescricional não havia cessado, ele cumprirá a pena conforme a sentença prolatada inicialmente.
 
Questão n.2) (OAB. EXAME DE ORDEM UNIFICADO FEV. 2012. TIPO 1 . BRANCO. QUESTÃO 64)
 No dia 18/10/2005, Eratóstenes praticou um crime de corrupção ativa em transação comercial internacional (Art. 337-B do CP), cuja pena é de 1 a 8 anos e multa. Devidamente investigado, Eratóstenes foi denunciado e, em 20/1/2006, a inicial acusatória foi recebida. O processo teve regular seguimento e, ao final, o magistrado sentenciou Eratóstenes, condenando-o à pena de 1 ano de reclusão e ao pagamento de dez dias-multa. A sentença foi publicada em 7/4/2007. O Ministério Público não interpôs recurso, tendo, tal sentença, transitado em julgado para a acusação. A defesa de Eratóstenes, por sua vez, que objetivava sua absolvição, interpôs sucessivos recursos. Até o dia 15/5/2011, o processo ainda não havia tido seu definitivo julgamento, ou seja, não houve trânsito em julgado final. Levando-se em conta as datas descritas e sabendo-se que, de acordo com o art. 109, incisos III e V, do Código Penal, a prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, verifica-se em 12 (doze) anos se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito anos e em 4 (quatro) anos se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não exceda a dois, com base na situação apresentada, é correto afirmar que:
a) não houve prescrição da pretensão punitiva nem prescrição da pretensão executória, pois desde a publicação da sentença não transcorreu lapso de tempo superior a doze anos.
b) ocorreu prescrição da pretensão punitiva retroativa, pois, após a data da publicação da sentença e a última data apresentada no enunciado, transcorreu lapso de tempo superior a 4 anos.
c)	ocorreu prescrição da pretensão punitiva superveniente, que pressupõe o trânsito em julgado para a acusação e leva em conta a pena concretamente imposta na sentença
Correta ⇒ d) não houve prescrição da pretensão punitiva, pois, como ainda não ocorreu o trânsito em julgado final, deve-se levar em conta a teoria da pior hipótese, de modo que a prescrição, se houvesse, somente ocorreria doze anos após a data do fato.
 
Questão n.3) Com relação prescrição da pretensão punitiva do Estado, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) O prazo da prescrição da pretensão punitiva nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes terá por termo inicial a data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta a ação penal.
b) O prazo da prescrição da pretensão punitiva nos crimes permanentes terá por termo inicial o dia em que cessou a permanência.
c) As circunstâncias judiciais, as circunstâncias agravantes e atenuantes genéricas são consideradas para fins de cálculo da prescrição da pretensão punitiva.
Incorreta ⇒ d) Consoante entendimento do Superior Tribunal de Justiça, a reincidência não influi no prazo da prescrição da pretensão punitiva.
 
Aula 9: CRIMES EM ESPÉCIE. CRIMES CONTRA A PESSOA. CRIMES CONTRA A VIDA.
1 – Homicídio.
 1.1. Bem jurídico tutelado. Considerações gerais sobre o início e término da vida extra-uterina.
 1.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 1.3. Sujeitos do delito.
 1.4. Classificação do delito.
 1.5. Consumação e tentativa.
 1.6. Desistência voluntária e arrependimento eficaz no delito de homicídio.
 1.7. Crime impossível e o delito de homicídio.
2 - Figuras típicas
 2.1. O homicídio simples.
- A atividade típica de grupo de extermínio e o homicídio simples.
 2.2. Homicídio privilegiado.
 a) Motivo de relevante valor moral.
 b) Motivo de relevante valor social.
 c) Sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima. 
- Privilégio: causa de diminuição de pena:controvérsia - obrigatoriedade ou facultatividade. Verbete de Súmula n. 162 do Supremo Tribunal Federal.
 3 – Concurso de crimes e conflito aparente de normas com os demais delitos contra a vida.
 4 - Concurso de pessoas e o delito de homicídio.
CASO CONCRETO AULA 9:
Questão n.1) Lindolfo, depressivo por ter sido abandonado por sua amada Belízia, contratou Francisco Zebedeu, matador de aluguel, dizendo-lhe pretender que Francisco Zebedeu matasse um inimigo dele, e que pagaria R$1500,00 pelo serviço – soma vultosa em relação aos preços cobrados na região. Aceito o serviço e pago o combinado, Francisco Zebedeu, aproveitando-se da escuridão da noite, devidamente escondido, alvejou a pessoa que Lindolfo lhe assegurara que passaria pelo local apontado. Após o fato, verificou-se que a vítima atingida fora o próprio Lindolfo, que sobreviveu, mas ficou com deformidade permanente. Na realidade, Lindolfo, desiludido da vida que levava após ter sido desprezado por sua amada, contratara a própria morte, já que não tinha coragem para matar-se, detalhe que Francisco Zebedeu desconhecia, acreditando tratar-se de um suposto inimigo de Lindolfo.
 Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o tema, responda de forma objetiva e fundamentada qual a correta tipificação das condutas de Francisco Zebedeu e Lindolfo. 
Resposta: O erro quanto á pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se consideram, neste caso, as condições ou qualidades da vitima, senão as da pessoa contra quem o agente queria praticar. Confundir a pessoa. Praticar um crime contra uma pessoa pensando que é outra.
Francisco Zebedeu responderá por tentativa de homicídio.
Lindolfo responderá por auxilio a crime tentado.
 Questão n.2) (VUNESP. TJRJ/2011. JUIZ SUBSTITUTO)
 Joaquim, pretendendo matar a própria esposa, arma-se com um revólver e fica aguardando a saída dela da academia de ginástica. Analise as hipóteses a seguir.
I. Se Joaquim errar o disparo e atingir e matar pessoa diversa que passava pelo local naquele momento, sem atingir a esposa, responderá por homicídio doloso, agravado pelo fato de ter sido o crime cometido contra cônjuge (art. 61, II, “e”, do Código Penal).
II. Se Joaquim errar o disparo e atingir e matar pessoa diversa que passava pelo local naquele momento, sem atingir a esposa, responderá por homicídio doloso, mas sem a incidência da agravante de ter sido o crime cometido contra cônjuge (art. 61, II, “e”, do Código Penal).
III. Se Joaquim atingir e matar a esposa, mas, simultaneamente, em razão do único disparo, por erro, também atingir e matar pessoa diversa que passava pelo local naquele momento, responderá por homicídio doloso, agravado pelo fato de ter sido o crime cometido contra cônjuge (art. 61, II, “e”, do Código Penal), em concurso formal.
IV. Se Joaquim atingir e matar a esposa, mas, simultaneamente, em razão do único disparo, por erro, também atingir e matar pessoa diversa que passava pelo local naquele momento, responderá por homicídio doloso, agravado pelo fato de ter sido o crime cometido contra cônjuge (art. 61, II, “e”, do Código Penal), em concurso material.
Estão corretas apenas:
Correta ⇒ (A) I e III.
(B) I e IV.
(C) II e III.
(D) II e IV. 
 
Questão n. 3) Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. Segundo a jurisprudência do STJ, a resposta positiva dos jurados no que se refere à tentativa de homicídio não implica necessariamente recusa ao quesito da desistência espontânea, uma vez que, conforme o caso concreto, esses institutos podem ser compatibilizados.
II. O homicídio praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que na forma simples, poderá ser considerado hediondo, consoante expressa previsão legal na Lei n.8072/1990.
III. No caso de um delito de homicídio ser praticado em concurso de pessoas no qual haja um contrato para o pagamento, tanto o contratante, quanto o executor do homicídio que receber o pagamento, obrigatoriamente, serão responsabilizados pelo homicídio qualificado pela torpeza, consoante o disposto no art.30, do Código Penal.
IV. O delito pode ser perpetrado por meios físicos, morais ou psíquicos e por caracterizar-se como delito material, imprescindível a prova da materialidade do delito, mediante a realização de exame de corpo de delito direto ou indireto. 
Estão corretas apenas:
 a) I e III.
 b) I e IV.
 Correta ⇒ c) II e III.
 d) II e IV
Aula 10: CRIMES CONTRA A VIDA - HOMICÍDIO
1 – Homicídio Qualificado.
 1.2. Natureza jurídica e incidência da Lei n. 8072/1990 (Lei de Crimes Hediondos) – consectários.
 1.1. Motivos qualificadores determinantes.
 1.2. Meios e modos de execução qualificadores. A interpretação analógica no delito de homicídio qualificado.
 1.3. Fins qualificadores – conexão. 	
 1.4. Comunicabilidade das qualificadoras no caso de concurso de pessoas.
 1.5. Confronto entre o delito de homicídio qualificado pelo emprego de tortura e o delito de tortura previsto no art. 1°, §3° da Lei n. 9455/97. Possibilidade conflito aparente de normas e concurso de crimes.
 1.6. Concurso entre o homicídio privilegiado e o qualificado. Controvérsia: incidência da Lei n. 8072/1990 – Lei de Crimes Hediondos.
2 - Homicídio Culposo
 2.1. Análise dos elementos normativos caracterizadores do crime culposo.
 2.2. Distinção de dolo eventual e culpa consciente no homicídio.
 2.3. O instituto da tentativa e o homicídio culposo.
 2.4. Majorantes do homicídio culposo.
 2.5. Concurso de pessoas.
 2.6. Conflito aparente de normas entre o homicídio culposo previsto no CP no CTB (Lei 9503/97).
 2.7. Perdão Judicial: a) Natureza jurídica; b) Obrigatoriedade ou facultatividade de aplicação;
 c) Natureza jurídica da sentença concessiva do perdão judicial. Controvérsia: entendimento dos Tribunais Superiores.
CASO CONCRETO AULA 10:
Questão n.1) Adamastor Vale foi condenado como incurso nas sanções do artigo 121,§2º, inciso IV, do Código Penal por ter matado Anatalino da Silva, utilizando de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, desferindo pauladas no ofendido, causando-lhe as lesões descritas no auto de necropsia de fls. 19 do Inquérito Policial, que foram a causa de sua morte. Na ocasião, o denunciado utilizando-se de um pedaço de madeira, uma “trama” para cerca, desferiu pauladas na vítima, quando esta tentava se retirar do pátio da residência do acusado. Por outro lado, não se pode deixar de registrar que, momentos antes do fato, a vítima estaria embriagada no pátio da casa do réu, proferindo diversas ofensas verbais a ele e sua cunhada, além de tentar invadir sua residência e agredi-los fisicamente, razão pela qual, Adamastor Vale interpôs recurso de apelação com vistas ao reconhecimento da nulidade da decisão proferida pelo Tribunal do Júri por não ter sido formulado quesito relativo à forma privilegiada do delito, consoante entendimento sumulado pelo Supremo Tribunal Federal (Verbete de Súmula n.162). Sucessivamente, argüiu o reconhecimento da causa de diminuição de pena (privilégio) e, conseqüente, afastamento da hediondez do delito.
A partir da premissa que a tese relativa à forma privilegiada do ilícito não foi ventilada pela defesa técnica em nenhum momento processual, nem mesmo no julgamento em plenário, ocasião em que propugnou apenas pelo afastamento da qualificadora e pela absolvição, resta improcedente o pedido de nulidade da decisão.
 Desta forma, com base nos estudos realizados sobre a teoria da pena, o delito de homicídio e a incidência dos institutos repressores da lei de crimes hediondos (Lei n.8072/1990), responda de forma objetiva e fundamentada se os pedidos sucessivos serão julgados procedentes.
Resposta: O pedido feito pela defesa do acusado procede; O crime configurado seria do homicídio simples, porém a causa de diminuição do crime seria aplicada com baseno art.121 §1° (homicídio privilegiado). Portanto retiraria a classificação de crime hediondo.
 
Questão n.2) (PROMOTOR DE JUSTIÇA. AM/2001).
 Tibúrcio praticou um homicídio sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima, com o uso de asfixia. Na ocasião, apesar de ser maior de dezoito e menor de 21 anos de idade, era reincidente. Confessou a autoria da infração penal perante a autoridade judiciária e no plenário do júri. Julgue os itens que se seguem, relativos à situação hipotética apresentada e à legislação a ela pertinente:
I. Tibúrcio praticou um crime de homicídio privilegiado-qualificado.
II. O homicídio privilegiado-qualificado é crime hediondo, insuscetível de comutação da pena.
III. Caso Tibúrcio venha a ser condenado pelo júri popular, o juiz presidente deverá observar o critério trifásico na dosimetria de pena, sob pena de nulidade da sentença.
IV. De acordo com a jurisprudência dominante, a circunstância atenuante da menoridade relativa não é preponderante sobre as demais.
V. No caso de condenação de Tibúrcio, reconhecidas as atenuantes da menoridade e confissão espontânea, o juiz presidente poderá fixar a pena privativa de liberdade em quantidade inferior ao mínimo previsto no tipo.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e IV.
d) III e IV.
 Correta ⇒ e) IV e V.
 
Questão n. 3) Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. Segundo a jurisprudência do STJ a sentença concessiva do perdão judicial possui natureza declaratória de extinção de punibilidade não gerando qualquer conseqüência para o réu, exceto para efeitos de reincidência.
II. Segundo a jurisprudência do STJ é admissível o concurso entre o homicídio privilegiado e qualificado, desde que, as qualificadoras tenham natureza objetiva, sendo, neste caso, caracterizado como delito hediondo.
III. O instituto do perdão judicial aplica-se aos crimes de homicídio culposo previstos no Código Penal e na Lei n.9503/1997 (CTB) e configura-se como direito público subjetivo do réu de caráter unilateral, no qual o Estado-juiz deixa de aplicar a pena em circunstâncias expressamente previstas em lei.
IV. No confronto entre o delito de homicídio qualificado pelo emprego de tortura e o delito de tortura – Lei n.9455/1997, no caso concreto, deverá ser analisado o dolo do agente, sendo certo que, no primeiro caso, o agente atua com animus necandi e a tortura configura o meio empregado para tal, logo absorvido pelo homicídio; no segundo, o dolo é de torturar, sendo o resultado morte produzido culposamente – crime preterdoloso.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
b) I e III.
c) I, II e III.
Correta ⇒ d) I, III e IV.
e) III e IV.
Aula 11: CRIMES CONTRA A VIDA.
INDUZIMENTO, INSTIGAÇÃO E AUXÍLIO AO SUICÍDIO. INFANTICÍDIO. ABORTO.
1 – Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio.
 1.1. A autolesão e o sistema jurídico-penal vigente.
 1.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 1.3. Sujeitos do delito.
 1.4. Classificação do delito.
 1.5. Consumação e tentativa. Natureza jurídica do resultado lesão corporal grave ou morte; controvérsia: elementar do tipo penal ou condição de punibilidade.
 1.6.Figuras típicas:
 a) Figura simples.
 b) Figuras majoradas: motivo egoístico, menoridade da vitima (capacidade de discernimento) e vítima com capacidade de resistência diminuída. 
 1.7. Questões controvertidas.
 a) O “pacto de morte”: caracterização; distinção do delito de homicídio.
 b) A conduta omissiva e a caracterização do tipo penal.
 c) A figura do médico como agente garantidor quando sua conduta for contrária à vontade do paciente ou de seus responsáveis legais.
 d) análise da conduta de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio quando resultado for de lesão corporal leve.
2 – Infanticídio.
 2.1. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos - natureza jurídica do estado puerperal.
 2.2. Sujeitos do delito; 2.3. Classificação do delito; 2.4. Consumação e tentativa.
 2.5. Questões controvertidas.
a) distinção entre o delito de infanticídio e outras figuras típicas, tais como: homicídio e crimes de perigo (abandono de incapaz e abandono de recém-nascido qualificados pelo resultado morte).
b) concurso de pessoas no delito de infanticídio: possibilidade e comunicabilidade do estado puerperal (art. 30 do Código Penal).
3. Aborto
 3.1. Bem jurídico tutelado. Considerações gerais sobre o início da vida intra-uterina (teorias).
 3.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 3.3. Sujeitos do delito;	3.4. Classificação do delito; 3.5. Consumação e tentativa.
 3.6. Figuras típicas:
 a) Auto-aborto.
 b) Aborto provocado por terceiro com o consentimento da gestante.
 c) Aborto provocado por terceiro sem o consentimento da gestante: dissenso real e presumido. A capacidade para consentir.
 d) Aborto qualificado pelo resultado lesão corporal de natureza grave ou morte.
 e) Aborto necessário – natureza jurídica.
 f) Aborto humanitário – natureza jurídica.
 3.7. Questões Controvertidas
 a) Tipificação das condutas e a teoria adotada acerca do concurso de pessoas.
 b) Confronto com os delitos de lesão corporal qualificada pelo resultado previstas nos §§ 1° e 2°, incisos IV e V, todos do art. 129 do Código Penal.
 c) Aplicação de analogia para a figura prevista no art.128, II do Código Penal.
 d) Aborto de feto anencefálico: entendimentos doutrinários e jurisprudenciais.
 e) Aborto qualificado pelo resultado e resultado diverso do pretendido.
 f) Aborto e Lei de Biossegurança.
 3.8. Confronto com outras figuras típicas contra a pessoa. Conflito aparente de normas e Concurso de crimes.
 
CASO CONCRETO AULA 11:
Questão n.1) Denúncia anônima pode ajudar a achar suspeito por abandono de bebê. Criança foi deixada em estação do Metrô na madrugada do último sábado. Imagens das câmeras de segurança do Metrô irão ajudar nas investiga (disponível em: g1.globo.com; Atualizado em 28/05/2012 10h18)
A Polícia Civil informou estar à procura da pessoa responsável por ter abandonado um bebê em uma estação do Metrô em Taguatinga Norte na madrugada do último sábado (26). A delegacia que investiga o caso diz ter recebido neste domingo (27) uma denúncia anônima de quem possa ter deixado o recém-nascido dentro de sacolas plásticas. A polícia também irá usar as imagens das câmeras de segurança do Metrô para auxiliar nas investigações, segundo reportagem do Bom Dia DF. Quando os bombeiros chegaram à estação, o recém-nascido já estava morto e a perícia investiga a idade do bebê, para classificar o crime como homicídio, aborto ou infanticídio. A criança foi encontrada por um funcionário da limpeza do Metrô que retirava o lixo da área externa da estação. O menino, segundo os bombeiros, ainda estava com o cordão umbilical e dentro de três sacolas plásticas. Segundo os policiais que participaram da operação no sábado, o recém-nascido aparentava ser "grande, forte e saudável". A 17ª Delegacia de Polícia apura o caso e está à procura da pessoa que abandonou o recém-nascido. Os responsáveis pela investigação afirmam já ter uma pessoa suspeita de ser a responsável pelo crime. Desde o início do ano, outros quatro casos de abandono de recém-nascidos foram registrados pela polícia no Distrito Federal. No último domingo (21), uma criança foi abandonada na Quadra 2 do Setor Oeste do Gama. A menina foi levada pelos bombeiros ao hospital da cidade e o estado de saúde era considerado “estável” pela equipe médica.
 Ante a notícia de jornal acima descrita, com base nosestudos realizados sobre os delitos contra a vida, diferencie os delitos de homicídio, infanticídio e abandono de recém-nascido qualificado pelo resultado morte. Responda de forma objetiva e fundamentada:.
Resposta: Os delitos de infanticídio e abandono de recém nascido qualificado pelo resultado de morte são normas especiais em relação do homicídio quando diante de um delito cujo resultado seja a morte, pois no tipo destes estão presentes certas elementares que faltam ao homicídio e que faz com que seus tipos se ajustem melhor a situação que o homicídio, como exemplo: influencia do estado puerperal, próprio filho, durante ou logo após o parto ou recém nascido (infanticídio ), ocultar desonra própria (exposição ou abandono de incapaz).
 
Questão n.2) Maria Rosa e Lesley, colegas de faculdade no curso de química, apaixonados e desesperados com o fato de se separarem em decorrência da transferência do pai de Maria Rosa para o exterior por motivos profissionais e sem previsão de retorno, decidem “eternizar seu amor” e, para tanto, decidem suicidar-se. Dizem a todos os amigos e familiares que farão uma viagem de despedida durante um final de semana no sítio dos pais de Maria Rosa. Lá chegando, após um jantar romântico, se dirigem ao banheiro do quarto com o intuito de selar seu compromisso. Lesley arruma a banheira de modo a parecer uma confortável cama e pede à sua amada que se deite enquanto ele “arruma” seu leito de morte. Em seguida, tranca a porta e janela do cômodo sem deixar qualquer fresta para que o ar ingresse, abre o registro de gás do aquecedor do banheiro e deita-se ao lado da amada a fim de aguardarem sua morte. Meia hora após o casal ter se deitado na banheira, Dulcinéia, caseira do sítio, ao procurá-los para perguntar a que horas deveria servir o café da manhã no dia seguinte, se assusta com o cheiro de gás arromba a porta com o auxílio de Simplício, seu companheiro e depara-se com casal desmaiado. A partir do “pacto de morte” exposto, com base no estudo realizado sobre os crimes contra a vida, analise os resultados abaixo:
I. Maria Rosa e Lesley sobreviveram com lesões leves, logo a conduta de ambos é atípica.
II. Maria Rosa e Lesley sobreviveram com lesões graves; a conduta de Maria Rosa configura o delito de induzimento, instigação e auxílio ao suicídio na forma consumada (art.122, CP) e da Lesley, homícidio qualificado na forma tentada (art.121,§2º, III n.f. art.14, II, CP).
III. Lesley morre, sendo a conduta de Maria Rosa tipificada como incurso no art.122,CP na forma consumada.
IV. Maria Rosa morre, sendo a conduta de Lesley tipificada como incurso no art.122,CP na forma consumada.
Estão corretas as assertivas:
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
Correta ⇒ d) I, II e IV
 
Questão n.3) (VUNESP JUIZ SUBSTITUTO. TJMG/2012).
Maria da Piedade, com 21 (vinte e um) anos, foi estuprada por um desconhecido. Envergonhada com o fato, não tomou nenhuma providência perante a polícia, o Ministério Público ou a justiça. Desse fato, resultou gravidez. Maria provocou aborto em si mesma. Em face da legislação que rege a matéria, assinale a alternativa correta: 
a) Agiu amparada pelo estado de necessidade.
Correta ⇒ b) Praticou o crime de aborto, descrito no artigo 124 do Código Penal Brasileiro
c) Aborto sentimental pode ser praticado pela própria
d) Agiu impelida por relevante valor social.
Aula 12: DAS LESÕES CORPORAIS
1.Lesão Corporal.
 1.1 Bem jurídico tutelado. Considerações gerais sobre integridade física, fisiológica e mental.
 1.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
- o conceito de dor e a tipificação da conduta.
- disponibilidade do bem jurídico tutelado?
- aplicação do principio da insignificância. 
 1.3. Sujeitos do delito.
 1.4. Classificação do delito.
 1.5. Consumação e tentativa.
 1.6. Figuras típicas.
 a) lesão corporal leve.
 b) lesão corporal qualificada pelo resultado: grave ou gravíssimo.
 c) lesão corporal seguida de morte – delito preterdoloso.
 d) lesão corporal privilegiada.
 e) lesão corporal culposa.
 1.7.Conflito aparente de normas entre o delito de lesão corporal culposa prevista no Código Penal e no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9503/1997).
 1.8. Perdão Judicial.
 a) Natureza jurídica.
 b) Obrigatoriedade ou facultatividade de aplicação.
 c)Natureza jurídica da sentença concessiva do perdão judicial. Controvérsia: entendimento dos Tribunais Superiores. Verbete de Súmula n. 18 STJ.
 1.9. Conflito aparente de normas e Concurso de crimes com demais figuras típicas.
- confronto entre a contravenção penal de vias de fato, crime de lesão corporal leve e injúria qualificada, crime de perigo de transmissão de moléstia grave, autolesão e estelionato, autolesão e crime militar.
 1.10. Perdão judicial. A representação como condição de procedibilidade da ação penal para o delito de lesões corporais leves e culposas.
 1.11. Questões controvertidas
a) Distinção entre violência doméstica e violência de gênero discriminatório contra a mulher – confronto entre o art. 129, §§, 9°, 10 e 11 do Código Penal e art.5° da Lei n. 11340/2006 ( Lei Maria da Penha).
b) O consentimento do ofendido em cirurgias estéticas, transexuais (mudança de sexo, transplante de órgãos, transfusão de sangue e violência desportiva).
 
CASO CONCRETO AULA 12:
 Questão n.1) Diante do caso concreto apresentado, responda, fundamentadamente, ao que se pede: 
 “No dia 16 de maio de 2008, por volta das 2 horas e 40 minutos, na Avenida Brasil, próximo ao número 9020, sentido Olaria/Centro, na comarca do Rio de Janeiro, Joseval Alves, inobservando o dever objetivo de cuidado inerente a qualquer motorista de veículo automotor, quando se encontrava na direção do veículo marca VW/SANTANA, cor azul-marinho, placa LPP XXXX/RIO, chassis XBWZZZXXZHPXXXXXX, atropelou as vítimas Analice de Oliveria e Kelly da Silva, causando a morte da primeira e lesões corporais na segunda, conforme se depreende do Auto de Exame Cadavérico de fls. 44 e do Auto de Exame de Corpo de Delito de fls.82.” 
 Dos fatos, Joseval Alves foi denunciado constando, ainda, na denúncia que:
 (...) “na data, horário e local acima descritos, o denunciado, conduzindo seu veículo automotor de forma imprudente, realizou manobra arriscada consistente em entrar em uma curva em velocidade incompatível com a do local, vindo a perder o controle do veículo e adentrando à calçada, ocasião em que atropelou as duas vítimas acima citadas, causando a morte de Analice de Oliveria e lesões corporais na vítima Kelly da Silva, conforme se depreende dos AEC de fls. 44 e do AECD de fls. 82, respectivamente. Por fim, aduz que o denunciado, logo após o atropelamento, se evadiu do local, deixando de prestar socorro a ambas as vítimas, quando era possível fazê-lo sem risco pessoal, uma vez que não sofreu qualquer lesão quando da colisão”. 
 Ante o caso concreto exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a pessoa, tipifique a conduta de Joseval Alves, bem como responda se é possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos.
Resposta: 
- Art. 302, parágrafo único, Incisos II e III da Lei 9.503/97 – homicídio culposo na direção de veículo automotor. - Art. 303, parágrafo único e Art. 302, parágrafo único, Incisos II e III da Lei 9.503/97 – lesão corporal culposa. NA FORMA DO ART. 70 DO CÓDIGO PENAL.
Presentes os requisitos do Art. 44 do CP; salientando que no crime culposo, independentemente da quantidade da pena imposta pelo juiz na sentença , é possível a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
	
 
Questão n.2) (PC. SP. 2011. Delegado de Polícia)
 Tratando-sedo crime de lesão corporal previsto no artigo 129, § 1°, inciso II, do CPB (perigo de vida), assinale a alternativa correta:
a) É uma figura típica exclusivamente culposa.
b) É uma figura típica exclusivamente preterdolosa.
c) O perigo de vida não deve necessariamente ser "concreto" para incidência da qualificadora.
Correta ⇒ d) O exame de corpo de delito (pericial) vítima é dispensável para a caracterização da qualificadora em questão.
e) E hipótese que caracteriza a culpa consciente.
 
Questão n.3)
Com relação ao delito de homicídio, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta:
I. a autolesão não é punida pelo ordenamento jurídico face ao princípio da alteridade, salvo nos casos expressamente previstos em lei – art.171, §2º, V, CP e art.184, CPM.
II. as lesões desportivas encontram-se dentre as causas excludentes de ilicitude decorrentes do exercício regular de direito, desde que consentidas pela vítima (art.23, III, CP).
III. é possível a aplicação do principio da insignificância às pequenas lesões corporais, desde que, consentidas pela vítima.
IV. A figura típica da lesão corporal qualificada pelo aborto absorve o	delito de aborto, independentemente do agente ter atuado com dolo ou culpa em relação ao resultado mais gravoso.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
Correta ⇒ b) I e III.
c) I, II e III.
d) I, III e IV.
Aula 13: DA PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE.
1 – Da Periclitação da Vida e da Saúde. Crimes de perigo e sua distinção dos crimes de dano.
2 – Perigo de contágio venéreo. 
 2.1 Bem jurídico tutelado. 	
 2.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 2.3. Sujeitos do delito.
 2.4. Classificação do delito.
 2.5. Consumação e tentativa.
 2.6. Figuras típicas: a) Simples; b) Qualificada.
 2.7. Concurso de crimes ou conflito aparente de normas com os delitos contra os costumes.
 2.8. O delito de perigo de contágio venéreo e a Lei n. 9099/1995.
3 - Perigo de contágio de moléstia grave.
 3.1. Bem jurídico tutelado. 	
 3.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 3.3. Sujeitos do delito.
 3.4. Classificação do delito.
 3.5. Consumação e tentativa.
 3.6. Figuras típicas: a) Simples.
 3.7. Concurso de crimes ou conflito aparente de normas com o delito previsto no art. 267 do Código Penal – crime de perigo à incolumidade pública.
 3.8. Confronto entre o perigo de contágio venéreo e o delito de perigo de contágio de moléstia grave.
 3.9. 3.8. Confronto entre o perigo de contágio de moléstia grave e o delito de lesões corporais.
 3.10. O delito de perigo de contágio de moléstia grave e a Lei n. 9099/1995.
4– Perigo para a vida ou a saúde de outrem.
 4.1. Bem jurídico tutelado. 	
 4.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 4.3. Sujeitos do delito.
 4.4. Classificação do delito.
 4.5. Consumação e tentativa.
 4.6. Figuras típicas: a) Simples. b) Majorada
 4.7. Concurso de crimes ou conflito aparente de normas com outros delitos previstos no Código Penal. Confronto com o delito de maus- tratos.
 4.8. Concurso de crimes ou conflito aparente de normas com os delitos previstos na Lei n. 10826/2003, Estatuto do Desarmamento e na Lei n. 9503/1997, Código de Trânsito Brasileiro.
5 - Abandono de incapaz.
5.1. Bem jurídico tutelado. 	
5.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
5.3. Sujeitos do delito.
5.4. Classificação do delito.
5.5. Consumação e tentativa.
5.6. Figuras típicas: a) Simples; b) Qualificada; c) Majorada.
5.7. Concurso de crimes ou conflito aparente de normas com os delitos contra a pessoa previstos no C.P.
5.8. O delito de abandono de incapaz e o Estatuto do Idoso, Lei n. 10741/2003.
6 - Exposição e abandono de recém nascido.
 6.1. Bem jurídico tutelado. 	
 6.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 6.3. Sujeitos do delito.
 6.4. Classificação do delito.
 6.5. Consumação e tentativa.
 6.6. Figuras típicas: a) Simples; b) Qualificada.
 6.7. Concurso de crimes ou conflito aparente de normas com os delitos contra a pessoa previstos no C.P:
- a figura qualificada pelo resultado morte e o delito de infanticídio – confronto: elemento subjetivo do tipo.
- a figura simples confrontada com o abandono de incapaz – figura privilegiada em relação a este.
 6.8. O delito de exposição e abandono de recém nascido e concurso de pessoas.
7– Omissão de socorro. 
7.1 Bem jurídico tutelado. Distinção entre crimes omissivos próprios e impróprios; e o agente garantidor. 
 7.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 7.3. Sujeitos do delito: - concurso de pessoas em delitos omissivos.
 7.4. Classificação do delito.
 7.5. Consumação e tentativa.
 7.6. Figuras típicas: a) Simples; b) Majorada.
 7.7. Confronto entre o delito de omissão de socorro e lesões corporais e homicídio qualificados ou majorados pela omissão de socorro
 7.8. Confronto entre o delito de omissão de socorro previsto no C.P. e na Lei n. 9503/97, CTB.
 7.9. Confronto entre o delito de omissão de socorro previsto no Código Penal e na Lei n. 10741/2003, Estatuto do Idoso.
 8. O advento da Lei n. 12653, de 28 de maio de 2012 e o acréscimo do art.135-A, do Código Penal.
A tipificação da conduta de “condicionar atendimento médico-hospitalar emergencial a qualquer garantia e dá outras providências”.
9 – Maus tratos:
 9.1. Bem jurídico tutelado.
 9.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 9.3. Sujeitos do delito. Concurso de pessoas no delito de rixa.
 9.4. Classificação do delito.
 9.5. Consumação e tentativa.
 9.6. Figuras típicas: a) Simples. b) Majorada. c) Qualificada. 
9.7. Confronto entre o delito de maus tratos e o delito de tortura previsto na Lei n. 9455/97. 
CASO CONCRETO AULA 13:
Questão n.1) Deyse Neves, foi denunciada como incursa no delito tipificado no art. 1º, II, da Lei n.9455/1997, por ter havido, mediante a utilização de uma escova de cabelo de cabo de madeira e correia de cinto, agredido seu filho Wallace, de três anos de idade. Em juízo, confessou a ré ter tido como motivo das agressões físicas o negativa de seu filho em utilizar o banheiro para a realização de suas necessidades, bem como sua “pirraça” ao fazê-las no chão da sala de casa (fls.132/133). Restadas comprovadas autoria e materialidade das agressões e, consectárias lesões à integridade física da criança, o Ministério Público entendeu estarem presentes os elementos configuradores do delito de tortura e não do delito de maus-tratos, previsto no art.136, do Código Penal. Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre o tema, indique, fundamentadamente, a correta tipificação à conduta de Deyse Neves, bem como diferencie os delitos supracitados.
Resposta: O caso citado trata-se claramente de maus-tratos, umas que as presentes agressões são fruto de um excesso praticado em relação ao direito de correção da mae sobre seu filho.
 
Questão n.2) Sobre os crimes de periclitação da vida e da saúde, analise as assertivas abaixo:
I. O crime de perigo de contágio de moléstia grave é delito formal e exige para sua caracterização o especial fim de agir de transmitir a doença.
II. O crime de perigo para a vida ou saúde de outrem é de crime de perigo abstrato e pode ser aplicado em concurso material de crimes como o delito de lesões corporais.
III. Quem, dolosamente, impede o socorro ao suicida que se arrependera do ato extremado e tentava buscar auxílio, cometeo crime de omissão de socorro.
IV. O consentimento do ofendido nas relações sexuais, sabendo do risco de contaminação, no caso de crime de perigo de contágio venéreo, não exclui a responsabilidade penal do agente.
Estão certos apenas os itens: a) I e II.
b) I, II e III.
c)	I, III e IV.
Correta ⇒ d) I e IV.
Questão n.3) Sobre os crimes de abandono de incapaz e exposição ou abandono de recém-nascido, analise as assertivas abaixo:
I. o delito de exposição ou abandono de recém-nascido, em face da pena, admite a transação penal prevista na Lei n.9099/1995 – Juizados Especiais Criminais.
II. consumam-se com a efetiva exposição ou abandono, desde que resulte perigo concreto à vida ou à saúde da vítima.
III. em relação ao sujeito ativo do delito configuram delitos especiais próprios.
IV. o delito de exposição ou abandono de recém-nascido pode ser praticado por terceiro como forma de auxílio ao pai ou à mãe, não contudo, pelo terceiro, diretamente, sem a participação do pai ou da mãe.
 Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
b) I, II e III.
Correta ⇒ c) I, III e IV.
d) I e IV.
 
Aula 14: CRIMES CONTRA A HONRA - CALÚNIA, DIFAMAÇÃO E INJÚRIA.
1 Crimes contra a honra. 
 1.1. Bem jurídico tutelado. Conceito de Honra. Disponibilidade para fins de atipicidade da conduta ou perdão judicial.
 1.2. Distinção entre honra objetiva e subjetiva.
2 Calúnia. Sujeitos do delito.
 2.1. Honra tutelada
 2.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 2.3. Sujeitos do delito.
 2.4. Classificação do delito.
 2.5. Consumação e tentativa.
 2.6. Exceção da verdade no crime de calúnia.
 2.7. Confronto entre os delitos de calúnia e denunciação caluniosa.
3 Difamação
 3.1. Honra tutelada
 3.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 3.3. Sujeitos do delito.
 3.4. Classificação do delito.
 3.5. Consumação e tentativa.
 3.6. Exceção da verdade no crime de difamação ? funcionário público no exercício de suas funções.
 3.7. Semelhanças e dessemelhanças entre calúnia e difamação.
4 Injúria
 4.1. Honra tutelada
 4.2. Elementos do tipo: descritivos, subjetivos e normativos.
 4.3. Sujeitos do delito.
 4.4. Classificação do delito.
 4.5. Consumação e tentativa.
 4.6. Espécies: simples, real, discriminatória.
 4.7. Perdão Judicial.
 4.8. Semelhanças e dessemelhanças entre calúnia, difamação e injúria.
5 Disposições gerais aos crimes contra a Honra
 5.1. Pedido de explicações em Juízo.
 5.2. Retratação.
 5.3. Exclusão do crime.
 5.4. Causas de aumento.
 5.5. Ação Penal nos crimes contra a Honra. Questões controvertidas - a ação penal de iniciativa pública condicionada, nos casos de injúria real, injúria discriminatória e quando perpetradas contra a honra do Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro.
CASO CONCRETO AULA 14:
Questão n.1) Mulher acusa médico por injúria racial em Sertãozinho, SP Discussão aconteceu em um posto de saúde do município. José Alves Lara Neto sofreu outra denúncia do tipo em 2003.
 	Uma auxiliar de limpeza está acusando um médico por injúria racial após uma discussão em um posto de saúde de Sertãozinho (SP), em 6 de junho.Segundo Marizelda Fátima dos Reis,que é responsável por separar e retirar o lixo do local, o médico José Alves Lara Neto foi tirar satisfações sobre um material que havia se espalhado pela rua quando começou a ofender a funcionária. Ele me mandava calar a boca, dizia que eu sou pobre e ele um doutor e que ele era branco e eu negra, afirmou. De acordo com o presidente do Conselho Municipal da Comunidade Negra do município, Acácio Augusto Tobias, após o boletim de ocorrência feito por Marizelda, o conselho entrará com uma representação contra Neto. O advogado que representa a Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados (OAB) no município, Lucas Simão Tobias, espera que o médico, que já enfrentou outra denúncia por ofensas racistas em 2003, seja afastado do cargo. No caso de 2003 ele já foi condenado a pagar uma indenização de R$ 60 mil em primeira instância. Esse médico não tem as mínimas condições de atender a população da nossa cidade?, afirmou. A partir da análise da reportagem apresentada responda, de forma objetiva e fundamentada: com base nos estudos realizados sobre os delitos contra a honra está correta a tipificação apresentada na reportagem ?
Resposta: Sim, mediante todos os elementos apresentados pela reportagem esta claramente caracterizado o crime de injuria qualificada (racial - Art. 140. §3º, CP), pois estão presentes as elementares enumeradas no tipo penal.
 
Questão n.2) Mariana entra em sala de aula e percebe que Jonas mexe na bolsa de Luiza. Jonas, na verdade, pegava na bolsa de Luiza um remédio, contando com a autorização da moça. Pouco tempo depois Luiza retorna para a sala e descobre que seu celular foi furtado. Mariana conta para todos que o autor da subtração foi Jonas, pois ela acreditava sinceramente que tivesse sido o rapaz, no entanto essa imputação foi falsa, porque logo depois se descobriu o celular em posse de um outro aluno na sala. A partir da premissa de que Jonas tomou conhecimento das declarações feitas é correto afirmar que a conduta de Mariana configura:
Correta ⇒ a) o delito de calúnia.
b) o delito de difamação.
c) os delitos de calúnia e injúria.
d) conduta impunível.
Questão n.3) Com relação aos delitos contra a honra, leia atentamente as situações hipotéticas apresentadas apresentadas abaixo:
I. Funcionário público oferece representação contra colega entendendo-se ultrajado na sua honra, (em sua dignidade). Acionado criminalmente, o colega retratou-se. A referida retratação é irrelevante para o Direito Penal.
II. Um indivíduo comparece à Delegacia Policial e oferece notícia de crime em face de terceiro, um desafeto seu, sendo certo que o noticiante imputou ao noticiado crime de que o sabia inocente. Em decorrência da referida notícia foi instaurado inquérito policial. Neste caso, a conduta do noticiante encontra-se incursa no tipo penal da calúnia.
III. Um indivíduo, maior e capaz, com o ânimo de ridicularizar um vizinho, portador de deficiência mental, o xinga de idiota bobalhão. Arrasado com a ofensa chora e conta aos seus pais e amigos que foi humilhado? Neste caso é correto afirmar que a conduta deste indivíduo será tipificada como injúria discriminatória.
IV. Dois indivíduos, por motivo irrelevante, iniciam violenta discussão em um bar, no curso da qual um deles, despeja um copo de cerveja no outro. A sua conduta configura a contravenção penal de vias de fato.
Estão certos apenas os itens:
a) I e II.
Correta ⇒ b) I, e III.
c)	I, II e III IV.
d) I, II e IV.
 
Aula 15: CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL.
1 Bem jurídico tutelado. Considerações gerais. Natureza subsidiária dos delitos.
2 - Constrangimento ilegal.
 1.2. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 1.3. Sujeitos do delito.
 1.4. Classificação do delito.
 1.5. Consumação e tentativa.
 1.6. Concurso com crimes praticados com violência.
 1.7.Figuras típicas: a) Simples; b) Majoradas.
 1.8. Causas excludentes de ilicitude.
3 - Ameaça.
 3.1. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 3.2. Sujeitos do delito.
 3.3. Classificação do delito.
 3.4. Consumação e tentativa.
 3.5. Concurso com crimes praticados com violência.
 3.6.Ação Penal.
4 - Seqüestro .
 4.1. Elementos do tipo: descritos, subjetivos e normativos.
 4.2. Sujeitos do delito.
 4.3. Classificação do delito.
 4.4. Consumação e tentativa.
 4.5. Concurso

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